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Atuação do enfermeiro em tecnologia e práticas inovadoras no tratamento oncológico é destaque no Next Frontiers to Cure Cancer 2021

 
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Atuação do enfermeiro em tecnologia e práticas inovadoras no tratamento oncológico é destaque no Next Frontiers to Cure Cancer 2021

Sessão abordou como a tecnologia - sistemas de prontuário, cirurgia robótica e monitoramento remoto de pacientes - promove um tratamento mais humanizado aos pacientes oncológicos

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Sessão abordou como a tecnologia - sistemas de prontuário, cirurgia robótica e monitoramento remoto de pacientes - promove um tratamento mais humanizado aos pacientes oncológicos

Enfermagem e tecnologia: no primeiro dia de evento do Next Frontiers to Cure Cancer 2021, realizado pelo A.C.Camargo Cancer Center, a sessão "Atuação do Enfermeiro em Oncologia" abordou experiências de sucesso no trabalho da enfermagem em tecnologia e práticas inovadoras.

A mesa foi composta por Isabel Miranda Bonfim, Gerente de Operações; Renata Ferrari, Cecília Angelo, Patrícia Carla de Lima Fernandes e Katia Cristina Trigo, enfermeiras do A.C.Camargo.

Enfermeiro como key user de sistemas

A implantação de novos sistemas de informações hospitalares passa também pela equipe de enfermagem. Após o início do funcionamento desses sistemas, os enfermeiros atuam como key users, ou seja, aqueles que têm total domínio da tecnologia e podem orientar outras pessoas.

Assim como vários enfermeiros acabam complementando essas informações ao analista, o key user também traz para a sua área as funcionalidades que a plataforma permite, assim como a integração de áreas. Isso ajuda a evitar retrabalhos em relação à otimização de tempo, validação das informações e também processos.

Cirurgia Robótica x Enfermagem

Atualmente, o Brasil conta com 75 sistemas robóticos em 14 estados. A urologia responde por 57% das especialidades de cirurgia robótica no país, seguido por cirurgia geral (26%), ginecologia (12%), tórax (3%) e outras (2%). Dessa forma, uma equipe de enfermagem especializada e dedicada a esse procedimento é fundamental para o sucesso do tratamento.

"O primeiro passo para impulsionar a enfermagem especializada é criar um comitê robótico, composto pelo coordenador médico e enfermeiro, juntamente com diversos departamentos para nortear o processo dentro da Instituição", explica Cecília Angelo, enfermeira supervisora do Centro Cirúrgico e CME. . "Ou seja, uma equipe multiprofissional cria uma grande parceria, que gerencia toda a cadeia de suprimentos, engenharia clínica, tecnologia e marketing da cirurgia robótica".

Esse comitê é responsável por participar de várias etapas do programa robótico, assim como a construção da capacitação dos profissionais de enfermagem. "Devemos pensar em tudo: qual robô vai acoplar, preservação das estruturas da cirurgia, entre outros pontos. Por isso, descubra os talentos na sua equipe de enfermagem para cirurgia robótica e demais tecnologias, pensando no conhecimento, habilidade, atitude e resultados de cada enfermeiro", diz.

O bom trabalho do profissional de enfermagem passa por processos bem estruturados, boas práticas, protocolos definidos e avaliações de cada procedimento. "É uma conexão de raciocínio clínico, educação permanente, administração, pesquisa/relato/experiência e cultura", explica a especialista.

Monitoramento Remoto na Imunoterapia

Criado em 2018, o monitoramento remoto acompanha todos os pacientes em tratamento imunoterápico do A.C.Camargo. Para complementar essa tecnologia, o paciente recebe, antes mesmo de iniciar o tratamento, um manual com orientações sobre possíveis efeitos colaterais dos medicamentos e a melhor forma de manejá-los. Já durante o tratamento, o paciente é acompanhado sobre os possíveis efeitos da imunoterapia, seja por telefone ou aplicativo.

"Em 2018, iniciamos o monitoramento de eventos imunomediados por telefone com cerca de 200 pacientes. Em 2021, mais 40 novos pacientes estão sendo monitorados, via telefone ou aplicativo", conta Patrícia Carla de Lima Fernandes, enfermeira do A.C.Camargo.

O monitoramento mostrou que os principais efeitos colaterais da imunoterapia são, entre outros, fadiga, prurido (alergia cutânea), manchas na pele, artralgia (dor nas articulações), mialgia (dor muscular), diarreia e sintomas respiratórios.

Esses sintomas são transcritos para o prontuário eletrônico, o que garante acesso a todos os profissionais de saúde com acesso ao sistema informatizado da Instituição. As informações ficam armazenados em um banco de dados chamado Red Cap, em que é possível extrair informações estatísticas. No aplicativo, o paciente também pode acompanhar a evolução dos seus sintomas através da linha do tempo.

"Precisamos ver a tecnologia como nossa aliada na jornada de atendimento aos pacientes. O aplicativo e o telefone são ferramentas que permitem melhorar nossa assistência a cada dia", finaliza.

Monitoramento Remoto antes, durante e depois

Um processo semelhante é realizado para pacientes em tratamentos oncológicos com radioterapia. "Iniciamos o tratamento a partir de um pré-checklist formado por enfermeiros, médicos, físicos, dosimetristas, técnicos de radioterapia, farmacêuticos e auxiliares administrativos. Depois das orientações iniciais e os possíveis efeitos colaterais durante o tratamento, o paciente também é monitorado remotamente para acompanhar os efeitos do tratamento", diz Kátia Trigo, enfermeira supervisora da Radioterapia..

O que a equipe percebeu: o monitoramento remoto traz maior vínculo ao paciente, aumento da segurança e credibilidade, diminuição das visitas ao serviço de emergência e detecção de sinais e sintomas precocemente. "É o paciente no centro do cuidado, como tem que ser".

Confira a cobertura completa do Next Frontiers to Cure Cancer 2021 neste link. Ainda dá tempo de se inscrever, clique aqui.

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