Próstata

Na maioria das vezes, começa a se desenvolver após os 30 ou 40 anos de idade. Costuma se desenvolver lentamente e, maioria das vezes, poucos são os casos de maior agressividade. O câncer mais comum da próstata é o adenocarcinoma, que tem origem nessas glândulas produtoras de sêmen. 

Câncer de próstata: a sabedoria de quando não entrar na guerra

Linha Fina

Alguns casos da doença, mais comum após os 50 anos, podem ser monitorados ativamente sem necessidade de uma intervenção agressiva. Entenda e reflita por quê
 

A guerra leva a atitudes insanas. Soldados se expõem a riscos pela pátria e, de ambos os lados, as atitudes parecem não fazer sentido para quem não está participando. 

Destruir o inimigo a qualquer custo. Matar ou morrer. Cidades inteiras destruídas, prédios em chamas, nenhuma escola de pé, nenhum hospital, nenhum parque. Mesmo que vença a guerra, vale a pena viver naqueles escombros? 

E se soubesse que o inimigo não tem poder de fogo para invadir seu território, você mudaria sua decisão sobre a guerra? 

O câncer é uma doença que amedronta e por muito tempo o vocabulário bélico foi usado por médicos e instituições. 

Muitos de nós já assistimos na própria família ou entre os amigos mais próximos o drama do diagnóstico ou fim de vida, com a pessoa se transformando, sofrendo, até o limite em que nos questionamos se queremos ver o indivíduo progredindo naquele sofrimento ou se seria melhor a morte. 

O quadro de uma doença incontrolável que expõe a fragilidade do ser humano e as incompetências da ciência vem se transformando em algo menos dramático. 

Por diversos motivos, incluindo tratamentos novos e menos tóxicos, maior controle da dor e dos efeitos colaterais e, fundamentalmente, pelo melhor entendimento que nem todo câncer é agressivo no grau máximo. 

Dentro do espectro dos tumores conhecidos, alguns progridem ao longo de anos e podemos agir com calma e, conforme a necessidade, abordagens inteligentes e personalizadas que preservem a vida e a qualidade da vida ao mesmo tempo. 

Hoje, moderno é olhar o paciente em que o câncer está contido e personalizar a conduta e não focar somente na doença. 

Não há uma guerra em que um vence e o outro perde. Não há vencedor e derrotado: o sucesso se mede pelos anos que valeram a pena viver, com ou sem câncer. E isto é diferente para cada indivíduo, e para cada tipo de câncer. 

Se encararmos o câncer como um inimigo numa guerra total, vamos promover atitudes insanas, como qualquer conflito propicia. 

Se encararmos o câncer como uma doença crônica, que precisamos administrar, a emoção dá lugar à razão e teremos calma para planejar o melhor a ser feito. 

Isso ajuda a compreender que o câncer é parte da vida daquele indivíduo, e que, para além do câncer, há outros problemas de saúde e outras causas de sofrimento físico e mental. E também ajuda a entender as razões pelas quais vale a pena viver a vida, a despeito do diagnóstico. 

Nesta perspectiva, não há por que considerar um paciente derrotado na guerra contra o câncer quando ele não responde a um tratamento. Hoje pacientes vivem bem mesmo com metástases por vários anos, ainda que não tenham a esperança de ficarem livres para sempre do tumor. 

Não seria um sucesso uma paciente com câncer de mama diagnosticado aos 70 avançado viver dez anos com qualidade de vida suficiente para ver seus netos se tornarem indivíduos respeitados na sociedade? Realizar as viagens ou cursos que sempre sonhou? Viver 14 anos após um melanoma avançado ou 12 anos após o câncer de pulmão metastático? Anos que valham a pena viver…. Sim, e isso já é uma realidade.

Os avanços dos últimos anos da oncologia acumulam mais sucessos do que perdas, obviamente mais sucessos quanto mais precoce a doença é descoberta. 

Por sucesso não quero dizer cura, porque esse conceito demora para ser alcançado em oncologia, mas sim uma convivência crônica com a doença, seu tratamento e a conciliação com uma vida feliz, produtiva, com sonhos passíveis de serem realizados. 

Como disse, os tratamentos hoje são menos tóxicos do que no passado e controlamos melhor reações adversas como dores, mal-estar intestinal e infecções. É comum ver pacientes tocando a vida em meio a sessões de quimioterapia ou radioterapia. 

A relação com o câncer precisa mudar. O temor e os termos bélicos precisam dar lugar ao entendimento de que a doença é parte da vida, mas somente parte. 

Há muitos cânceres que não diminuem significativamente a sobrevida, muitos que permitem manter a qualidade de vida após o câncer. E outros são tão pouco agressivos que, a depender do momento do paciente e de suas condições físicas e mentais, a melhor opção pode ser… não tratar! 

O caso do câncer de próstata

O câncer de próstata é o tumor mais comum em homens acima dos 50 anos de idade, em todo o mundo. 

No Brasil, se levarmos em consideração todas as faixas etárias, ocupa a segunda posição na incidência de todos os cânceres, com mais de 71 mil casos esperados para 2023. 

Os principais fatores de risco associados à doença são a faixa etária avançada, o histórico familiar desse tipo de câncer, o sedentarismo e a obesidade. 

As taxas de incidência de câncer de próstata mais altas registradas são observadas em países desenvolvidos, onde há conscientização sobre o tumor e onde o teste de antígeno específico da próstata (PSA, do inglês Prostate Specific Antigen) é uma prática de triagem bastante frequente. 

O diagnóstico da doença inclui a realização do exame da próstata por via retal associado à dosagem dos níveis de PSA na corrente sanguínea. 

As taxas de normalidade do PSA variam de acordo com a faixa etária, sendo que níveis acima do normal de PSA ou o exame de toque retal alterado indicam necessidade de maior investigação. 

Uma biópsia de tecido da próstata geralmente é realizada em casos em que há suspeita de câncer na próstata. 

Apesar da prevalência significativa, nem todo câncer de próstata apresenta o mesmo potencial de agressividade e letalidade. 

Segundo o Observatório do Câncer do A.C.Camargo Cancer Center, atualmente a sobrevida para pacientes com câncer de próstata está em 94,1%, independente do estágio que foi diagnosticado, mas indivíduos com tumores diagnosticados no início tem probabilidades ainda maiores de viver mais e melhor. 

Levando-se em consideração uma série de informações presentes no momento do diagnóstico, conseguimos estimar o potencial de agressividade da doença, classificá-la de acordo com seu risco e, assim, orientar o tratamento mais indicado para cada caso. 

E hoje é importante considerar a preferência do indivíduo frente as possibilidades de tratamento expostas pelo seu médico. 

Ao se encaixar todas essas variáveis, o profissional finalmente pode recomendar uma ou mais opções de tratamento. 

Felizmente, dispomos de uma ampla gama de modalidades terapêuticas como a cirurgia, a radioterapia, terapias hormonais, quimioterapia e a vigilância ativa. 

As terapias sistêmicas (quimioterapia e terapias hormonais) são mais frequentemente empregadas nos casos de tumores diagnosticados em estágios mais avançados, como naqueles em que já se identifica a presença de metástase.

A cirurgia e a radioterapia são opções interessantes para pacientes que diagnosticaram a doença ainda em um momento em que o tumor se mantém restrito à próstata. 

E, finalmente, a vigilância ativa é a única modalidade em que não se recomenda um tratamento de imediato, e sim um controle da doença através de realização de exames periódicos e acompanhamento. 

Via de regra, a vigilância ativa é indicada para tumores de baixo potencial de agressividade. 

Ora, com tantas possibilidades de tratamento, como saber qual a melhor opção? Um estudo britânico recém-publicado no reconhecido periódico New England Journal of Medicine tenta responder a essa pergunta.

Nele, os pesquisadores identificaram 2 664 casos de câncer de próstata localizado (estágio precoce) dentre os 82 429 homens entre 50 e 69 anos de idade que realizaram o teste do PSA. Destes 2664 indivíduos, 1643 aceitaram participar do estudo, que os dividiu aleatoriamente em três grupos: vigilância ativa (545 pacientes), cirurgia da próstata (553 pacientes) e radioterapia (545 pacientes). 

Os pacientes foram acompanhados entre 11 e 21 anos (média de 15 anos) e os resultados mostram o seguinte em termos de percentual de indivíduos vivos após 10 e 15 anos: 

  • Vigilância ativa: 10 anos= 98,7%; 15 anos = 96,6%
  • Prostatectomia (cirurgia): 10 anos= 99,0%; 15 anos = 97,2%
  • Radioterapia: 10 anos= 99,4%; 15 anos = 97,7% 
  • 56 (21,7%) dos pacientes do estudo morreram de outras causas incluindo doenças cardiovasculares e pulmonares.

Pacientes dos 3 grupos necessitaram complementar tratamento com hormonioterapia ou outros tratamentos radicais em algum momento. No grupo de vigilância ativa, aos 10 anos do seguimento, 291 pacientes (54%) fizeram algum tratamento radical e, aos 15 anos, 333 pacientes (61,1%)  fizeram algum tratamento radical, mas 133 (24,4%) estavam vivos sem qualquer outro tratamento.

A frequência de metástase não se transformou em mortalidade mais alta; apesar de mais casos metastáticos, os pacientes que iniciaram com vigilância ativa e desenvolveram metástase morreram menos do que pacientes que desenvolveram metástase pós-cirurgia e radioterapia. 

A conclusão dos autores é que para ¼ dos pacientes o câncer de próstata localizado é muito indolente e qualquer tratamento invasivo seria pior do que acompanhar. 

Para os outros ¾ de pacientes com diagnóstico precoce de câncer de próstata, um tratamento após a doença progredir na vigilância ativa resultaria em uma sobrevida similar a tratar com cirurgia ou radioterapia desde o início.

Os efeitos adversos da cirurgia incluem incontinência urinária, impotência sexual e poderiam ser evitados por vários anos nestes pacientes. 

Raciocínio similar pode ser aplicado a outros tumores que muito frequentemente tem comportamento biológico pouco agressivo como o carcinoma papilífero da tireóide e a leucemia linfocítica crônica. Nos idosos frágeis, a vigilância ativa faz ainda mais sentido. 

Outros cânceres de próstata mais agressivos, ou aqueles diagnosticados com metástase desde o início, não se aplicam a este raciocínio e precisam ser tratados porque têm maior risco de reduzir a qualidade de vida ou a longevidade dos pacientes se não tratados. 

O câncer é uma doença que amedronta, mas amedronta mais quem conhece menos. 

Sabendo avaliar riscos de progressão de cada doença e conhecendo os sonhos de cada paciente, podemos tomar as melhores decisões de forma racional, sensível e personalizada. Não há uma guerra a ser vencida. Importa mais a vida a ser vivida.

* Dr. Victor Piana Andrade, CEO do A.C.Camargo Cancer Center.

**Artigo publicado na Veja Saúde em 17 de maio de 2023.

 

 

Podcast Rádio Cancer Center #69 - Novembro Azul: fatores comportamentais e prevenção para tumores urológicos

Linha Fina

Ouça este episódio e saiba quais hábitos podem colocar sua saúde em risco

Fatores comportamentais e prevenção para tumores urológicos, o tema do episódio #69 do podcast Rádio Cancer Center.

Nele, o Dr. Walter Henriques da Costa, médico titular do Centro de Referência em Tumores Urológicos e gerente médico do A.C.Camargo, relata quais comportamentos colocam você em risco.

Atividade física, HPV, alimentação, álcool e cigarro estão em pauta.

Em tempos de Novembro Azul, saiba tudo neste podcast:


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Podcast Rádio Cancer Center #67 - Vigilância ativa para câncer de próstata: quando é melhor "não tratar"

Linha Fina

Ouça este episódio e conheça as novidades e os perfis de pacientes que se encaixam

Vigilância ativa para câncer de próstata, uma decisão que é adotada é vários casos, como contamos no episódio 67 do podcast Rádio Cancer Center.

Nele, o Dr. Victor Espinheira Santos, do Centro de Referência em Tumores Urológicos do A.C.Camargo, fala sobre os casos em que é melhor monitorar um tumor com exames do que partir imediatamente para o tratamento.

O médico também se aprofunda no tratamento do câncer de próstata, cuja estimativa para este ano é de 65.840 novos casos, sendo o segundo tipo de tumor mais comum em homens no Brasil, de acordo com o INCA. 

Em tempos de Novembro Azul, saiba tudo neste podcast:

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Podcast Rádio Cancer Center #66 - Novembro Azul: a nova biópsia transperineal e outras formas de diagnóstico precoce

Linha Fina

Confira o episódio que explica de forma simples e objetiva a importância de detectar cedo um tumor urológico

A biópsia transperineal, que está chegando ao A.C.Camargo Cancer Center, é uma forma mais moderna de se fazer uma investigação de um câncer de próstata.

É o que nos conta o Dr. Éder Silveira Brazão Junior, do Centro de Referência em Tumores Urológicos do A.C.Camargo, na edição 66 do do podcast Rádio Cancer Center.

O médico também aborda as outras formas de se diagnosticar tumores urológicos precocemente, que envolve ter atenção a sinais e sintomas que pedem que você marque uma consulta com um especialista.

Em tempos de Novembro Azul, campanha que reafirma a importância de focar a atenção nos tumores urológicos, saiba mais neste podcast que detalha tudo de forma simples e objetiva:

 

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Centro de Referência em tumores urológicos: o paciente no centro do cuidado

Linha Fina

Novo CR é composto por profissionais de saúde de diversas áreas, especializados em tumores de próstata, bexiga, testículo, rim e pênis

O A.C.Camargo Cancer Center inaugurou mais um Centro de Referência, desta vez, para tumores urológicos.

Parte de um Cancer Center, o CR é um grupo multidisciplinar de especialistas em oncologia, cirurgia, pesquisadores e educadores dedicados(as) a oferecer o melhor cuidado aos pacientes em todas as esferas: prevenção, diagnóstico, tratamento personalizado e reabilitação.
 

Tratamento de ponta para tumores urológicos

O paciente, ao iniciar o tratamento no CR, terá o acompanhamento integral – desde a primeira consulta até a reabilitação – dos(as) enfermeiros(as) navegadores(as), que estão presente em todos os momentos, auxiliando na marcação de consultas, exames e terapias, assim como em dúvidas pertinentes ao câncer.

Todos os tratamentos que fazemos são fundamentados em estudos científicos, assim como o uso de técnicas de alta complexidade e de cirurgia minimamente invasiva..

Ou seja, isso garante que o paciente irá receber o melhor tratamento, baseado em suas reais necessidades.

O tratamento “global”, como é feito em um CR, traz uma recuperação mais rápida ao paciente, aliado com tecnologia de ponta, como a cirurgia robótica.

O ambiente completo e integrado também oferece, em um mesmo local, pessoas, estrutura e tecnologia para o melhor tratamento do câncer.

Podcast Rádio Cancer Center #65 - Radioterapia para câncer de próstata: um novo gel e outros avanços no tratamento

Linha Fina

Ouça este episódio e conheça as novidades e os perfis de pacientes que se encaixam

Radioterapia para câncer de próstata, uma modalidade de tratamento que é adotada é vários casos, como contamos no episódio 65 do podcast Rádio Cancer Center.

Nele, o Dr. Antônio Cassio Pellizzon, head do Departamento de Radioterapia, fala de um gel que agora pode ser usado no Brasil e protege de eventuais efeitos colaterais.

O médico também conta sobre as técnicas mais precisas e modernas de radioterapia, que exigem menos sessões; e de outros avanços no tratamento do câncer de próstata, cuja estimativa para este ano é de 65.840 novos casos, sendo o segundo tipo de tumor mais comum em homens no Brasil, de acordo com o INCA. 

Em tempos de Novembro Azul, saiba tudo neste podcast:

 

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Câncer de próstata e hiperplasia prostática

Linha Fina

As diferenças existem, mas há sintomas comuns entre essas duas doenças que acometem a próstata, por isso, é importante ficar atento e realizar os exames de rotina

O mês de novembro é marcado por uma série de campanhas de combate e prevenção ao câncer de próstata. Batizado como “Novembro Azul”, o objetivo principal é conscientizar homens em todo o mundo sobre a gravidade da doença.


No Brasil, de acordo com o Instituto nacional de Câncer (INCA), estima-se o diagnóstico de 65.840 novos casos de câncer de próstata em 2022. Esta estatística corresponde a cerca de 63 novos casos para cada 100mil homens. 


Ainda segundo o INCA, o câncer de próstata ocupa a primeira posição no ranking de tipos de câncer que acometem homens no Brasil, sendo: 72,35/100 mil na Região Nordeste, 65,29/100 mil na Região Centro-Oeste,  63,94/100 mil na Região Sudeste, de 62,00/100 mil na Região Sul e de 29,39/100 mil na Região Norte.


Mas você sabe qual é a diferença entre uma próstata inflamada, aumentada ou com câncer?


A próstata tem o tamanho de uma noz e contém pequenas glândulas que produzem sêmen. Ela está localizada abaixo da bexiga e na frente do reto, com a uretra. As diferenças entre o aumento ou câncer são mínimas, por isso, é vital que se procure um médico especialista ao surgir qualquer sintoma.


Próstata aumentada ou inflamada (hiperplasia)


A hiperplasia prostática, ou inflamação e o aumento da próstata, é um crescimento benigno (não sendo um câncer) do tamanho da próstata que atinge cerca de 25% dos homens na faixa dos 40 aos 49 anos. Esse aumento pode comprimir a uretra diminuindo o seu calibre e dificultando – ou até mesmo impedindo – a passagem da urina e causando inúmeros problemas.
Os principais sintomas urinários causados pela próstata inflamada (hiperplasia prostática benigna) são:


•    Dificuldade para começar urinar, jato urinário fraco ou interrompido.
•    Esforço miccional (dificuldade para urinar).
•    Sensação de não esvaziar a bexiga completamente.
•    Gotejamento excessivo após urinar
•    Urinar com mais frequência que o habitual
•    Acordar a noite para urinar (Noctúria)
•    Incontinência urinária
•    Dor suprapúbica


Câncer de Próstata


Nos estágios iniciais, o câncer de próstata, em geral, não apresenta sintomas e, por esse motivo, as visitas anuais ao urologista são fundamentais para a detecção precoce. A dificuldade para urinar pode ser sintoma de câncer que, em geral, já deve estar em fases mais avançadas), mas também da hiperplasia benigna e só um médico pode fazer o diagnóstico correto. Portanto, fique atento aos sintomas e procure seu médico, principalmente se possuir mais de 40 anos.


•    Urinar pouco de cada vez
•    Urinar com mais frequência, especialmente à noite, quando o paciente se levanta várias vezes da cama para ir ao banheiro
•    Dificuldade para urinar
•    Redução da força ou do calibre do jato urinário
•    Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga após urinar
•    Demora para iniciar o ato de urinar
•    Dor ou ardência ao urinar
•    Presença de sangue no sêmen ou na urina
•    Ejaculação dolorosa


Reiteramos que na grande maioria dos cânceres de próstata em fase inicial, que são os com maior taxa de cura e que cujo tratamento causa menos sintomas e tem menores custos, esse tumor não tem sintomas. Os sintomas acima, em geral associadosa hiperplasia beninga, quando causados pelo câncer, em geral decorrer de turmoes mais avnaçados, cujas taxas de cura são menores, os tratamentos tem maior custo e se associam a maiores efeitos colaterais.


Da mesma forma que o câncer de mama, quanto mais cedo for diagnosticado o câncer de próstata, maiores serão as chances de cura.

Novembro Azul: uma seleção de conteúdos para você saber tudo sobre tumores urológicos (e se prevenir)

Linha Fina

Separadas pelas temáticas de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação, pilares que definem a jornada do paciente no A.C.Camargo, confira dezenas de publicações (textos, vídeos e podcasts) que abordam a saúde masculina

Novembro Azul, o mês de conscientização para a saúde masculina. Uma campanha que reafirma a importância de focar a atenção nos tumores urológicos. 

O assunto não se resume ao câncer de próstata, embora ele seja o primeiro mais comum para os homens (exceto câncer de pele não melanoma), com previsão, segundo o INCA, de 65.840 novos casos para 2022.

Novembro Azul também tem como premissa o cuidado com os tumores de bexiga, o oitavo mais comum para os homens, com estimativa de 7.590 novos casos neste ano.

E, claro, as pautas do mês também giram em torno de tumores de pênis, rim e testículos.

Para que você saiba mais sobre o universo da campanha Novembro Azul, o A.C.Camargo Cancer Center apresenta a seguir dezenas de publicações.

Elas foram divididas pelas temáticas de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação, os pilares que definem a jornada do nosso paciente na Instituição.

Tem textos, vídeos, podcasts... Confira:

 

Podcast - Tumores urológicos: prevenção e diagnóstico precoce
Neste Novembro Azul, a Rádio Cancer Center #29 tem dicas para minimizar os riscos

Câncer de testículo é altamente curável e predominante em jovens
Tudo sobre fertilidade, atividade sexual, fatores de risco, indícios e formas de diagnóstico

Função sexual e câncer urológico: mitos e verdades
Impotência, fertilidade e outras questões que geram dúvidas 

Novembro Azul: uma live que vai além do câncer de próstata
Os especialistas do Centro de Referência em Tumores Urológicos debatem a saúde do homem

6 informações essenciais sobre o câncer de pênis
Uma delas é que a água e o sabonete são fundamentais para a prevenção

Câncer de rim: atividade física ajuda a reduzir este risco
A adoção de hábitos saudáveis ainda atua na melhoria de problemas cardiovasculares ou diabetes

Podcast Rádio Cancer Center - Um guia de prevenção
Ouça o episódio, adote estes hábitos simples e proteja a sua saúde

HPV, a vacina vital que previne vários tipos de câncer
Segura, essencial e subutilizada, a imunização pode evitar tumores como os de pênis, entre outros 

O manual sobre o câncer de pênis
O problema é evitável, já que suas principais causas são a falta de higiene e a fimose 

Novembro Azul em tirinhas
Cartunistas deixam a piada de lado para conscientizar sobre o câncer de próstata

Prevenção primária e prevenção secundária
É importante conhecer as formas de proteção para cuidar bem da saúde

Câncer de próstata: um infográfico com todas as etapas de diagnóstico e tratamento
Entenda tudo que pode acontecer durante a jornada do paciente no A.C.Camargo 

Mitos e verdades: a função urinária e o tratamento oncológico 
Esclareça suas principais dúvidas sobre incontinência e afins

Câncer de rim: pesquisa do A.C.Camargo recebe prêmio internacional
Com base em xenoenxertos, conheça esta técnica importante para a oncologia personalizada 

Coluna Fala, Doutor: o câncer de próstata
Saiba mais sobre as mutações genéticas e como se antecipar ao problema

Câncer de pênis: estudo mostra alta infecção por HPV na Amazônia
Trabalho apoiado pelo A.C.Camargo Cancer Center analisou tecidos de pacientes da região 

A detecção precoce do câncer de testículo salva vidas
É importante o homem conhecer o corpo para, caso perceba alterações no órgão, procurar um médico

Novembro Azul: atente-se ao diagnóstico precoce
Fique ligado nos exames que você deve fazer para monitorar a próstata

Mitos & verdades sobre o câncer de próstata
7 fatos que informam a população neste Novembro Azul

Um manual sobre o câncer de bexiga
Sinais, sintomas, fatores de risco, tratamentos e reabilitação

Um manual sobre o câncer de próstata
Sinais, sintomas, fatores de risco, tratamentos e reabilitação

Um manual sobre o câncer de rim
Sinais, sintomas, fatores de risco, tratamentos e reabilitação

Um manual sobre o câncer de testículos 
Sinais, sintomas, fatores de risco, tratamentos e reabilitação

Câncer de rim: pesquisa é reconhecida internacionalmente
Projeto visa descobrir biomarcadores de prognóstico usando xenoenxertos em camundongos

O câncer de rim e sua relação com a renina
A nova perspectiva sobre a função endócrina: este hormônio seria fator prognóstico para câncer?

No A.C.Camargo Cancer Center, a tecnologia salva vidas
Conheça as vantagens tecnológicas que operam a serviço do paciente e garantem as melhores práticas no combate ao câncer 

Câncer de rim: estudos do A.C.Camargo são o trunfo para personalizar ainda mais o tratamento
Saiba como o modelo integrado de um Cancer Center, que une assistência, ensino e pesquisa, está produzindo achados inéditos mundialmente 

Transplante de medula óssea para tratamento contra o câncer de testículo
Saiba como este tratamento contribui no combate à doença

Vantagens da cirurgia robótica para câncer de próstata
Redução no número de complicações é uma das diversas vantagens

Podcast Rádio Cancer Center - Tumores urológicos: as evoluções no tratamento
Ouça esta conversa e conheça as novidades que salvam vidas

Podcast Rádio Cancer Center - Tumores urológicos: os avanços em radioterapia
Uma conversa objetiva que mostra as vantagens desse tipo de terapia

Novembro Azul: é possível “não tratar” um câncer de rim ou de próstata
Saiba quando a melhor alternativa é apenas monitorar um tumor urológico 

Vídeo: tendências no tratamento do câncer de próstata
Assista e conheça as possibilidades para o segundo tumor mais comum entre os homens

Vídeo: o Novembro Azul e a evolução no tratamento sistêmico
Assista e saiba sobre avanços como a imunoterapia para tumores urológicos

Vídeo: a radioterapia para tumores urológicos
Assista e compreenda como esta terapia age durante o tratamento

Covid-19: A.C.Camargo ajuda a definir condutas oncológicas nacionais e internacionais
Corpo clínico participou da elaboração de diretrizes em especialidades como a urologia

Vídeo: o Novembro Azul e os caminhos para tratar o câncer de rim
Assista e entenda as tendências terapêuticas para os tumores renais

Tumores renais: a excelência em pesquisa no A.C.Camargo
Estudos analisam técnicas minimamente invasivas como a cirurgia robótica

Transplante de medula óssea pode ajudar no tratamento de um tumor de testículo
Oncologista explica sobre este tipo de câncer, que é mais comum em jovens entre 15 e 35 anos

Teranóstica, a medicina nuclear no tratamento do câncer
Inovador, este conceito usa materiais radioativos para obter informações sobre tumores 

Imunoterapia: medicamento para o câncer renal é aprovado pela ANVISA
Outros dois tratamentos se mostram eficazes para o combate a tumores de rim

Terapia-alvo é um dos pilares contra o câncer de rim
Pesquisa identificou biomarcadores tumorais que determinam se o tratamento é indicado

A.C.Camargo Cancer Center, um especialista em cirurgia robótica
Mais precisa, ela reduz o tempo no hospital e o tamanho de cicatrizes, entre outras vantagens

Nefrostomia guiada por tomografia é eficaz para melhorar a função renal
Pesquisa avalia procedimento necessário quando há obstrução das vias urinárias na pelve

Os principais trabalhos da ASCO 2020 em tumores urológicos
As novidades em tratamento apresentadas no congresso norte-americano

Estudo consolida benefício da terapia hormonal combinada no câncer de próstata metastático 
Apresentada na ASCO, a análise envolveu 1125 pacientes divididos em dois grupos

Os avanços no tratamento do câncer de próstata metastático 
Pesquisa internacional que envolve o A.C.Camargo mostra melhora significativa 

“Depois de 18 anos curado de um câncer, quero viver uma vida mais leve”
Conheça a história do Adelso, que tratou e curou um tumor de próstata no A.C.Camargo

Podcast Rádio Cancer Center - Tumores urológicos e atividade física
Você não precisa virar maratonista para ter prevenção e reabilitação: vale até passear com o cachorro

Fisiatra, o médico que promove mobilidade e qualidade de vida
Conheça este profissional de essencial importância para o “ir e vir”

A qualidade de vida e a reabilitação do paciente oncológico
Um olhar sobre o papel da fisioterapia na vida das pessoas

Câncer de próstata: um infográfico com todas as etapas de diagnóstico e tratamento

Linha Fina

Entenda tudo que pode acontecer durante a jornada do paciente no A.C.Camargo Cancer Center

O câncer de próstata é o segundo tipo de tumor mais comum entre os homens (atrás do câncer de pele não melanoma), com previsão, segundo o INCA, de 65.840 novos casos para 2021, algo que representa 29,2% da população masculina brasileira.

Para que você saiba exatamente como funciona o diagnóstico e o tratamento de um eventual câncer de próstata, preparamos este infográfico abaixo, com imagens que apresentam todas as etapas do cuidado.

Ou seja, tudo que pode acontecer durante a jornada do paciente no A.C.Camargo Cancer Center.

Sim, Novembro Azul está aí para reafirmar a conscientização sobre a saúde masculina e os tumores urológicos, mas você deve se cuidar o ano todo.

Confira:

Infográfico Câncer de próstata
Infográfico Câncer de próstata
Infográfico Câncer de próstata
Infográfico Câncer de próstata

+ Infográficos:

- Tudo sobre o câncer de mama

- Aproveite o verão sem riscos

O câncer de próstata tem cura

Linha Fina

Fique atento aos fatores de risco e aos exames de rastreamento, pois a detecção precoce é fator determinante de sucesso

O diagnóstico precoce aumenta as chances de cura do câncer de próstata. Fique atento aos fatores de risco, formas de prevenção e quais exames são indicados para detectar precocemente o tumor.

Fatores de risco e prevenção

  • Idade: é o fator de risco mais importante. A maioria dos pacientes tem mais de 50 anos e dois terços têm mais de 65 anos. O risco vai aumentando, à medida que o homem envelhece.
  • Histórico familiar: o risco é maior quando parentes próximos, especialmente pai, irmão, avós, tios ou filho têm ou tiveram câncer de próstata, especialmente se eram jovens na época do diagnóstico. Vale destacar ainda que o histórico familiar de câncer de mama (mãe, irmã e tias) também confere maior risco de desenvolvimento de câncer de próstata nos homens.
  • Alimentação: uma dieta gordurosa, especialmente com gorduras de origem animal, com alto teor de cálcio, pode aumentar o risco. Uma alimentação rica em legumes e frutas pode reduzir esse risco.

Manter o peso corporal adequado, alimentação balanceada, praticar atividade física regularmente, exposição ao sol em horários adequados, evitar fumar e consumir bebidas alcoólicas pode reduzir as chances de ter um tumor.

Números do câncer de próstata
  • 1º tipo de câncer com maior incidência em homens no Brasil, em todas as regiões.
  • 97,3 mil casos em 2020 no Brasil.
  • Para 2040, é esperado um crescimento de cerca de 83% de casos.
  • No mundo, foram 1,4 milhão de casos.
  • Para 2040, estima-se 2,43 milhões de casos de câncer de próstata.

Detecção precoce

Os dois exames utilizados para detectar o câncer de próstata são o toque retal e o de sangue.

O exame de toque retal é rápido e indolor, com poucos segundos de duração. Por meio dele, o médico pode identificar alterações suspeitas na glândula prostática, além de estimar o volume do órgão e obter informações que ajudam a escolher o melhor tratamento para cada caso.

O exame de sangue mede os níveis de PSA, sigla em inglês para antígeno prostático específico. O PSA é uma substância produzida normalmente pela próstata. Os níveis de normalidade de PSA variam de acordo com a faixa etária. Nos homens acima de 55 anos, os níveis de PSA devem estar abaixo dos 4 ng/ml (nanogramas por mililitro). Mas, se estiver entre 4 ng/ml e 10 ng/ml, há 1 chance em 4 de diagnóstico de câncer de próstata. Acima de 10 ng/ml, as chances de se diagnosticar câncer vão subindo à medida que aumentam os níveis de PSA. 

Os homens devem iniciar a rotina de exames anuais aos 50 anos. Naqueles pacientes com histórico familiar de câncer de próstata e/ou afrodescendentes, deve-se começar a avaliação preventiva aos 45 anos de idade. Para esses casos, recomenda-se conversar com o urologista para checar a necessidade de se fazer testes genéticos, a fim de verificar se há mutações em genes como o BRCA1, BRCA2 e ATM.

Tratamento do câncer de próstata

O tratamento para cada caso depende de vários fatores, como idade, estado geral de saúde do paciente, os sentimentos em relação aos efeitos colaterais de cada terapia, o estadiamento da doença e a chance de cada tratamento curar o câncer.

As opções mais comuns de tratamento da doença localizada, isto é, que está restrita à próstata e não se espalhou, são a cirurgia e a radioterapia. A cirurgia de remoção da próstata pode ser feita por meio de técnicas diferentes. Recentemente, os métodos minimamente invasivos, como a cirurgia videolaparoscópica e a cirurgia robótica têm ganhado mais espaço devido a menor morbidade e menores riscos de complicações. O A.C.Camargo Cancer Center é o centro com maior volume de cirurgia robótica no tratamento de câncer de próstata da América Latina.

Nos casos em que cirurgia e radioterapia não são uma boa opção de tratamento (quando o câncer se espalha para outros órgãos ou volta depois do tratamento), a hormonioterapia pode ser empregada. É feita com objetivo de baixar os níveis de hormônios masculinos que estimulam o crescimento das células cancerosas, a fim de encolher o tumor e reduzir o seu ritmo de crescimento. A hormonioterapia pode ser usada depois da cirurgia e antes ou depois da radioterapia, principalmente em tumores de maior agressividade. Já o uso de quimioterapia só é empregado em fases mais tardias do tratamento.

Como alguns tipos de câncer de próstata crescem devagar, certos pacientes, que apresentam tumores de baixa agressividade, podem nunca precisar de tratamento, especialmente quando eles são idosos ou têm outros problemas de saúde. Mesmo pacientes jovens, com tumores pequenos e pouco agressivos e que desejam preservar suas atividades sexuais e padrões de micção, podem ser acompanhados por meio de consultas regulares, teste de PSA e toque retal regulares e, se necessário, novas biópsias e exames por imagem. Esse procedimento se chama vigilância ativa e, se o crescimento do tumor se acelerar, médico e paciente discutem a forma de tratamento.

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Fonte: Dr. Walter Henriques da Costa, urologista do A.C.Camargo Cancer Center