Imunoterapia

A.C.Camargo realiza infusão de células CAR-T em paciente adulto de SP

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Imunoterapia será realizada em fevereiro em um paciente adulto com linfoma difuso de grandes células B. A.C.Camargo é uma das poucas instituições do Brasil pronta para realizar esse tipo de procedimento
 

O A.C.Camargo Cancer Center e a Novartis firmaram uma parceria que disponibilizará para pacientes da instituição o tratamento de reprogramação das células de defesa do organismo para agirem contra o câncer. Também conhecida como células CAR -T, essa imunoterapia foi aprovada pela Anvisa em fevereiro do ano passado e representa uma nova era na medicina.

Esta é a 4ª infusão de KYMRIAH® - imunoterapia da farmacêutica Novartis – no Brasil e será o primeiro procedimento comercial em paciente adulto realizado no Estado de São Paulo destinado ao tratamento de linfoma difuso de grandes células B, no início de fevereiro. Além do KYMRIAH®, outros procedimentos já estão programados para ocorrer no Cancer Center ainda no primeiro trimestre de 2023.

Poucas instituições de saúde no Brasil possuem corpo clínico qualificado e infraestrutura adequada para a realização desse tipo de procedimento, e o A.C.Camargo é a única instituição totalmente dedicada ao diagnóstico, prevenção, ensino, pesquisa e tratamento ao câncer especializada do país a realizá-lo.

O A.C.Camargo possui ampla experiência e pioneirismo nesse tipo de imunoterapia por trabalhar com células CAR-T desde o período de estudos e ensaios clínicos. Em dezembro de 2022, por exemplo, o Cancer Center realizou a primeira infusão de sua história de células CAR-T com indicação de tratamento para mieloma múltiplo. Trabalhar com essa nova terapia desde o início permite à instituição desenvolver protocolos, ampliar e compartilhar conhecimento, capacitar novos profissionais de saúde e, principalmente trabalhar na viabilidade do tratamento para a ampliação de seu acesso a mais pacientes.

Pacientes beneficiados

Além do linfoma difuso de grandes células B, ou linfoma não Hodgkin, a terapia também recebeu aprovação para outros tipos de tratamentos em pacientes adultos oncológicos. A aprovação da Anvisa é apenas uma parte do processo de disponibilização do medicamento no país. O A.C.Camargo vem conversando com parceiros e fontes pagadoras para que a terapia seja disponibilizada e amplia o rol de opções terapêuticas para pacientes oncológicos.

Pioneirismo 

O A.C.Camargo Cancer Center é uma das poucas instituições no Brasil, sendo a única exclusiva para tratamento oncológico, habilitada para este tipo de terapia. Foram realizados diversos treinamentos da equipe para o processo de aférese, manuseio, recebimento e armazenamento de células dos pacientes para esta terapia específica. Os processos de qualidade também foram verificados para garantir a adesão aos requisitos necessários para fazer a terapia com segurança.

O início, em breve, deste tratamento traz benefícios para os pacientes, ao tangibilizar novas possibilidades de tratamento e até mesmo um potencial de cura para doenças até então sem opções terapêuticas; para o sistema de saúde, com a possibilidade de reduzir os custos associados a tratamentos crônicos de longo prazo; e para a sociedade, ao propiciar que pacientes, familiares e/ou cuidadores tenham ganho na qualidade de vida, voltando a trabalhar e buscar suas aspirações pessoais. 

Como a terapia de células CAR-T é feita

A primeira etapa é colher células do sistema imunológico a partir da centrifugação do sangue dos pacientes a serem tratados, procedimento conhecido como leucaférese, parecido com uma hemodiálise. 

Em seguida, o especialista isola um tipo de leucócito (célula de defesa) conhecido como linfócito T, um dos principais responsáveis pela defesa do organismo. Esse linfócito consegue reconhecer antígenos existentes na superfície celular de agentes externos ou internos infecciosos e de tumores para combater tais invasores. 

O próximo passo é enviar o material coletado a um laboratório que fará a manufatura dessas células, que consiste na modificação genética delas para programar os linfócitos para destruir o tumor.

Isso é feito com auxílio de um vetor viral, um vírus que tem o material genético alterado em laboratório para reconhecer e combater o tumor. Esse vetor entra no linfócito T, modifica o DNA dele e faz com que aquela célula expresse um receptor que reconheça o antígeno da doença e a ataque. 

A modificação faz os linfócitos T atacarem as células tumorais. Antes de introduzir a célula, é feita uma quimioterapia no paciente a fim de imunossuprimi-lo para que o sistema imune não combata as células. 

Dentro de poucos dias após a infusão das células CAR-T, pode haver uma reação inflamatória, sinal de que os linfócitos modificados estão se reproduzindo dentro do organismo e induzindo a liberação de substâncias para eliminar o tumor. Nesse momento, além de febre, pode haver queda importante da pressão arterial e eventual necessidade de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
  

FONTE:
Dr. Jayr Schmidt, líder do Centro de Referência em Neoplasias Hematológicas do A.C.Camargo
Victor Sato, supervisor de inovação e transformação digital do A.C.Camargo
 

A.C.Camargo realiza primeira infusão de células CAR-T

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Nova modalidade que modifica geneticamente células que atacam o tumor é a base do estudo em fase 3 que está em andamento no Cancer Center

O A.C.Camargo Cancer Center realizará no próximo dia 28 de novembro, a infusão do primeiro produto de terapia celular da história da instituição, e a segunda em todo o Brasil, de células CAR-T (células T geneticamente modificadas e reprogramadas em laboratório para destruir os tumores) da Janssen Cilag Farmacêutica. Apenas quatro instituições de saúde foram credenciadas para oferecer esse tratamento de alta complexidade no Brasil, e o A.C.Camargo é o único Cancer Center que poderá administrar essa terapia no país.

Essa nova modalidade de imunoterapia, que modifica geneticamente os linfócitos – tipo de célula do sistema imunológico presente no sangue – contra o tumor, é a base do estudo em fase 3 que está em andamento no Cancer Center.

Essa nova terapia poderá beneficiar pacientes que sofrem com mieloma múltiplo, que é uma alteração nas células do sistema imune que provoca disfunção na resposta imunológica, produzindo anticorpos defeituosos, sem atividade e que continua progredindo mesmo após o tratamento convencional (quimioterapia ou transplante de medula óssea), e é a primeira à base de células CAR-T para tratar esse tipo de câncer. Ela foi aprovada pela ANVISA em março de 2022.

O mieloma múltiplo é mais recorrente em pessoas com mais de 60 anos. Seus sintomas são similares aos das doenças crônicas como, cansaço excessivo, marcas roxas na pelem, confusão, diminuição da força e da sensibilidade dos dedos, dor nos ossos, aumento dos níveis de cálcio no sangue, fraturas frequentes e espontâneas e o aumento no risco de desenvolver anemia, decorrente da diminuição na quantidade plaquetas e glóbulos brancos e vermelhos. No entanto, dificilmente estes sintomas se manifestam ainda na fase inicial da doença.

O diagnóstico pode ser realizado por um hematologista ou oncologista, por meio de testes clínicos, sanguíneos, de urina e biópsia da medula. Por ser considerado relativamente raro, o Instituto nacional do Câncer (INCA), não possui dados precisos. Porém, autoridades americanas estimam que, cerca de 95% dos casos são diagnosticados em fases avançadas da doença nos EUA. Nesse quadro avançado, a taxa de sobrevida de cinco anos é de 51%, podendo chegar a 74% quando diagnosticado em estágio inicial.

Como funciona imunoterapia feita no A.C.Camargo?

A primeira etapa do processo é colher células do sistema imunológico do paciente a partir da centrifugação do sangue. Este procedimento é conhecido como leucaférese, e é similar a uma hemodiálise.

Em seguida, já em um laboratório, um especialista isola o linfócito T (tipo de leucócito ou célula de defesa do sistema imunológico). Esse linfócito é capaz de reconhecer antígenos (substâncias estranhas ao organismo como vírus, bactérias, tumores ou substâncias tóxicas) existentes no organismo.

O próximo passo é enviar o material coletado a um laboratório que fará a manufatura dessas células, ou seja, fará a modificação genética para programá-las para destruir o tumor. Isso é feito com auxílio de um vetor viral (vírus que tem o material genético alterado em laboratório para reconhecer e combater o tumor). Esse vetor entra no linfócito T, modifica o DNA dele e faz com que aquela célula expresse um receptor que reconheça o antígeno da doença, nesse caso o mieloma múltiplo, e a ataque.

Dentro de sete dias após a infusão das células CAR-T, pode haver uma reação inflamatória, sinal de que os linfócitos modificados estão se reproduzindo dentro do organismo e induzindo a liberação de substâncias para eliminar o tumor. Nesse momento, além de febre, o paciente pode apresentar variações em sua pressão arterial e eventual necessidade de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Sobre o estudo CARTITUDE-5

Registrado no Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) do A.C.Camargo sob o nº:3212/22 e na comissão nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) sob o nº: 48248621.6.2002.5432 o “CARTITUDE-5” é um  estudo de fase 3, randomizado comparando Bortezomibe, Lenalidomida e Dexametasona (VRd) seguidos por Ciltacabtagene Autoleucel, uma Terapia de Células T com receptor de antígeno quimérico (CAR-T) direcionado ao BCMA versus Bortezomibe, Lenalidomida e Dexametasona (VRd) seguidos por terapia com Lenalidomida e Dexametasona (Rd) em participantes da pesquisa com mieloma múltiplo recém-diagnosticado e para os quais o transplante de células-tronco hematopoéticas não está planejado como terapia Inicial. 

Número do Estudo: 68284528MMY3004 
Pesquisador Responsável: Dr. Jayr Schmidt Filho 
Patrocinador: Janssen Cilag Farmacêutica Ltda.
 

Imunoterapia e cirurgia para câncer de bexiga

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São muitas as opções de tratamento para o câncer de bexiga, entre elas estão imunoterapias e procedimentos cirúrgicos 

No início dessa semana, duas dessas opções ganharam visibilidade nas redes sociais após personalidades se manifestarem a respeito da imunoterapia Onco-BCG e a remoção cirúrgica de um tumor maligno na bexiga.

Os tratamentos imunoterápicos são utilizados com o intuito de auxiliar o sistema imunológico do paciente a identificar e destruir células cancerígenas. Em alguns casos, esse tipo de procedimento pode ser usado para o tratamento do câncer de bexiga.

O que é a BCG Intravesical

A BCG, vacina que protege contra formas graves da tuberculose, doença contagiosa que pode afetar os pulmões, mas também ossos, rins e meninges, pode ser administrada na bexiga por meio de um cateter inserido pela uretra. Essa terapia ativa as células do sistema imunológico localizadas na mucosa da bexiga que passam a atacar as células cancerígenas superficiais na bexiga.

A administração da BCG deve ser feita com cautela, pois há o risco de ocorrerem efeitos colaterais, gripe, febre, dor, calafrios, fadiga e a sensação de queimação na bexiga.  Outro ponto importante para se destacar é que devido a alta demanda global pela vacina há alguns anos, nota-se a escassez do produto no mercado nacional e internacional forçando instituições brasileiras a importar o produto. 

Essa terapia pode ser adotada em alguns tipos de câncer ainda em estágio inicial. A BCG pode ser usada após a ressecção transuretral do tumor para evitar a reincidência da doença. É importante destacar que este tratamento não pode ser adotado em casos de câncer invasivo na parede da bexiga.

Nos casos de tumores de menor agressividade ou na ausência da BCG também pode ser aplicada a quimioterapia intravesical que causa poucos efeitos colaterais atingindo somete a bexiga e sendo aplicada por meio de um cateter uretral uma vez por semana durante seis semanas, este procedimento é semelhante ao da BCG.

Além do tratamento inicial descrito acima, tanto a imunoterapia quanto a quimioterapia intravesical devem ser mantidas durante um período de um a três anos para evitar as recidivas do tumor.

Cirurgia

A cirurgia é a principal forma de tratamento do câncer de bexiga e pode envolver a remoção de tumores, o que os médicos chamam de ressecção transuretral de bexiga, ou a retirada completa da bexiga, a cistectomia radical, dependendo da extensão da doença. Esta é uma cirurgia complexa e meticulosa, geralmente realizada em centros de excelência como o A.C.Camargo Cancer Center, podendo ser executada de maneira tradicional, por videolaparoscopia ou robótica - método mais moderno, preciso e menos invasivo. 

A quimioterapia tem papel importante no tratamento do câncer de bexiga, tanto antes como depois da cirurgia. Pacientes cujos tumores invadiram o músculo da bexiga podem se beneficiar da terapia neoadjuvante, isto é, realizada antes do ato cirúrgico e que reduz o tamanho dos tumores. A quimioterapia também é indicada para casos em que há alto risco de metástase e para pacientes em que o tumor se espalhou para gânglios linfáticos, pulmões, fígado ou outros órgãos. No câncer de bexiga, a radioterapia é usada como paliativo.

Há um amplo campo de pesquisas em andamento avaliando novas opções de tratamento como, imunoterapias sistêmicas, terapias de alvos moleculares, terapias com alvos dirigidos e mais.

Câncer de bexiga no Brasil

De acordo com estimativas divulgadas pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 10 mil brasileiros recebem o diagnóstico de câncer de bexiga todos os anos, sendo a maior incidência em homens. O câncer da bexiga, chamado carcinoma urotelial, geralmente tem início na camada superficial do revestimento interno do órgão e pode se disseminar pela parede da bexiga, pelos gânglios linfáticos ou pelo sangue.
 

“A imunoterapia está mudando o tratamento do câncer e o futuro parece bem iluminado”

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Entenda mais sobre este tipo de tratamento e sobre as CAR-T Cells com o Doutor David Maloney, norte-americano da Universidade de Washington e do Fred Hutchinson Cancer Research Center

As CAR-T Cells – em português, células CAR-T – são uma modalidade de imunoterapia que promete revolucionar o tratamento do câncer, sobretudo tumores hematológicos.

Trata-se de terapias personalizadas que agem em alvos específicos, usando células do paciente e não medicamentos sintéticos. 

Nela, as células de defesa do organismo são extraídas do paciente e moldadas em laboratório para combaterem seu próprio tumor. Depois, são infundidas de volta no paciente. Ou seja, elas atuam reprogramando as próprias células do paciente contra a doença.

Essa modalidade de tratamento imunoterápico foi discutida não apenas em painéis do Next Frontiers to Cure Cancer, congresso internacional organizado pelo A.C.Camargo: foi o assunto da aula magna Terapias com células CAR-T na prática clínica, dada pelo Doutor David Maloney, norte-americano da Universidade de Washington e do Fred Hutchinson Cancer Research Center.


CAR-T Cells e imunoterapia: futuro promissor

“A imunoterapia está mudando o tratamento do câncer e o futuro parece bem iluminado”, comemora o Doutor David Maloney, sem se esquecer que ainda há desafios importantes, principalmente em relação às CAR-T Cells.

“Há vários estudos em andamento nos quais estamos discutindo o poder das CAR-T Cells para acabar com as células cancerígenas, mas é difícil, precisamos compreender melhor como os receptores funcionam e cuidar da questão da toxicidade”, acrescenta o médico.

O Doutor David Maloney explicou que os estudos demonstram que há melhores respostas em leucemias, linfomas e mieloma múltiplo, mas ainda é preciso avançar, por exemplo, em compreensão para tumores sólidos e de pulmão.

Doutor David, cabelo e cavanhaque brancos, fala de imunoterapia
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Para avançarmos para este futuro iluminado, há estudos em andamento que discutem o poder das CAR-T Cells para acabar com as células cancerígenas, mas precisamos compreender melhor como os receptores funcionam e cuidar da questão da toxicidade.
Doutor David Maloney, da Universidade de Washington e do Fred Hutchinson Cancer Research Center

CAR-T Cells: será o fim do transplante alogênico para a leucemia linfoide aguda?

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Confira o que acha o Doutor Ryan Cassaday, norte-americano que deu uma aula no Next Frontiers to Cure Cancer, congresso internacional organizado pelo A.C.Camargo

As CAR-T Cells, também conhecidas como células CAR-T, são uma grande novidade no tratamento de tumores hematológicos, embora seja um tratamento que não esteja disponível para o grande público.

O assunto foi tema no Next Frontiers to Cure Cancer, congresso internacional organizado pelo A.C.Camargo.

No painel Neoplasias Hematológicas - Leucemia Linfoide Aguda - O futuro da terapia com células CAR-T: será o fim do transplante alogênico?, o Doutor Ryan Cassaday, norte-americano que é professor na Universidade de Washington e no Fred Hutchinson Cancer Research Center, diz que ainda são necessários alguns avanços.


CAR-T Cells: o que são 

As CAR-T Cells são terapias personalizadas e agem em alvos específicos, usando células do paciente e não medicamentos sintéticos. 

Trata-se de células de defesa do organismo, que são extraídas do paciente e moldadas em laboratório para combaterem seu próprio tumor. 

Depois, são infundidas de volta no paciente. Ou seja, elas atuam reprogramando as próprias células do paciente contra a doença. 

Segundo o Doutor Ryan Cassaday, precisamos responder a perguntas para as quais ainda não temos respostas.

"Precisamos conseguir respostas mais rápidas, eficazes e seguras. Temos diferentes prognósticos, como fatores de pré-tratamento, o peso das doenças e terapias anteriores. Também precisamos de mais centros realizando as terapias com CAR-T Cells no mundo para entender mais sobre quais pacientes respondem melhor às CAR-T Cells. Enquanto não tivermos isso, o transplante pode seguir como uma opção interessante”, analisa o médico.

Doutor Ryan, branco, 40 anos, CAR-T Cells

Tudo sobre imunoterapia e saúde da mulher

A imunoterapia é uma modalidade de tratamento inovadora e eficaz para tumores ginecológicos.

Nesta live que foca na saúde da mulher, veja o papo entre a Dra. Rachel Simões Pimenta Riechelmann, Head da Oncologia Clínica do A.C.Camargo, e do Dr. Jayr Schmidt Filho, Head de Onco-Hematologia do A.C.Camargo.

Eles vão tirar todas as suas dúvidas sobre essa modalidade de tratamento:


+ Podcast A.C.Camargo
Confira em nossos agregadores de streaming: Spotify, SoundCloud, Google Podcasts e Deezer

Live "Imunoterapia e saúde da mulher"

Segundo o INCA, são estimados mais de 66 mil novos casos de câncer de mama no Brasil em 2022, sendo a segunda maior incidência em mulheres de todas as regiões do país, atrás apenas de tumores de pele não melanoma.

A imunoterapia, que é uma importante aliada no tratamento de vários tipos de tumores, como pulmão, bexiga, cabeça e pescoço, também vem mostrando seu benefício em determinados subtipos do câncer de mama.

Preparamos uma live com o tema “Imunoterapia e Saúde da Mulher”, com a participação da Dra. Rachel Simões Pimenta Riechelmann, Head da Oncologia Clínica e do Dr. Jayr Schmidt Filho, Head de Onco-Hematologia aqui do A.C.Camargo, para tirar todas as suas dúvidas sobre o tema.

A live acontecerá no dia 26/05 às 17h e será transmitida simultaneamente em nosso Facebook, Linkedin e Youtube.
 

Car-T Cells: ANVISA aprova terapia para tratamento de mieloma múltiplo

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Nova modalidade de imunoterapia, que modifica geneticamente os linfócitos contra o tumor, será disponibilizada no A.C.Camargo Cancer Center

Car-T Cells: a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anuncia a aprovação da primeira terapia à base de células Car-T para tratar o mieloma múltiplo, tipo de câncer que atinge a medula óssea.

Mais recorrente em pessoas com idade superior a 60 anos, seus sinais podem ser confundidos com questões inerentes ao envelhecimento, retardando o diagnóstico.

“No mieloma múltiplo, os plasmócitos são anormais e se multiplicam rapidamente, comprometendo a produção das outras células do sangue”, explica Dr. Jayr Schmidt Filho, Líder do Centro de Referência de Neoplasias Hematológicas do A.C.Camargo Cancer Center.

Atualmente, os meios de prevenção do mieloma múltiplo ainda não são conhecidos, bem como suas causas. Contudo, sabe-se que, além da idade, histórico familiar, exposição à radiação e a produtos químicos, como amianto e pesticidas, também são fatores de risco.

O diagnóstico é feito pelo hematologista ou oncologista, por meio de testes clínicos, sanguíneos, de urina e biópsia da medula. Exames de imagem, como tomografia e ressonância magnética, são usados para identificar se o câncer compromete outras regiões do corpo. Estima-se que cerca de 95% dos casos são diagnosticados em fases avançadas da doença. Nesse quadro avançado, a taxa de sobrevida de cinco anos é de 51%, enquanto esse percentual pode chegar a 74% quando identificado em estágio inicial.

A terapia por Car-T Cells é uma modalidade da imunoterapia que lança mão de células geneticamente modificadas e reprogramadas em laboratório para destruir os tumores. “Esta aprovação, que ainda depende de trâmites burocráticos para ser disponibilizada para os pacientes, pode significar a cura para pacientes que já tinham esgotado as possibilidades terapêuticas”, aponta o especialista.

A aprovação pela ANVISA é uma parte do processo de disponibilização do medicamento no país, que ainda será precificado pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) do Governo Federal – órgão interministerial responsável pela regulação econômica do mercado de medicamentos no Brasil.


Como a terapia é realizada

A terapia por Car-T Cells é feita a partir da coleta de células T do sistema imunológico, os linfócitos, que são modificadas geneticamente e programadas para reconhecer e combater o tumor.

Há muita ciência por trás do desenho da molécula CAR. “Podemos dizer que as Car-T Cells são um grande feito da biotecnologia aplicada ao tratamento do câncer”, explica.


Como atuam as Car-T Cells

A primeira etapa é colher células do sistema imunológico a partir da centrifugação do sangue dos pacientes a serem tratados, procedimento conhecido como leucaférese, parecido com uma hemodiálise.

Em seguida, o especialista isola um tipo de leucócito (célula de defesa) conhecido como linfócito T, um dos principais responsáveis pela defesa do organismo. Esse linfócito consegue reconhecer antígenos existentes na superfície celular de agentes externos ou internos infecciosos e de tumores para combater tais invasores.

O próximo passo é enviar o material coletado a um laboratório que fará a manufatura dessas células, que consiste na modificação genética delas para programar os linfócitos para destruir o tumor.

Isso é feito com auxílio de um vetor viral, um vírus que tem o material genético alterado em laboratório para reconhecer e combater o tumor. Esse vetor entra no linfócito T, modifica o DNA dele e faz com que aquela célula expresse um receptor que reconheça o antígeno da doença e a ataque.

“A modificação faz os linfócitos T atacarem as células tumorais. Antes de introduzir a célula, é feita uma quimioterapia no paciente a fim de imunossuprimi-lo para que o sistema imune não combata as células”, explicou o Dr. Jayr Schmidt.

Dentro de sete dias após a infusão das Car-T Cells, pode haver uma reação inflamatória, sinal de que os linfócitos modificados estão se reproduzindo dentro do organismo e induzindo a liberação de substâncias para eliminar o tumor.

Nesse momento, além de febre, pode haver queda importante da pressão arterial e eventual necessidade de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Apenas quatro instituições foram credenciadas para oferecer esse tratamento de alta complexidade no país, e o A.C.Camargo é o único cancer center que poderá ministrar a terapia, que deve chegar aos pacientes no segundo semestre de 2022.

Tudo sobre células CAR-T

Já está disponível para pacientes do Brasil uma opção inovadora de tratamento contra o câncer.

Conhecida como células CAR-T, um dos medicamentos dessa terapia está aprovado pela Anvisa e representa uma nova era na medicina. Aguardado há muitos anos, o tratamento com células CAR-T é uma nova forma de tratar alguns tipos de câncer por meio da reprogramação das células de defesa do corpo.

É um medicamento único, com o máximo de personalização.

Este tratamento traz benefícios para os pacientes, ao tangibilizar novas possibilidades de tratamento e até mesmo um potencial de cura para doenças até então sem opções terapêuticas; e para a sociedade, ao propiciar que pacientes, familiares e/ou cuidadores tenham ganhos na qualidade de vida, voltando a trabalhar e buscar suas aspirações pessoais. 

Confira abaixo como é feito esse tratamento, quais tipos de tumor podem ser tratados, os possíveis efeitos colaterais e outras respostas para dúvidas comuns.
 

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 Células CAR-T

“CAR” é um acrônimo em inglês para chimeric antigen receptor (em português, receptor quimérico de antígeno). O “T” refere-se ao linfócito T, um tipo de célula do sistema imunológico que consegue reconhecer antígenos existentes na superfície celular de agentes externos ou internos infecciosos e de tumores, produzindo anticorpos para combater tais invasores. Ou seja, atua como defesa do corpo. Então, uma célula CAR-T é um linfócito T que passou por uma modificação genética.

Resumidamente, a terapia por células CAR-T é feita a partir da coleta de células T do sistema imunológico. Depois, é preciso levar o material a uma central especializada – todas até o momento são fora do Brasil –, fazer ali a modificação genética e trazer de volta, para então infundir no paciente. Essa modificação genética reprograma a célula para reconhecer e combater o tumor. Dessa forma, o próprio organismo do paciente torna-se um tratamento contra o câncer. Confira no vídeo abaixo.

 

 

 

O uso das células CAR-T tem mostrado importantes resultados, representando uma nova perspectiva no tratamento de alguns tipos de câncer que, até então, não tinham opções eficazes de terapia. É uma opção de tratamento transformadora com respostas potencialmente duradouras e até mesmo curativas.

Atualmente, as indicações já aprovadas e com uso vigente no Brasil são para pacientes com linfoma difuso de grandes células B (tipo de linfoma não Hodgkin) e leucemia linfoblástica aguda, ambas no cenário recidivado ou refratário da doença. Em breve, também teremos o uso para pacientes portadores de linfoma folicular (outro tipo de linfoma não Hodgkin) e para pacientes portadores de mieloma múltiplo. 

Dr. Jayr Schmidt Filho, líder do Centro de Referência em Neoplasias Hematológicas do A.C.Camargo
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Podemos dizer que a célula CAR-T é o maior avanço no tratamento do câncer dos últimos anos e pode se estabelecer como um dos pilares do combate à doença ao lado de quimioterapia, cirurgia e radioterapia.
Dr. Jayr Schmidt Filho, líder do Centro de Referência em Neoplasias Hematológicas do A.C.Camargo

A terapia é feita com dose única, por meio de infusão intravenosa.

Dentro de sete dias após a infusão das células CAR-T, pode haver uma reação inflamatória, sinal de que os linfócitos modificados estão se reproduzindo dentro do organismo e induzindo a liberação de substâncias para eliminar o tumor. Nesse momento, além de febre, pode haver queda importante da pressão arterial e eventual necessidade de internação em unidade de terapia intensiva (UTI).

Nas primeiras semanas após infusão das células CAR-T, o paciente pode apresentar alguns sintomas neurológicos, que vão desde um quadro mais leve de confusão mental até a presença de crises convulsivas. Porém, todos estes efeitos colaterais podem ser controlados quando o paciente faz seu tratamento em um centro especializado e com equipe treinada. 

Atualmente, existem três medicamentos de células CAR-T aprovados pela Anvisa para uso no Brasil. A aprovação da Anvisa é apenas uma parte do processo de disponibilização do medicamento no país. No caso do medicamento aprovado, a próxima etapa é a precificação pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão interministerial do Governo Federal responsável pela regulação econômica do mercado de medicamentos no Brasil.

Dos três medicamentos de CAR-T aprovados pela Anvisa, apenas um já recebeu a precificação pela CMED e que, portanto, já pode ser comercializado no Brasil.
 

Não. Cada tratamento é único e feito exclusivamente para um determinado paciente. As células T de um paciente são reprogramadas de forma personalizada, com dose preparada de acordo com seu peso.  

A quimioterapia é um tipo de tratamento que consiste na aplicação de medicamentos para destruir as células que formam os tumores, atuando em diversas etapas do metabolismo celular.

Já a imunoterapia age estimulando o sistema imunológico do paciente a atacar as células do câncer. 

O tratamento com células CAR-T é uma modalidade da imunoterapia, que utiliza células de defesa geneticamente modificadas e reprogramadas em laboratório para destruir os tumores. 
 

O A.C.Camargo Cancer Center foi um dos centros mundiais especializados no tratamento do câncer escolhidos para fazer um dos estudos clínicos de um dos novos medicamentos com células CAR-T.

Em relação ao medicamento já aprovado pela Anvisa, é uma das poucas instituições no Brasil selecionadas nesse primeiro momento e habilitada para este tipo de terapia.

Foram feitos diversos treinamentos da equipe para o processo de aférese, manuseio, recebimento e armazenamento de células dos pacientes para esta terapia específica. Os processos de qualidade também foram verificados para garantir a adesão aos requisitos necessários para fazer a terapia com segurança.
 

Células CAR-T, o sistema imune no combate ao câncer

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Nova modalidade de imunoterapia, que modifica geneticamente os linfócitos contra o tumor, será utilizada no A.C.Camargo Cancer Center 

O A.C.Camargo Cancer Center foi um dos centros mundiais especializados no tratamento do câncer escolhidos para a utilização da nova imunoterapia com células CAR-T no Brasil.  

Trata-se de modalidade da imunoterapia que lança mão de células geneticamente modificadas e reprogramadas em laboratório para destruir os tumores.  

Os cientistas a estão chamando de droga viva, e ela trata, por enquanto, linfoma difuso de grandes células, leucemia linfoide aguda e mieloma múltiplo.  

“Mas há a expectativa de que logo sejam identificados alvos de outras doenças oncológicas para ampliar as indicações”, afirmou o Dr. Jayr Schmidt, responsável pela imunoterapia na Instituição.


Células CAR-T, um avanço grandioso

A imunoterapia por células CAR-T representa avanço tamanho para o tratamento do câncer, que pode render um novo Nobel de Medicina à área, na opinião de Dr. Martín Bonamino, pesquisador do Instituto Nacional do Câncer (INCA) e da Fiocruz. 
O último Nobel à área veio em 2018, para o americano James P. Allison, do MD Anderson Cancer, uma das instituições parceiras do A.C.Camargo Cancer Center, e para o japonês Tasuku Honjo, da Universidade de Kyoto. 

Numa outra modalidade de imunoterapia, chamada de bloqueio de checkpoints imunológicos, os premiados desenvolveram pesquisas sobre duas proteínas produzidas por tumores – a CTLA-4 e a PD-1 – que paralisavam o sistema imune do paciente durante o desenvolvimento do câncer. Eram as proteínas chamadas de checkpoints, que bloqueavam o sistema imune, para que não atacasse o tumor. 

As drogas pesquisadas por Allison e Tasuku retiram esse bloqueio e recuperam o poder de ataque do sistema imunológico. 
A história da imunoterapia tem mais de um século. De acordo com Dr. Martín Bonamino, ela tem início no fim do século XIX, com o cirurgião William B. Coley, em Nova York. 
 

infográfico células car-t

Na época, sem quimioterapia ou radioterapia, o tratamento para o câncer era basicamente cirúrgico. Foi operando tumores que Dr. Coley notou que alguns deles regrediam se infeccionassem depois da cirurgia, também não existia ainda o antibiótico. Por associação, ele começou a tratar os pacientes com extratos de micro-organismos, bactérias, e alguns tumores começaram a ter regressão. 

“Essa é a primeira imunoterapia que a gente conhece bem documentada e com taxas de sucesso bem interessantes”, contou Bonamino.

Depois disso, a imunoterapia ficou um longo tempo em segundo plano. Vieram a radioterapia, depois as quimioterapias e, somente na década de 1980, ela renasceu, quando um grupo de pesquisadores estadunidenses passou a tirar células de defesa dos próprios tumores, expandi-las em laboratório e infundi-las no paciente. “É o que chamamos de TIL (sigla do inglês para linfócitos infiltrantes de tumor)”, explicou Bonamino.

No paralelo iniciaram-se os transplantes de medula. Na década de 1990, passada a fase inicial em que se pensava ter de matar até a última célula de leucemia, descobriu-se que parte do sucesso tinha a ver com os linfócitos do doador, que eram transplantados juntos com a medula.

Os estudiosos se deram conta de que tais linfócitos, especialmente os linfócitos T, são capazes de destruir as últimas células de leucemia. 

Segundo Bonamino, o estudo veio reforçar que os linfócitos, quando reconhecem o tumor, são capazes de destruir suas células. No entanto, boa parte dos tumores não tem muitos antígenos que possam ser reconhecidos pelo sistema imune, seja porque tem poucas mutações, seja por não ter mutações imunogênicas.

“É exatamente aqui que entra o conceito de CAR-T. Reparem que tanto os linfócitos infundidos com o transplante quanto os infiltrados no tumor contam com uma resposta imune natural. Tumores pobres em mutações podem ser manipulados geneticamente com um gene artificial, o CAR, para fazer o linfócito reconhecer o tumor”, resumiu Bonamino.


Como é feita a terapia

A terapia por células CAR-T é feita a partir da coleta de células T do sistema imunológico, os linfócitos, que são modificadas geneticamente e programadas para reconhecer e combater o tumor.

Há muita ciência por trás do desenho da molécula CAR. “Podemos dizer que as células CAR-T são um grande feito da biotecnologia aplicada ao tratamento do câncer”, completou. 

Para o Dr. Jayr Schmidt, do A.C.Camargo Cancer Center, é o maior avanço no tratamento do câncer dos últimos anos e pode se estabelecer como um dos pilares do combate à doença ao lado de quimioterapia, cirurgia e radioterapia.

A terapia por células CAR-T, até o momento capaz de reconhecer e atacar as proteínas CD-19 e BCMA, foi desenvolvida nos Estados Unidos, onde já é oferecida por dois laboratórios farmacêuticos, desde 2017, a um preço próximo de 400 mil dólares. 

“No Brasil, ela começa a aparecer somente agora, com quase quatro anos de atraso. Isso porque é um tratamento trabalhoso e de alto custo”, comentou Dr. Schmidt.

Aqui, o processo inclui levar o material a uma central especializada – todas até o momento são fora do país –, fazer ali a modificação genética e trazer de volta, para então infundir no paciente, ou seja, um tratamento de difícil logística e alto custo.

“Assim, para fazer o tratamento no Brasil hoje, estimo que seja preciso investir entorno de 350 a 400 mil dólares”, lamenta o especialista.
 

 

Como atuam as células Car-T

A primeira etapa é colher células do sistema imunológico a partir da centrifugação do sangue dos pacientes a serem tratados, procedimento conhecido como leucaférese, parecido com uma hemodiálise. 

Em seguida, o especialista isola um tipo de leucócito (célula de defesa) conhecido como linfócito T, um dos principais responsáveis pela defesa do organismo. Esse linfócito consegue reconhecer antígenos existentes na superfície celular de agentes externos ou internos infecciosos e de tumores para combater tais invasores. 

O próximo passo é enviar o material coletado a um laboratório que fará a manufatura dessas células, que consiste na modificação genética delas para programar os linfócitos para destruir o tumor.

Isso é feito com auxílio de um vetor viral, um vírus que tem o material genético alterado em laboratório para reconhecer e combater o tumor. Esse vetor entra no linfócito T, modifica o DNA dele e faz com que aquela célula expresse um receptor que reconheça o antígeno da doença e a ataque. 

“A modificação faz os linfócitos T atacarem as células tumorais. Antes de introduzir a célula, é feita uma quimioterapia no paciente a fim de imunossuprimi-lo para que o sistema imune não combata as células”, explicou o Dr. Jayr Schmidt. 
Dentro de sete dias após a infusão das células CAR-T, pode haver uma reação inflamatória, sinal de que os linfócitos modificados estão se reproduzindo dentro do organismo e induzindo a liberação de substâncias para eliminar o tumor. Nesse momento, além de febre, pode haver queda importante da pressão arterial e eventual necessidade de internação em Unidade de Terapia Intensiva (UTI).


Estudos brasileiros podem reduzir gargalos e preços da Car-T

A equipe do cientista Martín Bonamino no Instituto Nacional do Câncer (INCA) publicou ano passado dois artigos que apresentam eventuais saídas para uma aplicação mais ampla da terapia com células CAR-T, a fim de expandir a imunoterapia com CAR para um número maior de pacientes, ganhando escala e reduzindo custos, o que tem potencial para favorecer especialmente países de baixa renda. 

O estudo Development of CAR-T cell therapy for B-ALL using a point-of-care approach foi publicado no periódico Oncoimmunology. O outro artigo, publicado na revista Gene Therapy, tem com o título Transposon-mediated generation of CAR-T cells shows efficient anti B-cell leukemia response after ex vivo expansion.
 

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A imunoterapia por células CAR-T é o maior avanço no tratamento do câncer dos últimos anos e pode se estabelecer como um dos pilares do combate à doença ao lado de quimioterapia, cirurgia e radioterapia.

Dr. Jayr Schmidt, líder do Centro de Referência em Neoplasias Hematológicas do A.C.Camargo