Câncer de bexiga: Imunoterapia | A.C.Camargo Cancer Center Pular para o conteúdo principal

Imunoterapia e cirurgia para câncer de bexiga

 
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Imunoterapia e cirurgia para câncer de bexiga

São muitas as opções de tratamento para o câncer de bexiga, entre elas estão imunoterapias e procedimentos cirúrgicos 

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São muitas as opções de tratamento para o câncer de bexiga, entre elas estão imunoterapias e procedimentos cirúrgicos 

No início dessa semana, duas dessas opções ganharam visibilidade nas redes sociais após personalidades se manifestarem a respeito da imunoterapia Onco-BCG e a remoção cirúrgica de um tumor maligno na bexiga.

Os tratamentos imunoterápicos são utilizados com o intuito de auxiliar o sistema imunológico do paciente a identificar e destruir células cancerígenas. Em alguns casos, esse tipo de procedimento pode ser usado para o tratamento do câncer de bexiga.

O que é a BCG Intravesical

A BCG, vacina que protege contra formas graves da tuberculose, doença contagiosa que pode afetar os pulmões, mas também ossos, rins e meninges, pode ser administrada na bexiga por meio de um cateter inserido pela uretra. Essa terapia ativa as células do sistema imunológico localizadas na mucosa da bexiga que passam a atacar as células cancerígenas superficiais na bexiga.

A administração da BCG deve ser feita com cautela, pois há o risco de ocorrerem efeitos colaterais, gripe, febre, dor, calafrios, fadiga e a sensação de queimação na bexiga.  Outro ponto importante para se destacar é que devido a alta demanda global pela vacina há alguns anos, nota-se a escassez do produto no mercado nacional e internacional forçando instituições brasileiras a importar o produto. 

Essa terapia pode ser adotada em alguns tipos de câncer ainda em estágio inicial. A BCG pode ser usada após a ressecção transuretral do tumor para evitar a reincidência da doença. É importante destacar que este tratamento não pode ser adotado em casos de câncer invasivo na parede da bexiga.

Nos casos de tumores de menor agressividade ou na ausência da BCG também pode ser aplicada a quimioterapia intravesical que causa poucos efeitos colaterais atingindo somete a bexiga e sendo aplicada por meio de um cateter uretral uma vez por semana durante seis semanas, este procedimento é semelhante ao da BCG.

Além do tratamento inicial descrito acima, tanto a imunoterapia quanto a quimioterapia intravesical devem ser mantidas durante um período de um a três anos para evitar as recidivas do tumor.

Cirurgia

A cirurgia é a principal forma de tratamento do câncer de bexiga e pode envolver a remoção de tumores, o que os médicos chamam de ressecção transuretral de bexiga, ou a retirada completa da bexiga, a cistectomia radical, dependendo da extensão da doença. Esta é uma cirurgia complexa e meticulosa, geralmente realizada em centros de excelência como o A.C.Camargo Cancer Center, podendo ser executada de maneira tradicional, por videolaparoscopia ou robótica - método mais moderno, preciso e menos invasivo. 

A quimioterapia tem papel importante no tratamento do câncer de bexiga, tanto antes como depois da cirurgia. Pacientes cujos tumores invadiram o músculo da bexiga podem se beneficiar da terapia neoadjuvante, isto é, realizada antes do ato cirúrgico e que reduz o tamanho dos tumores. A quimioterapia também é indicada para casos em que há alto risco de metástase e para pacientes em que o tumor se espalhou para gânglios linfáticos, pulmões, fígado ou outros órgãos. No câncer de bexiga, a radioterapia é usada como paliativo.

Há um amplo campo de pesquisas em andamento avaliando novas opções de tratamento como, imunoterapias sistêmicas, terapias de alvos moleculares, terapias com alvos dirigidos e mais.

Câncer de bexiga no Brasil

De acordo com estimativas divulgadas pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 10 mil brasileiros recebem o diagnóstico de câncer de bexiga todos os anos, sendo a maior incidência em homens. O câncer da bexiga, chamado carcinoma urotelial, geralmente tem início na camada superficial do revestimento interno do órgão e pode se disseminar pela parede da bexiga, pelos gânglios linfáticos ou pelo sangue.
 

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