Diagnóstico

Tratamento cirúrgico para tumores colorretais

Linha Fina

Confira o vídeo com o Dr. Samuel Aguiar Jr., cirurgião oncológico, sobre as técnicas que podem ser utilizadas no tratamento destes tumores nas fases iniciais

No Brasil, o câncer colorretal é o segundo tipo mais incidente em homens e mulheres. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), serão 45.630 novos casos previstos para cada ano do triênio 2023-2025, com 21.970 em homens e 23.660 em mulheres.

Apesar de muito incidente na população, as taxas de cura são altas para este tipo de câncer quando diagnosticados precocemente. 

Para os tumores detectados no início de seu desenvolvimento, o tratamento é predominantemente cirúrgico. Neste vídeo, o Dr. Samuel Aguiar Jr., cirurgião oncológico e líder do Centro de Referência em Tumores Colorretais do A.C.Camargo, explica sobre as técnicas cirúrgicas que podem ser utilizadas nesta etapa do tratamento.

Quer saber mais sobre tumores colorretais? Clique aqui e confira uma seleção de conteúdos sobre o tema.

Chegada do outono: pacientes oncológicos precisam de atenção redobrada com doenças respiratórias

Por Dr. Daniel Garcia, oncologista clínico do A.C.Camargo Cancer Center
 

O outono é uma estação caracterizada por mudanças na temperatura e na umidade, bem como pelo aumento da poluição do ar em algumas áreas. Esses fatores contribuem para aumentar a incidência de doenças respiratórias em geral, como gripes e resfriados, e condições respiratórias crônicas, como a asma.

Neste cenário, o paciente oncológico precisa de cuidado em dobro, pois pode ter um sistema imunológico enfraquecido devido ao próprio câncer ou ao tratamento, tornando-os mais vulneráveis a infecções respiratórias. Alguns tipos de câncer, como de pulmão, podem afetar diretamente a função pulmonar e aumentar o risco de complicações. 

Atenção aos sinais e aos sintomas

Pacientes oncológicos com sintomas de doenças respiratórias devem entrar em contato com sua equipe médica imediatamente para obter orientação sobre o gerenciamento de seus sintomas. 

Em alguns casos, se os sintomas forem graves ou houver suspeita de complicações respiratórias, pode ser necessário procurar um pronto atendimento ou hospital. Confira:

  • Dificuldade para respirar, respiração acelerada, chiado no peito ou falta de ar;
  • Febre acima ou igual a 37,8 graus; 
  • Tosse persistente com catarro ou sangue;
  • Dor no peito, especialmente se for acompanhada de falta de ar ou dificuldade para respirar;
  • Fadiga extrema ou fraqueza.


Importante: se o paciente precisar alterar sua medicação por causa de uma doença respiratória, deve entrar em contato a equipe médica para orientações. 

Como evitar as doenças respiratórias

Os pacientes oncológicos podem desenvolver várias doenças respiratórias, incluindo infecções como pneumonia, bronquite, sinusite e tuberculose, bem como a piora de condições crônicas, como asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e fibrose pulmonar. 

Por isso, é importante manter a higiene das mãos, evitar contato próximo com pessoas doentes e procurar atendimento médico imediatamente se apresentar os sintomas acima. Também é essencial conversar com seu médico sobre a vacinação contra a gripe e outras infecções respiratórias, como coronavírus e pneumococo.

Live sobre câncer colorretal: prevenção, diagnósticos e novos tratamentos

Neste mês de conscientização e prevenção do câncer colorretal, faremos uma live especial sobre os tumores que têm origem no intestino grosso, região envolvendo o cólon, reto ou ânus.

Contaremos com a participação dos nossos especialistas. Entre outros pontos, eles abordarão como um estilo de vida saudável, incluindo alimentação equilibrada e prática regular de atividades físicas, pode evitar o surgimento da doença, a relevância do diagnóstico precoce, assim como os diferentes tratamentos e as principais pesquisas clínicas.

Não perca. Marque na agenda: dia 21 de março, às 18h, nas nossas redes sociais.

Você é nosso convidado. Traga suas dúvidas e compartilhe o evento. Informação de qualidade faz diferença.

Informações live

 

Saúde feminina e prevenção oncológica

Hoje é o Dia Internacional da Mulher. Que tal aproveitar este mês para cuidar ainda mais da sua saúde oncológica?

A Dra. Andréa Paiva Gadêlha Guimarães, vice-líder do nosso Centro de Referência em Tumores Ginecológicos, gravou um vídeo abordando os principais cuidados para uma vida saudável.

Entre eles, a realização dos exames de rastreamento, como a mamografia de rotina (a partir dos 40 anos), a colonoscopia (a partir dos 45) e o exame de Papanicolau de rotina (anual).

Parabenizamos nossas pacientes, as profissionais que integram nossa equipe e todas as mulheres que nos inspiram a ser cada vez mais especializados em vida.

Dê o play e confira o conteúdo.

No mês da mulher, é preciso lembrar que prevenção deve fazer parte da rotina

Muitos dos tumores ginecológicos são preveníveis e têm alta taxa de cura quando detectados precocemente. Mas, além da alta incidência na população feminina, costumam ser descobertos tardiamente, uma vez que os sintomas são ausentes ou inespecíficos na fase inicial.

Com base no histórico da paciente, nos exames clínicos e na análise anatomopatológica, é possível antecipar o diagnóstico e obter um tratamento mais efetivo.

Confira abaixo quais são os sinais e sintomas dos tumores ginecológicos e seus fatores de risco.

Colo do útero 

Sinais e sintomas

O objetivo do exame preventivo é diagnosticar as lesões pré-malignas que são assintomáticas. As lesões mais avançadas podem apresentar: 

  • Secreção, corrimento ou sangramento vaginal incomum;
  • Sangramento leve, fora do período menstrual;
  • Sangramento ou dor após a relação sexual, ducha íntima ou exame ginecológico.

Fatores de risco

  • Infecção por HPV de alto risco: é o principal fator de risco associado ao câncer de colo de útero. O papilomavírus humano (HPV) é um vírus geralmente transmitido por relações sexuais que infecta pele ou mucosas, podendo causar câncer de colo do útero e também de boca, faringe, vulva, vagina, pênis e canal anal.
  • Infecção por HIV: o vírus da Aids diminui as defesas do organismo e reduz a capacidade de combater o vírus HPV;
  • Fumo: mulheres fumantes têm duas vezes mais risco de ter câncer de colo do útero do que aquelas que não fumam.

Endométrio

Sinais e sintomas

  • Sangramento anormal: 90% das mulheres com câncer de endométrio têm sangramento vaginal anormal após a menopausa ou entre períodos menstruais. Entre 5% e 20% das mulheres na pós-menopausa com esse sintoma têm câncer de endométrio. Isso pode indicar uma série de outras doenças, mas é preciso consultar um especialista para saber a causa;
  • Dor na pelve;
  • Sentir uma massa na região da pelve;
  • Perda de peso inexplicável.

Fatores de risco

  • Idade: geralmente ocorre em mulheres na pós-menopausa - 20% dos casos são diagnosticados em mulheres entre 40 e 50 anos e 5% abaixo dos 40 anos;
  • Estrogênio: terapia de reposição hormonal, menarca (primeira menstruação) precoce e menopausa tardia e nunca ter tido filhos;
  • Hiperplasia atípica: é o espessamento do endométrio causado por exposição ao estrogênio, presente em mulheres que não ovulam todos os meses.
  • Obesidade;
  • Pressão alta;
  • Diabetes;
  • Câncer prévio: câncer de mama ou de ovário e tratamento com tamoxifeno ou radioterapia na região pélvica;
  • Histórico familiar: mulheres com síndrome de Lynch (câncer colorretal hereditário não polipose) também correm maior risco de desenvolver câncer de endométrio.

Ovário

Sinais e sintomas

  • Desconforto ou dor abdominal, como gases, indigestão, cólicas e inchaço;
  • Sensação de empachamento mesmo depois de refeição leve;
  • Náusea, diarreia, prisão de ventre ou necessidade frequente de urinar;
  • Perda ou ganho de peso inexplicável;
  • Perda de apetite;
  • Sangramento vaginal anormal;
  • Cansaço incomum;
  • Dor nas costas;
  • Dor durante o ato sexual;
  • Alterações na menstruação.

Fatores de risco

  • Idade: o risco de câncer de ovário aumenta com a idade e metade das pacientes tem mais de 60 anos;
  • Não ter filhos: quanto mais filhos você tem, menor o risco de ter esse câncer;
  • Histórico familiar: casos de câncer de ovário na família aumentam seu risco de ter a doença;
  • Síndromes familiais de câncer: portadoras de síndrome familial de mama e ovário, de câncer colorretal hereditário não polipose, também chamada de síndrome de Lynch, de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 e alterações nos genes BRIP1, RAP51C ou RAD51D têm alto risco de desenvolver câncer de ovário.

Vulva

Sinais e sintomas

  • Nódulo vermelho, rosa ou branco, de superfície áspera ou rugosa na vulva;
  • Ardência, dor ou coceira na área genital;
  • Dor ao urinar;
  • Sangramento fora do período menstrual.

Fatores de risco

  • Idade: a maioria das mulheres diagnosticadas tem mais de 50 anos e a incidência é maior nas que têm mais de 70 anos;
  • Infecção por HPV: os papilomavírus humanos (HPVs) são causa de 40% dos cânceres da vulva;
  • Neoplasia intraepitelial vulvar: é uma lesão pré-cancerosa, geralmente causada pelo HPV, formada por células anormais na camada mais superficial da pele da vulva, que pode e deve ser tratada antes que evolua para o câncer;
  • Infecção por HIV: o vírus diminui as defesas do organismo e reduz sua capacidade de combater o vírus HPV.
Fonte: Dr. Glauco Baiocchi Neto, líder do Centro de Referência em Tumores Ginecológicos do A.C.Camargo

Visite o setor de Endoscopia por meio de um tour virtual

Nosso setor de serviços endoscópicos,  localizado no 1º  andar da unidade Antônio Prudente, passou por obras de revitalização que foram finalizadas no segundo semestre de 2022.

Com a reforma, contamos com cinco salas equipadas para realizar os exames, sala de refeição para o paciente, 12 boxes de preparo e pós-exames, além de uma central de monitoramento para garantir a segurança dos nossos pacientes. Tudo para proporcionar conforto e um ambiente acolhedor aos pacientes e acompanhantes.

Investir em nossa infraestrutura é aprimorar cada vez mais os nossos espaços para receber nossos pacientes e seus familiares.

Câncer colorretal: uma seleção de conteúdos para você saber tudo

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Confira dezenas de publicações (textos, vídeos e podcasts) separadas pelas temáticas de prevenção, diagnóstico e tratamento

O câncer colorretal, ou de cólon e reto, é o terceiro mais comum entre os homens e mulheres no Brasil.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a estimativa para 2022 foi de 40.990 novos casos, dos quais, 20.520 em homens e 20.470 em mulheres.

O intestino grosso é a parte final do tubo digestivo, entre o intestino delgado e o ânus, e é dividido em cólon e reto. 

Para que você saiba como se prevenir, o A.C.Camargo Cancer Center apresenta a seguir dezenas de publicações.

Elas foram divididas pelas temáticas de prevenção, diagnóstico e tratamento.

Tem textos, vídeos, podcast... Confira:

 

 

Previna tumores colorretais com hábitos saudáveis
Conheça as formas de se antecipar a um eventual câncer 

Pólipos colorretais: a remoção é necessária para evitar um câncer
Entenda o que são os pólipos e os fatores de risco que contribuem para a formação de tumores

E-book: previna-se contra o câncer colorretal
Faça o download e confira dicas de hábitos saudáveis, alimentação e exames necessários

6 dicas de alimentação que ajudam na prevenção do câncer colorretal
Confira estas dicas para deixar sua vida mais saudável

Diverticulite causa câncer?
Saiba mais sobre a relação dessa inflamação gastrointestinal com tumores colorretais

Câncer colorretal, prevenção e diagnóstico precoce
Confira um infográfico com medidas preventivas e curiosidades 

Úlcera no intestino pode ser sinal de câncer?
Essa ferida que aparece em diversas áreas do organismo é detectada via colonoscopia

Centro de Referência em Tumores Colorretais
O A.C.Camargo e seu tratamento integrado com foco no paciente

Câncer de cólon e reto: conheça os fatores de risco, sinais e sintomas
Uma vez feito o diagnóstico precoce, este tipo de tumor apresenta 90% de chance de cura

Sangue nas fezes: devo me preocupar?
Veja a coluna “Fala, Doutor”, que traz as dúvidas mais frequentes entre os pacientes no consultório

Mitos & verdades sobre câncer colorretal
Tire suas dúvidas sobre quais hábitos são mais arriscados

O câncer colorretal e os impactos da Covid-19
Pesquisa realizada no A.C.Camargo analisou o contexto da pandemia no diagnóstico e no tratamento

Brasileiros com Li-Fraumeni teriam menos chance que americanos de ter câncer colorretal precoce
Explicação seria a mutação R337H, presente apenas em pacientes nascidos em nosso país 

Pesquisadores do A.C.Camargo identificam relação entre bactérias do intestino e câncer colorretal
O estudo, que ganhou destaque na Nature Medicine, mostrou que o tumor pode ter origem nas alterações da microbiota intestinal

Câncer colorretal metastático: células tumorais circulantes como prognóstico
Conduzido pelo corpo clínico do A.C.Camargo, trabalho foi apresentado em San Francisco

Pacientes com câncer colorretal podem voltar a comer de tudo?
Saiba mais sobre a alimentação para pacientes com tumores no cólon e no reto

A cirurgia robótica em tumores colorretais
Conheça as vantagens desta técnica 

Imunoterapia para tumores colorretais
Saiba em quais casos o tratamento é eficaz 

Vídeo: avanços no combate ao câncer colorretal metastático
Novos medicamentos auxiliam no aumento da sobrevida

Cuidados na recuperação após tratamento cirúrgico de câncer colorretal
A cirurgia é o principal método de tratamento para esses tumores

Colostomia: é possível reverter o procedimento
Quando a saúde do paciente está restabelecida e o método é temporário, é possível fazer a cirurgia de reversão

Conheça os sinais e os sintomas de 5 tumores raros

Hoje é o Dia Mundial das Doenças Raras, criado para sensibilizar as pessoas sobre os cuidados com essas patologias. Existem mais de 200 tumores raros, que representam cerca de 25% a 30% de todos os diagnósticos oncológicos do mundo.

De forma multidisciplinar, atendemos pacientes de todas as faixas etárias e com todos os tipos de câncer, mesmo os mais raros.

 Os casos complexos e que não se encaixam nos protocolos predefinidos são avaliados nos Tumor Boards, reuniões com a participação de especialistas de várias áreas para a definição da conduta terapêutica mais efetiva a esses pacientes.

Faz diferença estar no A.C.Camargo. Contamos com o que há de mais avançado em Oncologia para trazer maiores chances de um desfecho clínico positivo a cada vida.

Preparamos um infográfico para você identificar sinais e sintomas dos cinco tumores raros que mencionamos na imagem. Confira abaixo.

Infográfico de tumores raros

Parceria entre A.C.Camargo e Insper amplia diagnóstico de câncer de mama

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Dispositivo é feito em impressão 3D e foi desenvolvido por alunos de engenharia mecânica do Insper com auxílio e orientação de médicos do A.C.Camargo
 

As áreas de ensino, pesquisa e inovação do A.C.Camargo Cancer Center produzem e compartilham conhecimento com o objetivo de reduzir custos ampliar o acesso à saúde oncológica em todo o Brasil. Em mais um projeto de inovação aberta, em parceria com o Insper, o A.C.Camargo orientou e auxiliou alunos do curso de engenharia mecânica no desenvolvimento de um dispositivo que permite o posicionamento de pacientes possibilitando a realização de biópsias de lesões nas mamas guiada por tomografia.

Este procedimento é indicado para casos que antes só poderia ser realizado com equipamentos de ressonância magnética, método que não é utilizado em larga escala devido ao alto custo e baixa disponibilidade de equipamentos fora dos grandes centros urbanos.

O novo suporte, que já está em uso no A.C.Camargo, é fabricado em uma impressora 3D e viabiliza o exame de tomografia para procedimentos de biópsia. O novo dispositivo é capaz de reduzir o custo do exame. Além disso, pode ser “impresso” tornando seu custo viável e ser facilmente utilizado em outras instituições, incluindo o SUS (Sistema Único de Saúde).

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que, em 2023, 73.6 mil novos casos de câncer de mama sejam registrados no Brasil, número 11% maior do que no ano anterior. Em 2022, o A.C.Camargo Cancer Center realizou mais de 16.7mil exames de mamografia e mais de 3mil procedimentos cirúrgicos relacionados ao câncer de mama.

Desenvolvimento e inovação

Em alguns casos as lesões na mama não podem ser visualizadas por meio de uma mamografia ou ultrassonografia impossibilitando um diagnóstico preciso ou a biópsia. Para situações como esta, o uso da ressonância magnética seria indicado, no entanto o custo do procedimento e disponibilidade do equipamento impossibilita sua utilização em larga escala. 

Para a realização do exame, a paciente é posicionada de barriga para baixo, deitada sobre o dispositivo que fixa a mama para que a tomografia possa ser realizada pelo médico que localizará o nódulo e fará a biópsia.

Após o desenvolvimento da solução, os testes começaram no segundo semestre de 2022 e foram divididos em duas fases. Na primeira etapa, o dispositivo foi submetido a uma série de testes com um simulador de mama, também conhecido como phantom, que demonstrou o procedimento adequado para localizar a lesão e, na sequência, posicionar a agulha para realizar a biópsia. Já na fase 2, após certificar a segurança, funcionamento e eficácia inicial do equipamento voluntários foram selecionados. 

Cooperação e inovação aberta

Chegar a esta solução foi possível graças ao acordo de cooperação de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico firmado entre o Insper e o A.C. Camargo Cancer Center.

O equipamento foi criado em 2021, no Projeto Final de Engenharia (PFE), de autoria de João Guilherme Coelho Apparecido, Milena Maluli, Pedro Henrique Greco Lopes e Pedro Isidoro Nery Antunes Maciel, alunos do 8º semestre de Engenharia Mecânica do Insper com orientação do professor Raphael Galdino dos Santos e dos doutores Almir Bitencourt e Paula Nicole Barbosa, médicos do Departamento Radiologia do A.C. Camargo Cancer Center.

O acordo prevê apoio mútuo para desenvolvimento de ações relacionadas à pesquisa e diagnóstico e tratamento do câncer. Como parte deste acordo também está o programa científico e tecnológico de cooperação e intercâmbio para execução de atividades de pesquisa e desenvolvimento, capacitação e absorção de recursos humanos e transferência de tecnologia.
 

Você conhece os sinais e sintomas da leucemia?

Alguns sinais, como sangramentos e manchas roxas pelo corpo, podem passar despercebidos

A leucemia, popularmente conhecida como “câncer no sangue”, geralmente não apresenta sintomas em seus estágios iniciais. Conforme avança, a doença pode apresentar sangramentos e manchas roxas pelo corpo, por exemplo, que também podem ser consequência do tempo seco ou de uma pancada.

Para entender melhor os sinais e sintomas da leucemia, Dr. Jayr Schmidt Filho, head do Núcleo de Onco-hematologia do A.C.Camargo Cancer Center, explica o que é a doença e como ela se manifesta no corpo.

O que é leucemia

A medula óssea é o tecido que fica no interior dos nossos ossos. Todas as células do sangue têm sua origem ali como células-tronco, que vão amadurecendo e se especializando. Quando necessário, o corpo emite sinais químicos para que as células-tronco amadureçam e se tornem glóbulos vermelhos, brancos ou plaquetas.

“Quando o paciente tem leucemia aguda, a medula passa a produzir uma quantidade muito grande de blastos – células imaturas e anormais que tomam o lugar das outras células sanguíneas na medula, no sangue e no sistema linfático”, explica Dr. Jayr Schmidt Filho, head do Núcleo de Onco-hematologia do A.C.Camargo Cancer Center.

A leucemia se divide em subtipos de acordo com a origem da célula (mieloides ou linfoides) e com a intensidade de proliferação (aguda, quando progride de forma rápida, ou crônica, de forma lenta). É mais comum em adultos maiores de 55 anos e crianças menores de 15 anos.

Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2020-2022 no Brasil são esperados 5.920 casos de leucemia em homens e 4.890 em mulheres.

Sinais e sintomas

Além de dificilmente apresentar sintomas nos estágios iniciais, os sinais variam de pessoa para pessoa e de acordo com o tipo de leucemia. Eles podem incluir:

  • Febre inexplicável
  • Sensação de fraqueza e fadiga persistente
  • Perda de apetite
  • Perda de peso inexplicável
  • Sangramentos e hematomas que aparecem com facilidade e sangramentos nasais
  • Dificuldade para respirar
  • Petéquias, pequenos pontos vermelhos que aparecem na pele por causa de sangramentos
  • Anemia
  • Suores noturnos
  • Inchaço dos gânglios linfáticos
  • Dor nos ossos ou nas juntas
  • Infecções recorrentes

Dr. Jayr também explica que manifestações hemorrágicas como manchas roxas e sangramentos nasais podem ser sinais de alerta quanto estão associados a outros sintomas da leucemia.

O diagnóstico é feito com base em exames de sangue e da medula, incluindo punção e biópsia. Para tratamento, os últimos anos trouxeram avanços significativos, como drogas focadas em combater a célula doente (terapia-alvo) e outras específicas que preparam o sistema imune para combater a doença (imunoterapia).

Saiba mais:

- Veja se seus sinais e sintomas precisam de avaliação médica

- Agende sua consulta ou seu exame