O farmacêutico oncológico sempre foi fundamental no tratamento do câncer.

Atualmente, com a crescente onda de incorporação de tecnologias em saúde no mercado brasileiro, como a imunoterapia e as terapias-alvo, o trabalho de um farmacêutico clínico ganhou ainda mais relevância.

Este profissional deve ter um elevado nível de conhecimento em diversas áreas da saúde, como farmacologia, oncologia, cálculos, farmacovigilância, interpretação de exames laboratoriais, esquemas terapêuticos, terapia antiemética (medicamentos que aliviam sintomas relacionados com o enjoo, náuseas e vômitos) e antiálgica (proteção e controle da dor), além do pleno entendimento de conceitos como plano terapêutico, projeto terapêutico, medicamentos genéricos, similares e biológicos – onde se incluem também os biossimilares, entre tantos outros.

Farmacêutico(a) e o câncer

Na área oncológica, o farmacêutico contribui com a equipe multiprofissional na prevenção, promoção e recuperação da saúde dos pacientes através do gerenciamento do uso dos medicamentos.

Entre as atribuições do farmacêutico estão:

• O desenvolvimento de atividades de farmácia clínica e cuidados farmacêuticos ao paciente com câncer, visando o uso seguro dos medicamentos e promovendo a integração do profissional com as equipes assistenciais, o paciente e seus familiares.
• A participação nas comissões técnicas e científicas da Instituição, colaborando com a disseminação do conhecimento.
• A atuação ativa na identificação precoce, prevenção, orientação e no monitoramento de possíveis reações adversas.
• A garantia para as condições de preparo de medicamentos, considerando as características físico-químicas e microbiológicas.
• A seleção de medicamentos e a qualificação técnica de fornecedores.
• A promoção da garantia e do controle de qualidade de medicamentos estéreis.
• A manutenção da segurança ocupacional e ambiental.

Farmacêutico oncológico: formação

Para esses profissionais atuarem na área oncológica, é necessário, além da graduação em Farmácia, outros títulos de qualificação profissional como:

• Pós-graduação latu sensu em oncologia reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC);
• Residência em oncologia em programas credenciados pelo MEC;
• Título de especialista emitido pela SOBRAFO – Sociedade Brasileira de Farmacêuticos em Oncologia.

Dessa forma, considerando a visão integrada em oncologia e o paciente no centro do cuidado, o farmacêutico oncológico precisa colaborar de forma interdisciplinar com a equipe assistencial para assegurar a oferta de um tratamento medicamentoso bem indicado, eficaz e seguro.