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Tumores hematológicos: conheça as diferenças entre eles

 
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Tumores hematológicos: conheça as diferenças entre eles

Saiba tudo sobre fatores de risco e confira as opções de diagnóstico e de tratamento para leucemias, linfomas e mieloma múltiplo

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Saiba tudo sobre fatores de risco e confira as opções de diagnóstico e de tratamento para leucemias, linfomas e mieloma múltiplo

Entre os tumores hematológicos estão as leucemias, os linfomas e o mieloma múltiplo

Caso você tenha observado os sinais e sintomas dos tumores hematológicos e recebido o diagnóstico de algum deles, ou mesmo queira apenas entender mais sobre fatores de risco e tratamentos, confira a seguir um raio-x sobre esses tipos de câncer.

 

FATORES DE RISCO

Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver câncer, mas isso não quer dizer que você vai ter leucemia.

Embora ainda não se conheça com precisão as causas das leucemias, alguns fatores de risco foram identificados para a Leucemia Mieloide Crônica (LMC):

Idade: o risco aumenta com a idade.

Sexo: a doença tem incidência levemente maior entre homens do que entre mulheres.

Exposição a altas doses de radiação: como as registradas em acidentes em usinas nucleares.


DIAGNÓSTICO 

O diagnóstico de leucemia é feito com base em exames de sangue e da medula, incluindo punção/biópsia de medula. As células são examinadas ao microscópio e as amostras também passam por exames cromossômicos e biomoleculares.


TRATAMENTO

O tratamento da leucemia consiste na administração de uma ou mais drogas quimioterápicas ou imunoterapia. O objetivo no curto prazo é a remissão completa, ou seja, fazer com que a medula tenha menos de 5% de células cancerosas, que a contagem absoluta de neutrófilos fique acima de 1.000 por microlitro (µL) de sangue e a contagem de plaquetas esteja acima de 100.000. O objetivo de longo prazo é um prolongado período livre da doença e a cura.

Um ciclo é o período que vai do início da quimioterapia até que a contagem de células da medula e do sangue se normalize ou que o paciente seja capaz de iniciar mais tratamento.

Em alguns casos, as células da leucemia são destruídas apenas no sangue, mas não na medula, durante o primeiro ciclo, e um segundo ciclo pode ser necessário. Se a leucemia ainda assim não responder, o médico pode considerar uma diferente combinação de quimioterápicos para que o paciente entre em remissão.

A imunoterapia ajuda o sistema imunológico a combater o câncer, as infecções e outras doenças e pode incluir fatores de crescimento, interleucinas e anticorpos monoclonais, medicamentos que funcionam como mísseis teleguiados que atingem um alvo específico.

radioterapia pode ser usada em combinação com a quimioterapia para alguns tipos de leucemia, quando há um órgão específico afetado por células da leucemia ou na irradiação de corpo inteiro como preparo para transplante de medula, com a finalidade de matar as células doentes.

O transplante de medula ou transplante de células-tronco é feito após quimioterapia ou radioterapia para destruição das células leucêmicas da medula. Em seguida, células-tronco saudáveis são administradas por via intravenosa para estimular o crescimento de uma nova medula.

Linfoma de Hodgkin

FATORES DE RISCO

Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver câncer, mas isso não quer dizer que você vai ter Linfoma de Hodgkin, que, na maior parte das vezes, se desenvolve em pessoas que não estão em nenhum dos grupos de risco.

Idade: a doença é mais comum em adultos jovens, na faixa dos 15 aos 40 anos, e, depois, em pessoas com mais de 55 anos.

Sexo: o linfoma de Hodgkin é um pouco mais frequente em homens do que em mulheres.

Vírus: o risco é pequeno, mas alguns vírus podem aumentá-lo. A lista inclui o vírus de Epstein-Barr, o da mononucleose, o HIV e o HTLV (vírus linfotrópico da célula humana).

Histórico familiar: se você é filho, irmão ou irmã de alguém que já teve linfoma de Hodgkin, seu risco de também ter a doença é maior.


DIAGNÓSTICO 

O diagnóstico de linfoma de Hodgkin é feito por meio de biópsia excisional do gânglio linfático, isto é, a remoção do nódulo comprometido e sua análise ao microscópio. As células do linfoma também serão analisadas para determinar de que tipo de linfoma de Hodgkin se trata.

Uma punção/biópsia de medula também pode ser necessária, além de exames de sangue, para avaliar função renal e hepática, e teste de função pulmonar.

Os exames por imagem podem incluir raio-X, tomografia, ressonância magnética e PET-CT.


TRATAMENTO

A quimioterapia é o principal tratamento para o linfoma de Hodgkin e sua duração depende da extensão inicial da doença, podendo variar de três a oito meses de tratamento quimioterápico. A radioterapia é usada após a quimioterapia.

A maioria dos linfomas de Hodgkin responde bem a esse tratamento, mas, se isso não ocorrer, o médico pode indicar um transplante de células-tronco (transplante de medula), que pode ser autólogo, quando são usadas células do próprio paciente, ou alogênico, quando a medula vem de doador.
 

Linfoma não Hodgkin

FATORES DE RISCO

Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver câncer, mas isso não quer dizer que você vai ter linfoma não Hodgkin. Os pesquisadores ainda não sabem exatamente o que causa esse tipo de linfoma, mas alguns fatores de risco estão associados à doença.

Sexo: o linfoma não Hodgkin é um pouco mais frequente em homens do que em mulheres.

Bactérias e vírus: a lista inclui o vírus de Epstein-Barr, o HIV e o HTLV (vírus linfotrópico da célula humana) e a bactéria Helicobacter pylori.

Imunossupressão e imunodeficiência: além de portadores do HIV, pessoas que se submeteram a transplantes e tomam drogas imunossupressoras também têm risco maior. Crianças que nascem com síndromes congênitas, como síndrome de Wiskott-Aldrich, ataxia telangectasia e síndrome de Bloom, que causam imunodeficiência, também têm risco aumentado.

Doenças autoimunes: em doenças autoimunes, como artrite reumatoide, lúpus eritematoso e doença celíaca, por exemplo, o sistema imune vê o próprio organismo como inimigo e ataca seus tecidos como se fossem vírus ou bactérias. Esse sistema imune hiperativo pode fazer com que os linfócitos se dividam e proliferem mais que o normal, o que pode aumentar o risco de linfomas.


DIAGNÓSTICO 

O diagnóstico de linfoma não Hodgkin é feito por meio de biópsia excisional do gânglio linfático, isto é, a remoção do nódulo comprometido e sua análise ao microscópio.

As células do linfoma também serão analisadas para determinar de que tipo de linfoma não Hodgkin se trata. Uma punção/biópsia de medula também pode ser necessária.

As amostras também podem ser submetidas a uma série de testes para verificar se há alterações nos cromossomos.

Os exames por imagem podem incluir raio-X, tomografia, ressonância magnética e PET-CT.


TRATAMENTO

O tratamento dos linfomas não Hodgkin depende de vários fatores como tipo do linfoma, estágio da doença, sintomas e o estado de saúde geral do paciente, além de sua idade. A quimioterapia é o tratamento-padrão da doença.

A radioterapia também pode ser utilizada, tanto nos estágios iniciais como para alívio de sintomas, como dor, por exemplo, mas raramente é o único tratamento dado aos pacientes.

Outra opção disponível atualmente é o arsenal da imunoterapia, que inclui as chamadas terapias-alvo, que bloqueiam os mecanismos que as células cancerosas utilizam para se reproduzir e se disseminar.

O transplante de células-tronco (ou transplante de medula) é também uma opção para pacientes com linfomas não Hodgkin.

FATORES DE RISCO

Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver câncer, mas isso não quer dizer que você vai ter mieloma múltiplo.

Não se sabe ainda o que causa o mieloma múltiplo e, portanto, não existem formas de prevenção da doença. Valem, assim, as recomendações de uma vida saudável, com alimentação rica em verduras, legumes e frutas, pouca carne vermelha, não fumar, praticar exercícios regularmente e não abusar de álcool.

Idade: a maioria dos pacientes tem mais de 65 anos.

Sexo: os casos de mieloma múltiplo são um pouco mais frequentes em homens do que em mulheres.
 

DIAGNÓSTICO 

No caso do mieloma múltiplo, exames específicos de sangue e de urina são usados tanto para diagnóstico, como para estadiamento e acompanhamento do tratamento.

Eles avaliam níveis de cálcio e alterações nas proteínas monoclonais produzidas pelos plasmócitos doentes no sangue e na urina.

A punção de medula também deve ser pedida e, como o mieloma múltiplo pode causar tumores nos ossos ou nos tecidos moles ao redor deles, uma biópsia desses tumores também pode ser necessária.

A avaliação por exames por imagem também integra a lista de procedimentos para diagnóstico desse tipo de câncer, entre eles raios X, densitometria óssea, ressonância magnética, tomografia por emissão de pósitrons (PET-CT) e tomografia.


TRATAMENTO

Algumas vezes, o paciente de mieloma múltiplo é apenas acompanhado, sem fazer tratamento. Os tratamentos disponíveis atualmente não curam a doença, mas permitem que o paciente tenha saúde e qualidade de vida por longos períodos.

Além disso, há várias pesquisas em andamento em busca de medicamentos mais eficazes e específicos para o tratamento do mieloma múltiplo.

A escolha do tratamento depende de vários fatores, entre eles se o paciente tem sintomas ou não, sua idade e se ele é portador de outras doenças, como diabetes ou problemas cardíacos.

Entre as opções terapêuticas estão a quimioterapia e a quimioterapia seguida de transplante de medula. Imunomoduladores, como a talidomida, também podem fazer parte da terapia, bem como anticorpos monoclonais, medicamentos que funcionam como um míssil teleguiado tendo como alvo uma proteína específica presente na superfície da célula.

radioterapia é usada em pacientes com mieloma múltiplo que têm dor nos ossos ou que tiveram ossos danificados pela doença..

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