Outubro Rosa: poderei engravidar após o tratamento de um câncer?

Outubro Rosa: poderei engravidar após o tratamento de um câncer?

 
Publicado em: 07/10/2020 - 18:10:19
Linha Fina

Mulheres diagnosticadas com tumores de mama têm a opção de recorrer ao congelamento dos óvulos para preservar a fertilidade

 

Outubro Rosa: muitas pacientes, ao serem diagnosticadas com câncer de mama, podem ter receios sobre o efeito da medicação em sua fertilidade. Com os avanços tecnológicos e científicos da medicina, porém, o desejo de ser mãe biológica não precisa ser deixado de lado, necessariamente, por conta da doença.

O câncer de mama é um tumor frequente. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), serão 73.610 novos casos em 2023 no Brasil, muitos deles atingindo mulheres em sua idade fértil, ou seja, quando ainda ovulam, têm período menstrual e podem engravidar.

O tratamento contra o câncer de mama pode evoluir para a infertilidade em pelo menos, cerca de 40% a 50% dos casos. Isso varia conforme o tipo de tratamento empregado, e a idade da paciente. Mulheres muito jovens, por exemplo, têm uma chance maior de retorno natural da fertilidade, mas também devem realizar preservação dos óvulos.

“Quando as pacientes chegam ao consultório, o assunto da gravidez quase sempre vem à tona. Por isso, antes de iniciar o tratamento oncológico, converso sobre medidas de preservação de fertilidade, como captação de óvulos que ficam congelados para que possam ser utilizados quando a paciente puder engravidar com segurança”, explica a médica oncologista Solange Moraes Sanches, vice-líder do Centro de Referência em Tumores da Mama.

A especialista alerta que essa recomendação deve ser feita para pacientes que possuem tipos de câncer curáveis, com baixo risco de reincidência.

“Cada caso deve ser avaliado individualmente, pensando no bem-estar da paciente. Mas, caso a mulher tenha desejo de ser mãe, é válido pensar em formas alternativas de fertilização”, explica.


Gravidez e tratamento oncológico

Após o tratamento, a mulher deve tomar alguns cuidados. Nos casos em que a paciente faz o uso de hormonioterapia (com tamoxifeno, por exemplo), ela precisa esperar de três a seis meses antes de tentar uma gravidez sem a medicação.

“O tempo em que ela é liberada após o tratamento pode variar de dois anos, no caso de tumores de baixo risco, até o término do tratamento completo, em aproximadamente cinco anos. É importante ressaltar que isso é decidido de forma personalizada, a depender do risco de reincidência do tumor. Cada organismo reage à suspensão do tratamento de formas diferentes”, reforça a especialista.


Durante o tratamento oncológico

Algumas mulheres podem ser diagnosticadas com câncer durante a gravidez. Nesses casos, durante o primeiro trimestre de gestação, elas não podem receber quimioterapia, sob risco de afetar a viabilidade do bebê. 

“Em casos específicos, a paciente pode receber quimioterapia com medicamentos que não prejudicam a gravidez partir do segundo trimestre. São situações raras e de alta complexidade, que necessitam de uma avaliação rigorosa por parte da equipe médica”, diz.

O A.C.Camargo possui um Centro de Referência dedicado ao diagnóstico, tratamento e à reabilitação das pacientes diagnosticadas com câncer de mama.

É um atendimento global e personalizado, desde o diagnóstico preciso, passando pelo planejamento individualizado do tratamento, recursos para reabilitação física e emocional de cada paciente até a retomada da rotina pessoal e profissional.

Solange Moraes Sanches

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