Próstata | A.C.Camargo Cancer Center Pular para o conteúdo principal

Próstata

Na maioria das vezes, começa a se desenvolver após os 30 ou 40 anos de idade. Costuma se desenvolver lentamente e, maioria das vezes, poucos são os casos de maior agressividade. O câncer mais comum da próstata é o adenocarcinoma, que tem origem nessas glândulas produtoras de sêmen. 

Doutor, tenho câncer de próstata. Posso me curar e voltar a ser feliz?

Em artigo para a Veja, Dr. Stênio de Cássio Zequi, líder do Centro de Referência em Tumores Urológicos do A.C.Camargo, explica que a vida após o tratamento existe, e ela pode ter mais qualidade de vida e, inclusive, prazer sexual. Tudo começa com o diálogo aberto., 

Publicado em:

Doutor, tenho câncer de próstata. Posso me curar e voltar a ser feliz?

Em artigo para a Veja, Dr. Stênio de Cássio Zequi, líder do Centro de Referência em Tumores Urológicos do A.C.Camargo, explica que a vida após o tratamento existe, e ela pode ter mais qualidade de vida e, inclusive, prazer sexual. Tudo começa com o diálogo aberto., 

Ainda é comum, principalmente na urologia oncológica, que o paciente sequer fale o nome da doença. O tabu é tanto que o câncer é chamado de “a doença” ou “esse destino”. E o local acometido, a próstata, passa a ser referido como “lá”.

O assunto é tão cheio de tabus e palavras não ditas que o único prejudicado é o homem.

O primeiro tabu a ser derrubado é o de que “quem procura, acha”. Muitos homens não vão ao médico por receio de receberem um diagnóstico. Isso não faz nenhum sentido, pois é exatamente a detecção precoce do câncer de próstata que mais salva vidas.

A cada ano que passa, maior é a probabilidade de que a doença surja, uma vez que ela responde por 30% de todos os cânceres (exceto pele não-melanoma) diagnosticados entre homens.

O diagnóstico precoce garante não apenas uma maior chance de cura, como também mais qualidade de vida, uma vez que o tratamento será menos invasivo e menos tóxico. Em alguns casos, apenas a vigilância do tumor é suficiente por alguns anos, sem necessidade de cirurgia ou radioterapia por longo prazo.

Quando falamos em qualidade de vida neste cenário, estamos falando principalmente de controle de urina e de vida sexual. E aqui voltamos à zona do tabu. Existem homens que perdem a oportunidade de fazer cedo o diagnóstico ou recusam o tratamento por medo das consequências das terapias.

O fato é que toda cirurgia pode resultar em alguma alteração nos vasos sanguíneos e nervos dos arredores. Assim como o tratamento medicamentoso pode implicar em toxicidade. Porém, apesar dos efeitos indesejados, tais estratégias permitem a continuidade da vida, e somente assim podemos ir em busca de qualidade de vida.

Fertilidade e potência

No quesito sexualidade, dois temas são essenciais de se conversar com seu médico. A fertilidade e a potência.

No primeiro, é preciso esclarecer, sim, alguns dos tratamentos tem probabilidade de afetar a capacidade de ter filhos. Se o homem em questão ainda tem o desejo de ser pai ou considera essa possibilidade, aconselhamos uma coleta de sêmen para uma futura fertilização in vitro.

Neste ponto, como em tantos outros, é importantíssimo conversar com sua companheira ou companheiro. Ao não falar sobre isso, o casal não se permite pensar na vida após o tratamento. E sim, ela existe.

Por outro lado, a capacidade de ter relações sexuais após cirurgias para câncer de próstata e outros tumores pélvicos pode ser mantida com modernas técnicas de cirurgias minimamente invasivas e de reabilitação pós-intervenções. Existem grandes chances de recuperação total e muitas abordagens possíveis, embora o prazo possa chegar a 18 meses.

Importante dizer que a reabilitação tem como objetivo retornar o vigor ao que o paciente tinha anteriormente à intervenção, então não dá para ter a ilusão de que é possível voltar aos 20 anos, por exemplo. Às vezes, quando os pacientes recebem tratamento hormonal, a libido se reduz significativamente.

Em geral, iniciamos os tratamentos com drogas orais para ereção. Se estas não surtem efeito, podemos empregar tratamentos específicos, como injeções medicamentosas no interior do corpo cavernosos do pênis, em pequenas quantidades, prévia à prática sexual.

E, se ainda assim não houver sucesso ou a adaptação for difícil, existe a possibilidade de uma prótese peniana, uma solução mais definitiva, que além de imperceptível, permite o controle da ereção em qualquer momento, mantendo a espontaneidade do encontro afetivo.

Apoio psicológico, com profissional especializado também é fundamental nessa jornada. Da mesma maneira que cada paciente terá um tratamento único para sua cura, a trilha da recuperação também se faz de forma única.

Em todos os casos, ter uma rede de apoio, principalmente do par amoroso, é imprescindível para um caminho o mais suave possível. O ideal é que completemos a jornada com saúde, qualidade de vida e felicidade.
 

Podcast Rádio Cancer Center #69 - Novembro Azul: fatores comportamentais e prevenção para tumores urológicos

Ouça este episódio e saiba quais hábitos podem colocar sua saúde em risco

Publicado em:

Fundo verde escuro e um jovem branco sorrindo

Podcast Rádio Cancer Center #69 - Novembro Azul: fatores comportamentais e prevenção para tumores urológicos

Fundo verde escuro e um jovem branco sorrindo

Ouça este episódio e saiba quais hábitos podem colocar sua saúde em risco

Fatores comportamentais e prevenção para tumores urológicos, o tema do episódio #69 do podcast Rádio Cancer Center.

Nele, o Dr. Walter Henriques da Costa, médico titular do Centro de Referência em Tumores Urológicos e gerente médico do A.C.Camargo, relata quais comportamentos colocam você em risco.

Atividade física, HPV, alimentação, álcool e cigarro estão em pauta.

Em tempos de Novembro Azul, saiba tudo neste podcast:


Se preferir, ouça este podcast em nossos agregadores de streaming: Spotify, SoundCloud, Google Podcasts e Deezer.

 

Podcast Rádio Cancer Center #67 - Vigilância ativa para câncer de próstata: quando é melhor "não tratar"

Ouça este episódio e conheça as novidades e os perfis de pacientes que se encaixam

Publicado em:

Médico mostra corpo humano para paciente, ambos brancos

Podcast Rádio Cancer Center #67 - Vigilância ativa para câncer de próstata: quando é melhor "não tratar"

Médico mostra corpo humano para paciente, ambos brancos

Ouça este episódio e conheça as novidades e os perfis de pacientes que se encaixam

Vigilância ativa para câncer de próstata, uma decisão que é adotada é vários casos, como contamos no episódio 67 do podcast Rádio Cancer Center.

Nele, o Dr. Victor Espinheira Santos, do Centro de Referência em Tumores Urológicos do A.C.Camargo, fala sobre os casos em que é melhor monitorar um tumor com exames do que partir imediatamente para o tratamento.

O médico também se aprofunda no tratamento do câncer de próstata, cuja estimativa para este ano é de 65.840 novos casos, sendo o segundo tipo de tumor mais comum em homens no Brasil, de acordo com o INCA. 

Em tempos de Novembro Azul, saiba tudo neste podcast:

Se preferir, ouça este podcast em nossos agregadores de streaming: Spotify, SoundCloud, Google Podcasts e Deezer.

 

Podcast Rádio Cancer Center #66 - Novembro Azul: a nova biópsia transperineal e outras formas de diagnóstico precoce

Confira o episódio que explica de forma simples e objetiva a importância de detectar cedo um tumor urológico

Publicado em:

Podcast Rádio Cancer Center #66 - Novembro Azul: a nova biópsia transperineal e outras formas de diagnóstico precoce

Confira o episódio que explica de forma simples e objetiva a importância de detectar cedo um tumor urológico

A biópsia transperineal, que está chegando ao A.C.Camargo Cancer Center, é uma forma mais moderna de se fazer uma investigação de um câncer de próstata.

É o que nos conta o Dr. Éder Silveira Brazão Junior, do Centro de Referência em Tumores Urológicos do A.C.Camargo, na edição 66 do do podcast Rádio Cancer Center.

O médico também aborda as outras formas de se diagnosticar tumores urológicos precocemente, que envolve ter atenção a sinais e sintomas que pedem que você marque uma consulta com um especialista.

Em tempos de Novembro Azul, campanha que reafirma a importância de focar a atenção nos tumores urológicos, saiba mais neste podcast que detalha tudo de forma simples e objetiva:

 

Se preferir, ouça este podcast em nossos agregadores de streaming: Spotify, SoundCloud, Google Podcasts e Deezer.

 

Centro de Referência em tumores urológicos: o paciente no centro do cuidado

Novo CR é composto por profissionais de saúde de diversas áreas, especializados em tumores de próstata, bexiga, testículo, rim e pênis

Publicado em:

Centro de Referência em tumores urológicos: o paciente no centro do cuidado

Novo CR é composto por profissionais de saúde de diversas áreas, especializados em tumores de próstata, bexiga, testículo, rim e pênis

O A.C.Camargo Cancer Center inaugurou mais um Centro de Referência, desta vez, para tumores urológicos.

Parte de um Cancer Center, o CR é um grupo multidisciplinar de especialistas em oncologia, cirurgia, pesquisadores e educadores dedicados(as) a oferecer o melhor cuidado aos pacientes em todas as esferas: prevenção, diagnóstico, tratamento personalizado e reabilitação.
 

Tratamento de ponta para tumores urológicos

O paciente, ao iniciar o tratamento no CR, terá o acompanhamento integral – desde a primeira consulta até a reabilitação – dos(as) enfermeiros(as) navegadores(as), que estão presente em todos os momentos, auxiliando na marcação de consultas, exames e terapias, assim como em dúvidas pertinentes ao câncer.

Todos os tratamentos que fazemos são fundamentados em estudos científicos, assim como o uso de técnicas de alta complexidade e de cirurgia minimamente invasiva..

Ou seja, isso garante que o paciente irá receber o melhor tratamento, baseado em suas reais necessidades.

O tratamento “global”, como é feito em um CR, traz uma recuperação mais rápida ao paciente, aliado com tecnologia de ponta, como a cirurgia robótica.

O ambiente completo e integrado também oferece, em um mesmo local, pessoas, estrutura e tecnologia para o melhor tratamento do câncer.

Podcast Rádio Cancer Center #65 - Radioterapia para câncer de próstata: um novo gel e outros avanços no tratamento

Ouça este episódio e conheça as novidades e os perfis de pacientes que se encaixam

Publicado em:

Homem branco e de barba deitado numa maca entrando num túnel

Podcast Rádio Cancer Center #65 - Radioterapia para câncer de próstata: um novo gel e outros avanços no tratamento

Homem branco e de barba deitado numa maca entrando num túnel

Ouça este episódio e conheça as novidades e os perfis de pacientes que se encaixam

Radioterapia para câncer de próstata, uma modalidade de tratamento que é adotada é vários casos, como contamos no episódio 65 do podcast Rádio Cancer Center.

Nele, o Dr. Antônio Cassio Pellizzon, head do Departamento de Radioterapia, fala de um gel que agora pode ser usado no Brasil e protege de eventuais efeitos colaterais.

O médico também conta sobre as técnicas mais precisas e modernas de radioterapia, que exigem menos sessões; e de outros avanços no tratamento do câncer de próstata, cuja estimativa para este ano é de 65.840 novos casos, sendo o segundo tipo de tumor mais comum em homens no Brasil, de acordo com o INCA. 

Em tempos de Novembro Azul, saiba tudo neste podcast:

 

Se preferir, ouça este podcast em nossos agregadores de streaming: Spotify, SoundCloud, Google Podcasts e Deezer.

 

Câncer de próstata e hiperplasia prostática

As diferenças existem, mas há sintomas comuns entre essas duas doenças que acometem a próstata, por isso, é importante ficar atento e realizar os exames de rotina

Publicado em:

Câncer de próstata e hiperplasia prostática

As diferenças existem, mas há sintomas comuns entre essas duas doenças que acometem a próstata, por isso, é importante ficar atento e realizar os exames de rotina

O mês de novembro é marcado por uma série de campanhas de combate e prevenção ao câncer de próstata. Batizado como “Novembro Azul”, o objetivo principal é conscientizar homens em todo o mundo sobre a gravidade da doença.


No Brasil, de acordo com o Instituto nacional de Câncer (INCA), estima-se o diagnóstico de 65.840 novos casos de câncer de próstata em 2022. Esta estatística corresponde a cerca de 63 novos casos para cada 100mil homens. 


Ainda segundo o INCA, o câncer de próstata ocupa a primeira posição no ranking de tipos de câncer que acometem homens no Brasil, sendo: 72,35/100 mil na Região Nordeste, 65,29/100 mil na Região Centro-Oeste,  63,94/100 mil na Região Sudeste, de 62,00/100 mil na Região Sul e de 29,39/100 mil na Região Norte.


Mas você sabe qual é a diferença entre uma próstata inflamada, aumentada ou com câncer?


A próstata tem o tamanho de uma noz e contém pequenas glândulas que produzem sêmen. Ela está localizada abaixo da bexiga e na frente do reto, com a uretra. As diferenças entre o aumento ou câncer são mínimas, por isso, é vital que se procure um médico especialista ao surgir qualquer sintoma.


Próstata aumentada ou inflamada (hiperplasia)


A hiperplasia prostática, ou inflamação e o aumento da próstata, é um crescimento benigno (não sendo um câncer) do tamanho da próstata que atinge cerca de 25% dos homens na faixa dos 40 aos 49 anos. Esse aumento pode comprimir a uretra diminuindo o seu calibre e dificultando – ou até mesmo impedindo – a passagem da urina e causando inúmeros problemas.
Os principais sintomas urinários causados pela próstata inflamada (hiperplasia prostática benigna) são:


•    Dificuldade para começar urinar, jato urinário fraco ou interrompido.
•    Esforço miccional (dificuldade para urinar).
•    Sensação de não esvaziar a bexiga completamente.
•    Gotejamento excessivo após urinar
•    Urinar com mais frequência que o habitual
•    Acordar a noite para urinar (Noctúria)
•    Incontinência urinária
•    Dor suprapúbica


Câncer de Próstata


Nos estágios iniciais, o câncer de próstata, em geral, não apresenta sintomas e, por esse motivo, as visitas anuais ao urologista são fundamentais para a detecção precoce. A dificuldade para urinar pode ser sintoma de câncer que, em geral, já deve estar em fases mais avançadas), mas também da hiperplasia benigna e só um médico pode fazer o diagnóstico correto. Portanto, fique atento aos sintomas e procure seu médico, principalmente se possuir mais de 40 anos.


•    Urinar pouco de cada vez
•    Urinar com mais frequência, especialmente à noite, quando o paciente se levanta várias vezes da cama para ir ao banheiro
•    Dificuldade para urinar
•    Redução da força ou do calibre do jato urinário
•    Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga após urinar
•    Demora para iniciar o ato de urinar
•    Dor ou ardência ao urinar
•    Presença de sangue no sêmen ou na urina
•    Ejaculação dolorosa


Reiteramos que na grande maioria dos cânceres de próstata em fase inicial, que são os com maior taxa de cura e que cujo tratamento causa menos sintomas e tem menores custos, esse tumor não tem sintomas. Os sintomas acima, em geral associadosa hiperplasia beninga, quando causados pelo câncer, em geral decorrer de turmoes mais avnaçados, cujas taxas de cura são menores, os tratamentos tem maior custo e se associam a maiores efeitos colaterais.


Da mesma forma que o câncer de mama, quanto mais cedo for diagnosticado o câncer de próstata, maiores serão as chances de cura.

Câncer de próstata: um infográfico com todas as etapas de diagnóstico e tratamento

Entenda tudo que pode acontecer durante a jornada do paciente no A.C.Camargo Cancer Center

Publicado em:

Câncer de próstata: um infográfico com todas as etapas de diagnóstico e tratamento

Entenda tudo que pode acontecer durante a jornada do paciente no A.C.Camargo Cancer Center

O câncer de próstata é o segundo tipo de tumor mais comum entre os homens (atrás do câncer de pele não melanoma), com previsão, segundo o INCA, de 65.840 novos casos para 2021, algo que representa 29,2% da população masculina brasileira.

Para que você saiba exatamente como funciona o diagnóstico e o tratamento de um eventual câncer de próstata, preparamos este infográfico abaixo, com imagens que apresentam todas as etapas do cuidado.

Ou seja, tudo que pode acontecer durante a jornada do paciente no A.C.Camargo Cancer Center.

Sim, Novembro Azul está aí para reafirmar a conscientização sobre a saúde masculina e os tumores urológicos, mas você deve se cuidar o ano todo.

Confira:

Infográfico Câncer de próstata
Infográfico Câncer de próstata
Infográfico Câncer de próstata
Infográfico Câncer de próstata

+ Infográficos:

- Tudo sobre o câncer de mama

- Aproveite o verão sem riscos

O câncer de próstata tem cura

Fique atento aos fatores de risco e aos exames de rastreamento, pois a detecção precoce é fator determinante de sucesso

Publicado em:

O câncer de próstata tem cura

Fique atento aos fatores de risco e aos exames de rastreamento, pois a detecção precoce é fator determinante de sucesso

O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura do câncer de próstata. Fique atento aos fatores de risco, formas de prevenção e quais exames são indicados para detectar precocemente o tumor.

Fatores de risco e prevenção

  • Idade: é o fator de risco mais importante. A maioria dos pacientes tem mais de 50 anos e dois terços têm mais de 65 anos. O risco vai aumentando, à medida que o homem envelhece.
  • Histórico familiar: o risco é maior quando parentes próximos, especialmente pai, irmão, avós, tios ou filho têm ou tiveram câncer de próstata, especialmente se eram jovens na época do diagnóstico. Vale destacar ainda que o histórico familiar de câncer de mama (mãe, irmã e tias) também confere maior risco de desenvolvimento de câncer de próstata nos homens.
  • Alimentação: uma dieta gordurosa, especialmente com gorduras de origem animal, com alto teor de cálcio, pode aumentar o risco. Uma alimentação rica em legumes e frutas pode reduzir esse risco.

Manter o peso corporal adequado, alimentação balanceada, praticar atividade física regularmente, exposição ao sol em horários adequados, evitar fumar e consumir bebidas alcoólicas pode reduzir as chances de ter um tumor.

Números do câncer de próstata
  • 1º tipo de câncer com maior incidência em homens no Brasil, em todas as regiões.
  • 97,3 mil casos em 2020 no Brasil.
  • Para 2040, é esperado um crescimento de cerca de 83% de casos.
  • No mundo, foram 1,4 milhão de casos.
  • Para 2040, estima-se 2,43 milhões de casos de câncer de próstata.

Detecção precoce

Os dois exames utilizados para detectar o câncer de próstata são o toque retal e o de sangue.

O exame de toque retal é rápido e indolor, com poucos segundos de duração. Por meio dele, o médico pode identificar alterações suspeitas na glândula prostática, além de estimar o volume do órgão e obter informações que ajudam a escolher o melhor tratamento para cada caso.

O exame de sangue mede os níveis de PSA, sigla em inglês para antígeno prostático específico. O PSA é uma substância produzida normalmente pela próstata. Os níveis de normalidade de PSA variam de acordo com a faixa etária. Nos homens acima de 55 anos, os níveis de PSA devem estar abaixo dos 4 ng/ml (nanogramas por mililitro). Mas, se estiver entre 4 ng/ml e 10 ng/ml, há 1 chance em 4 de diagnóstico de câncer de próstata. Acima de 10 ng/ml, as chances de se diagnosticar câncer vão subindo à medida que aumentam os níveis de PSA. 

Os homens devem iniciar a rotina de exames anuais aos 50 anos. Naqueles pacientes com histórico familiar de câncer de próstata e/ou afrodescendentes, deve-se começar a avaliação preventiva aos 45 anos de idade. Para esses casos, recomenda-se conversar com o urologista para checar a necessidade de se fazer testes genéticos, a fim de verificar se há mutações em genes como o BRCA1, BRCA2 e ATM.

Tratamento do câncer de próstata

O tratamento para cada caso depende de vários fatores, como idade, estado geral de saúde do paciente, os sentimentos em relação aos efeitos colaterais de cada terapia, o estadiamento da doença e a chance de cada tratamento curar o câncer.

As opções mais comuns de tratamento da doença localizada, isto é, que está restrita à próstata e não se espalhou, são a cirurgia e a radioterapia. A cirurgia de remoção da próstata pode ser feita por meio de técnicas diferentes. Recentemente, os métodos minimamente invasivos, como a cirurgia videolaparoscópica e a cirurgia robótica têm ganhado mais espaço devido a menor morbidade e menores riscos de complicações. O A.C.Camargo Cancer Center é o centro com maior volume de cirurgia robótica no tratamento de câncer de próstata da América Latina.

Nos casos em que cirurgia e radioterapia não são uma boa opção de tratamento (quando o câncer se espalha para outros órgãos ou volta depois do tratamento), a hormonioterapia pode ser empregada. É feita com objetivo de baixar os níveis de hormônios masculinos que estimulam o crescimento das células cancerosas, a fim de encolher o tumor e reduzir o seu ritmo de crescimento. A hormonioterapia pode ser usada depois da cirurgia e antes ou depois da radioterapia, principalmente em tumores de maior agressividade. Já o uso de quimioterapia só é empregado em fases mais tardias do tratamento.

Como alguns tipos de câncer de próstata crescem devagar, certos pacientes, que apresentam tumores de baixa agressividade, podem nunca precisar de tratamento, especialmente quando eles são idosos ou têm outros problemas de saúde. Mesmo pacientes jovens, com tumores pequenos e pouco agressivos e que desejam preservar suas atividades sexuais e padrões de micção, podem ser acompanhados por meio de consultas regulares, teste de PSA e toque retal regulares e, se necessário, novas biópsias e exames por imagem. Esse procedimento se chama vigilância ativa e, se o crescimento do tumor se acelerar, médico e paciente discutem a forma de tratamento.

Para saber mais detalhes sobre tratamentos, clique aqui.

 

Fonte: Dr. Walter Henriques da Costa, urologista do A.C.Camargo Cancer Center

No A.C.Camargo Cancer Center, a tecnologia salva vidas

Cirurgia robótica, inteligência artificial, dermatoscopia, monitoramento remoto... Conheça as vantagens tecnológicas que operam a serviço do paciente e garantem as melhores práticas no combate ao câncer 

Publicado em:

No A.C.Camargo Cancer Center, a tecnologia salva vidas

Cirurgia robótica, inteligência artificial, dermatoscopia, monitoramento remoto... Conheça as vantagens tecnológicas que operam a serviço do paciente e garantem as melhores práticas no combate ao câncer 

Para garantir as melhores práticas em oncologia, não basta ter um corpo clínico de excelência, ainda que isso seja essencial.

A tecnologia é uma grande aliada e tem de se fazer presente para ajudar a melhorar as vidas dos pacientes.

Quando se fala em tecnologia em saúde, abordamos uma ampla gama de recursos, que vão desde medicamentos até dispositivos e equipamentos, passando pelo que chamamos de saúde digital – o uso de aplicativos, softwares e algoritmos de inteligência artificial que ajudam a diagnosticar e tratar os pacientes.


Cirurgia robótica: vantagens 

Uma das grandes inovações deste milênio foi a cirurgia robótica

Desde que o FDA americano aprovou a utilização da plataforma robótica para cirurgias, a técnica não para de crescer.

Cerca de 1,2 milhão de cirurgias robóticas são realizadas anualmente mundo afora. No Brasil, onde a técnica começou em 2008, o número de operações por robô se aproxima dos 40 mil, com estimativa de aumento de 20% ao ano, de 2022 em diante.

O A.C.Camargo, que adquiriu seu primeiro robô Da Vinci em 2013, já realizou 2.829 cirurgias robóticas até o final do ano passado – em 2020 aconteceram 264 destas operações na Instituição, 175 delas em urologia. 

Esse crescimento acontece porque a robótica proporciona ao cirurgião uma melhor visão da área que está sendo operada, além de contar com instrumentos robóticos que permitem movimentos mais precisos que os utilizados nas cirurgias convencionais (aberta ou videolaparoscopia).

É que o robô Da Vinci conta com quatro braços manipuláveis: em um deles está a câmera e, nos demais, os instrumentos da cirurgia. O cirurgião pode fazer até cinco pequenos cortes no local a ser operado. A câmera e os instrumentos são colocados por meio das incisões.

O cirurgião fica posicionado na unidade de controle e enxerga a área de operação em uma tela que permite uma visão 3D (com noção de profundidade, ao contrário da laparoscopia, que é 2D), que pode ampliar de 10 a 12 vezes a imagem para observar pequenos detalhes.

Outras vantagens da robótica são: o menor tempo de internação, menos tempo com o dreno, menor perda sanguínea, menos dor, avaliação mais precisa do estadiamento do câncer, ou seja, a pessoa se recupera mais rapidamente.

Segundo o Dr. Carlos Alberto Ricetto Sacomani, assessor médico de TI e urologista do A.C.Camargo, a Instituição sempre se notabilizou pela incorporação das mais novas tecnologias para o benefício dos pacientes.

“Em 2013, quando começamos, poucos hospitais no país dispunham de cirurgias robóticas. Já na radioterapia, instalamos, recentemente, um novo acelerador linear. Na anatomia patológica, buscamos ampliar os recursos de patologia digital. Já na área de saúde digital, estamos analisando aplicativos e algoritmos de inteligência artificial possam ser utilizados no auxílio ao diagnóstico e tratamento dos pacientes, algo que deve ser feito com cuidado e respaldo científico”, explica o Dr. Sacomani.

No âmbito do Ensino, o A.C.Camargo Cancer Center é a primeira instituição a ter um programa de treinamento (fellowship) para cirurgiões em robótica nas especialidades de urologia, cabeça e pescoço.


Exames e monitoramento remoto 

Todas essas tecnologias têm impacto no desfecho clínico. No diagnóstico, um exame de destaque é a dermatoscopia, método não invasivo que auxilia na avaliação das lesões pigmentadas da pele.

É feito com o dermatoscópio, instrumento que permite uma visualização precisa para o diagnóstico de suspeitas de câncer de pele, o mais comum no Brasil.

Além de um pronto atendimento digital, importante sobretudo em tempos de covid-19, o Dr. Sacomani destaca ainda o pioneirismo no monitoramento remoto iniciado para pacientes que fazem imunoterapia – as queixas dos pacientes são divididas em alertas vermelho e amarelo.

De janeiro a julho de 2021, dos 166 pacientes que interagiram com a plataforma de monitoramento remoto – muitos, mais de uma vez –, houve 169 queixas de perda de força nos membros, 150 de dores musculares e 111 reclamações de náusea, por exemplo, todos estes sintomas que são analisados e trabalhados à distância.

“Esta tecnologia nos aproxima mais do paciente, mesmo que ele não esteja no A.C. fisicamente. Sem dúvida, um acompanhamento mais frequente e à distância poderá detectar mais precocemente eventos adversos e, com isso, atuar rapidamente para tratá-los, com claro impacto nos desfechos clínicos”, afirma o especialista. 


Custo-efetividade

Com a gestão correta dos recursos, o A.C.Camargo consegue direcionar melhor seus investimentos, sempre com o foco em trazer o melhor para o paciente.

Em janeiro, a equipe de urologia publicou um estudo no Journal of Robotic Surgery com 149 pacientes tratados com cirurgia de próstata aberta e outros 56 pacientes tratados com cirurgia robótica.

“A robótica demonstrou melhor custo-efetividade. Este tipo de análise em todas as tecnologias empregadas é importantíssimo para evitar o desperdício e alocarmos os recursos adequadamente”, encerra o Dr. Carlos Sacomani. 

Doutor Sacomani, branco, cabelo branco, jaleco branco, óculos preto, sorri de braços cruzados
"
Da mesma forma que hoje usamos o celular em uma série de atividades diárias, o profissional da saúde do século 21 terá aplicativos que o apoiarão. Por mais que possa parecer um afastamento entre esses profissionais e o paciente, representa o contrário.
Dr. Carlos Alberto Ricetto Sacomani, assessor médico de TI e urologista do A.C.Camargo