Quimioterapia

Novos tratamentos para tumores colorretais

Linha Fina

Confira o vídeo com a Dra. Rachel Riechelmann, oncologista clínica, explicando quais são os novos tratamentos já disponíveis ou que ainda estão em fase de testes

O câncer colorretal é um dos tumores que mais afetam a população no mundo. No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o segundo tipo mais incidente em homens e mulheres, com estimativa de 45.630 novos casos previstos para cada ano do triênio 2023-2025.

Apesar de muito incidente na população, as taxas de cura são altas para este tipo de câncer quando diagnosticados precocemente.  

Para os casos mais avançados ou com mutações raras, novos tratamentos estão surgindo, trazendo novas perspectivas de aumento de sobrevida ou, até mesmo, de cura da doença.

No vídeo abaixo, a Dra. Rachel Riechelmann, head da Oncologia Clínica e vice-líder do Centro de Referência em Tumores Colorretais, comenta as principais novidades em tratamento para este tipo de câncer. 

Quer saber mais sobre tumores colorretais? Clique aqui e confira uma seleção de conteúdos sobre o tema. 

 

 

Entenda a diferença entre quimioterapia vermelha e branca

Linha Fina

Esclarecemos essa dúvida de muitas pessoas, que associam a quimioterapia vermelha a efeitos colaterais mais fortes e ação mais intensa e a quimioterapia branca a efeitos e ação mais leves

Muitas pessoas quando ouvem falar de quimioterapia vermelha ou branca têm dúvidas do que essas cores significam. Uma é mais “forte” do que a outra? A vermelha tem mais efeito colateral do que a branca? Entenda o que significa essas cores.

A quimioterapia e as cores

A quimioterapia vermelha é formada por uma classe de medicamentos chamada antraciclinas, que apresentam tons avermelhados. A quimioterapia branca é formada por diversas classes de medicamentos que não apresentam nenhuma cor, como ciclofosfamida, taxanos, gencitabina e vinorelbina.

Ou seja, a cor do medicamento é devido às características físico-químicas dos seus componentes e não influencia nos efeitos colaterais. O que determina se um é “mais forte” que o outro não é a cor, mas a dosagem, a combinação dos medicamentos e o protocolo para cada tipo de tumor.

A única diferença entre a quimioterapia vermelha e a branca é a forma de administração. Enquanto a vermelha é administrada exclusivamente de forma endovenosa, a branca pode ser endovenosa, intramuscular, subcutânea ou intratecal.

Além da vermelha e da branca, existem quimioterápicos que apresentam outras cores, como é o caso do metotrexato, de coloração amarela, e da mitoxantrona, de coloração azul.

Combinação de medicamentos

O tratamento quimioterápico pode contar com um único medicamento ou com a combinação de vários deles com doses diferentes e variadas formas de administração.

Os medicamentos da quimioterapia vermelha, por exemplo, são muito utilizados para pacientes com câncer de mama. Mas, é mais comum ainda a paciente fazer o tratamento com uma combinação de quimioterapia branca e vermelha.

Cada dose e combinação de medicamento é única, preparada de acordo com as recomendações do médico e com o peso e a altura do paciente.

Manipulação de quimioterápico: escolha uma instituição de confiança

A manipulação do quimioterápico segue legislações, normas e protocolos de segurança. Por isso, todo farmacêutico contratado pelo A.C.Camargo, mesmo que já tenha experiência com quimioterápicos, passa por um treinamento de três meses para garantir a aderência aos rígidos protocolos de segurança da Instituição.

Como somente um farmacêutico é capaz de verificar se a medicação foi preparada de forma correta, é importante o paciente escolher bem onde fazer seu tratamento. Neste cenário, uma instituição especializada, como um cancer center, torna-se a opção mais segura. No A.C.Camargo, nossa Farmácia não só é diferenciada como também é referência em todo o Brasil. 

Tudo sobre quimioterapia

Se você tem dúvidas ou quer saber mais sobre o tratamento quimioterápico, clique aqui. Você poderá conferir diversas respostas para as principais perguntas sobre este tratamento.

 

Fonte: Aline Rezende, farmacêutica do setor de quimioterapia do A.C.Camargo Cancer Center
 

Quimioterapia: O Cuidado Humanizado Dentro da Unidade de Terapia Intensiva

Grupo de Quimioterapia: A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um local destinado à realização de atendimento de alta complexidade. 

Tal característica exige uma assistência qualificada especializada e, ao mesmo tempo, merece uma atenção mais humanizada e direcionada em relação não somente ao paciente, mas também à família. 

Neste webinar, iremos falar sobre a importância do cuidado humanizado dentro das UTIs e a importância da equipe multidisciplinar para tornar possível o cuidado humanizado.

Assista ao papo e saiba como isso funciona no A.C.Camargo:


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Quimioterapia em um cancer center

Linha Fina

Faz diferença contar com uma equipe experiente e especializada em oncologia e tratamento quimioterápico

A cada ano, cresce mais o número de casos de câncer no Brasil e no mundo. Segundo estimativas do International Agency for Research on Cancer (IARC), em 2020, 19,3 milhões de pessoas no mundo tiveram câncer. Para 2040, a expectativa é que esse número cresça para 30,2 milhões de pessoas.

Em 2020, cerca de 29,3 mil pessoas fizeram quimioterapia no A.C.Camargo Cancer Center. E fazer esse tratamento em um cancer center proporciona mais benefícios para o sucesso do tratamento.

Quimioterapia em um cancer center

Ao fazer seu tratamento quimioterápico no A.C.Camargo, o paciente conta com uma equipe multiprofissional de especialistas oncológicos que seguem protocolos integrados e baseados em evidências científicas. Outro ponto de destaque é a constante troca de informações entre os profissionais, que acompanham de perto a evolução do paciente. 

Ao chegar na Instituição, o paciente é acolhido pela equipe de enfermagem, que faz as avaliações necessárias, explica o processo do tratamento e esclarece todas as dúvidas do paciente. Depois, nossos nutricionistas orientam o paciente quanto à alimentação para reduzir os efeitos colaterais da quimioterapia, como enjoo, prisão de ventre ou diarreia.

A equipe de psicologia também avalia o paciente, para saber como o está lidando com a doença e se há necessidade de acompanhamento. Durante todo o processo de infusão do quimioterápico, o paciente conta com a presença de um médico, que está à disposição para qualquer intercorrência.

Já os pacientes que fazem o tratamento em casa com quimioterápicos orais podem contar com o telecuidado farmacêutico, no qual a equipe da farmácia faz uma abordagem telefônica para entender quais as dúvidas em relação ao tratamento, fazer as devidas orientações e monitorar os principais problemas encontrados, diminuindo as vindas à emergência ou internação.

Para fazer a infusão do quimioterápico, os pacientes contam com box individualizados com lugar para acompanhante, TV e internet. Para os pacientes com necessidades específicas ou que fazem quimioterapia de longa duração, temos leitos disponíveis, para proporcionar maior conforto e bem-estar.

O tratamento de quimioterapia evoluiu muito nos últimos anos, possibilitando que o paciente receba o tratamento em um centro ambulatorial. Até mesmo tratamentos que requerem infusão prolongada de quimioterápicos (até 48 horas, por exemplo) podem ocorrer com dispositivos portáteis (as chamadas bombas de infusão portáteis). Somente em situações muito específicas o paciente precisa ficar internado, em um ambiente hospitalar, para seguir o tratamento. 

Mesmo assim, é fundamental que pacientes e familiares tenham orientações precisas sobre atividades rotineiras e manejo de sintomas relacionados ao tratamento. Por isso, em um centro de infusão ambulatorial especializado de um cancer center, o paciente recebe todo o suporte necessário para garantir o melhor desfecho clínico.

Manipulação de quimioterápico: escolha uma instituição de confiança

A manipulação do quimioterápico segue legislações, normas e protocolos de segurança, pois cada dose é única, preparada de acordo com as recomendações do médico e com o peso e a altura do paciente.

Por isso, todo farmacêutico contratado pelo A.C.Camargo, mesmo que já tenha experiência com quimioterápicos, passa por um treinamento de três meses para garantir a aderência aos rígidos protocolos de segurança da Instituição.

Como somente um farmacêutico é capaz de verificar se a medicação foi preparada de forma correta, é importante o paciente escolher bem onde fazer seu tratamento. Neste cenário, uma instituição especializada, como um cancer center, torna-se a opção mais segura. No A.C.Camargo, nossa Farmácia não só é diferenciada como também é referência em todo o Brasil. 

Tudo sobre quimioterapia

Se você tem dúvidas ou quer saber mais sobre o tratamento quimioterápico, clique aqui. Você poderá conferir diversas respostas para as principais perguntas sobre este tratamento.

 

Fonte: Hernandez Silva, supervisor da quimioterapia do A.C.Camargo Cancer Center
Eliana do Lago, supervisora de farmácia do A.C.Camargo Cancer Center

Touca de resfriamento previne queda de cabelo causada pela quimioterapia

Linha Fina

Efeito colateral do tratamento é minimizado no A.C.Camargo Cancer Center

A touca de resfriamento, também conhecida como touca hipotérmica ou crioterapia capilar, é uma aliada fundamental para pacientes que fazem quimioterapia

Em 2020, por exemplo, a Instituição realizou 29.388 sessões de quimioterapia. Como a queda de cabelo é um efeito colateral importante desse tipo de tratamento, a touca de resfriamento, ao reduzir a queda de cabelo de forma importante, ajuda a preservar a saúde psicológica, a autoestima e a privacidade do paciente em sua vida pessoal.

Ou seja, o fato de a pessoa se sentir bem contribui para que ela se mantenha mais forte para seguir com os cuidados necessários e não abandonar o tratamento.

A touca é colocada 30 minutos antes do início da quimioterapia. O paciente permanece com ela durante toda a sessão e, depois, por mais 60 a 90 minutos, a depender do protocolo.

Por fim, a touca é retirada e o paciente fica por mais 10 minutos em observação.


Touca de resfriamento: como funciona

A quimioterapia mira todas as células de divisão rápida no organismo. 

Nos fios capilares, a divisão celular acontece de forma muito rápida, por isso muitos quimioterápicos causam a queda do cabelo – costuma começar a cair duas semanas após o início do tratamento.

É aí que entra a touca, que fica acoplada a uma serpentina que sai de uma caixa de resfriamento. O líquido de refrigeração circula na serpentina a uma temperatura de 4ºC para que o couro cabeludo se mantenha em torno de 11ºC. 

Essa baixa temperatura promove uma vasoconstrição na região, dificultando que a droga utilizada na quimioterapia penetre e danifique o folículo capilar, fazendo com que a perda dos fios seja menor.

“O percentual de cabelos preservados com o uso da touca varia de acordo com o protocolo, mas, segundo alguns estudos, a touca preserva em torno de 40 a 60% dos fios do paciente”, conta Aline Maranhão Matis Pereira, enfermeira supervisora responsável pelos setores de quimioterapia, imagem e ambulatórios da unidade Pires da Mota.


Contraindicações

Muitos pacientes têm se beneficiado com a touca de resfriamento. Entre agosto de 2020 e o começo de agosto de 2021, por exemplo, foram 897 sessões de crioterapia realizadas no A.C.Camargo, somadas as unidades Antônio Prudente e Pires da Mota.

Indicada apenas para pacientes que fazem quimioterapia, porém, a touca apresenta restrições para pacientes com tumores que afetam o couro cabeludo, linfomas e leucemias.

Segundo a enfermeira Aline Matis, para que não haja dúvida, o paciente deve perguntar a seu médico se está apto a se submeter ao tratamento com a touca de resfriamento, pois apenas o doutor pode avaliar isso e fazer a prescrição.

Mesmo que o plano de saúde cubra as sessões quimioterapia, este serviço da touca de resfriamento é disponibilizado para os pacientes apenas de forma particular.

Câncer de mama: inclusão de novos protocolos e perspectivas para o futuro

Linha Fina

Webinar discute as novidades no tratamento do segundo tipo de tumor mais comum entre as mulheres 

Câncer de mama: o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 66.280 novos casos para cada ano do triênio 2020-2022.

Trata-se do segundo mais comum entre as mulheres no Brasil, atrás apenas dos recorrentes tumores de pele não melanoma.

Por isso, este webinar organizado pelo pelo departamento de Ensino do A.C.Camargo Cancer Center discute a inclusão de novos protocolos e perspectivas para o futuro do tratamento.

Participam o Dr. Ângelo Bezerra, oncologista clínico, a farmacêutica Denise Vieira e os enfermeiros David Gonçalves, Luana Otoni Blanc e Matheus de Deus.

Assista:

O grande dia: o momento da última sessão de quimioterapia

Linha Fina

Muitas vezes considerada como término de um ciclo, a químio derradeira reforça a esperança de cura e de uma nova vida

 

Quimioterapia: durante a descoberta de um câncer, amigos e familiares vivenciam junto com o paciente as várias etapas que envolvem o tratamento oncológico. É uma mistura de sentimentos, como a esperança de cura, perseverança, paciência, força, determinação e também medos e angústias.

A derradeira sessão não costuma ser diferente das demais: o paciente faz o procedimento conforme a recomendação do médico oncologista na Instituição e é acompanhado por algumas horas pela equipe de quimioterapia, que verifica seu bem-estar. O paciente pode ou não estar acompanhado e cada um reage de uma maneira ao tratamento.

Nascer de novo após a quimioterapia

"A última sessão de químio é um dia importante, um marco na vida do paciente. Eles demonstram muito alívio e esperança no tratamento, muitos dizem para nós que é como se nascessem de novo", explica Hernandes Cerqueira, enfermeiro supervisor da Central de Quimioterapia do A.C.Camargo Cancer Center. Essa matéria também teve a contribuição de Luciane Helena Tomassini, Regiane Conceição e Marcos José da Silva, enfermeiros e enfermeiras que fazem parte da equipe juntamente com Hernandes.

Diariamente, Hernandes acompanha e orienta pacientes em sessões de quimioterapia na Instituição. Ele diz que cada um reage de uma maneira ao fim do tratamento e é preciso ter empatia em cada caso. "Cada paciente é diferente. Alguns estão muito felizes e alegres e outros, ansiosos e com medo. Reações como essas são naturais, principalmente porque o tratamento é uma luta real travada contra o câncer. Por isso, a equipe multiprofissional atua durante toda a medicação, promovendo cuidado e suporte necessários", diz.

O tratamento quimioterápico só termina após a conclusão dos ciclos prescritos pelo médico oncologista responsável. Em algumas situações, é possível ocorrer mudanças de protocolo caso, em consulta, o médico identificar a não-efetividade do tratamento.

A vida após o câncer

Alguns pacientes, segundo Hernandes, relatam dificuldade em retornar à vida "normal" após a quimioterapia, por sentirem medo e solidão, muitas vezes. "Temos pacientes que passaram a enxergar a vida de forma mais positiva ou negativa. Seja como for, desempenhamos um papel de apoio para que ele consiga retornar de forma gradativa às atividades da vida", conta.

O apoio de amigos e familiares neste momento é fundamental. Estar em família não somente deixa o paciente mais confortável, mas também estimula uma visão otimista da situação vivida. "Família e comunidade são peças fundamentais para essa nova fase, quanto mais seguro o paciente estiver, melhor será sua recuperação e sua qualidade de vida", diz.

Na Central de Quimioterapia do A.C.Camargo, a comemoração da última químio é celebrada em conjunto: paciente, familiares e equipe multiprofissional. Disponibilizamos uma placa de "Última Quimioterapia" para o paciente, reforçando o momento importante de vida e os cuidados para a continuidade do tratamento.

“Toda última sessão é emocionante para nós da equipe de Quimioterapia. Compartilhar esse momento junto com familiares e amigos do paciente faz tudo valer a pena. Estamos aqui para salvar vidas”, diz.

Adenocarcinoma de pulmão: a transformação nos últimos 15 anos

Linha Fina

A perspectiva do oncologista em pauta no Next Frontiers to Cure Cancer

O adenocarcinoma de pulmão, um dos tipos de câncer mais comuns do mundo, foi mais um dos temas discutidos no Next Frontiers to Cure Cancer.

Durante a aula A Transformação do Adenocarcinoma de Pulmão nos Últimos 15 Anos – Perspectiva do Oncologista, o Dr. Helano Freitas, colíder do Centro de Referência em Tumores de Pulmão e Tórax do A.C.Camargo, destacou os avanços nos tratamentos.


Terapias-alvo e imunoterapia 

Segundo o Dr. Helano, o cenário do tratamento do adenocarcinoma de pulmão mudou drasticamente para melhor nos últimos 15 anos – graças às terapias-alvo e à imunoterapia.

“Mutações no gene EGFR estão presentes em cerca de 20% dos casos de adenocarcinoma de pulmão. Inibidores de EGFR foram as primeiras terapias-alvo a demonstrar maior eficácia e melhor tolerância em relação à quimioterapia, há cerca de uma década. Desde então, temos três gerações de inibidores de EGFR e conhecemos bem mais sobre como o tumor consegue ficar resistente ao tratamento. O reflexo disso é que os pacientes estão vivendo mais e melhor”, explica o médico.

Alterações em outros genes como ALK (5-7%) e ROS1 (1%), embora menos frequentes que as mutações em EGFR, têm terapias-alvo direcionadas também mais eficazes e menos tóxicas que a quimioterapia, e estão aprovados para uso no Brasil.

Recentemente houve importantes avanços com a aprovação de novas drogas alvo direcionadas contra MET, RET e contra um tipo menos comum de mutação de EGFR, chamadas inserções no éxon 20. 

Essas drogas foram aprovadas pelo FDA, o órgão americano equivalente à ANVISA no Brasil. 

Embora tais drogas ainda não estejam aprovadas no Brasil, a expectativa é que elas estejam aptas a serem usadas por aqui em um futuro próximo.


Imunoterapia 

A imunoterapia também tem contribuído de maneira importante para o aumento de sobrevida dos pacientes com câncer de pulmão. 

No caso do câncer de pulmão de células não pequenas, a imunoterapia comprovadamente aumenta a sobrevida de pacientes com doença localmente avançada ou metastática. 

Para exemplificar a magnitude desse impacto, pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas, metastático, cujo tumor tem alta expressão de PD-L1 (≥50%) e que são tratados com imunoterapia, têm uma chance em três de estarem vivos cinco anos após o diagnóstico – na era da quimioterapia exclusiva, essa chance era de apenas uma em cada 50.

Tumores hematológicos: conheça as diferenças entre eles

Linha Fina

Saiba tudo sobre fatores de risco e confira as opções de diagnóstico e de tratamento para leucemias, linfomas e mieloma múltiplo

Entre os tumores hematológicos estão as leucemias, os linfomas e o mieloma múltiplo

Caso você tenha observado os sinais e sintomas dos tumores hematológicos e recebido o diagnóstico de algum deles, ou mesmo queira apenas entender mais sobre fatores de risco e tratamentos, confira a seguir um raio-x sobre esses tipos de câncer.

 

FATORES DE RISCO

Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver câncer, mas isso não quer dizer que você vai ter leucemia.

Embora ainda não se conheça com precisão as causas das leucemias, alguns fatores de risco foram identificados para a Leucemia Mieloide Crônica (LMC):

Idade: o risco aumenta com a idade.

Sexo: a doença tem incidência levemente maior entre homens do que entre mulheres.

Exposição a altas doses de radiação: como as registradas em acidentes em usinas nucleares.


DIAGNÓSTICO 

O diagnóstico de leucemia é feito com base em exames de sangue e da medula, incluindo punção/biópsia de medula. As células são examinadas ao microscópio e as amostras também passam por exames cromossômicos e biomoleculares.


TRATAMENTO

O tratamento da leucemia consiste na administração de uma ou mais drogas quimioterápicas ou imunoterapia. O objetivo no curto prazo é a remissão completa, ou seja, fazer com que a medula tenha menos de 5% de células cancerosas, que a contagem absoluta de neutrófilos fique acima de 1.000 por microlitro (µL) de sangue e a contagem de plaquetas esteja acima de 100.000. O objetivo de longo prazo é um prolongado período livre da doença e a cura.

Um ciclo é o período que vai do início da quimioterapia até que a contagem de células da medula e do sangue se normalize ou que o paciente seja capaz de iniciar mais tratamento.

Em alguns casos, as células da leucemia são destruídas apenas no sangue, mas não na medula, durante o primeiro ciclo, e um segundo ciclo pode ser necessário. Se a leucemia ainda assim não responder, o médico pode considerar uma diferente combinação de quimioterápicos para que o paciente entre em remissão.

A imunoterapia ajuda o sistema imunológico a combater o câncer, as infecções e outras doenças e pode incluir fatores de crescimento, interleucinas e anticorpos monoclonais, medicamentos que funcionam como mísseis teleguiados que atingem um alvo específico.

radioterapia pode ser usada em combinação com a quimioterapia para alguns tipos de leucemia, quando há um órgão específico afetado por células da leucemia ou na irradiação de corpo inteiro como preparo para transplante de medula, com a finalidade de matar as células doentes.

O transplante de medula ou transplante de células-tronco é feito após quimioterapia ou radioterapia para destruição das células leucêmicas da medula. Em seguida, células-tronco saudáveis são administradas por via intravenosa para estimular o crescimento de uma nova medula.

Linfoma de Hodgkin

FATORES DE RISCO

Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver câncer, mas isso não quer dizer que você vai ter Linfoma de Hodgkin, que, na maior parte das vezes, se desenvolve em pessoas que não estão em nenhum dos grupos de risco.

Idade: a doença é mais comum em adultos jovens, na faixa dos 15 aos 40 anos, e, depois, em pessoas com mais de 55 anos.

Sexo: o linfoma de Hodgkin é um pouco mais frequente em homens do que em mulheres.

Vírus: o risco é pequeno, mas alguns vírus podem aumentá-lo. A lista inclui o vírus de Epstein-Barr, o da mononucleose, o HIV e o HTLV (vírus linfotrópico da célula humana).

Histórico familiar: se você é filho, irmão ou irmã de alguém que já teve linfoma de Hodgkin, seu risco de também ter a doença é maior.


DIAGNÓSTICO 

O diagnóstico de linfoma de Hodgkin é feito por meio de biópsia excisional do gânglio linfático, isto é, a remoção do nódulo comprometido e sua análise ao microscópio. As células do linfoma também serão analisadas para determinar de que tipo de linfoma de Hodgkin se trata.

Uma punção/biópsia de medula também pode ser necessária, além de exames de sangue, para avaliar função renal e hepática, e teste de função pulmonar.

Os exames por imagem podem incluir raio-X, tomografia, ressonância magnética e PET-CT.


TRATAMENTO

A quimioterapia é o principal tratamento para o linfoma de Hodgkin e sua duração depende da extensão inicial da doença, podendo variar de três a oito meses de tratamento quimioterápico. A radioterapia é usada após a quimioterapia.

A maioria dos linfomas de Hodgkin responde bem a esse tratamento, mas, se isso não ocorrer, o médico pode indicar um transplante de células-tronco (transplante de medula), que pode ser autólogo, quando são usadas células do próprio paciente, ou alogênico, quando a medula vem de doador.
 

Linfoma não Hodgkin

FATORES DE RISCO

Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver câncer, mas isso não quer dizer que você vai ter linfoma não Hodgkin. Os pesquisadores ainda não sabem exatamente o que causa esse tipo de linfoma, mas alguns fatores de risco estão associados à doença.

Sexo: o linfoma não Hodgkin é um pouco mais frequente em homens do que em mulheres.

Bactérias e vírus: a lista inclui o vírus de Epstein-Barr, o HIV e o HTLV (vírus linfotrópico da célula humana) e a bactéria Helicobacter pylori.

Imunossupressão e imunodeficiência: além de portadores do HIV, pessoas que se submeteram a transplantes e tomam drogas imunossupressoras também têm risco maior. Crianças que nascem com síndromes congênitas, como síndrome de Wiskott-Aldrich, ataxia telangectasia e síndrome de Bloom, que causam imunodeficiência, também têm risco aumentado.

Doenças autoimunes: em doenças autoimunes, como artrite reumatoide, lúpus eritematoso e doença celíaca, por exemplo, o sistema imune vê o próprio organismo como inimigo e ataca seus tecidos como se fossem vírus ou bactérias. Esse sistema imune hiperativo pode fazer com que os linfócitos se dividam e proliferem mais que o normal, o que pode aumentar o risco de linfomas.


DIAGNÓSTICO 

O diagnóstico de linfoma não Hodgkin é feito por meio de biópsia excisional do gânglio linfático, isto é, a remoção do nódulo comprometido e sua análise ao microscópio.

As células do linfoma também serão analisadas para determinar de que tipo de linfoma não Hodgkin se trata. Uma punção/biópsia de medula também pode ser necessária.

As amostras também podem ser submetidas a uma série de testes para verificar se há alterações nos cromossomos.

Os exames por imagem podem incluir raio-X, tomografia, ressonância magnética e PET-CT.


TRATAMENTO

O tratamento dos linfomas não Hodgkin depende de vários fatores como tipo do linfoma, estágio da doença, sintomas e o estado de saúde geral do paciente, além de sua idade. A quimioterapia é o tratamento-padrão da doença.

A radioterapia também pode ser utilizada, tanto nos estágios iniciais como para alívio de sintomas, como dor, por exemplo, mas raramente é o único tratamento dado aos pacientes.

Outra opção disponível atualmente é o arsenal da imunoterapia, que inclui as chamadas terapias-alvo, que bloqueiam os mecanismos que as células cancerosas utilizam para se reproduzir e se disseminar.

O transplante de células-tronco (ou transplante de medula) é também uma opção para pacientes com linfomas não Hodgkin.

FATORES DE RISCO

Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver câncer, mas isso não quer dizer que você vai ter mieloma múltiplo.

Não se sabe ainda o que causa o mieloma múltiplo e, portanto, não existem formas de prevenção da doença. Valem, assim, as recomendações de uma vida saudável, com alimentação rica em verduras, legumes e frutas, pouca carne vermelha, não fumar, praticar exercícios regularmente e não abusar de álcool.

Idade: a maioria dos pacientes tem mais de 65 anos.

Sexo: os casos de mieloma múltiplo são um pouco mais frequentes em homens do que em mulheres.
 

DIAGNÓSTICO 

No caso do mieloma múltiplo, exames específicos de sangue e de urina são usados tanto para diagnóstico, como para estadiamento e acompanhamento do tratamento.

Eles avaliam níveis de cálcio e alterações nas proteínas monoclonais produzidas pelos plasmócitos doentes no sangue e na urina.

A punção de medula também deve ser pedida e, como o mieloma múltiplo pode causar tumores nos ossos ou nos tecidos moles ao redor deles, uma biópsia desses tumores também pode ser necessária.

A avaliação por exames por imagem também integra a lista de procedimentos para diagnóstico desse tipo de câncer, entre eles raios X, densitometria óssea, ressonância magnética, tomografia por emissão de pósitrons (PET-CT) e tomografia.


TRATAMENTO

Algumas vezes, o paciente de mieloma múltiplo é apenas acompanhado, sem fazer tratamento. Os tratamentos disponíveis atualmente não curam a doença, mas permitem que o paciente tenha saúde e qualidade de vida por longos períodos.

Além disso, há várias pesquisas em andamento em busca de medicamentos mais eficazes e específicos para o tratamento do mieloma múltiplo.

A escolha do tratamento depende de vários fatores, entre eles se o paciente tem sintomas ou não, sua idade e se ele é portador de outras doenças, como diabetes ou problemas cardíacos.

Entre as opções terapêuticas estão a quimioterapia e a quimioterapia seguida de transplante de medula. Imunomoduladores, como a talidomida, também podem fazer parte da terapia, bem como anticorpos monoclonais, medicamentos que funcionam como um míssil teleguiado tendo como alvo uma proteína específica presente na superfície da célula.

radioterapia é usada em pacientes com mieloma múltiplo que têm dor nos ossos ou que tiveram ossos danificados pela doença..

Teletriagem para a quimioterapia: comodidade e segurança sem custo extra

Linha Fina

A triagem feita antes de cada sessão, que até então era apenas presencial, agora é oferecida via plataforma de telemedicina, algo benéfico para o paciente

A teletriagem para a quimioterapia é uma facilidade que o A.C.Camargo Cancer Center passa a oferecer a seus pacientes. 

É que, antes de cada sessão, a pessoa em tratamento tem de se submeter a uma triagem com a equipe de enfermagem, processo este que avalia se ela está em condições ideais para prosseguir para a quimioterapia. 

Ou seja, existem protocolos específicos para cada tratamento para assegurar que todos os critérios foram atendidos, conferindo sinais e sintomas que tragam risco para a realização da quimioterapia, exames laboratoriais dentro dos parâmetros, possíveis complicações e efeitos adversos.

Todos os riscos identificados são avaliados pela equipe médica e a conduta é estabelecida para garantir a segurança do atendimento.

A equipe de enfermagem avalia quais pacientes estarão aptos a seguir com a teletriagem após a primeira sessão e fornecerá informações para o acesso à plataforma e agendamento da teletriagem. 


Vantagens via telemedicina

A teletriagem avalia os mesmos pontos que a triagem convencional, mas, por ser realizada na plataforma de telemedicina, oferece maior comodidade e segurança ao paciente.

Caso não esteja apto a prosseguir com a quimioterapia, o paciente receberá orientações específicas conforme decisão do médico assistente.

Além disso, o paciente otimiza seu tempo de espera e ainda se expõe menos ao risco inerente ao ambiente hospitalar, sobretudo em tempos de pandemia da Covid-19, ainda que o A.C.Camargo conte com um Atendimento Oncológico Protegido de excelência.

A teletriagem não implica nenhum custo adicional para o paciente: ela integra seus processos de atendimento, assim como a triagem convencional. 

Assim, o paciente fica livre para optar ou não pela teletriagem. Quem preferir realizá-la presencialmente, fará a triagem normalmente.

Para aquele paciente que optar por essa comodidade, a equipe de enfermagem agendará a teletriagem para o paciente, que receberá, por SMS e e-mail, o link para a consulta.