No A.C.Camargo Cancer Center, a tecnologia salva vidas
No A.C.Camargo Cancer Center, a tecnologia salva vidas
Cirurgia robótica, inteligência artificial, dermatoscopia, monitoramento remoto... Conheça as vantagens tecnológicas que operam a serviço do paciente e garantem as melhores práticas no combate ao câncer
Cirurgia robótica, inteligência artificial, dermatoscopia, monitoramento remoto... Conheça as vantagens tecnológicas que operam a serviço do paciente e garantem as melhores práticas no combate ao câncer
Para garantir as melhores práticas em oncologia, não basta ter um corpo clínico de excelência, ainda que isso seja essencial.
A tecnologia é uma grande aliada e tem de se fazer presente para ajudar a melhorar as vidas dos pacientes.
Quando se fala em tecnologia em saúde, abordamos uma ampla gama de recursos, que vão desde medicamentos até dispositivos e equipamentos, passando pelo que chamamos de saúde digital – o uso de aplicativos, softwares e algoritmos de inteligência artificial que ajudam a diagnosticar e tratar os pacientes.
Cirurgia robótica: vantagens
Uma das grandes inovações deste milênio foi a cirurgia robótica.
Desde que o FDA americano aprovou a utilização da plataforma robótica para cirurgias, a técnica não para de crescer.
Cerca de 1,2 milhão de cirurgias robóticas são realizadas anualmente mundo afora. No Brasil, onde a técnica começou em 2008, o número de operações por robô se aproxima dos 40 mil, com estimativa de aumento de 20% ao ano, de 2022 em diante.
O A.C.Camargo, que adquiriu seu primeiro robô Da Vinci em 2013, já realizou 2.829 cirurgias robóticas até o final do ano passado – em 2020 aconteceram 264 destas operações na Instituição, 175 delas em urologia.
Esse crescimento acontece porque a robótica proporciona ao cirurgião uma melhor visão da área que está sendo operada, além de contar com instrumentos robóticos que permitem movimentos mais precisos que os utilizados nas cirurgias convencionais (aberta ou videolaparoscopia).
É que o robô Da Vinci conta com quatro braços manipuláveis: em um deles está a câmera e, nos demais, os instrumentos da cirurgia. O cirurgião pode fazer até cinco pequenos cortes no local a ser operado. A câmera e os instrumentos são colocados por meio das incisões.
O cirurgião fica posicionado na unidade de controle e enxerga a área de operação em uma tela que permite uma visão 3D (com noção de profundidade, ao contrário da laparoscopia, que é 2D), que pode ampliar de 10 a 12 vezes a imagem para observar pequenos detalhes.
Outras vantagens da robótica são: o menor tempo de internação, menos tempo com o dreno, menor perda sanguínea, menos dor, avaliação mais precisa do estadiamento do câncer, ou seja, a pessoa se recupera mais rapidamente.
Segundo o Dr. Carlos Alberto Ricetto Sacomani, assessor médico de TI e urologista do A.C.Camargo, a Instituição sempre se notabilizou pela incorporação das mais novas tecnologias para o benefício dos pacientes.
“Em 2013, quando começamos, poucos hospitais no país dispunham de cirurgias robóticas. Já na radioterapia, instalamos, recentemente, um novo acelerador linear. Na anatomia patológica, buscamos ampliar os recursos de patologia digital. Já na área de saúde digital, estamos analisando aplicativos e algoritmos de inteligência artificial possam ser utilizados no auxílio ao diagnóstico e tratamento dos pacientes, algo que deve ser feito com cuidado e respaldo científico”, explica o Dr. Sacomani.
No âmbito do Ensino, o A.C.Camargo Cancer Center é a primeira instituição a ter um programa de treinamento (fellowship) para cirurgiões em robótica nas especialidades de urologia, cabeça e pescoço.
Exames e monitoramento remoto
Todas essas tecnologias têm impacto no desfecho clínico. No diagnóstico, um exame de destaque é a dermatoscopia, método não invasivo que auxilia na avaliação das lesões pigmentadas da pele.
É feito com o dermatoscópio, instrumento que permite uma visualização precisa para o diagnóstico de suspeitas de câncer de pele, o mais comum no Brasil.
Além de um pronto atendimento digital, importante sobretudo em tempos de covid-19, o Dr. Sacomani destaca ainda o pioneirismo no monitoramento remoto iniciado para pacientes que fazem imunoterapia – as queixas dos pacientes são divididas em alertas vermelho e amarelo.
De janeiro a julho de 2021, dos 166 pacientes que interagiram com a plataforma de monitoramento remoto – muitos, mais de uma vez –, houve 169 queixas de perda de força nos membros, 150 de dores musculares e 111 reclamações de náusea, por exemplo, todos estes sintomas que são analisados e trabalhados à distância.
“Esta tecnologia nos aproxima mais do paciente, mesmo que ele não esteja no A.C. fisicamente. Sem dúvida, um acompanhamento mais frequente e à distância poderá detectar mais precocemente eventos adversos e, com isso, atuar rapidamente para tratá-los, com claro impacto nos desfechos clínicos”, afirma o especialista.
Custo-efetividade
Com a gestão correta dos recursos, o A.C.Camargo consegue direcionar melhor seus investimentos, sempre com o foco em trazer o melhor para o paciente.
Em janeiro, a equipe de urologia publicou um estudo no Journal of Robotic Surgery com 149 pacientes tratados com cirurgia de próstata aberta e outros 56 pacientes tratados com cirurgia robótica.
“A robótica demonstrou melhor custo-efetividade. Este tipo de análise em todas as tecnologias empregadas é importantíssimo para evitar o desperdício e alocarmos os recursos adequadamente”, encerra o Dr. Carlos Sacomani.
Um Cancer Center não é um hospital, é uma plataforma completa de atendimento, incluindo prevenção, investigação, estadiamento, tratamento, cuidados paliativos e reabilitação. Tudo no mesmo local.