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Saiba tudo sobre a quimioterapia

 

Saiba tudo sobre a quimioterapia

Apesar de temida, por conta de seus efeitos colaterais, a quimio ainda é um dos tratamentos mais eficazes para diversos tipos de tumor. E evoluiu muito, sendo atualmente menos agressiva.

32 minuto(s) de leitura

Uma enfermeira aplicando quimioterapia em uma paciente idosa

Uma enfermeira aplicando quimioterapia em uma paciente idosa
32 minuto(s) de leitura

Apesar de temida, por conta de seus efeitos colaterais, a quimio ainda é um dos tratamentos mais eficazes para diversos tipos de tumor. E evoluiu muito, sendo atualmente menos agressiva.

A quimioterapia é um tipo de tratamento que consiste na aplicação de medicamentos para combater as células que formam os tumores e tem o objetivo de destruir as células cancerosas. 

Como atuam em diversas etapas do metabolismo celular, essas medicações alcançam as células malignas em qualquer parte do organismo.

A aplicação da quimioterapia é definida pelo médico oncologista e pode ser realizada durante a internação ou em ambulatório.

O tratamento quimioterápico pode contar com um único medicamento ou com a combinação de vários deles (mistura de drogas e doses), geralmente por via intravenosa (na veia ou por cateteres) ou via oral (comprimidos ou cápsulas).

A seguir, você encontra uma cobertura completa para tirar todas as suas dúvidas sobre a quimioterapia.

Foto de Barbara com a equipe médica comemorando sua última quimio!
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A quimioterapia é necessária, mas que pode ser menos pesada quando você tem parceiros a seu lado. A equipe do A.C.Camargo me acolheu, me deu segurança e, no fim, festejou a vitória junto comigo.
Barbara Lisboa, paciente do A.C.Camargo Cancer Center
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A quimioterapia e a Covid-19

Não aumentam. Ao adotar as medidas de segurança indicadas, realizar o seu procedimento torna-se uma prática segura. #QuemTemCâncerTemPressa e estamos prontos para acolher nossos pacientes, assistindo-os de forma segura em todas as fases de seu tratamento. 

Uma evolução do conceito de saúde em oncologia para aprofundar constantemente o conhecimento sobre a doença e gerar inovação: o paciente é avaliado por um grupo multidisciplinar de especialistas em todas as etapas, desde o diagnóstico até a reabilitação. Essa especialização nos permite oferecer agilidade, excelência e segurança no tratamento oncológico. 

Dessa forma, estabelecemos o Atendimento Oncológico Protegido – um conjunto de processos para o paciente prosseguir com seu tratamento, em tempos de pandemia. 

Todas as práticas adotadas estão de acordo com as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde. 


Pesquisa científica confirma 

Um estudo realizado na cidade de Nova York confirma que as chances de contrair Covid não aumentam durante a quimioterapia. 

A análise retrospectiva foi publicada em março de 2021 pela American Association for Cancer Research e, dos 1.174 pacientes com câncer testados para Covid-19, 317 (27%) apresentaram resultados positivos. Idade avançada, raça/etnia minoritária e obesidade foram associados à infecção por Covid-19, dados que são comparáveis à população geral. 

Surpreendentemente, os pacientes em tratamento ativo, incluindo quimioterapia, apresentaram um risco 35% menor de serem infectados pela Covid-19.

Os pesquisadores sugerem que isso pode ter ocorrido porque as pessoas que recebem quimioterapia são mais propensas a seguir com o distanciamento social, a usar a máscara facial e a higienizar as mãos do que as pessoas que não se tratam com quimioterapia.

Sim. A Telemedicina é uma excelente opção para a realização das suas consultas e o acompanhamento do seu tratamento, de forma rápida e segura, evitando deslocamentos excessivos, principalmente para pacientes que residem mais longe das nossas unidades.  

Outra opção e medida de segurança é o Pronto Atendimento Digital. Antes de vir ao A.C.Camargo, o paciente tem a opção de acessar a plataforma Pronto Atendimento Digital e responder a uma série de questões. Por exemplo, se teve contato com alguém com suspeita de Covid-19, se há sintomas como febre e falta de ar e se pertence a algum grupo de risco. 

Em seguida, a inteligência artificial analisa as informações concedidas e define se o caso é considerado crítico ou não. Assim, evita-se que o Pronto Atendimento fique saturado com casos não-urgentes e diminuem-se os focos de contaminação. 

Os dois cenários: 

  • Se os sintomas forem de gravidade: o paciente com suspeita de Covid-19 confirma que vai para o A.C.Camargo e, imediatamente, ele aparece na plataforma de previsão de demanda para o Pronto Atendimento, visualizada pelos profissionais da Instituição. 
  • Se o caso for menos crítico: uma mensagem orienta a permanência em isolamento domiciliar. Depois, a plataforma convida o paciente a responder ao formulário diariamente para monitorar seus sintomas, assim a equipe assistencial poderá acompanhar a progressão ou não do quadro, dia a dia. O paciente ainda recebe dicas de prevenção. 

Não é recomendado interromper o tratamento. Sempre que tiver dúvidas sobre interrupção, é preciso consultar o médico.

Em pacientes diagnosticados com câncer metastático, por exemplo, é um risco alto, com possibilidade de avanço da doença e ameaça à vida.

Dada a particularidade e a especificidade de cada caso, é fundamental que o paciente discuta diretamente com seu médico oncologista a melhor escolha a ser feita no momento.

O diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento são fatores que aumentam a chance de cura.

Esse diagnóstico em fases iniciais do câncer, somado ao tratamento quimioterápico, é uma estratégia fundamental para o sucesso da terapia.

Em casos de mama, por exemplo, isso reduz a mortalidade em até 25%, com uma taxa de sobrevida de 90% entre todos os subtipos de câncer de mama.

Pacientes com tumores localizados só na mama ficam 99% livres de doença em cinco anos, caindo para 86% quando atingem os linfonodos da axila e para 28% quando há metástase.

Para saber mais sobre diagnóstico precoce, conheça os sinais e sintomas do câncer que pedem uma consulta médica. 

Sim, é seguro. O A.C.Camargo Cancer Center reforça que segue as medidas de segurança estabelecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde e que está capacitado para atender os pacientes oncológicos durante a pandemia de forma segura e com fluxos protegidos. 

Conheça como é realizado o Atendimento Oncológico Protegido no A.C.Camargo e as nossas medidas de prevenção.

No caso da quimioterapia, por exemplo, há uma equipe especializada e experiente devido ao volume de infusões realizadas na Instituição, além de fluxos seguros, acrílicos instalados para aumentar a segurança e o distanciamento social e o fato de o A.C.Camargo ser um centro de referência especializado em oncologia, já acostumado a proteger pacientes imunossuprimidos de doenças infeciosas. 

Temos oncologistas de plantão 100% do tempo para acompanhar os procedimentos e enfermagem com formação em oncologia, além de avaliação psicológica e nutricional.  

O A.C.Camargo está preparado para receber e cuidar de seus pacientes em tempos de Covid-19, com total segurança, excelência e agilidade.

Entre as medidas, foi restringido o número de acompanhantes circulantes nas unidades. 

Há também uma triagem virtual: antes de vir ao A.C.Camargo, o paciente tem a opção de acessar a plataforma Pronto Atendimento Digital e responder a uma série de questões. 

Por exemplo, se teve contato com alguém com suspeita de Covid-19, se há sintomas como febre e falta de ar e se pertence a algum grupo de risco.

O cuidado com o cateter é uma dúvida comum em tempos de Covid-19, pois muitos pacientes contam com cateteres permanentes para a infusão de medicamentos quimioterápicos.

Na Instituição, a equipe de enfermagem segue uma série de cuidados, com a devida paramentação e higienização das mãos.

A salinização do cateter, para quem já finalizou o tratamento, costuma ser feita uma vez por mês. No entanto, pode ser realizada com segurança para o paciente em até oito semanas.

A triagem feita antes de cada sessão, que até então era apenas presencial, agora é oferecida via plataforma de telemedicina, algo benéfico para o paciente

A teletriagem para pacientes em quimioterapia é uma facilidade que o A.C.Camargo Cancer Center passa a oferecer. 

É que, antes de cada sessão, a pessoa em tratamento tem de se submeter a uma triagem com a equipe de enfermagem, processo este que avalia se ela está em condições ideais para prosseguir para a quimioterapia. 

Ou seja, existem protocolos específicos por tratamento para assegurar que todos os critérios foram atendidos, conferindo sinais e sintomas que tragam risco para a realização da quimioterapia, exames laboratoriais dentro dos parâmetros, possíveis complicações e efeitos adversos.

Todos os riscos identificados são avaliados pela equipe médica e a conduta é estabelecida para garantir a segurança do atendimento.

A equipe de enfermagem avalia quais pacientes estarão aptos a seguir com a teletriagem após a primeira sessão e fornecerá informações para o acesso à plataforma e agendamento da teletriagem. 


Vantagens via telemedicina

A teletriagem avalia os mesmos pontos que a triagem convencional, mas, por ser realizada na plataforma de telemedicina, oferece maior comodidade e segurança ao paciente.

Caso não esteja apto a prosseguir com a quimioterapia, o paciente receberá orientações específicas conforme decisão do médico assistente.

Além disso, o paciente otimiza seu tempo de espera e ainda se expõe menos ao risco inerente ao ambiente hospitalar, sobretudo em tempos de pandemia, ainda que o A.C.Camargo conte com um Atendimento Oncológico Protegido de excelência.

A teletriagem não implica nenhum custo adicional para o paciente: ela integra seus processos de atendimento, assim como a triagem convencional. 

Assim, o paciente fica livre para optar ou não pela teletriagem. Quem preferir realizá-la presencialmente, fará a triagem normalmente.

Para aquele que optar por essa comodidade, a equipe de enfermagem agendará a teletriagem para o paciente, que receberá, por SMS e e-mail, o link para a consulta.  

Cintia Makino
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Após realizar exames anuais, fui diagnosticada com um tumor na mama, de crescimento rápido, que já estava com quase 8 centímetros. Os médicos optaram pela quimioterapia antes da cirurgia e o tumor reduziu para menos de 1 milímetro.
Cintia Makino, gestora administrativa
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Entendendo a quimioterapia

Fazer o tratamento oncológico em um Cancer Center é contar com profissionais de excelência em diversas especialidades. A equipe atua integrada, buscando o bem-estar e os melhores resultados para o paciente.

Possuímos uma equipe especializada e experiente, devido ao volume de infusões diárias. Acompanhamos os pacientes durante toda a jornada do tratamento e temos médicos oncologistas de plantão para o caso de qualquer intercorrência, principalmente em relação aos efeitos colaterais.

Possuímos uma equipe de enfermagem com formação em oncologia, assim como psicológos(as) e nutricionistas à disposição para promover o melhor tratamento ao nosso paciente.

O enfermeiro navegador é o elo entre o paciente e a equipe assistencial e desenvolve um trabalho fundamental para melhorar os resultados do tratamento contra o câncer.

A navegação está disponível para pacientes dos Centros de Referência em tumores da mama, ginecológicos, cutâneos (melanomas), cabeça e pescoço (exceto tireoide), colorretais e do aparelho digestivo alto.

Os navegadores são profissionais da enfermagem especialistas em oncologia, que conduzem e acolhem o paciente durante sua jornada nos Centros de Referência desde o acesso, passando pelo diagnóstico e pelo tratamento.

Esses profissionais também fazem um acompanhamento ativo de todas as etapas do tratamento, como, por exemplo, checar resultados de exames e adiantar consultas, se preciso. Os navegadores também mantêm contato remoto com o paciente, por telefone e por e-mail.

Durante o tratamento, os navegadores trabalham como uma fonte qualificada para orientar todos os aspectos relativos à doença, incluindo questões estéticas e de autoestima, como a queda de cabelo durante a quimioterapia, por exemplo. 

Embora existam muitas informações disponíveis, este elo com o enfermeiro transmite segurança e desmistifica a doença.

O tratamento é administrado por profissionais altamente especializados, podendo ser feito das seguintes maneiras: 

  • Oral: você ingere o medicamento em comprimidos, cápsulas e líquidos, algo que pode ser feito em casa
  • Intravenosa: é aplicada diretamente na veia, por cateter (um tubo fino colocado na veia), na forma de injeções ou via soro
  • Subcutânea: você recebe injeções por baixo da pele
  • Intramuscular: você recebe injeções no músculo 
  • Intratecal: menos comum, pode ser aplicada no líquor (líquido da espinha), algo que por vezes ocorre na unidade de internação
  • Intraperitoneal: o quimioterápico é administrado diretamente na cavidade peritoneal, ou seja, a cavidade abdominal, região que abriga órgãos como o intestino, estômago e fígado
  • Intra-arterial: é administrada diretamente na artéria que supre o tumor
  • Intravesical: administrada dentro da bexiga – utilizada para este tipo de tumor urológico 
  • Tópico: líquido ou na forma de pomada, o medicamento é aplicado na região a ser tratada

Para saber qual é o tratamento mais indicado para o seu caso, consulte seu médico

Existem nomenclaturas indicadas para cada estratégia de tratamento:

  • Terapia exclusiva: é quando o tratamento principal adotado para combater o câncer é apenas a quimioterapia
  • Adjuvante: é a terapia complementar, administrada após o tratamento primário, como a cirurgia, por exemplo
  • Neoadjuvante: é feita antes da cirurgia, para diminuir o tumor e a agressividade do tratamento

Em todos os quadros, o tratamento deve ser acompanhado por um médico oncologista, que avalia a eficácia da terapêutica adotada e decide, a partir dos resultados e das reações orgânicas apresentadas por cada paciente, a necessidade de fazer algum ajuste.

As duas são formas de tratamento importantes no combate aos tumores.

A imunoterapia foi um grande avanço recente em relação ao tratamento do câncer. 

Diferentemente da quimioterapia, que emprega medicamentos que visam destruir as células cancerosas, a imunoterapia age estimulando o sistema imunológico do paciente a atacar as células do câncer. 

Assim, a imunoterapia é um outro conceito de tratamento.  

Essa duração é planejada de acordo com o tipo de tumor e varia em cada caso.

Alguns efeitos colaterais são esperados por causa da quimioterapia e cada medicação tem um perfil de eventos.

Converse com seu médico sobre quais efeitos colaterais podem ocorrer durante seu tratamento, o que fazer caso eles apareçam e em quais situações você deve procurar o Pronto Socorro ou o Pronto Atendimento Digital

  • Um deles tem a ver com fazer a barba: redobre o cuidado para você não se cortar
  • Caso sinta ressecamento da pele ou descamação, passe hidratantes sem álcool como o leite de aveia
  • Não são indicados os desodorantes com álcool em sua composição
  • Evitar retirar cutículas ao cortar as unhas

Retorne ao A.C.Camargo Cancer Center imediatamente caso tenha: 

  • Febre por mais de duas horas, sobretudo se igual ou acima de 38°C
  • Sangramentos que demoram a serem estancados
  • Falta de ar ou problemas para respirar 
  • Diarreia por mais de 48 horas
  • Manchas ou placas avermelhadas no corpo 
  • Sensação de dor ou ardência ao urinar
  • Dor em alguma parte do corpo (inexistente antes do tratamento)

A cada retorno, a equipe médica deve ser informada sobre todos os sintomas do paciente que possam ter surgido depois que ele passou pela quimioterapia.

Se for preciso, acesse o nosso Pronto Atendimento Digital aqui.

Em alguns casos, sim, existem restrições.

A quimioterapia pode causar uma série de dúvidas referentes ao que é permitido ou não comer durante o tratamento.  

Entre essas questões, os pacientes querem saber se tem problema ingerir alimentos ácidos, se sorvete ajuda a aliviar os sintomas, entre outras dúvidas relevantes.

Nosso objetivo é esclarecer todas elas para que você entenda as etapas que estão por vir. 

Toda quimioterapia causa queda de cabelos.

Mito. Atualmente, a quimioterapia possui mais de 50 medicamentos e diversas combinações entre eles, possibilitando inúmeras alternativas de tratamento, que também podem resultar em diferentes reações, mais ou menos potencializadas. A queda de cabelo é uma dessas reações e pode ou não acontecer, tudo depende do tipo de medicação que será utilizada em cada caso.
O organismo do paciente também é um fator que interfere na variação dos efeitos colaterais. Por isso, sinais como queda de cabelos, náuseas, vômitos, entre outros, podem ser mais comuns em alguns pacientes do que em outros.

O paciente sempre ganha peso durante o tratamento.

Mito. Varia de acordo com o medicamento prescrito pelo médico. Nem todos têm como efeito colateral o ganho de peso. Porém, uma vez previsto, cabe ao oncologista monitorar essa alteração e determinar um limite máximo, para evitar qualquer risco de complicação ao organismo.

Alterações hormonais sempre irão ocorrer.

Mito. Novamente, a reação pode acontecer ou não, dependendo do tipo de medicamento utilizado e também do modo como o organismo do paciente reage à terapia. Mudanças no ciclo hormonal da mulher, por exemplo, podem ocorrer quando a quimioterapia afeta os ovários, assim como a perda de hormônios e a menopausa precoce. 

Medicamentos quimioterápicos exigem acompanhamento médico frequente.

Verdade. Quando o médico prescreve a utilização de determinado remédio no tratamento quimioterápico, ele tem embasamento técnico e científico para isso. Como a maioria dos quimioterápicos apresentam efeitos colaterais, o paciente deve realizar regularmente consultas e exames de sangue, que permitem ao médico monitorar todas as etapas do tratamento e contornar grande parte das reações indesejadas.

Além dos casos em que a quimioterapia é a principal modalidade no plano terapêutico do paciente, esse acompanhamento médico deve ocorrer também quando sua função for complementar (terapia adjuvante ou neoadjuvante), com o objetivo de controlar ou diminuir a magnitude dos efeitos. 

Terapias alternativas podem substituir a quimioterapia.

Mito. Apesar de algumas drogas utilizadas na quimioterapia serem derivadas de elementos da natureza, como raízes, cascas, flores e frutas, é preciso descobrir exatamente qual é a substância capaz de destruir o tumor. Logo, não basta preparar um chá de uma determinada planta. São necessárias altas concentrações dessa substância, que devem ser analisadas e testadas antes de serem comercializadas e aplicadas, com o objetivo de se descobrir não só qual a dose e frequência corretas, como também os possíveis efeitos colaterais tanto a curto como a longo prazo. 

Os tratamentos ocorrem em ciclos, com aplicações que podem ser diárias, semanais e mensais.

Cada ciclo de quimioterapia vem seguido de um período de descanso – assim, o corpo consegue se recuperar. 

Em geral, um ciclo de quimioterapia dura algumas semanas, de acordo com o médico. 

A duração e a frequência vão depender do tipo de câncer, dos medicamentos usados, do objetivo do tratamento e de como o organismo responde a ele. 

A quimioterapia é um tratamento que utiliza um medicamento ou uma composição medicamentosa, que geralmente é aplicada por vias oral ou venosa. Ela vai agir no corpo inteiro. 

Já a radioterapia é uma terapia que emprega feixes de radiação diretamente no tumor ou na região do câncer.  

Ambas têm a mesma finalidade, mas atuam de formas distintas.

Aliás, a radioterapia é muito eficaz quando somada à quimioterapia

Enquanto a quimioterapia age no organismo todo, a radioterapia combate uma região determinada, que torna possível a interrupção da reprodução das células, algo que visa a cura do paciente. 

Sim, mas, na verdade, as cores são características dos medicamentos que não têm relação com o nível de intensidade da quimioterapia:

  • Quimioterapia branca: emprega medicamentos como ciclofosfamida, taxanos (Docetaxel e Paclitaxel), gencitabina e vinorelbina
  • Quimioterapia vermelha: utiliza medicamentos do grupo das antraciclinas (Doxorrubicina e Epirrubicina)

Depende. Se a forma de administração do quimioterápico for intravenosa, o paciente recebe o medicamento da mesma forma como se toma soro: por meio de um dispositivo que injeta a medicação direto na veia. 

Mas existem algumas diferenças importantes entre tomar soro e receber o quimioterápico de forma intravenosa. Para quimioterapia, os cuidados com a infusão e a equipe especializada no atendimento são muito diferentes. Na maioria das vezes, o paciente precisa receber algumas medicações anteriores à infusão da quimioterapia, como remédios para náuseas, antialérgicos, hidratação, entre outros.

Antes da aplicação das medicações, o paciente passa por consulta de enfermagem e recebe um manual de orientações com possíveis efeitos colaterais e a melhor forma de amenizá-los. Durante a aplicação, a equipe fica à disposição para esclarecimento de dúvidas e o paciente permanece com uma campainha a seu lado para chamar a enfermagem sempre que necessário.

Na Central de Quimioterapia, a equipe de enfermagem também tem o conhecimento adequado para saber a ordem de infusão desses medicamentos, respeitando o tempo correto de aplicação e avaliando criteriosamente o acesso venoso durante o período em que o paciente permanece no setor recebendo as medicações.

Além da via intravenosa, também existem outras formas de administrar um quimioterápico:

  • Oral: você ingere o medicamento em comprimidos, cápsulas e líquidos, algo que pode ser feito em casa
  • Subcutânea: você recebe injeções por baixo da pele
  • Intramuscular: você recebe injeções no músculo
  • Intratecal: menos comum, pode ser aplicada no líquor (líquido da espinha), algo que por vezes ocorre na unidade de internação
  • Intraperitoneal: o quimioterápico é administrado diretamente na cavidade peritoneal, ou seja, a cavidade abdominal, região que abriga órgãos como o intestino, estômago e fígado
  • Intra-arterial: é administrada diretamente na artéria que supre o tumor
  • Intravesical: administrada dentro da bexiga – utilizada para este tipo de tumor urológico
  • Tópico: líquido ou na forma de pomada, o medicamento é aplicado na região a ser tratada.

Para saber qual é o tratamento mais indicado para o seu caso, consulte seu médico.

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Efeitos colaterais

Febre, náusea, vômito e diarreia

A febre pode ocorrer durante o tratamento e requer uma investigação imediata, pois pode ser sinal de uma infecção, resultado da queda de resistência.

Já náuseas, vômitos e diarreia podem ser controlados com medicamentos específicos, conforme orientação médica. 


Infecção

A infecção é uma complicação do tratamento que pode ocorrer devido à redução das barreiras de proteção do corpo (integridade da pele e das mucosas, por exemplo) e dos glóbulos brancos.

Com menor número de leucócitos no sangue, o risco de invasão por agentes como vírus, bactérias, fungos e outros parasitas aumenta.

A prevenção é a chave para combater essa possível complicação: cuide da pele, das unhas e da saúde bucal, evite locais fechados e aglomerados, evite contato com animais e pessoas que estejam com doenças contagiosas e conserve e prepare os alimentos de forma segura.


Queda de cabelo 

A alopecia é característica de alguns medicamentos, que agem nas células que estão se multiplicando e crescendo. A célula do folículo piloso, que dá origem à estrutura do cabelo, quando sofre a ação da quimioterapia, se desprega e cai.

Isso ocorre geralmente cerca de duas a três semanas após o início da quimioterapia e é completamente reversível após o término do tratamento.

A queda de cabelo pode ser bastante rápida e muito impactante do ponto de vista emocional. É importante que a pessoa já tenha preparado antecipadamente sua estratégia para o efeito colateral: peruca, lenço, chapéu, bonés e protetor solar para esta área sensível e antes não exposta ao sol.

O uso da touca de resfriamento, quando aplicada logo antes do início da quimioterapia, pode prevenir a queda dos cabelos, mas não é garantido. O médico oncologista precisa estar de acordo, uma vez que, em alguns tumores, há contraindicação ao seu uso da touca de resfriamento, como, por exemplo, nas leucemias, nos linfomas e em tumores que afetam o couro cabeludo.


Mucosite

As lesões na cavidade oral podem variar de uma leve vermelhidão até feridas graves. Um dos sintomas mais comuns é sentir a mucosa mais fina e sensível.

É importante manter uma higienização adequada, utilizando escova de dentes de cerdas macias, creme dental suave e enxaguantes bucais sem álcool, para diminuir a proporção de agentes patogênicos como fungos, vírus e bactérias, além de proteger mais a mucosa.


Toxicidade do sangue

O sangue é composto pelos glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas. Quando o tratamento atinge essas células, a queda de glóbulos brancos, por exemplo, baixa a resistência, aumentando o risco de infecções; a diminuição de glóbulos vermelhos leva à anemia e consequente cansaço; já com a queda das plaquetas, o risco maior é de sangramento.


Infertilidade

A infertilidade não acomete necessariamente todos os pacientes, pois depende muito da medicação e, na maioria das vezes, é reversível. Nos casos em que o risco é maior, existe a possibilidade de preservação de espermatozoides e óvulos.

Para o homem jovem, ou que ainda quer ter filhos, a sugestão é a preservação do esperma. Para a mulher, não há taxas que mostrem se determinada quimioterapia oferece mais riscos que outra, mas também é possível optar pela coleta e preservação dos óvulos.

Esses procedimentos devem ser discutidos com o médico, caso a caso, avaliando o tempo demandado para a coleta e preservação dos espermatozoides ou óvulos, além da possibilidade de uma fertilização posterior ao tratamento.


Inapetência

O tratamento pode induzir à falta de apetite e pode causar perda de peso, consequência de uma nutrição inadequada. Ingerir líquidos vagarosamente e se alimentar várias vezes ao dia e em quantidades menores amenizam esse quadro.

A orientação nutricional deve ser específica para cada caso e supervisionada por um nutricionista especializado, pois alinhar as necessidades às preferências nutricionais do paciente é muito importante nesse contexto.

A melhor conduta no tratamento é determinada pelo oncologista, que leva em consideração fatores como idade, sexo, peso, condição de saúde e histórico clínico, além das características próprias do tumor.

No A.C.Camargo, uma equipe multidisciplinar, composta por oncologistas clínicos, cirurgiões oncológicos, farmacêuticos, nutricionistas e enfermeiros, atua avaliando e acompanhando cada caso a fim de minimizar ao máximo o desconforto do tratamento. 

Para cada paciente, a quimioterapia pode ter diferentes reações, variando em frequência e intensidade. Alguns sintomas duram pouco tempo após a aplicação de quimioterapia e outros podem durar todo o tratamento, persistindo, inclusive após o término.

A boa notícia é que a maioria desses desconfortos cessa com o término das sessões e ainda existem certos cuidados que podem reduzi-los, tornando o tratamento o mais tolerável possível.

A melhor conduta no tratamento é determinada pelo médico oncologista, que leva em consideração fatores como idade, sexo, peso, condição de saúde e histórico clínico, além das características próprias do tumor.

Conheça algumas táticas para driblar alguns efeitos colaterais:


Aftas ou feridas na boca

Selecione alimentos macios, preparações pastosas, como purê de batata e de mandioquinha, e consuma em temperatura ambiente ou morna.

Evite alimentos muito quentes ou gelados, condimentos fortes (pimenta, catchup, mostarda, molho inglês...) e diminua o sal nas receitas.

O sorvete pode ser um saboroso anestésico, além de aliviar o gosto da quimioterapia que pode ficar na boca após as sessões. Os de massa, de preferência de frutas, são bem-vindos. Você pode fazer algumas combinações diferentes e preparar milk-shakes para variar o sabor.

Beber bastante líquido também pode minimizar os efeitos.

Escove os dentes sempre após as refeições e utilize uma escova com cerdas macias. Fale com o seu médico antes de realizar tratamentos dentários. Na presença de qualquer alteração na sua boca, comunique um enfermeiro ou seu médico.


Boca seca

A boca seca é um sintoma desagradável, porque muda o gosto dos alimentos e dificulta a mastigação.

No entanto, você sabia que o sorvete pode ser um bom aliado na luta contra os efeitos colaterais?

Acrescente molhos e caldos nas preparações dos alimentos, assim eles ficam mais umedecidos.


Prisão de ventre ou diarreia

Intestino desregulado é algo comum durante o tratamento. Ele pode ficar preso ou solto, e os dois não são sintomas agradáveis.

Se for diarreia, o organismo pode perder nutrientes essenciais, como vitaminas, sais minerais e água. Por isso, é muito importante se hidratar. Procure ingerir líquidos em pequenas quantidades, durante todo o dia, principalmente água.

Reduza as fibras, ou seja, frutas como mamão, laranja, mexerica e ameixa, os vegetais folhosos e os alimentos na forma integral. Eles estimulam o intestino, prolongando o sintoma.

No caso de prisão de ventre, a orientação é oposta: procure comer mais fibras, presente nas frutas secas ou com casca. Inclua cereais em todas as refeições, como aveia, por exemplo. Vão ficar mais gostosas e ajudarão seu intestino a funcionar.

Beba bastante água, no mínimo 2 litros durante todo o dia.

Dê preferência para verduras e legumes crus e/ou cozidos e, se possível, com casca e sementes.


Náuseas, vômitos e perda de apetite

Alguns alimentos podem causar enjoo e, nessa hora, a melhor decisão é comer o que melhora o seu apetite.

Conheça o seu corpo. Tente identificar cheiros e alimentos que desencadeiem a náusea e o vômito e procure evitá-los.

Coma várias vezes ao dia, devagar e em pequenas porções. Tenha sempre lanchinhos em casa ou na bolsa. Evite pular refeições. Quanto mais tempo estiver em jejum, maior pode ser o enjoo.

Evite frituras e alimentos gordurosos. Prefira os mais frescos, como sucos, frutas e iogurtes.

Preparações com gengibre e limão também são aliadas do paciente em tratamento quimioterápico. Adicione uma colher de chá de gengibre ralado ao preparo de chás, sucos e milk-shakes, contribuindo na diminuição deste sintoma durante o tratamento.

E, sempre, beba bastante água.

Para saber tudo sobre alimentação durante a quimioterapia, cadastre-se e receba por e-mail o Manual de Alimentação na Quimioterapia:

Náuseas, um efeito colateral recorrente para quem se submete à quimioterapia.

Esta receita preparada pelas nutricionistas da Instituição é, além de gostosa, uma aliada para aliviar as náuseas.

Tome nota da receita e, em seguida, assista ao vídeo com o modo de preparo. 

Flan de gengibre com calda de caramelo

Rendimento: 10 porções

Ingredientes do flan

  • 2 xícaras de chá de leite integral
  • 1 colher de sopa de gengibre ralado
  • 6 gemas
  • ½ xícara de chá de açúcar
  • 2 envelopes de gelatina incolor sem sabor
  • 1 xícara de chá de creme de leite

Ingredientes da calda

  • 180 ml de água
  • 180 g de açúcar
  • ½ colher de sopa de gengibre ralado
  • Tempo de preparo: 6 horas

Confira o vídeo:

A touca de resfriamento, como o nome diz, resfria o couro cabeludo e reduz a queda dos fios de cabelo durante a quimioterapia.

É uma forma de ajudar a preservar a saúde psicológica e a privacidade do paciente. A touca diminui a circulação sanguínea no couro cabeludo e isso reduz muito a queda de cabelo.

Em média, 50% dos fios são preservados em tratamentos os quais acontecem a queda de cabelo.

A touca é colocada 30 minutos antes da sessão de quimioterapia e o paciente permanece com ela durante toda a sessão e ainda por mais 90 minutos.

Depois disso, a touca é retirada e o paciente fica mais 10 minutos em observação – a pessoa pode ler, ocupar-se com outras atividades e até ir ao banheiro sem afetar o tratamento.

Pacientes com câncer têm um risco particularmente alto de interações medicamentosas, que, por definição, são um efeito do uso de duas (ou mais) drogas, ou uma interação entre uma droga e alimentos, bebidas ou suplementos, levando a uma mudança na eficácia ou toxicidade de um fármaco.

Por geralmente tomarem muitos medicamentos durante o tratamento, incluindo quimioterapia, terapia-alvo, medicamentos de suporte (para náuseas, diarreia, dor, entre outros) e medicamentos para comorbidades (como hipertensão arterial sistêmica, arritmias, epilepsia), os pacientes com câncer acabam expostos a diversos fármacos.

Além disso, os pacientes frequentemente apresentam mudanças do ritmo gastrointestinal, mucosites (inflamação das mucosas), alterações hepáticas e renais, mudanças no peso corporal e retenções de líquidos, que acabam por influenciar ainda mais a forma como os medicamentos são absorvidos, metabolizados e distribuídos pelo corpo.

Por isso, é importante utilizar medicamentos com o aval do seu médico oncologista, principalmente no caso dos pacientes em tratamento de câncer.

No A.C.Camargo Cancer Center, um farmacêutico oncológico, que entende todas as necessidades de um paciente com câncer, faz um acompanhamento importante de quem toma a quimioterapia oral, a fim de minimizar quaisquer efeitos adversos. 

Foto da paciente Fernanda Poli, uma foto de seu rosto.
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A quimioterapia do A.C.Camargo conta com profissionais extremamente atenciosos, competentes e que tratam os pacientes de forma individualizada. Fico muito segura em minhas aplicações com todos os protocolos de segurança da instituição.
Fernanda Poli, publicitária
Ícone de uma bolsa de infusão

A quimioterapia e o seu dia a dia

Não, você pode manter as atividades normais, mas avise o médico a qualquer reação estranha. Alguns pontos importantes: 

  • Sono: é importante dormir bem e repousar, sobretudo depois da sessão, pois o corpo descansado responde melhor ao tratamento, algo que ajuda a reduzir os efeitos colaterais 
  • Menstruação: podem haver alterações no ciclo menstrual, seja no aumento ou na redução do fluxo de sangue, quadros que pedem que o médico seja avisado  
  • Tratamento dentário: só deve ser realizado caso o seu médico autorize
  • Outros medicamentos: informe o médico caso tenha a necessidade de tomar um novo remédio por outro problema de saúde 

Um estudo realizado na Holanda e apresentado no congresso da ASCO (Sociedade Americana de Oncologia Clínica) identificou que pacientes que fizeram exercícios físicos supervisionados e que começaram a quimioterapia – esta, com intenção curativa, em pacientes não metastáticas – tinham uma melhora na qualidade de vida e redução na fadiga.

Sem dúvida, o bem-estar pela diminuição na cansaço e a melhora na qualidade de vida são fatores fundamentais para um ganho no quadro do paciente.

Aviso: qualquer prática de atividade física deve ser supervisionada e acompanhada junto com seu médico oncologista e seu fisiatra.

Você pode manter suas atividades de trabalho como sempre.

Em tempo: comunique o médico se houver qualquer reação do tratamento. 

Evite a exposição ao sol durante o ano todo.

Lembre-se: no verão, a temperatura mais alta e o maior período de luz solar podem ser ainda mais prejudiciais, sobretudo em exposições prolongadas .

Aposte nos horários antes das 10h e depois das 16h.

Além do protetor solar, é indicado utilizar uma proteção (chapéus e lenços são uma boa pedida).  

A quimioterapia não prejudica as relações sexuais, mas vale ressaltar que a gravidez tem de ser adiada durante o tratamento.

O tratamento de quimioterapia evoluiu muito nos últimos anos, possibilitando que o paciente receba o tratamento em um centro ambulatorial. Até mesmo tratamentos que requerem infusão prolongada de quimioterápicos (até 48 horas, por exemplo) podem ocorrer com dispositivos portáteis (as chamadas bombas de infusão portáteis). Somente em situações muito específicas o paciente precisa ficar internado, em um ambiente hospitalar, para seguir o tratamento. 

Mesmo assim, é fundamental que pacientes e familiares tenham orientações precisas sobre atividades rotineiras e manejo de sintomas relacionados ao tratamento. Por isso, em um centro de infusão ambulatorial especializado, como no A.C.Camargo, o paciente é orientado antes de iniciar a sessão, acompanhado por profissionais durante a administração de medicamentos de suporte (que aliviam sintomas como náuseas e vômitos) e são liberados somente após avaliação do enfermeiro especializado, com orientações sobre os cuidados em casa.

No A.C.Camargo, o paciente também é acompanhado durante toda a jornada por uma equipe de enfermagem com formação em oncologia e médicos oncologistas de plantão, garantindo a segurança e a qualidade do tratamento, além do bem-estar do paciente.
 

O grande dia: o momento da última sessão de quimioterapia

Muitas vezes considerada como término de um ciclo, a químio derradeira reforça a esperança de cura e de uma nova vida

Quimioterapia: durante a descoberta de um câncer, amigos e familiares vivenciam junto com o paciente as várias etapas que envolvem o tratamento oncológico. É uma mistura de sentimentos, como a esperança de cura, perseverança, paciência, força, determinação e também medos e angústias.

A derradeira sessão não costuma ser diferente das demais: o paciente faz o procedimento conforme a recomendação do médico oncologista na Instituição e é acompanhado por algumas horas pela equipe de quimioterapia, que verifica seu bem-estar. O paciente pode ou não estar acompanhado e cada um reage de uma maneira ao tratamento.

Nascer de novo após a quimioterapia

"A última sessão de químio é um dia importante, um marco na vida do paciente. Eles demonstram muito alívio e esperança no tratamento, muitos dizem para nós que é como se nascessem de novo", explica Hernandes Cerqueira, enfermeiro supervisor da Central de Quimioterapia do A.C.Camargo Cancer Center. Essa matéria também teve a contribuição de Luciane Helena Tomassini, Regiane Conceição e Marcos José da Silva, enfermeiros e enfermeiras que fazem parte da equipe juntamente com Hernandes.

Diariamente, Hernandes acompanha e orienta pacientes em sessões de quimioterapia na Instituição. Ele diz que cada um reage de uma maneira ao fim do tratamento e é preciso ter empatia em cada caso. "Cada paciente é diferente. Alguns estão muito felizes e alegres e outros, ansiosos e com medo. Reações como essas são naturais, principalmente porque o tratamento é uma luta real travada contra o câncer. Por isso, a equipe multiprofissional atua durante toda a medicação, promovendo cuidado e suporte necessários", diz.

O tratamento quimioterápico só termina após a conclusão dos ciclos prescritos pelo médico oncologista responsável. Em algumas situações, é possível ocorrer mudanças de protocolo caso, em consulta, o médico identificar a não-efetividade do tratamento.

A vida após o câncer

Alguns pacientes, segundo Hernandes, relatam dificuldade em retornar à vida "normal" após a quimioterapia, por sentirem medo e solidão, muitas vezes. "Temos pacientes que passaram a enxergar a vida de forma mais positiva ou negativa. Seja como for, desempenhamos um papel de apoio para que ele consiga retornar de forma gradativa às atividades da vida", conta.

O apoio de amigos e familiares neste momento é fundamental. Estar em família não somente deixa o paciente mais confortável, mas também estimula uma visão otimista da situação vivida. "Família e comunidade são peças fundamentais para essa nova fase, quanto mais seguro o paciente estiver, melhor será sua recuperação e sua qualidade de vida", diz.

Na Central de Quimioterapia do A.C.Camargo, a comemoração da última químio é celebrada em conjunto: paciente, familiares e equipe multiprofissional. Disponibilizamos uma placa de "Última Quimioterapia" para o paciente, reforçando o momento importante de vida e os cuidados para a continuidade do tratamento.

“Toda última sessão é emocionante para nós da equipe de Quimioterapia. Compartilhar esse momento junto com familiares e amigos do paciente faz tudo valer a pena. Estamos aqui para salvar vidas”, diz.

Diana Zendaia
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Para fazer a quimioterapia, fui encaminhada a Dra. Solange Sanches que, para minha surpresa, é mãe de dois queridos ex-alunos . Ela me tranquilizou e me senti segura para iniciar as sessões.
Diana Zaraya, professora

Por que o A.C.Camargo Cancer Center?

Um Cancer Center não é um hospital, é uma plataforma completa de atendimento, incluindo prevenção, investigação, estadiamento, tratamento, cuidados paliativos e reabilitação. Tudo no mesmo local.