A cirurgia robótica foi destaque no segundo dia de apresentações no Next Frontiers to Cure Cancer. O Dr. Stênio de Cassio Zequi, líder do Centro de Referência de Tumores Urológicos, conduziu os trabalhos da sala. Foram discutidos pontos como a importância da formação de cirurgiões que operam por robô, as certificações, a efetividade dessa prática e as vantagens assistenciais, além de sua custo-efetividade.
O procedimento, que é minimamente invasivo, traz diversos benefícios para pacientes quando comparado à cirurgia convencional.
O A.C.Camargo Cancer Center é um dos principais centros da América Latina especializados em cirurgia robótica para o câncer. Além de especialista em oncologia, a experiência em robótica torna a Instituição uma referência neste tipo de procedimento para tratamento de tumores.
Porém, para aproveitar o máximo potencial da cirurgia robótica, é preciso uma equipe multidisciplinar de especialistas em oncologia que atuam de forma integrada. Por isso, esse tipo de procedimento desse levar em consideração também o contexto de tratamento e como os demais profissionais, como nutricionistas e fisioterapeutas, por exemplo, estão capacitados.
O trabalho destes profissionais na preparação do paciente para o procedimento também é importante. O preparo físico, nutricional e psicológico antes da cirurgia são essenciais para que o paciente tenha uma recuperação mais segura e eficiente.
Em uma das salas de transmissão, no segundo dia de sessões do evento, o Dr. Stênio de Cassio Zequi explanou sobre a especialização da Instituição. São 9 anos e mais de 3.600 cirurgias.
Segundo o Dr. Stênio, o programa de cirurgia robótica é um sucesso e muito bem estabelecido devido estratégias mercadológicas, programas de ensino e alta especialização de todos envolvidos no processo. “No Brasil, temos 90 robôs. Somente em São Paulo 32 e, mesmo assim, o A.C.Camargo foi um dos hospitais que mais operou por robótica durante a pandemia”, comenta o especialista.
Já o Dr. Luiz Paulo Kowalski, Líder do Centro de Referência em Tumores de Cabeça e Pescoço, abordou o ensino de Cirurgia Robótica em fellowship de um cancer center. Entre seus comentários, a necessidade de levar assistência de qualidade para a população. “São 4.8 bi de pessoas no mundo que não têm acesso a cirurgias de qualidade”, dado que reforça a necessidade de ampliação de ensino, pesquisa e assistência no planeta.
Ainda tivemos a participação do Dr. Héber Salvador De Castro Ribeiro, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica, que trouxe a importância das certificações. Segundo o Dr. Héber, as entidades de classe, como SBCO, tem um papel importante para assegurar as certificações de qualidade no país e, dessa forma, contribuir diretamente com o desenvolvimento da técnica e com o desfecho clínico para pacientes.
O Dr. Walter Henriques da Costa, Gerente Médico do A.C.Camargo Cancer Center, finalizou o encontro trazendo o olhar da gestão sobre a cirurgia robótica, enumerou algumas vantagens diretas do procedimento, além de salientar o custo-efetividade. “Se num primeiro momento a cirurgia robótica se apresenta como mais cara para as operadoras de saúde, em médio e longo prazo mostra-se mais efetiva, pois reduz as complicações clínicas e retornos aos especialistas, tornando o processo todo menos dispendioso".
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