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Mitos & verdades sobre o câncer ginecológico

 
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Mitos & verdades sobre o câncer ginecológico

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ginecologia é a especialidade médica dedicada ao sistema reprodutor feminino e estuda as principais alterações que podem ocorrer no organismo da mulher. Para esclarecer alguns mitos e verdade sobre o desenvolvimento do câncer, Dr. Glauco Baiocchi Neto, diretor do Núcleo de Ginecologia Oncológica do A.C.Camargo, responde a algumas dúvidas.

O aparecimento de um mioma pode ser fator de risco para desenvolvimento do câncer?

Mito. Tumor benigno formado na camada muscular do útero, o mioma não apresenta relação com câncer e sequer predispõe ao surgimento da doença. Mais frequente entre os 40 e 50 anos de idade, o mioma pode causar desconfortos ao se desenvolver e deve ser tratado quando surgirem sintomas, como compressão de órgãos próximos ao útero ou sangramento irregular.

A vacina contra o HPV é o principal modo de prevenção do câncer de colo de útero?

Verdade. Responsável por 99,7% de todos os casos de câncer de colo de útero, a infecção pelo HPV(Papilomavírus Humano) pode ser prevenida com a vacina, indicada principalmente para homens e mulheres de 9 a 26 anos que nunca tiveram contato sexual - e distribuída gratuitamente pelo Ministério da Saúde para meninas entre 9 e 13 anos. O HPV pode contaminar quem teve relação sexual sem o uso de preservativos e ainda não existe um medicamento terapêutico para o vírus.

A principal vacina distribuída atualmente chama-se quadrivalente, que previne quatro tipos de HPV: 6, 11, 16 e 18. Apesar de haver mais de 100 tipos de HPV, somente os tipos 16 e 18 são responsáveis por mais de 70% dos casos de câncer de colo de útero.

A menopausa tem relação direta com a incidência de câncer?

Mito. Apesar de o surgimento de tumores ginecológicos ser maior durante a menopausa, o principal fator de risco para o desenvolvimento do câncer é a idade avançada - exceção aos casos hereditários, correspondentes de 5 a 10% de todos os pacientes oncológicos. A menopausa costuma ocorrer a partir dos 50 anos, período de aumento da incidência de mulheres diagnosticadas com câncer.

Sangramento no período da menopausa deve ser investigado?

Verdade. Todos os sangramentos pós-menopausa devem ser avaliados por um especialista. Podem estar relacionados a doenças benignas (como atrofia do endométrio pela ausência de hormônios femininos) ou pólipos. Porém, há a possibilidade de ser um sinal de câncer de endométrio (em 95% dos casos, o sangramento irregular é um dos principais sintomas).

Faço reposição hormonal. Tenho risco aumentado de ter câncer ou devo tomar algum cuidado?

Depende. Todo tipo de reposição hormonal na menopausa deve ser discutida com um médico para avaliação de possíveis riscos, tanto no que se refere ao tipo e tempo de utilização do medicamento. É importante ressaltar que para mulheres com câncer de mama pode existir contra-indicações. 

É verdade que o anticoncepcional pode ajudar a prevenir o câncer ginecológico?

Verdade. Já é bem estabelecido que o uso do anticoncepcional por mais de 5 anos diminui o risco de câncer de ovário. Porém, não deve ser usado com esse propósito e sim indicado de maneira individualizada pelo médico. Veja mais sobre o tema nesse artigo


Dr. Glauco Baiocchi Neto - CRM 97501
Diretor do Núcleo de Ginecologia Oncológica
Especialista em Cancerologia Cirúrgica - RQE nº 42471

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