Colo do útero

O colo do útero é a região mais baixa e estreita do útero. Esse tipo de câncer se desenvolve lentamente, com algumas células normais que se tornam pré-cancerosas e, mais tarde, cancerosas. A principal causa é a infecção pelo HPV, transmitido pelo contato sexual.

Tumores ginecológicos: uma seleção de conteúdos para você saber tudo sobre a saúde da mulher

Linha Fina

São dezenas de publicações divididas pelas temáticas de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação, pilares que definem a jornada da paciente no A.C.Camargo Cancer Center

Tumores ginecológicos: mais de 30 mil mulheres são diagnosticadas anualmente, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

Uma vez que os sintomas são ausentes ou inespecíficos na fase inicial do tumor, muitas vezes fica complicado perceber precocemente um câncer de colo de útero, endométrio, ovário, vagina e vulva.

No entanto, baseado no histórico da paciente, nos exames clínicos e na análise anatomopatológica, é possível antecipar o diagnóstico e obter um tratamento mais efetivo.

Sim, Setembro em Flor é uma campanha de conscientização sobre a saúde da mulher, mas você tem de se cuidar o ano todo. 

Por exemplo, inclua alimentos mais saudáveis nas refeições, faça atividade física e não deixe de realizar os exames médicos. 

Para que você saiba mais sobre o universo dos tumores ginecológicos e da saúde da mulher, o A.C.Camargo Cancer Center apresenta a seguir dezenas de publicações.

Elas foram divididas pelas temáticas de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação, os pilares que definem a jornada da nossa paciente na Instituição.

Tem textos, vídeos, podcasts, infográfico... Confira:

O que é a touca de resfriamento? Ela evita a queda de cabelo causada pela quimioterapia?
Tecnologia disponível no A.C.Camargo Cancer Center ajuda a combater esse efeito colateral 

Um cisto no ovário pode estar relacionado a um câncer?
Entenda o que é e como é possível tratar esta pequena lesão

Endometriose pode virar câncer?
Descubra mais sobre um problema que afeta cerca de 10% das brasileiras

Tumores ginecológicos: um infográfico que conscientiza para a prevenção
Entenda mais sobre os cânceres que atingem cerca de 30 mil brasileiras por ano

Podcast Rádio Cancer Center - Sinais e sintomas dos tumores ginecológicos
Aprenda a reconhecer os alertas que pedem uma consulta médica

HPV: tudo o que você queria saber da doença, mas tinha vergonha de perguntar
Veja respostas para as dúvidas mais frequentes, sem tabus

Tumores ginecológicos além do colo de útero: informe-se e cuide-se!
Saiba tudo sobre os cânceres de ovário, endométrio e vulva 

Conheça os tipos de câncer no útero
Tumores uterinos podem estar situados no colo do útero ou no endométrio; entenda 

Câncer de colo de útero: 3 formas de erradicar a doença
Segundo a OMS, a vacinação contra o HPV é uma delas

Podcast Rádio Cancer Center - O câncer de ovário
Previna-se contra o sétimo câncer mais comum em mulheres no país

Podcast Rádio Cancer Center - HPV e câncer de colo do útero
Ouça um papo descomplicado e entenda a relação e os mecanismos de proteção

Vídeo: prevenção e diagnóstico precoce para o câncer de colo do útero
Uma conversa objetiva com Dra. Andréa Gadelha, oncologista clínica do A.C.Camargo 

HPV, a vacina vital que previne vários tipos de câncer
Segura, essencial e subutilizada, a imunização pode evitar o desenvolvimento de tumores

Ingestão de álcool contribui para a formação de tumores
Entenda como a bebida alcoólica pode agir em diferentes partes do corpo

Obesidade é fator de risco para câncer
Saiba como o excesso de peso contribui para a formação de tumores 

A preservação da fertilidade em pacientes com câncer
Discussão buscou aproximar oncologistas e fertileutas

O futuro da oncologia por métodos genômicos e moleculares
Nesta conversa, saiba mais sobre prevenção e tratamento contra os tumores

A síndrome de ovários policísticos aumenta o risco para um câncer ginecológico?
Compreenda os sinais que podem ou não indicar o diagnóstico da SOP nas mulheres

Menopausa: um sangramento poderia ser sinal de câncer?
Entenda a relação entre o período e os tumores ginecológicos 

Mioma no útero poderia ser um sinal de câncer?
Quase sempre sem sintomas, quadro pode atingir até 70% das mulheres em fase reprodutiva

Sangramento atípico fora da menstruação: posso estar com câncer?
Este sinal pode ser um recado do seu organismo para questões que pedem atenção

Papanicolau é a principal forma de rastreamento de câncer do colo do útero
Exame é simples, rápido e eficaz para detectar lesões pré-malignas de forma precoce

Mitos & verdades sobre o câncer ginecológico
A informação correta é uma arma para diagnosticar

Um manual sobre o câncer de colo do útero
Sinais, sintomas, fatores de risco e formas de tratamento

Um manual sobre o câncer de endométrio
Sinais, sintomas, fatores de risco e formas de tratamento

Um manual sobre o câncer de ovário
Sinais, sintomas, fatores de risco e formas de tratamento

Um manual sobre o câncer de vulva
Sinais, sintomas, fatores de risco e formas de tratamento

Mitos & verdades: síndrome de ovários policísticos
A SOP poderia aumentar o risco de câncer?

Existe exame “preventivo” para o câncer de ovário?
Compreenda se os testes de rastreio funcionam

HPV e papanicolau
Entenda se a investigação do vírus inviabiliza a realização do exame

Genômica, a ciência que faz diferença
Assista ao vídeo e entenda melhor como ela contribui para o combate ao câncer

Tratamento oncológico e libido: entenda a relação
Fatores orgânicos ou emocionais podem desencadear problemas

Touca de resfriamento colabora com a autoestima
Outra vantagem: ajuda a preservar a privacidade das pacientes

O que o paciente com câncer deve saber sobre interações medicamentosas?
Chás e alguns medicamentos podem interferir na ação dos quimioterápicos 

Quimioterapia de consolidação traz benefício para pacientes com câncer de colo de útero
Confira este tratamento estudo por pesquisadores do A.C.Camargo

Braquiterapia guiada por ultrassom evita em até 90% os riscos de perfuração do útero
Revisão de estudos comprova a eficácia da técnica usada no A.C.Camargo em pacientes com câncer de colo uterino 

O câncer de colo do útero e sua cirurgia
Pesquisa avalia quais pacientes se beneficiam de um procedimento menos radical

A eficácia da braquiterapia
Tratamento desempenha papel importante para os cânceres de endométrio e colo do útero

Um tratamento mais eficaz do câncer de vulva
Pesquisa de Linfonodo Sentinela é um método que contribui

Câncer ginecológico: novidades e consolidação dos tratamentos
Câncer de ovário, endométrio e colo do útero foram destaque na ASCO 

Podcast Rádio Cancer Center #41 - "Engravidei após um câncer de endométrio"
Ouça e saiba como foi a inspiradora trajetória da Barbara até conseguir seu grande objetivo

Vídeo - Histórias reais sobre o câncer: conheça Amanda Benites
Assista a este capítulo da série com vivências inspiradoras de mulheres diagnosticadas

Fisiatra, o médico que promove mobilidade e qualidade de vida
Conheça esse profissional de essencial importância para o “ir e vir”, inclusive para o paciente oncológico 

Exercícios durante ou após a quimioterapia em pacientes com câncer
Estudo holandês apresentado na ASCO analisou o impacto da atividade física

Fisioterapia contribui para a qualidade de vida de mulheres com câncer
Pacientes com tumores de mama e ginecológicos podem prevenir o acúmulo de líquido

Webinar: O HPV e o câncer de colo do útero

O HPV e o câncer de colo do útero: segundo o INCA, o Brasil deve registrar cerca de 16 mil novos casos de câncer de colo do útero em 2022. Sua principal causa é a infecção persistente pelo Papilomavírus Humano (HPV), transmitido pelo contato sexual. Mesmo existindo algumas medidas simples que podem evitar a doença, a desinformação e as fake news impedem que muitas pessoas se previnam. 

Pensando nisso, preparamos uma live explicativa com a participação do Dr. Glauco Baiocchi, líder do Centro de Referência de Tumores Ginecológicos do A.C.Camargo, e o Dr. Ivan França, Head de Infectologia do A.C.Camargo, 

Falamos, entre outras coisas, um pouco mais sobre a importância da vacinação, exames para a detecção precoce e outras medidas preventivas.

Assista ao papo e saiba como isso funciona no A.C.Camargo:


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Live: HPV e o câncer de colo do útero

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o Brasil deve registrar cerca de 16 mil novos casos de câncer de colo do útero em 2022. Sua principal causa é a infecção persistente pelo papilomavírus humano (HPV), transmitido pelo contato sexual. Mesmo existindo algumas medidas simples que podem evitar a doença, a desinformação e as fake news impedem que muitas pessoas se previnam.

Pensando nisso, preparamos uma live explicativa com a participação do Dr. Glauco Baiocchi, líder do Centro de Referência de Tumores Ginecológicos, e o Dr. Ivan França, head de Infectologia aqui do A.C.Camargo, na qual falaremos um pouco mais sobre a importância da vacinação, exames para a detecção precoce e outras medidas preventivas.

Participe e tire as suas dúvidas sobre o tema.

A live acontecerá no dia 14/04, às 17h, e será transmitida simultaneamente em nosso Facebook, Linkedin e Youtube.

 

Saúde da mulher: prevenção e outros cuidados oncológicos

Linha Fina

Assista ao papo em vídeo e aprenda sobre o tema

Saúde da mulher: prevenção e outros cuidados oncológicos.

Você sabia que estão previstos 66 mil novos casos de câncer de mama, representando 29,7% da incidência em mulheres? Por isso, tomar medidas preventivas contra esse e outros tumores é extremamente importante.

Assista:

 

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HPV: vacina previne vários tipos de câncer

Linha Fina

No Dia Internacional de Conscientização sobre o HPV (4/3), saiba como a imunização contra o papilomavírus humano pode evitar o desenvolvimento de tumores de colo do útero, vagina e pênis, entre outros – e como o desconhecimento e as fake news impedem que vidas sejam salvas

O HPV, também conhecido como papilomavírus humano, é uma doença sexualmente transmissível (DST).

Esse vírus pode ser transmitido por relações sem proteção e infectar pele ou mucosas.

A boa notícia é que há uma vacina para inibir o HPV, mas o problema é que existe muito desconhecimento e preconceito sobre essa imunização.

Embora haja consolidados programas nacionais de imunização em boa parte do Brasil e da América Latina, eles seguem sendo pouco utilizados. 

É que, para conseguir uma melhor proteção, a vacina deve ser aplicada cedo.

Se isso não é feito, há um terreno fértil para a infecção por HPV, que pode desencadear, em casos extremos, vários tipos de câncer. 


HPV e os tipos de câncer relacionados

A infecção pelo HPV é comum, mas regride espontaneamente na maioria das vezes. 

Quando a infecção persiste e é causada por um tipo viral oncogênico, ocasionalmente acontecem lesões precursoras. Estas, se não identificadas e tratadas, podem evoluir para um câncer. 

Ocorre principalmente no colo do útero, mas também na vagina, vulva, ânus, pênis e orofaringe.


Por que vacinar tão cedo?

Em 2014, o Ministério da Saúde implantou no SUS a vacinação gratuita tetravalente contra o HPV em meninas entre 9 e 13 anos. Na época, a recomendação era de três doses.

Tal faixa etária foi eleita por ser a que apresenta maior benefício pela grande produção de anticorpos e por ter sido menos exposta ao vírus por meio de relações sexuais.

Em 2017, o esquema vacinal do SUS foi ampliado para meninos de 11 a 14 anos, e as garotas de 14 anos também foram incluídas – passaram a ser recomendadas duas doses com intervalo de seis meses. Mulheres e homens com imunossupressão até 26 anos de idade também foram incluídos. Em março de 2021, o Ministério da Saúde ampliou esta proteção para mulheres imunossuprimidas até os 45 anos. No setor privado, a vacina já está disponível para mulheres de 9 a 45 anos e homens de 9 a 26 anos, independentemente de ser ou não imunodeprimido.

A dificuldade de alcançar crianças e adolescentes, que já não vão aos postos de saúde regularmente, como faziam na primeira infância, está longe de ser o maior problema para combater o HPV. 

 

Barreiras: desconhecimento e fake news

Vários são os obstáculos para a adesão à vacinação contra o HPV, mas dois são os principais:

  • Desconhecimento: se trata de uma vacina que previne alguns tipos de câncer, mas as pessoas não sabem;
  • Fake news: além de alguns grupos relacionarem vacinas a eventos adversos muitas vezes de forma errônea, há aqueles que associam a vacinação contra o HPV como estímulo ao início precoce da atividade sexual, algo que não é verdade.

É importante desmistificar esses conceitos equivocados e ratificar que a criança deve ser imunizada contra o HPV da mesma forma que ocorre com outras vacinas. Essa imunização é segura e deve ser realizada idealmente antes do início da atividade sexual, pois ainda não ocorreu a exposição ao HPV e se garante uma maior resposta protetora da vacina.

Se tiver outras dúvidas sobre o tema, clique aqui ou ouça o podcast abaixo, que foi dividido em duas partes.

Parte 1:

Parte 2:


Fonte: Doutora Andréa Gadêlha, oncologista clínica e vice-líder do Centro de Referência em Tumores Ginecológicos do A.C.Camargo

Laserterapia: conheça a técnica que diminui possíveis sequelas do câncer ginecológico

Linha Fina

Procedimento pode ser usado como opção terapêutica na abrasão de lesões de HPV induzidas, por exemplo, bem como lesões precursoras do câncer de vagina e vulva

Laserterapia: durante o tratamento contra o câncer na região ginecológica, algumas lesões originadas de HPV induzidas, assim como a síndrome urogenital, por exemplo, podem ser tratados com a laserterapia.

O procedimento consiste em um aparelho transdutor, semelhante a um ultrassom transvaginal, que é introduzido na vagina. Quando acionado, libera feixes de laser que estimulam a região.

Laserterapia x câncer

Mais recentemente, a terapia em laser ginecológica passou a ser utilizada de forma fracionada, pelo método Monalisa Touch. O procedimento, inicialmente usado para rejuvenescimento vaginal, pode ser aplicado como coadjuvante no tratamento sintomático da síndrome urogenital provocada pela menopausa.

“A laserterapia diminui os sintomas relacionados à síndrome urogenital, tanto no pós-menopausa natural quanto naquelas induzidas por condições ou tratamentos que promovem o bloqueio ovariano hormonal temporário ou irreversível, como pode acontecer nas mulheres em tratamento para câncer de mama, ou por irradiação ovariana, como em alguns casos de mulheres submetidas ao tratamento adjuvante de câncer de útero”, explica a médica ginecologista Angélica Bogatzky Ribeiro, do Centro de Referência de Tumores Ginecológicos do A.C.Camargo Cancer Center.

A síndrome urogenital é um conjunto de alterações que ocorrem no sistema reprodutivo biologicamente feminino, que se dá pela falta de estrogênio durante a menopausa. Seus principais sintomas são atrofia genital, ressecamento vulvovaginal, dispareunia (dor durante a relação sexual), ardor urogenital e, em alguns casos, incontinência ou infecção urinária.

Como funciona na prática

“A laserterapia é uma técnica minimamente invasiva que emite luz monocromática. Quando direcionada de forma fracionada para o tecido genital, produz inúmeros estímulos microscópicos, em forma de microescoriações”, diz. “O resultado é uma rápida recuperação do tecido exposto, possibilitando uma ação remodeladora que pode melhorar de forma significativa e com mínimos efeitos colaterais os sintomas relacionados à atrofia vulvovaginal”.

O procedimento, porém, não é indolor. A paciente poderá sentir, sobretudo na região vulvar, desde simples desconforto quanto dor de leve a moderada e sensação de calor ou queimação. Por esse motivo, é recomendado o uso de pomada anestésica na região vulvar para realização do procedimento.

Os efeitos colaterais, quando ocorrem, são mínimos, como vermelhidão, inchaço e dor local, que usualmente desaparecem após um ou dois dias de repouso e com medidas simples.

“Por vezes, após o procedimento, pode haver secreção vaginal e até mesmo pequenas fissuras, eventos esses que, quando presentes, devem ser tratados de acordo com a orientação prévia emitida pelo médico assistente por ocasião do procedimento”, explica a especialista.

Cuidados da laserterapia

O efeito do laser Monalisa Touch é local e temporário. Os efeitos desejados sobre os sintomas podem, eventualmente, depender de fatores externos ao próprio procedimento, não orgânicos, de ordem emocional ou sexual, comprometendo à uma expectativa eventualmente superestimada pela paciente. 

De acordo com critérios médicos, uma mesma paciente poderá ser submetida a mais de uma aplicação de laser para o resultado almejado (normalmente três sessões em quatro meses), podendo se estender conforme a necessidade.

O A.C.Camargo oferece a laserterapia utilizando equipamentos e aparelhos de última geração, o que amplia de forma consciente e autônoma, a gama de benefícios ofertados ao suporte da paciente com câncer.

Com uma equipe multidisciplinar e capacitada para aplicar o procedimento, a paciente conta com um espaço com todo suporte técnico e humano para realizar a aplicação de forma confortável e segura. “Nossa luta diária é que esse importante procedimento possa ser disseminado e popularizado entre as pacientes oncológicas para que nossos sinceros esforços possam ser ferramentas de ajuda e superação dessas pessoas!”, diz Dra. Angélica. 

Uma sessão de laserterapia dura, aproximadamente 15 minutos. A paciente não pode estar no período menstrual e deve fazer a depilação íntima de três a cinco dias antes. A terapia não é indicada para grávidas ou usuárias de marca-passo e, após o tratamento, deve-se evitar relações sexuais por sete dias.

Será que isso causa câncer?

Linha Fina

Confira seis mitos e verdades sobre oncologia na coluna “Fala, Doutor”, que traz as dúvidas mais frequentes entre os pacientes no consultório, por Daniel Garcia, oncologista clínico do A.C. Camargo Cancer Center

Há muitas informações sobre o câncer disponíveis na internet, mas algumas delas são enganosas ou erradas. 

Assim, alguns mitos e verdades são tema de conversas no dia a dia de um oncologista clínico no consultório.

A seguir, veja seis dos mitos mais comuns sobre o câncer.


Mito - Pessoas com câncer não devem comer açúcar, pois o alimento pode fazer com que o tumor cresça mais rápido

Fato - O açúcar não é uma substância cancerígena e não há evidências conclusivas de que ingerir açúcar fará o câncer crescer e se espalhar mais rapidamente. 

Todas as células do corpo, saudáveis ou cancerosas, dependem de açúcar (glicose) para funcionar. Não há provas, porém, de que o açúcar vai acelerar o crescimento do câncer ou que cortar o açúcar completamente impedirá seu progresso. 

No entanto, o consumo excessivo de açúcar, particularmente açúcares adicionados em bebidas e alimentos processados, pode contribuir para a obesidade, que é um importante fator de risco para o câncer e outros problemas de saúde.


Mito - Pacientes com câncer não podem tomar a vacina contra a covid-19

Fato - A Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e diversas entidades internacionais oncológicas recomendam a vacinação contra a covid-19 para pessoas com câncer

Portadores de câncer são considerados grupo de risco e têm maiores chances de desenvolver as formas graves da covid-19

Não há preocupações teóricas de segurança para nenhuma das vacinas contra a covid-19 disponíveis no Brasil atualmente (CoronaVac, Pfizer, AstraZeneca ou Janssen) para pessoas com câncer, com base no conhecimento geral das vacinas. 

Evidências em vacinas semelhantes, como a que combate a gripe, sugerem que as vacinas para a covid-19 são seguras e eficazes para pacientes oncológicos. 

Se você tem câncer, a decisão sobre a vacinação contra a covid-19 deve ser feita em consulta com seu médico.

Conforme novas informações sobre as diferentes vacinas contra a covid-19 se tornam disponíveis, é possível que as orientações sobre as vacinas mudem. 

Por isso, é importante conversar com seu médico sobre como e quando tomar a vacina.


Mito - Câncer é contagioso

Fato - Câncer não é contagioso. Não há necessidade de evitar contato com pacientes oncológicos. É normal tocar alguém que está enfrentando a doença ou passar um tempo com essa pessoa. 

Na verdade, o seu apoio pode ser muito valioso. No entanto, alguns cânceres são causados por vírus e bactérias que podem ser transmitidos de pessoa para pessoa. 

O papilomavírus humano (HPV), por exemplo, pode causar câncer de colo de útero, anal e alguns tipos de tumores de cabeça e pescoço. 

Já a hepatite B e a hepatite C são vírus que aumentam o risco de desenvolver câncer de fígado. E bactérias como a H. pylori podem causar câncer de estômago. 

É importante lembrar que, enquanto os vírus e as bactérias que causam alguns tipos de câncer podem ser transmitidos de pessoa para pessoa, os cânceres causados por eles não são transmissíveis.


Mito - Pensamentos positivos podem curar o câncer

Fato - Não há evidências científicas de que uma atitude positiva irá prevenir câncer, ajudar pacientes oncológicos a viverem mais ou impedir o câncer de voltar. 

O tumor não é causado por pensamentos negativos. É normal experimentar uma série de emoções e cada um irá lidar de uma maneira diferente. 

Não existe uma maneira certa de se sentir

No entanto, atividades que promovem o pensamento positivo, como técnicas de relaxamento, grupos de apoio e uma rede de suporte de familiares e amigos, podem melhorar a qualidade de vida e as perspectivas do paciente. 

É essencial lembrar que colocar demasiada importância nas atitudes pode levar à ansiedade e a sentimentos de culpa desnecessários.


Mito - As empresas farmacêuticas, o governo e os médicos estão escondendo a cura para o câncer

Fato - Ninguém está escondendo a cura do câncer. Certo é que não haverá uma cura singular para o câncer. 

Existem centenas de tipos de câncer e eles respondem de forma diferente a vários tipos de tratamento.

Ainda há muito a aprender e, por isso, a pesquisa clínica é essencial para progredir na prevenção, no diagnóstico e no tratamento do câncer.


Mito - Alimentos alcalinos e água alcalina protegem contra o câncer

Fato - Na verdade, nosso organismo regula o equilíbrio ácido/base dentro de limites muito restritos. 

O pH medido no sangue arterial é ligeiramente alcalino, e quaisquer mudanças são rapidamente percebidas e corrigidas por nossos sistemas.

Portanto, dietas ricas em alimentos alcalinos (ou ácidos) dificilmente irão alterar o pH de quem as consome.

Além do mais, alterações do pH para fora da faixa da normalidade são potencialmente deletérias, podendo desencadear mudanças em nosso padrão respiratório, nas excreções renais e nos níveis sanguíneos de minerais importantes, como o potássio. 

Enfim, faltam estudos bem elaborados sobre dietas alcalinas e não há boas evidências de que elas possam ser usadas para prevenir ou tratar doenças como o câncer. 

Podcast Rádio Cancer Center #43 - O HPV e sua relação com o câncer de colo do útero

Linha Fina

No Dia Mundial de Prevenção ao Câncer de Colo de Útero, conheça os mecanismos de proteção – entre eles, a vacinação 

A infecção por HPV, o papilomavírus humano, tem relação importante com o câncer de colo do útero.

O câncer de colo do útero é o terceiro mais frequente entre mulheres no Brasil, descontando-se o tumor de pele não-melanoma.

A estimativa é de que 16.590 novos casos, segundo o INCA, afetaram as brasileiras em 2020. Já o HPV, que dispõe de uma vacina, acomete 2 milhões de brasileiras(os) anualmente.

Mas dá para se prevenir, de acordo com as dicas da nossa convidada, o Doutora Andréa Gadêlha, oncologista clínica do A.C.Camargo Cancer Center.

A conversa está dividida em dois trechos. A parte 1:

 

A parte 2:

 

Conheça os tipos de câncer que podem acometer o útero

Linha Fina

Tumores uterinos podem estar situados no colo do útero ou no endométrio; entenda 

O útero é um dos órgãos do sistema reprodutor feminino. 

Ele tem o formato de uma pera invertida e é dividido em duas partes: o corpo e o colo do útero. 

O corpo do útero tem duas camadas, a interna, ou endométrio; e a externa, ou miométrio. 

Quando um câncer acomete o útero, ele pode estar situado no colo do útero ou no corpo do útero.  


Câncer de colo de útero 

A principal causa do câncer de colo de útero é a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), transmitido pelo contato sexual. 

Em seus estágios iniciais, o câncer de colo do útero geralmente não apresenta sintomas. Estes costumam estar mais presentes nos casos mais avançados. 

Para a prevenção do câncer de colo uterino, o importante é realizar os exames de rastreamento de rotina como o Papanicolau, associado ou não a colposcopia e biópsia, se necessário  

Também é fundamental a vacinação anti-HPV e o tratamento das lesões precursoras do câncer de colo uterino. 

Além disso, em caso de presença dos sinais e sintomas abaixo, é necessária uma avaliação médica para esclarecimento diagnóstico:  

•    Secreção, corrimento ou sangramento vaginal incomum 
•    Sangramento leve, fora do período menstrual 
•    Sangramento ou dor após a relação sexual
•    Dor pélvica, desconforto urinário ou intestinal 

Saiba mais sobre sobre o câncer de colo do útero ao clicar aqui.


Câncer de endométrio 

Corresponde ao tumor que aparece na camada interna do corpo uterino. 

Geralmente, ocorre em mulheres com cerca de 60 anos e na pós-menopausa, porém os números desses tumores vêm crescendo nos últimos anos devido ao aumento da obesidade. 

Obesidade esta que está associada à elevação dos níveis de estrógeno e ao aparecimento de lesões precursoras de câncer de endométrio, como a hiperplasia atípica. 

Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver um câncer de endométrio. Entre eles estão: 

•    Idade 
•    Síndrome do ovário policístico 
•    Obesidade 
•    Pressão alta 
•    Diabetes 
•    Câncer prévio: tumores de mama ou de ovário e tratamento com tamoxifeno ou radioterapia na região pélvica
•    Histórico familiar: mulheres com síndrome de Lynch ou com câncer colorretal hereditário não poliposo (HNPCC) 
•    Estrogênio: terapia de reposição hormonal
•    Menarca (primeira menstruação) precoce e menopausa tardia
•    Nunca ter tido filhos
•    Hiperplasia atípica  

Não existe método de rastreamento de câncer de endométrio, porém é importante ficar alerta a alguns indícios que merecem uma visita ao ginecologista:

•    Sangramento vaginal anormal: 90% das mulheres com câncer de endométrio têm sangramento vaginal anormal, após a menopausa ou entre períodos menstruais; entre 5% e 20% das mulheres na pós-menopausa com esse quadro têm câncer de endométrio; isso pode indicar uma série de outras doenças, mas é preciso consultar um especialista para saber a causa 
•    Dor na pelve 
•    Massa ou tumoração pélvica palpável 
•    Perda de peso inexplicável 

Saiba mais sobre o câncer de endométrio ao clicar aqui.

Mioma no útero poderia ser um sinal de câncer?

Linha Fina

Quase sempre sem sintomas, quadro pode atingir até 70% das mulheres em fase reprodutiva

Algumas mulheres podem detectar um mioma (fibromioma) no útero ao fazer exames de rotina como o ultrassom pélvico.

Apesar do nome assustador, não há motivo para tensão: esse tipo de tumor é benigno, originário da proliferação da camada muscular do órgão, chamada de miométrio.

Geralmente, um mioma uterino não apresenta sintomas. Algumas pacientes relatam sangramentos e/ou algumas dores e urgência para urinar, relacionados ao aumento do volume e à compressão dos órgãos junto ao útero. 


Mioma uterino poderia desencadear um câncer?

"Os sarcomas uterinos são tumores malignos da camada muscular, mas não surgem a partir de miomas. Eles crescem e morrem benignos", explica o Dr. Glauco Baiocchi Neto, líder do Centro de Referência em Tumores Ginecológicos do A.C.Camargo Cancer Center.

O tratamento para o mioma de útero é realizado somente nos casos em que há sintomas, principalmente aqueles ligados ao tamanho do nódulo e ao desconforto. 

Cada caso é tratado individualmente: eles podem incluir a retirada completa do mioma (miomectoma) até a embolização, uma espécie de cateterismo que bloqueia a vascularização do mioma.


Como evitar o mioma

Não existe prevenção para esses nódulos. Estima-se que pelo menos 70% das mulheres devem desenvolver algum tipo de mioma ao longo de sua vida reprodutiva.

Ainda não é possível dizer o que causa os miomas, mas algumas pesquisas apontam para fatores hormonais, étnicos e hereditários. “Alguns grupos, como mulheres de origem asiática ou negras, possuem maior probabilidade de desenvolver mioma no útero”, diz o Dr. Baiocchi.

A incidência é maior em mulheres com mais de 40 anos e próximas da menopausa, mas o mioma pode surgir em qualquer momento da vida reprodutiva.


Sobre os tumores ginecológicos 

Em março, mês da mulher, publicamos diversos conteúdos informativos para prevenção e conscientização do câncer ginecológico.

Os tumores ginecológicos atingem, a cada ano, mais de 30 mil mulheres, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca).

A alta incidência decorre da descoberta tardia, uma vez que os sintomas são ausentes ou inespecíficos na fase inicial do tumor.

No entanto, baseado no histórico da paciente, nos exames clínicos e na análise anatomopatológica, é possível antecipar o diagnóstico e obter um tratamento mais efetivo.