Nossa História
Nossa História
Nascemos em 1953 a partir do sonho e da persistência de Antonio e Carmen Prudente. Há mais de 70 anos, acreditamos que a vida é muito maior do que o câncer.
Nascemos em 1953 a partir do sonho e da persistência de Antonio e Carmen Prudente. Há mais de 70 anos, acreditamos que a vida é muito maior do que o câncer.
Fundado em 23 de abril de 1953 batizado primeiro de Hospital do Câncer, o A.C.Camargo traça uma trajetória de protagonismo e inovação no tratamento oncológico no Brasil. Atendemos 100 mil pacientes por ano e possuímos expertise para tratar todos os tipos de câncer, até os mais raros. A instituição foi a primeira no país a implantar o modelo Cancer Center.
“Um Cancer Center não é um hospital, é uma plataforma completa de atendimento a pacientes oncológicos, resolvendo todas as necessidades, incluindo prevenção, investigação de casos suspeitos, estadiamento, tratamento, reabilitação e cuidados paliativos. Tudo é feito no mesmo local, para qualquer câncer, qualquer complexidade, com profissionais especializados em cada tumor, em cada etapa da jornada oncológica", explica Dr. Victor Piana, CEO da instituição. “Queremos que o paciente viva tanto quanto esperava viver antes do câncer e com a melhor qualidade de vida. Muitas vezes vive até melhor, porque ajudamos a resignificar a vida e os hábitos ficam mais saudáveis depois do câncer”, completa.
Um Cancer Center cuida das pessoas. E em alguns momentos pode precisar de hospital, mas precisa cada vez menos. A essência está nos profissionais especializados, organizados em times multidisciplinares para atender qualquer necessidade na hora certa, com a pessoa certa, do jeito certo. Por jeito certo entendemos o protocolo clínico baseado na melhor evidência cientifica e jornadas eficientes para reduzir o tempo e o esforço para o início do tratamento.
Para saber como chegamos aqui, vamos voltar um pouco no tempo.
Em 1938, em Berlim, médicos brasileiros visitaram centros de medicina germânicos. Na viagem, estavam o cirurgião Antônio Prudente Meireles de Moraes, de 32 anos, e a jornalista Carmen Annes Dias, de 27 anos, filha do chefe da comitiva brasileira e médico pessoal do presidente Getúlio Vargas.
Antônio Prudente encantou-se com a jornalista poliglota, que falava inglês, francês, alemão, italiano, espanhol e já tinha escrito seu primeiro livro de viagens, "Do Brasil ao Japão". Prudente declarou-se para Carmen durante um jantar, quando entregou, por baixo da mesa, um livro de sua autoria para ela, com a dedicatória. "Que Deus nos una para sempre e que nosso pensamento seja um só: a luta contra essa doença terrível". Dois meses depois, os dois estavam casados.
Em 1939, o câncer era uma das doenças que mais matavam. Em São Paulo e no Rio, o Anuário Estatístico do Brasil (IBGE) apontava como principais causas de óbito as doenças do aparelho circulatório, a tuberculose e o câncer. Prudente pensava em transformar a APCC (Associação Paulista de Combate ao Câncer) num hospital. A proposta era oferecer assistência médica hospitalar contra tumores malignos, disseminar informação para a sociedade e aperfeiçoar o conhecimento dos médicos na área de Oncologia. No entanto, era necessário capital financeiro. Ele veio em 1943, pelas mãos do Comendador Martinelli, paciente do cirurgião Antônio Prudente. Martinelli doou 100 contos de réis, que foram rapidamente transformados em mil contos de réis graças a campanhas de doações para a construção do hospital.
Com o fim da guerra, em 1945, a APCC promoveu campanha para arrecadação de donativos e conscientização sobre a doença. No dia 1º de maio, foi lançada por Carmen Prudente a primeira Campanha Contra o Câncer, com a distribuição de 25 mil cartazes colados nos muros da cidade. São Paulo acordou sabendo que o câncer existia e deveria ser enfrentado.
Carmen Prudente criou, em 1946, a Rede Feminina de Combate ao Câncer, uma organização que começou sendo composta por uma divisão de 40 chefes, com a proposta de alistar 31 mil pessoas para o combate ao câncer. Ela mobilizou a população de São Paulo em torno da construção de um hospital do câncer por meio da criação de um concurso para arrecadação de fundos. O vencedor foi um jovem estudante de Medicina chamado Humberto Torloni, filho de imigrantes italianos e que mais tarde ocuparia posição de destaque na OMS (Organização Mundial de Saúde).
A campanha teve sucesso tão grande que, naquele mesmo ano, a APCC conseguiu viabilizar a tão sonhada primeira Clínica de Tumores. De 1946 a 1953, a Clínica de Tumores funcionou no ambulatório do Hospital Santa Cruz. Além de cirurgia, havia serviço de fisioterapia e radioterapia, com aparelhagem trazida dos Estados Unidos.
O antigo mestre de Prudente e presidente da APCC, Antônio Cândido de Camargo, morreu meses depois da inauguração da clínica, em 20 de fevereiro de 1947. Assumiu a presidência da entidade outro professor de Antônio Prudente na Universidade de São Paulo, Celestino Bourroul, que durante toda a vida chefiou a Medicina de Homens da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e que, como mestre, era considerado por muitos a própria vida da Faculdade de Medicina.
Grande mentor de Antônio Prudente, o cirurgião Antônio Cândido de Camargo presidiu a Associação Paulista de Combate ao Câncer – embrião do Hospital do Câncer – até sua morte, em 1947.
Desde a fundação da Faculdade de Medicina, em 1913, até 1934, Camargo foi professor responsável pela cadeira de clínica cirúrgica. O mestre transmitiu ao seu discípulo, Antônio Prudente, os primeiros ensinamentos na área e todo conhecimento adquirido em Genebra, na Suíça, e em Viena, na Áustria.
Camargo pertenceu à equipe de Jacques Reverdin, um dos grandes nomes da cirurgia no século 20. No Brasil, foi pioneiro em neurocirurgia e trouxe importantes contribuições para o tratamento de tumores de cérebro e medula. Em sua homenagem, o Hospital do Câncer passou a se chamar A.C.Camargo Cancer Center.
Em 1948, Antônio Prudente fincou no bairro da Liberdade, em São Paulo, a pedra fundamental do Hospital do Câncer. Parte do terreno – uma área de 1.400 metros quadrados – era um charco onde descansavam cavalos de charretes . O Hospital do Câncer foi projetado ali pelo arquiteto modernista Rino Levi. De sua prancheta saiu a estrutura com o amplo mezanino sobre o qual se apoiavam 13 andares, e que seria considerada um belo exemplar de arquitetura funcional. Levi projetou janelas que afastassem o sol e o ruído excessivo, como uma premonição do que São Paulo se tornaria.
Nasceu, enfim, em 23 de abril de 1953 o primeiro Hospital do Câncer de São Paulo construído com o dinheiro da população, e a ela destinado, sem ligação a nenhuma instituição de saúde oficial brasileira, sem respaldo financeiro de nenhuma organização religiosa, tampouco patrocínio de colônias de imigrantes, como era usual.
De lá pra cá, a instituição viveu momentos difíceis e sempre se reergueu com apoio da sociedade. Nasceu com o propósito de ajudar as pessoas, todas as pessoas, independentemente de classe social, e elas reconheciam o trabalho da instituição, dos médicos, que por alguns momentos trabalharam de forma voluntária, e de tantos outros profissionais de saúde. Até se profissionalizar, passaram-se anos. Hoje, á uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que segue sua missão de superar o câncer, oferecendo os melhores tratamentos com uma jornada completa de cuidado.
Para conhecer detalhes da nossa história, baixe o livro O Sonho de Carmen.
Você sabia?
O famoso e acolhedor sorriso de Carmen está representado na nossa marca.
Linha do tempo
Nossa visão
Os tratamentos oncológicos evoluíram exponencialmente nos últimos 20 anos. Passamos, desde nossa fundação há mais de 70 anos, por várias fases e visões. Nós, enquanto instituição médica e científica, e a sociedade, com sua percepção, vivência e época.
Ressaltamos aqui três momentos distintos e que demonstram a mudança na forma de encarar a doença.
- A palavra câncer não era pronunciada. Era comum se referir como “aquela doença”, vista como incurável. Era como uma sentença de morte.
- Entramos na época do combate, da luta, dos termos bélicos para encarar e, talvez, motivar quem passava pelo tratamento.
- Agora, estamos em um momento novo, em que não queremos mais ficar no combate, porque não há uma guerra. Queremos superar o câncer, viver com ele, se for preciso, sem perder qualidade de vida, sem deixar de fazer o que tem valor. O câncer, cada vez mais, é tratado como uma doença crônica.
Aqui no A.C.Camargo Cancer Center, gostamos de uma frase, que virou quase um mantra:
Mais vida no seu tempo. Mais tempo na sua vida.
Nossa Visão
Um mundo que supera o câncer.
Nosso propósito
Honrar a vida, desafiando as fronteiras da oncologia, promovendo educação e ensino para a sociedade.
Valores
- Respeito à vida
- Gerar e compartilhar conhecimento
- Compromisso social
- Consciência no uso dos recursos
- Excelência sempre
Um Cancer Center não é um hospital, é uma plataforma completa de atendimento, incluindo prevenção, investigação, estadiamento, tratamento, cuidados paliativos e reabilitação. Tudo no mesmo local.