Epidemiologia

Você conhece os sinais e sintomas da leucemia?

Alguns sinais, como sangramentos e manchas roxas pelo corpo, podem passar despercebidos

A leucemia, popularmente conhecida como “câncer no sangue”, geralmente não apresenta sintomas em seus estágios iniciais. Conforme avança, a doença pode apresentar sangramentos e manchas roxas pelo corpo, por exemplo, que também podem ser consequência do tempo seco ou de uma pancada.

Para entender melhor os sinais e sintomas da leucemia, Dr. Jayr Schmidt Filho, head do Núcleo de Onco-hematologia do A.C.Camargo Cancer Center, explica o que é a doença e como ela se manifesta no corpo.

O que é leucemia

A medula óssea é o tecido que fica no interior dos nossos ossos. Todas as células do sangue têm sua origem ali como células-tronco, que vão amadurecendo e se especializando. Quando necessário, o corpo emite sinais químicos para que as células-tronco amadureçam e se tornem glóbulos vermelhos, brancos ou plaquetas.

“Quando o paciente tem leucemia aguda, a medula passa a produzir uma quantidade muito grande de blastos – células imaturas e anormais que tomam o lugar das outras células sanguíneas na medula, no sangue e no sistema linfático”, explica Dr. Jayr Schmidt Filho, head do Núcleo de Onco-hematologia do A.C.Camargo Cancer Center.

A leucemia se divide em subtipos de acordo com a origem da célula (mieloides ou linfoides) e com a intensidade de proliferação (aguda, quando progride de forma rápida, ou crônica, de forma lenta). É mais comum em adultos maiores de 55 anos e crianças menores de 15 anos.

Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2020-2022 no Brasil são esperados 5.920 casos de leucemia em homens e 4.890 em mulheres.

Sinais e sintomas

Além de dificilmente apresentar sintomas nos estágios iniciais, os sinais variam de pessoa para pessoa e de acordo com o tipo de leucemia. Eles podem incluir:

  • Febre inexplicável
  • Sensação de fraqueza e fadiga persistente
  • Perda de apetite
  • Perda de peso inexplicável
  • Sangramentos e hematomas que aparecem com facilidade e sangramentos nasais
  • Dificuldade para respirar
  • Petéquias, pequenos pontos vermelhos que aparecem na pele por causa de sangramentos
  • Anemia
  • Suores noturnos
  • Inchaço dos gânglios linfáticos
  • Dor nos ossos ou nas juntas
  • Infecções recorrentes

Dr. Jayr também explica que manifestações hemorrágicas como manchas roxas e sangramentos nasais podem ser sinais de alerta quanto estão associados a outros sintomas da leucemia.

O diagnóstico é feito com base em exames de sangue e da medula, incluindo punção e biópsia. Para tratamento, os últimos anos trouxeram avanços significativos, como drogas focadas em combater a célula doente (terapia-alvo) e outras específicas que preparam o sistema imune para combater a doença (imunoterapia).

Saiba mais:

- Veja se seus sinais e sintomas precisam de avaliação médica

- Agende sua consulta ou seu exame

Vacinas para pacientes com câncer: A.C.Camargo inaugura centro de imunização

Durante o tratamento oncológico, o paciente pode ficar vulnerável a diversas infecções, devido ao comprometimento da imunidade causado tanto pela doença quanto por seu tratamento.

Através da vacinação é possível adquirir proteção contra inúmeras infecções e, dessa forma, não impactar o tratamento oncológico – por exemplo, não atrasar cirurgias e sessões de quimioterapia ou radioterapia.  

Pensando em proteger nossos pacientes durante o tratamento, o A.C.Camargo Cancer Center inaugurou um Centro de Imunização na unidade Antônio Prudente. 

O Centro de Imunização do A.C.Camargo Cancer Center disponibiliza com comodidade e agilidade as vacinas para pacientes e também para seus familiares.  

Dúvidas podem existir: “Devo tomar vacinas?”, “Quais vacinas tomar?”, “Por que tomar?”… Para entender melhor, fale com o seu médico ou marque uma consulta como o nosso time de infectologistas no ambulatório de imunização. 

Confira as vacinas disponíveis

Estes são os 12 tipos de vacinas que podem ser aplicados em nosso centro de imunização:

•    Vacina adsorvida para hepatite A inativada (pediatria) 
•    Vacina adsorvida para hepatite A inativada (adultos) 
•    Vacina para HPV (papilomavírus humano) 6, 11, 16 e 18 (recombinante)
•    Vacina para sarampo, caxumba e rubéola (atenuada)
•    Vacina para varicela (catapora, atenuada)
•    Vacina para herpes-zoster (recombinante)
•    Vacina para influenza tetravalente (fragmentada, inativada)
•    Vacina contra Haemophilus influenzae tipo B (Hib)
•    Vacina meningocócica ACWY (conjugada)
•    Vacina adsorvida meningocócica B (recombinante)
•    Vacina adsorvida para difteria, tétano e coqueluche (pertussis, acelular)
•    Vacina pneumocócica 13-valente (conjugada)

Para mais informações, ligue: (11) 2189-5000.

Fonte: Dr. Ivan França, infectologista do A.C.Camargo + Hernandes Cerqueira, enfermeiro supervisor do A.C.Camargo

Você sabe identificar o câncer de pele tipo melanoma?

Linha Fina

Alguns sinais e sintomas pedem atenção e uma consulta com um dermatologista

Os tumores de pele do tipo melanoma têm sua origem nos melanócitos, que são as células produtoras de melanina - pigmento marrom que dá cor à pele para proteger suas camadas mais profundas contra os efeitos nocivos da radiação do sol. Apesar de serem mais comuns em pessoas de pele clara, os negros, os orientais e seus descendentes não estão livres da doença.

Nos estágios iniciais, normalmente o melanoma se manifesta em forma de pinta, que se diferencia das demais por algumas características que podem ser agrupadas em uma regra chamada “ABCDE”.

ABCDE do melanoma

ABCDE do câncer de pele tipo melanoma

 

Procure um dermatologista

Caso tenha algum dos sinais e sintomas listados acima para melanoma e não melanoma, procure um dermatologista. O médico poderá avaliar melhor se será necessário fazer biópsia ou exames complementares ou se não há necessidade de preocupação.

Você sabia?

O melanoma é um câncer de pele potencialmente grave pelo seu potencial de disseminação. Quando isso acontece, os linfonodos podem ser acometidos. Mesmo quando não há evidências de acometimento, esses pacientes podem evoluir com recidiva do melanoma.

Na tentativa de prever a probabilidade de uma recidiva, pesquisadores do A.C.Camargo criaram uma ferramenta matemática chamada nomograma. A partir do melanoma inicial, calcula-se a probabilidade de uma recidiva em até dez anos após a cirurgia. Assim, é possível criar um calendário personalizado de seguimento baseado nesse risco.
 

Mitos & verdades sobre o câncer de próstata

Câncer de próstata é uma doença só de idosos?

Mito. A doença costuma aparecer em homens mais velhos, na média aos 66 anos de idade, mas pode ser diagnosticada também em pacientes mais jovens, sendo extremamente raro em homens com menos de 40 anos.

Se um homem da minha família já teve câncer de próstata, tenho mais chance de ter?

Verdade.  Quanto maior o grau de parentesco (pai, tio, irmão), maiores são as chances. E se houver mais de um caso na família, o risco é ainda maior.
 

A atividade sexual aumenta o risco de desenvolver câncer de próstata?

Mito. Alguns estudos até apontam que um maior número de ejaculações mensais ajudaria na redução de casos da doença.
 

Homens negros têm maior risco de desenvolver a doença?

Verdade. De acordo com estatísticas médicas, a incidência de câncer de próstata é maior nos negros.
 

O exame de toque retal não é necessário se eu fizer o exame PSA?

Mito. Os exames são complementares e por isso é importante que sejam feitos os dois. É possível que um homem com PSA normal esteja com câncer ou aquele com o PSA alterado não tenha a doença.
 

A vasectomia causa câncer de próstata?

Mito. Durante alguns anos esta questão foi levantada entre especialistas, mas a hipótese foi rejeitada baseada em estudos.
 

O aumento da próstata é um sinal de câncer?

Mito. O aumento é chamado de hiperplasia benigna da próstata, doença que pode ser tratada com medicações orais ou mesmo com cirurgias endoscópicas.  
 

Orientações para acompanhantes dos pacientes oncohematológicos

A pandemia de covid-19 nos mantém alertas para que todos os pacientes e seus acompanhantes tenham segurança no processo de internação. 

Acompanhando o avanço no número de pessoas vacinadas na cidade de São Paulo e visando proporcionar mais conforto para nossos pacientes, sabendo o quanto a presença de um acompanhante contribui para o suporte afetivo, além de proporcionar outros benefícios, revisamos a nossa política de acompanhantes, e, a partir do dia 06/10/2022 (quinta-feira), está permitida a troca de acompanhante 1x/dia. 

Ressaltamos que os pacientes oncohematológicos, quando contraem covid-19, possuem um pior prognóstico e um aumento na mortalidade se comparado com outros tipos de câncer. Desta forma, reforçamos as seguintes orientações: 

•    Recomendamos a apresentação do comprovante das três ou quatro doses da vacina contra a covid-19;
•    Caso não tenha recebido a terceira dose da vacina contra a covid-19, o acompanhante deverá realizar a coleta de RT-PCR a cada troca;
•    Durante a internação, não é permitido transitar pelas áreas comuns do hospital; 
•    Todas as refeições deverão ser realizadas dentro do quarto;
•    Durante a permanência no quarto, a utilização da máscara é obrigatória;

Caso apresente um dos sintomas abaixo, não venha para o hospital

•    Febre;
•    Falta de ar ou dificuldade para respirar;
•    Dificuldade em desempenhar atividades habituais; 
•    Diarreia e dor abdominal;
•    Dor de garganta;
•    Perda de olfato ou paladar.

Suas ações podem definir o desfecho de saúde do seu familiar. Siga as recomendações e, se tiver alguma dúvida, as equipes de infectologia e hematologia da nossa Instituição estão à disposição para esclarecê-la.

Tumores ginecológicos: um infográfico que conscientiza para a prevenção

Linha Fina

Entenda mais sobre os cânceres que atingem mais de 30 mil brasileiras 

Os tumores ginecológicos atingem, a cada ano, mais de 30 mil mulheres, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

A alta incidência decorre da descoberta tardia, uma vez que os sintomas são ausentes ou inespecíficos na fase inicial do tumor. No entanto, baseado no histórico da paciente, nos exames clínicos e na análise anatomopatológica, é possível antecipar o diagnóstico e obter um tratamento mais efetivo.

“Os cânceres ginecológicos são passíveis de prevenção e de curabilidade, por isso é preciso investir na disseminação do tema”, orienta a Dra. Andréa Gadêlha, oncologista clínica do A.C.Camargo Cancer Center.

Para a médica, a importância da vacinação começa na infância e na adolescência, antes mesmo do início da atividade sexual, assim como a orientação sobre o uso do preservativo para o sexo seguro e a recomendação dos testes Papanicolau e de HPV de alto risco.

Assim, no mês dedicado à mulher, confira um infográfico que dá um panorama sobre os cinco principais cânceres do sistema reprodutor feminino: colo do útero, corpo do útero (endométrio e sarcoma uterino), ovário, vagina e vulva.

Tumores ginecológicos infográfico

Monkeypox: informações importantes para o paciente oncológico

Linha Fina

Neste infográfico, entenda o impacto do vírus na vida de quem tem câncer

Os sintomas iniciais da Monkeypox assemelham-se a uma virose: febre, dores de cabeça e gânglios aumentados. O período de incubação do vírus (do contágio às primeiras manifestações clínicas) varia entre 5 e 21 dias. 

Apenas após o aparecimento de lesões na pele é que surge a suspeita de Monkeypox. Principalmente, se houve contato com uma pessoa com diagnóstico confirmado da doença. 


Monkeypox e câncer: o A.C.Camargo Cancer Center está preparado

Para a segurança do paciente atendido no A.C.Camargo, um fluxo de atendimento protegido para casos suspeitos e confirmados foi criado.

Na identificação dos sinais e sintomas, o caso será discutido com a nossa equipe de Infectologistas que se mantida a suspeita, exames específicos das lesões de pele serão coletados e enviados para o Instituto Adolfo Lutz para diagnóstico. 

Os pacientes suspeitos serão mantidos em isolamento para proteção da equipe e dos demais pacientes. No momento da alta hospitalar receberá orientações de isolamento domiciliar para minimizar a transmissão da doença na comunidade.

Contamos com a possibilidade de seguimento por telemedicina com a equipe especialista.


Monkeypox e câncer: entenda

As complicações da doença são raras, podendo aparecer mais comumente em pacientes oncológicos. O câncer em si – bem como algumas modalidades de tratamento oncológico – altera a imunidade da pessoa. Dessa forma, ela fica mais propensa a doenças infecciosas, como é o caso da monkeypox.

As complicações incluem infecção bacteriana das lesões de pele, pneumonia e até infecção em sistema nervoso central.

Dentre os grupos que têm maior vulnerabilidade e maior risco de complicações destacam-se:

•   Cânceres hematológicos
•   Tumores sólidos avançados 
•   Pacientes em esquemas mais intensos de quimioterapia


Desafios para o diagnóstico

Uma dificuldade para médicos e pacientes identificarem a Monkeypox é que seus sinais e sintomas são similares aos da sífilis e herpes – apresenta, ainda, abcessos que podem provocar um tempo maior de internação.

Outro desafio é que o vírus permanece até 21 dias incubado e 16 dias ativo.

monkeypox infográfico


Fonte: Serviço de Controle de Infecção Hospitalar do A.C.Camargo

COVID longa e seus efeitos no paciente com câncer

Linha Fina

Entenda como eventuais sequelas tardias podem afetar pessoas em tratamento oncológico 

A COVID longa, também conhecida como síndrome pós-aguda da COVID-19, é relatada por muitas pessoas que foram infectadas pelo Novo Coronavírus, até mesmo algumas que estiveram assintomáticas durante a infecção.

Com os pacientes oncológicos, não é diferente: eles também são afetados, e os efeitos podem durar por tempo indeterminado.


A COVID longa no paciente com câncer

Pesquisas recentes revelaram que pacientes com câncer também são suscetíveis à COVID longa. 

Foi demonstrado em um estudo que 16% dos pacientes com câncer podem apresentar sequelas diversas pós-infecção de COVID-19, até mesmo no caso daqueles que apresentaram forma assintomática da doença.

Entre elas, cansaço persistente, complicações respiratórias e neurológicas.

Sequelas mais comuns:

•    Alterações da memória e do raciocínio
•    Cansaço
•    Fraqueza muscular
•    Falta de ar
•    Perda de paladar e olfato (temporária ou duradoura)
•    Agravamento de problemas de saúde que já existiam
•    Insônia 
•    Depressão 
•    Ansiedade
•    Dor de cabeça
•    Problemas de raciocínio e memória
•    Fibrose nos pulmões 
•    Fibrose nos rins

Se um paciente oncológico se identificar com as características acima, é importante que relate ao seu médico, especialista que pode avaliar o caso de forma personalizada. 

Fonte: Doutor Ivan França, Head de Infectologia do A.C.Camargo 

A varíola do macaco e o câncer

Linha Fina

Entenda o impacto do vírus monkeypox na vida do paciente oncológico

A varíola do macaco e o câncer: como esta doença poderia ter impacto na vida do paciente oncológico?

É uma questão que vem à cabeça graças a um caso confirmado – um homem de 41 anos, residente em São Paulo, que viajou para Portugal e Espanha e se encontra internado no Instituto de Infectologia Emílio Ribas.


A varíola do macaco e o câncer: o que você precisa saber

O câncer em si – bem como algumas modalidades de tratamento oncológico – altera a imunidade da pessoa. Assim, ela fica mais propensa a complicações por doenças infecciosas, como é o caso da varíola do macaco. 

As complicações dessa doença incluem superinfecção bacteriana das lesões da pele, pneumonia, sepse e encefalite.

Entre os grupos que têm mais vulnerabilidade em termos de imunidade baixa e apresentam um maior risco de complicações por doenças infecciosas, destacam-se:

•    Cânceres hematológicos
•    Tumores sólidos avançados 
•    Pacientes em esquemas mais intensos de quimioterapia

Os mesmos cuidados para evitar contrair a covid-19, como distanciamento social e uso de máscaras, auxiliam na prevenção.


Varíola do macaco: sinais e sintomas

Geralmente, o monkeypox virus se inicia com sinais não muito específicos, que lembram uma virose comum: febre, dores de cabeça e garganta e gânglios aumentados em até 15 dias após a pessoa contrair a varíola do macaco. 

Apenas com o aparecimento de lesões na pele, que são bolhas que formam feridas depois de se romperem, é que pode haver suspeita de diagnóstico de varíola do macaco.


Fonte: Doutora Anna Paula Romero de Oliveira, infectologista do A.C.Camargo

Webinar: O HPV e o câncer de colo do útero

O HPV e o câncer de colo do útero: segundo o INCA, o Brasil deve registrar cerca de 16 mil novos casos de câncer de colo do útero em 2022. Sua principal causa é a infecção persistente pelo Papilomavírus Humano (HPV), transmitido pelo contato sexual. Mesmo existindo algumas medidas simples que podem evitar a doença, a desinformação e as fake news impedem que muitas pessoas se previnam. 

Pensando nisso, preparamos uma live explicativa com a participação do Dr. Glauco Baiocchi, líder do Centro de Referência de Tumores Ginecológicos do A.C.Camargo, e o Dr. Ivan França, Head de Infectologia do A.C.Camargo, 

Falamos, entre outras coisas, um pouco mais sobre a importância da vacinação, exames para a detecção precoce e outras medidas preventivas.

Assista ao papo e saiba como isso funciona no A.C.Camargo:


+ Podcast A.C.Camargo
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