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Novo Coronavírus e câncer infantil: conheça os cuidados necessários para os pequenos

 
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Novo Coronavírus e câncer infantil: conheça os cuidados necessários para os pequenos

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A Covid-19 pode ser assintomática ou apresentar sintomas leves em crianças, mas nem por isso elas devem se descuidar

O novo Coronavírus inspira cuidados também com as crianças. A pandemia do novo Coronavírus mudou a rotina de muitas famílias e, em muitos casos, intensificou a higienização das mãos. O isolamento social virou palavra de ordem. Mas e os pequenos no meio disso tudo?

Segundo um estudo divulgado na revista científica The Lancet, as crianças são menos afetadas pela Covid-19. Elas costumam não apresentar sintomas e raramente adoecem pelo vírus. São grandes, porém, os vetores da doença, por isso elas devem estar em isolamento social e ter hábitos frequentes de higiene.


Novo Coronavírus e câncer

As crianças, em especial aquelas que fazem tratamento oncológico, precisam tomar alguns cuidados contra o novo vírus.

"O tratamento contra o câncer em crianças e adolescentes requer, na maior parte dos casos, o uso de quimioterapia agressiva, algo que os deixa com a imunidade comprometida e suscetíveis a doenças infecciosas, incluindo a Covid-19", explica a Dra. Cecília Maria Lima da Costa, head de Oncologia Pediátrica do A.C.Camargo Cancer Center.

"A Covid-19 é uma doença nova. Ainda estamos estudando as reações no organismo das crianças, em tratamento oncológico ou não. Mas nem por isso devemos descuidar das orientações contra o vírus", afirma.

Independentemente da pandemia, as crianças em tratamento quimioterápico já seguiam orientações semelhantes contra o novo Coronavírus: evitar aglomerações, intensificar medidas de higiene (lavar as mãos cuidadosamente por 20 segundos), evitar beijos, abraços e aglomerações.

Essas orientações também valem para crianças que terminaram o tratamento oncológico há até seis meses, pois ainda são consideradas imunodepressoras.


Precisa interromper o tratamento?

As crianças diagnosticadas com câncer e em tratamento quimioterápico não devem parar a medicação.

"É necessário analisar caso a caso. Dependendo da fase do tratamento e da gravidade da doença, podemos reduzir a dose da medicação e, com isso, diminuir a imunodepressão", explica a Dra. Cecília. “Mas isso não é regra”, acrescenta.

Por isso é importante manter um canal direto com o médico da criança para avaliar qual é o melhor cenário.

Outra dica é tomar a vacina contra a gripe, disponível nos postos de saúde do SUS e na rede particular. "As crianças em tratamento oncológico são consideradas um grupo de risco e devem tomar a vacina. É importante lembrar que ela não protege contra a Covid-19 e não causa riscos ao paciente", diz a doutora.


Crianças em casa

Durante o isolamento social, muitas famílias passam a conviver muito mais próximas. A boa relação ajuda a distrair a cabeça da criança e a inserir novos hábitos de higiene.

"O ideal é estabelecer uma rotina para as crianças, inclusive para que entendam que não estão de férias e que cada pessoa precisa fazer sua parte para passar por esse momento difícil”, afirma a Dra. Cecília.

As crianças devem ter horários para acordar e dormir, assistir à televisão, estudar e ajudar nas tarefas em casa. “É importante notar que as crianças, mesmo as pequenas, conseguem entender o que está acontecendo, logicamente com a percepção infantil, mas que reflete a realidade”, analisa a médica.

O momento também é oportuno para criar laços mais estreitos de carinho. Essa é a hora de aproveitar para fazer atividades em casa e cozinhar juntos, como fazer um bolo e comer com todos à mesa, por exemplo.

“Isso ajudará bastante as crianças no enfrentamento do distanciamento da escola e será, também, uma boa distração para os pais”, explica.

“É possível aproveitar as chamadas em vídeo para conversar com amigos e familiares, para manter o contato e aumentar a conexão emocional entre eles”, encerra a Dra. Cecília Maria Lima da Costa.

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