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Imunoterapia para o câncer de mama triplo negativo metastático

 
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Imunoterapia para o câncer de mama triplo negativo metastático

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Por Solange Sanches, oncologista clínica e vice-coordenadora do Centro de Referência em Tumores da Mama

O uso da imunoterapia, que já demonstrou seu papel extremamente divisor de águas no tratamento de vários tipos de tumores, como pulmão, bexiga e cabeça e pescoço, também vem começando a mostrar seu benefício a determinados subtipos de câncer de mama.

Neste estudo, o Keynote-355, a utilização da imunoterapia, no caso uma medicação chamada Pembrolizumabe associada à quimioterapia, foi comparada ao uso somente da quimioterapia em tumores de mama triplo negativos metastáticos – estes, casos que nunca haviam recebido tratamento para doença metastática.

O que se viu foi uma diferença significativa: redução de 35% no risco de progressão da doença para aquelas pacientes que receberam Pembrolizumabe associado à quimioterapia. Estas também tinham um PD-L1 positivo. Trata-se de uma contagem que se faz das células que têm uma capacidade imune, tanto no tumor como nas células em volta.

Então, quem tinha um score maior do que 10, chegou a ter 9,7 meses de tratamento até que 50% delas progredissem, versus 5,6 meses de quem fez apenas quimioterapia – uma diferença de quatro meses em sobrevida livre de progressão.

Para se ter uma ideia, isso quer dizer que, em 12 meses, 23% das mulheres que receberam apenas a quimioterapia estavam sem progressão da doença, versus 39% das que fizeram uso do Pembrolizumabe associado à quimioterapia.

Quanto àquelas pacientes que já haviam realizado tratamento adjuvante antes de se tornarem metastáticas, embora esse subgrupo seja pequeno, a gente sabe que as que recidivaram com menos de 12 meses não tiveram tanto benefício como as mulheres que recidivaram depois de 12 meses do término do tratamento adjuvante, ou que abriram o quadro já  metastáticas.

Solange Moraes Sanches

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