Mama

O câncer de mama é um crescimento descontrolado de células (células dos lobos, células produtoras de leite, ou dos ductos, por onde é drenado o leite), que adquirem características anormais, causadas por uma ou mais mutações no seu material genético. Um caroço no seio ou na axila, alteração na pele da mama, vermelhidão ou descamação do mamilo, microcalcificações que aparecem no exame de rotina, secreção no mamilo ou mesmo dor no mamilo são sinais de alerta. 

A.C.Camargo Cancer Center tem adaptações para que pessoas com deficiência façam seus exames com comodidade e segurança

Linha Fina

A tecnologia de ponta dos equipamentos como os mamógrafos e as mesas flutuantes dos raios-x e da densitometria do centro de diagnóstico da Instituição reúnem recursos de acessibilidade que facilitam e garantem a realização do diagnóstico precoce para quem tem limitações de mobilidade

Há 17,3 milhões de pessoas com deficiência no Brasil, segundo o IBGE.

Por isso, o A.C.Camargo Cancer Center tem equipamentos de alta tecnologia, com adaptações que possibilitam que essas pessoas façam seus exames de rastreamento para um eventual câncer com comodidade e segurança ou mesmo realizem exames que estejam previstos na estratégia de tratamento ou de acompanhamento de um tumor que já foi curado. 


Mamografia para pessoas com deficiência 

O INCA projeta 66.280 novos casos de câncer de mama para mulheres neste ano, e uma das principais formas para se fazer o diagnóstico precoce é a mamografia.

Nossos mamógrafos têm os recursos de acessibilidade necessários para um exame de qualidade e com segurança. Se a paciente for cadeirante, a técnica de radiologia em sala orienta como será realizado o exame e quanto à regulagem da altura e angulação do equipamento – a paciente permanece na cadeira de rodas.
 

Pessoas com deficiência: moça branca sentada na cadeira de rodas com o mamógrafo abaixado


Essa regulagem do mamógrafo também atende às necessidades de pacientes com outras limitações de mobilidade, nanismo, deficiência visual e para os pacientes com deficiência auditiva, a técnica de radiologia orienta o processo de forma lenta e precisa para que o paciente consiga fazer a leitura labial.
 

Pessoas com deficiência: moça branca sentada na cadeira de rodas com o mamógrafo abaixado


Todos nossos exames são avaliados pela equipe de radiologistas mamários presentes no setor e caso necessário, poderão ter complementações de acordo com a conduta médica.

Podemos providenciar uma cadeira para que todos esses pacientes fiquem bem acomodados durante o exame.


Raios-x com mesa elevatória e flutuação

Há ainda equipamentos de raios-x e densitometria óssea com a chamada mesa flutuante, que permite posicionar o paciente conforme a lateralidade desejada (esquerda ou direita), sem a necessidade de movimentá-lo na mesa.
 

Pessoas com deficiência: moça branca sentada na cadeira de rodas ao lado da mesa de raio-x


A mesa flutuante também possui recurso de elevação para cima e para baixo. Tudo isso facilita a realização de exames para pacientes cadeirantes, com mobilidade reduzida, nanismo – há uma pequena escada para que ele suba à mesa, com o apoio da equipe técnica –, ostomizados e com deficiências visual e auditiva.

Todos são devidamente orientados em sala pelo técnico de Raios-x sobre a realização do seu exame, quando necessário, solicitamos a presença do acompanhante na sala, sempre paramentado com os EPIs de segurança, para que ajude no transporte do paciente para a mesa, com o auxílio do técnico de radiologia.


Fonte: Simone Banna, supervisora de radiologia do A.C.Camargo 

Mitos e verdades sobre a mamografia

Linha Fina

Confira as principais dúvidas ao redor deste importante exame, que ajuda a detectar o câncer de mama

A mamografia é um procedimento não invasivo que pode diagnosticar precocemente o câncer de mama, aumentando as chances de cura.

Por isso, é muito importante se informar bem sobre esse exame e sua importância. Confira alguns mitos e verdades sobre o assunto, esclarecidos pelo Dr. Renato Cagnacci Neto, mastologista do A.C.Camargo Cancer Center. 


Posso fazer a mamografia menstruada.

Verdade. Mas é recomendado evitar a semana que antecede a menstruação. Como a mama estará mais inchada, as dores podem ser maiores.

 

A radiação da mamografia faz mal para a saúde.

Mito. Este exame utiliza raios-X em quantidade tão pequena que não faz mal. Abaixo dos 30 anos, é recomendado fazer apenas em caso de suspeita de nódulo na mama.

 

A mamografia deve ser feita por todas as mulheres

Verdade. Para rastreamento do câncer de mama, o ideal é que todas as mulheres, ao menos em uma etapa da vida, façam a mamografia periodicamente. A equipe do A.C.Camargo Cancer Center e a Sociedade Brasileira de Mastologia recomendam fazer anualmente a partir dos 40 anos de idade. O Ministério da Saúde recomenda a cada dois anos entre os 50 e 69 anos de idade.

 

Dói para fazer a mamografia.

Verdade. Mas depende da percepção de dor de cada pessoa. Para fazer o exame, é necessário comprimir a mama e algumas pacientes sentem dor, enquanto outras, não.

 

Quanto maior a mama, maior a dor ao fazer o exame.

Mito. Isso depende da tolerância de cada pessoa para dor.

 

Qualquer mulher pode fazer mamografia com tomossíntese. 

Verdade. A tomossíntese é indicada para mulheres com mamas muito densas ou em caso de dúvida diagnóstica. Não é um procedimento usado nos exames de rotina ou de rastreamento, pois utiliza uma dose de radiação maior que a mamografia convencional.

 

A tomossíntese dói muito mais para fazer do que a mamografia comum. 

Mito. A mamografia com tomossíntese é feita da mesma forma que o exame convencional. É aplicada uma compressão menor e, por isso, tende a doer menos.

 

É preciso sempre utilizar protetor de tireoide.

Mito. O Colégio Brasileiro de Radiologia esclarece que não há necessidade do protetor, pois esse exame não prejudica a tireoide. 

 

Mulheres com silicone não podem fazer mamografia.

Mito. O silicone não prejudica o exame, que, por sua vez, também não causa nenhum risco para a paciente ou de danos à prótese.

 

Mulheres com mama densa sempre precisam de exames complementares.

Mito. Os exames complementares, como ultrassom ou tomossíntese, são solicitados caso o médico avalie que a densidade da mama está atrapalhando a avaliação do resultado. No A.C.Camargo Cancer Center, em caso de mama densa, o ultrassom complementar de rotina faz parte do protocolo.

 

Homens também podem fazer mamografia.

Verdade. Mas esse exame é solicitado apenas quando o paciente apresenta alguma queixa, como um nódulo. Não existe rastreamento para câncer de mama em homens, por ser uma doença rara.

Podcast Rádio Cancer Center #64 - Enfermeiro navegador guia e tranquiliza pacientes durante a jornada no A.C.Camargo

Linha Fina

Ouça este episódio e entenda a importância desses profissionais altamente especializados em oncologia, que atuam como um elo entre o paciente e todas as equipes (assistenciais e administrativas)

O enfermeiro navegador guia e tranquiliza pacientes durante toda a jornada no A.C.Camargo.

É a vocação do Programa de Navegação da Instituição, como nos conta a Larissa de Melo Kuíl, Enfermeira Supervisora de Navegação e Seguimento do A.C.Camargo.

“O enfermeiro navegador ajuda a desmistificar os medos e a desbravar a trajetória do paciente, rema junto neste barco", explica Larissa.

O enfermeiro navegador também coordena todas as etapas de atendimento de forma sincronizada e ágil, tendo o paciente no centro do cuidado. Dessa forma, a adesão do paciente ao tratamento é maior e todos as etapas da jornada são feitas no tempo correto, o que contribui para o melhor desfecho clínico.

Em tempos de Outubro Rosa, fizemos uma pesquisa de satisfação com as pacientes com câncer de mama. Ela mostrou que 91% se sentiram acolhidas pela equipe de navegação; 87% relataram terem sentido aumento da segurança; e 82% reportaram percepção na redução na ansiedade.  

Saiba tudo neste podcast:

 

Se preferir, ouça este podcast em nossos agregadores de streaming: Spotify, SoundCloud, Google Podcasts e Deezer.

 

Doença de Paget: conheça este tipo de câncer de mama

Linha Fina

Neste Outubro Rosa, saiba identificar sinais e sintomas e, se for o caso, fazer o diagnóstico precoce 

Considerada um tipo de câncer de mama raro, a Doença de Paget, descoberta em 1877 pelo médico inglês, Sir James Paget, atinge o mamilo e a aréola do seio e tem uma incidência variável entre 0,4% e 5% dos casos de câncer de mama.

A doença, que leva o nome do primeiro médico que a tratou, é mais comum em mulheres na faixa-etária dos 60 aos 70 anos e raramente atinge homens.

Neste tipo de câncer, ainda em estágio inicial, a pele do mamilo e da aréola se torna mais espessa, podendo apresentar irritação (vermelhidão e coceira). A maioria das mulheres diagnosticadas com doença de Paget podem apresentar também adenocarcinoma (câncer) de mama ductal, in situ (restrito ao local) ou invasivo. 

Nesses casos, tanto as células de Paget (células cancerosas), quanto as células tumorais do interior da mama podem apresentar receptores hormonais positivos como Estrogênio e Progesterona e também receptor Her2, este último pode se expressar em 20-30% dos casos de câncer de mama. 


É raro, mas exige atenção 

É importante lembrar que o surgimento do câncer de mama é raro em mulheres jovens, mas isso não descarta a realização do autoexame e outras medidas preventivas. Sua incidência aumenta com a idade e a maior parte dos casos ocorre em mulheres a partir dos 50 anos.

As estimativas divulgadas pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostram que, em 2022, são esperados 66.280 novos casos de câncer de mama no Brasil. 


Fatores de risco, sinais e sintomas da Doença de Paget

•    Vermelhidão no mamilo e aréola
•    Coceira
•    Espessamento da pele do mamilo e aréola
•    Descamação da pele nessa região
•    Sensação de queimação no mamilo e aréola
•    Sangramento do mamilo

Sexo: a doença de Paget é mais comum em mulheres.

Idade: esse tipo de câncer é raro geralmente aparece na faixa dos 60 aos 70 anos.

Diagnóstico: a realização do autoexame além de mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética também são recomendadas para complementar o diagnóstico avaliando se a neoplasia é pura ou se está associada a um carcinoma da mama.

Fonte: Dra. Marina de Paula Canal, mastologista do A.C.Camargo Cancer Center

Câncer de mama em homens: sinais, sintomas, diagnóstico e tratamento

Linha Fina

Apesar de ser muito raro, é preciso atenção aos sinais e sintomas que indicam este tipo de tumor em homens

Câncer de mama em homens: sim, eles também podem ter câncer de mama, já que têm glândulas mamárias e hormônios femininos, ainda que em quantidade pequena.

"A mama masculina é um órgão pequeno e o câncer de mama em homens é bem mais raro, mas acontece", explica a Dra. Fabiana Makdissi, mastologista e líder do Centro de Referência em Tumores da Mama do A.C.Camargo Cancer Center.

Enquanto o câncer de mama é o mais frequente nas mulheres, apenas 1% do total de casos de câncer de mama é masculino.

Normalmente, ele aparece em homens mais velhos, acima dos 60 anos, e pode ser mais frequente em homens cujas famílias apresentam muitos casos de câncer de mama (mesmo que em mulheres) e câncer de ovário (neste caso, a idade de aparecimento pode ser em homens mais jovens). 


Câncer de mama em homens: diagnóstico

Justamente por ser mais raro, não existe rastreamento de câncer de mama (ou seja, não há recomendação para fazer a mamografia de rotina), a não ser que cheguem ao médico com alguma queixa na mama. Portanto, o mais importante: que cada homem preste atenção ao seu corpo.

Ao primeiro sinal de um caroço na mama e alterações no mamilo, é bom agendar uma consulta com um mastologista. O aumento da mama no homem, ou mesmo o caroço, pode ser só uma ginecomastia – o que é mais comum –, que significa um aumento totalmente benigno da glândula mamária do homem, sem risco para câncer de mama.


Sintomas

  • Surgimento de um caroço próximo ao mamilo
  • Retração do mamilo
  • Dor unilateral na mama
  • Secreção pelo mamilo


Tratamento do câncer de mama em homens

Como a mama masculina é pequena e os nódulos são atrás do mamilo, geralmente não é possível fazer cirurgias conservadoras (que retiram apenas parte da mama). A cirurgia costuma ser a retirada de toda a mama com a aréola e o mamilo (mastectomia total), com a cirurgia axilar (retirada de um gânglio – linfonodo sentinela – ou de vários gânglios da axila) no mesmo tempo cirúrgico.

Outros tratamentos podem ser necessários, como nas mulheres: quimioterapia, radioterapia ou bloqueio dos hormônios, dependendo do tamanho do tumor e de suas características biológicas.

Bi-Rads: entenda esta classificação que estima os riscos de um câncer de mama

Linha Fina

Sistema Breast Imaging Reporting and Data System é obtido a partir da realização de exames de imagem como mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética

Bi-Rads é um sistema de padronização de laudos de exames de imagem da mama (mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética), no qual o resultado de cada exame é classificado em uma categoria que determina qual é o risco desse exame evidenciar um câncer de mama.

Sigla para Breast Imaging Reporting and Data System (Sistema de Laudos e Registro de Dados de Imagem da Mama), o sistema Bi-Rads classifica o exame em categorias de 0 a 6. Confira:

Bi-Rads de 0 a 6


Bi-Rads: a ajuda na investigação 

Esse sistema não evidencia o tipo de tumor de mama (se é triplo negativo ou de outro tipo, por exemplo) nem seu potencial de crescimento: ele projeta a chance de ser ou não câncer. 

Com a classificação em mãos após o exame de imagem, seu médico irá definir se existe a necessidade de realizar um outro exame para determinar o diagnóstico. 

Não havendo, a paciente segue sua vida até o ano seguinte, quando deve realizar uma nova mamografia.


A relevância da mamografia

A mamografia é uma das principais formas de detecção precoce do câncer de mama, quando a taxa de cura é muito alta.

O exame é indicado a partir dos 40 anos para todas as mulheres para detectar o câncer em estágio inicial não palpável. 

A mamografia também é recomendada para avaliar eventuais alterações clínicas, como palpação de nódulo ou qualquer modificação nas mamas.

Mitos e verdades sobre o câncer de mama

Linha Fina

Para desmitificar alguns conceitos, confira as dúvidas mais comuns

O câncer de mama é um tumor frequente: até o fim de 2022, são esperados mais de 60 mil novos casos, mas a informação correta é uma arma contra a doença

É tempo de Outubro Rosa, movimento mundial para a conscientização sobre o câncer de mama. A campanha, criada em 1997 nos Estados Unidos, enfatiza a importância de disseminar informações e adotar medidas de prevenção da doença, a fim ajudar as pessoas a terem um diagnóstico precoce, estratégia crucial para o sucesso do tratamento do tumor.

Embora grande parcela da população já tenha ouvido falar sobre a doença, o câncer de mama ainda envolve muito tabu, assim como informações equivocadas.

Para desmitificar alguns conceitos, confira os mitos e verdades mais comuns:

Câncer de mama só aparece em quem tem histórico familiar

Mito. A maioria das mulheres acometidas pelo câncer de mama não tem familiares com a doença. As estimativas mostram que aproximadamente 10 % dos casos têm origem hereditária.

A história familiar, porém, influencia quando o parentesco é de primeiro grau, ou seja, se a mãe, a irmã ou a filha foram diagnosticadas. E ainda mais quando o tumor apareceu antes dos 40 anos. Nessas situações, a mulher deve redobrar a atenção e procurar o médico para a orientação da conduta adequada, inclusive com a realização de rastreamento genético.

Os principais fatores de risco para a doença incluem o tabagismo, a obesidade, o alcoolismo e o envelhecimento. Portanto, algumas medidas preventivas podem começar muito cedo, ainda na infância. Fique atenta! 

Câncer de mama é uma doença só

Mito. São vários os tipos e cada um tem nome e sobrenome. Por essa razão, as respostas às terapias e a evolução da doença são diferentes. Há desde os tumores restritos à mama, até aqueles que escapam para outros tecidos. Existem os que crescem de maneira rápida e os que se desenvolvem lentamente, entre outras peculiaridades.

Graças aos avanços das últimas décadas, hoje também é possível classificar subtipos de acordo com estruturas da superfície celular e que estão envolvidas na divisão e multiplicação de células cancerosas. A partir dessa identificação, o médico elege drogas que agem direto no alvo e barram esse processo.

Amamentar protege contra o câncer de mama

Verdade. Especialmente se a gestação for antes dos 30 anos de idade. Também deve se considerar o período de aleitamento. Há evidências de que quanto mais prolongado, maior a proteção.

Esse elo se dá porque a amamentação reduz o número de ciclos menstruais e, consequentemente, da exposição a certos hormônios femininos que podem estar por trás do surgimento de tumores, caso do estrógeno. 

Ressalte-se que existem vários outros fatores que levam ao câncer e que, infelizmente, para algumas mulheres o fato de amamentar não determina prevenção.

O câncer de mama pode ser causado por um trauma (batida) nos seios

Mito. A batida não é capaz de desencadear o tumor. Não é por causa de um trauma que as células malignas vão se multiplicar de maneira desenfreada.

Entretanto, os machucados e hematomas ajudam despertar a atenção da mulher para essa região do seu corpo. Ela tende a examinar com mais cautela a mama e pode deparar com nódulos já existentes.

Desodorante pode causar câncer de mama 

Mito. Tudo indica que essa história começou por causa da presença de sais de alumínio nas formulações dos antitranspirantes – produtos que inibem a transpiração. Mas a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – assegura que não existe relação entre a substância e o tumor.

Parte dessa crença também se deve ao fato de que os desodorantes são aplicados na axila, região próxima ao tecido mamário. Mas não há dados na literatura científica que comprovem o elo. O mesmo vale para as hastes de metal que sustentam o bojo de alguns sutiãs. Não existe qualquer relação.

Se eu fizer o autoexame todos os meses, não preciso fazer a mamografia 

Mito. Embora seja um aliado para despertar a consciência corporal, o autoexame, na grande maioria das vezes, não é capaz de flagrar o início de um tumor, na fase em que as lesões são muito pequenas. A palpação detecta caroços maiores.

Então, por mais que seja desconfortável, a mamografia é fundamental para o diagnóstico precoce. Ela revela microcalcificações, nódulos menores e outras irregularidades. Toda mulher, após os 40 anos de idade, deve realizar.

Também é importante estar atenta a alguns sinais, como diferenças consideráveis entre o tamanho dos seios, alterações nos mamilos e na pele da mama, inchaços incomuns na área, presença de secreções ou mesmo sangue, entre outros.

Câncer de mama tem cura

Verdade. Aqui muitos fatores devem ser considerados. Um dos mais importantes é o diagnóstico precoce. Quanto menor a lesão identificada, maior a chance de cura. Entretanto, há que se ressaltar as diferenças entre os tipos de tumor. Cada paciente é única.

Também é fundamental destacar, que mesmo para os casos sem cura, os saltos da oncologia e o leque de opções terapêuticas, com medicamentos e tecnologias modernas, permitem o controle da doença e resultam em qualidade de vida.

Dor no seio significa câncer de mama

Mito. Geralmente, nódulos benignos na mama provocam dor ou desconforto, pois costumam ser causados por uma inflamação ou infecção no seio. No entanto, nódulos na mama doloridos também podem ser um indício de tumor na mama.

Tomar qualquer vacina da covid-19 aumenta os seios e pode desencadear em câncer de mama

Mito. A vacina pode causar inchaço nos linfonodos axilares (conhecido como "íngua"), que nada mais é que uma reação à inflamação causada pela injeção. Esse inchaço dos linfonodos é transitório e eles voltam ao normal após um tempo da vacinação. Confira tudo sobre vacinação contra covid-19 e câncer neste especial.

Silicone pode causar câncer e próteses mais antigas podem causar a doença

Mito, considerando o carcinoma, que é o câncer mais comum da mama (mais de 95% dos casos). Próteses de silicone talvez estejam associadas com um tipo de câncer muito raro (chamado de linfoma de grandes células da mama).

Todo caroço na mama é um câncer

Mito. Pelo contrário, nódulos mamários são comuns e a maioria é benigna (ou seja, não são nem viram câncer).

Chás, "gummy bears", shots da imunidade, remédios e outros “milagres” ajudam a prevenir câncer de mama

Mito. A melhor maneira de prevenir o câncer de mama é ter uma vida saudável, com atividade física regular, dieta pobre em gordura e peso adequado para altura. Existe boa evidência científica que isto reduz o risco de câncer de mama.

Os únicos medicamentos que podem reduzir o risco da doença são os chamados bloqueadores hormonais (como tamoxifeno, por exemplo), mas que devem ser utilizados apenas em casos muito específicos e com indicação médica.

Usar anticoncepcionais desde a infância pode desencadear câncer

Mito. Os anticoncepcionais têm uma dose muito pequena de hormônios, são medicamentos seguros. 

Tristeza, depressão e ansiedade são fatores de risco para o câncer de mama

Mito. Depressão não é um fator de risco para câncer, porém pode atrapalhar na manutenção de uma rotina saudável.

Reconstrução mamária com expansor: entenda tudo

Linha Fina

Neste Outubro Rosa, saiba mais sobre esta possibilidade cirúrgica de tratamento e reabilitação para pacientes com câncer de mama 

A reconstrução mamária com expansor de mama é uma técnica muito empregada em mulheres que fazem a mastectomia, tanto logo depois da retirada da mama como de forma posterior. 

Normalmente, os resultados estéticos são satisfatórios e a recuperação costuma ser relativamente rápida.


Primeiramente, o que é o expansor?

O expansor é parecido com uma prótese de mama. Na verdade, é como se fosse um balão. É feito de silicone, como as próteses, mas o conteúdo, ao invés de ter silicone, vem vazio. 

Depois, o cirurgião vai fazendo o preenchimento desse interior com soro fisiológico – de maneira progressiva, vai preenchendo, em sessões, através de uma válvula que fica por baixo da pele. 

Essa válvula, geralmente, fica próxima à região da mama ou, às vezes, é incluída dentro do próprio expansor, e isso é feito ambulatorialmente – ocorre uma punção com uma agulha em um processo que costuma ser indolor. 

Em alguns casos, algumas pacientes podem sentir um leve desconforto na área no momento da expansão ou algumas horas depois. É um desconforto parecido como se elas tivessem feito um esforço físico um pouco mais intenso, mas que costuma ceder naturalmente ou, em alguns raros casos, com medicações analgésicas comuns.


Casos indicados para reconstrução mamária com expansor 

A escolha do uso dos expansores na reconstrução da mama vai depender de vários fatores. Entre eles:

  • O principal: a qualidade do retalho, que seria a pele e a musculatura remanescentes que vão ser utilizadas para fazer uma cobertura dessa prótese. Então, em alguns casos, quando a pele e a musculatura ou não possuem o volume adequado ou não estão fortes o suficiente, é preciso usar o expansor para fazer o estiramento gradual dessa pele e dessa musculatura. 
  • Nos casos em que a paciente tem um volume de mama maior e gostaria de mantê-lo: como grandes volumes exigem uma musculatura mais forte e um maior espaço, o expansor também estaria indicado. 
  • Quando as pacientes precisam retirar uma maior quantidade de pele durante a mastectomia: por conta disso, por essa falta de tecido que fica remanescente, é preciso usar o expansor.
  • A preferência de alguns cirurgiões: eles acabam analisando o quadro e optando pelo uso do expansor ao invés dos implantes de mama. 


Vantagem

A principal vantagem dos expansores é a possibilidade de se fazer um estiramento, uma mobilização dessa musculatura de uma maneira mais gradual, tanto da musculatura quanto da pele, aos poucos, diferentemente de quando se coloca o implante de uma vez só. 

É como se fosse uma musculação de dentro para fora: tem de fortalecer essa musculatura para propiciar o uso do implante depois, no volume necessário. 


Cuidados especiais

A princípio, o expansor não precisa de um cuidado específico. O importante é evitar qualquer trauma muito intenso na região, como uma batida muito forte, para não causar um rompimento do expansor, por exemplo.

De resto, a paciente pode levar uma vida normal com o expansor. Ela pode fazer atividade física, só deve prevenir esse trauma mais intenso na região. 

Se o expansor sofrer uma ruptura, não há motivo para muita preocupação porque o soro fisiológico é absorvido pelo organismo. A única desvantagem, se isso acontecer, é que perde-se ali todo o processo de expansão, de volume – a mama murcha.

Mas, tirando esse fator, não há motivos para grandes preocupações.


Fonte: Dra. Priscilla da Rocha Pinho Gaiato, cirurgiã plástica do A.C.Camargo + Dra. Fabiana Makdissi, líder do Centro de Referência em Tumores da Mama
 

Tudo sobre mamografia

A mamografia é um exame radiológico, como um raio-X, que serve para a visualização do tecido interno da mama, algo fundamental para se fazer o diagnóstico de um câncer.

O exame é de vital relevância, já que o câncer de mama é muito comum entre as mulheres: a estimativa é de 66.280 novos casos para este ano, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA).

Mulheres com menos de 40 anos não têm necessidade de se submeter a uma mamografia de rotina, a não ser que haja alto risco de tumores hereditários em suas famílias.

Nesta página, você encontra todas as informações necessárias sobre a mamografia: são 19 perguntas e respostas, um podcast e um vídeo que têm a ver com o câncer de mama, além de um livro digital gratuito (e-book) e até mesmo um box ao final com informações sobre o Programa de Navegação do A.C.Camargo, que guia a paciente por toda a jornada na Instituição.

Confira a seguir:

Ícone de uma mama

Entendendo a mamografia

É um exame radiológico, como um raio-X, para a visualização do tecido interno da mama, essencial para o diagnóstico de um tumor mamário. 

A mamografia, que é um exame simples, consegue detectar nódulos nos seios antes mesmo de serem palpáveis. Para confirmar o diagnóstico, normalmente, é necessário fazer uma biópsia, que mostra se o tumor é benigno ou maligno.

A mama é posicionada entre as duas placas do mamógrafo, que emite raios-X para gerar as imagens. 

Como há a necessidade de se comprimir a mama para garantir uma boa qualidade, o exame pode ser um pouco desconfortável, sobretudo se for feito logo antes do período menstrual – pense nisso na hora de agendar a mamografia.

A mamografia, como forma de rastreamento do câncer, é indicada anualmente para mulheres acima dos 40 anos, como recomendação da nossa Instituição e da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). O Ministério da Saúde recomenda a cada dois anos entre os 50 e 69 anos. 

Abaixo dos 40 anos, a mamografia pode ser indicada para mulheres com suspeita de síndromes hereditárias ou para complementar o diagnóstico, em caso de nódulos palpáveis e se o médico determinar essa necessidade.  

Geralmente, sim, mas depende da percepção de dor de cada pessoa.

Para fazer o exame, é necessário comprimir a mama e algumas pacientes sentem dor, enquanto outras, não.

Quando a paciente tem a mama muito densa ou já fez uma biópsia do tecido mamário, o médico poderá solicitar exames complementares, como a ultrassonografia.

Nessas situações, o exame complementar é usado tanto para ter um diagnóstico mais preciso quanto para a definição do melhor procedimento para conter a evolução do tumor.

No A.C.Camargo, em caso de mama densa, é parte do protocolo fazer a ultrassonografia complementar de rotina.

Essa é uma dúvida comum que surgiu devido a algumas fake news. Isso é um mito, pois a mamografia não causa câncer de tireoide.

O Colégio Brasileiro de Radiologia esclarece que não há necessidade do protetor. A quantidade de raios-X liberada pelo mamógrafo é muito pequena e é segura. 

Sim. O silicone não prejudica o resultado da mamografia, que, por sua vez, também não causa nenhum risco para a paciente ou danos à prótese.

Vídeo: prevenção e diagnóstico precoce no câncer de mama


 
Ícone de uma mama

No dia do exame

No dia do exame, lave a região das mamas e axilas somente com água e sabonete. Não use nenhum outro produto, como desodorante, talco, creme, colônia, entre outros.

Não é necessário fazer jejum.

Lembre-se de trazer exames anteriores da região analisada, caso já tenha feito anteriormente.

Geralmente, a mamografia dura entre 15 e 25 minutos.

Sim, não há problemas.

No entanto, é recomendado evitar a semana que antecede a menstruação. Como a mama estará mais inchada, as dores podem ser maiores.

•    Programe a sua mamografia: evite a semana que antecede a menstruação, pois, como a mama estará mais inchada, as dores podem ser maiores. Por isso, dê preferência para fazer o exame após o ciclo menstrual.
•    Pacientes com mamas muito sensíveis podem conversar com o médico: ele pode indicar um analgésico para tomar antes do exame para aliviar a dor.
•    Alguns alimentos podem tornar a mama mais sensível: por isso, se você percebe que tem maior sensibilidade nas mamas quando ingere café, chocolate, bebidas energéticas ou outros alimentos com cafeína, evite-os próximo da data do seu exame. 
•    Tente relaxar: com uma postura tensa, os músculos do peitoral podem ficar contraídos e tornar o exame mais dolorido. Respire fundo e tente manter a postura ereta, com ombros e braços relaxados.
•    Fique de olho na sua posição: qualquer movimentação pode interferir na captura da imagem e, se for necessário, o técnico pode pedir para repetir a mesma posição.

Normalmente, não há recomendações ou cuidados específicos depois do exame – você pode ir embora normalmente. 

É possível que seja solicitada uma biópsia ou um ultrassom das mamas para complementar a mamografia.  
 

Ícone de uma mama

Dúvidas comuns

A mamografia é insubstituível, assim como os outros exames de rastreamento.

Já o autoexame feito de forma periódica, por vezes mensal, não tem sido mais indicado pelas diretrizes internacionais. Motivo: muitas mulheres acabam deixando de fazer a mamografia porque acham que o autoexame é suficiente, fora que aumenta muito a dúvida e os casos falsos positivos.

O importante é o autoconhecimento: é importante que a mulher conheça a própria mama e possa identificar sinais de alerta fora do momento em que sua consulta estaria programada. 

Mulheres com menos de 40 anos não têm indicação de exames de mamografia de rotina, exceto se tiverem famílias com alto risco de tumores hereditários. Sendo assim, conhecer as mamas é fundamental e o médico poderá ser consultado em caso de dúvida.

Quando a mamografia não detecta um tumor e a mulher descobre que tem um câncer algum tempo depois, chamamos isso de tumor de intervalo. Por definição, tumor de intervalo é o câncer de mama que é diagnosticado no período entre mamografias em um local com rastreamento organizado. 

Como existem no mundo algumas recomendações para periodicidade de rastreamento diferentes, essa própria definição pode variar a cada caso.

Por exemplo, no Brasil, temos recomendação de mamografia anual pela Sociedade Brasileira de Mastologia e bianual pelo Ministério da Saúde. Se uma paciente faz rastreamento anual, o tumor de intervalo é aquele que aparece em um período menor que 12 meses (entre mamografias).

Se a paciente faz rastreamento bianual, o tumor de intervalo é o que aparece em um período menor que 24 meses (entre mamografias). 

Porém, os tumores de intervalo são incomuns e acontecem em torno de 0,5 a 1,2 casos por cada 1.000 mamografias realizadas, conforme dados internacionais.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), a mamografia deve ser feita em torno de quatro semanas após a mulher receber a segunda dose da vacina contra a covid-19. 

A explicação é que a ação imunológica da vacina poderia atrapalhar o resultado desse exame de rastreamento para o câncer de mama, pois alguns imunizantes ativam linfonodos no corpo e poderiam causar uma reação adversa chamada linfonodopatia na axila. 

Os linfonodos são pequenos nódulos que temos espalhados pelo corpo e atuam como filtros do nosso organismo. Apesar de ser mais comuns na região cervical, axilas e virilha, eles estão pelo corpo todo e, quando identificam algo que pode fazer mal ao organismo, os linfonodos produzem anticorpos. Quando produzem esses anticorpos, os linfonodos aumentam de volume – são as populares “ínguas”. 

Ou seja, os linfonodos crescem de tamanho quando estão frente a um processo inflamatório e/ou infeccioso, mas também crescem quando se trata de um câncer. Por isso, é preciso um intervalo entre a vacina e a mamografia para que os sinais não se confundam.  

De qualquer forma, o importante é que a paciente converse com seu médico sobre o melhor momento de fazer a mamografia.

Não existe rastreamento para câncer de mama em homens, por ser uma doença rara.

Porém, a mamografia é recomendada quando o paciente apresenta queixa como caroço na mama, secreção ou inchaço próximo do mamilo e dor unilateral. 

Ícone de uma mama

Mamografia com tomossíntese

É um exame feito por um equipamento semelhante a um mamógrafo convencional e com o mesmo tipo de compressão de mama.

A tomossíntese é um método de imagem que permite a visualização da mama em 3D, com “fatias” de imagem de 1mm, o que possibilita melhor visualização das estruturas da mama.

A tomossíntese é indicada para mulheres com mamas muito densas ou em caso de dúvida diagnóstica.

Não é um procedimento usado nos exames de rotina ou de rastreamento, pois utiliza uma dose de radiação maior que a mamografia convencional.

Não, pois a mamografia com tomossíntese é feita da mesma forma que o exame convencional. É aplicada uma compressão menor e, por isso, tende a doer menos.

Programa de Navegação: acolhimento e redução na ansiedade das pacientes

O Programa de Navegação do A.C.Camargo, que começou com as pacientes de mama em 2018, detalha para a paciente toda a jornada que ela vai trilhar na Instituição.

Os enfermeiros navegadores são profissionais de enfermagem especialistas em oncologia, que conduzem e acolhem a paciente.

Eles ajudam a desmistificar os medos da paciente, desde os exames de diagnóstico, como a mamografia, até o tratamento. Ele é o elo entre a paciente e a equipe assistencial e desenvolve um trabalho fundamental para melhorar os resultados do tratamento contra o câncer.

Estes profissionais fazem um acompanhamento ativo de todas as etapas do tratamento, como, por exemplo, checar resultados de exames e adiantar consultas, se preciso. Os navegadores também mantêm contato remoto com o paciente, por telefone e por e-mail.

Os resultados do programa são muito positivos: em pesquisa de satisfação aplicada às pacientes com câncer de mama, 91% se sentiram acolhidas durante a navegação, 87% relataram aumento da segurança e 82% reportaram redução na ansiedade.

Câncer de mama: confira um e-book gratuito com tudo sobre o tema

Linha Fina

Baixe o nosso livro digital que detalha a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e os direitos das pacientes

O câncer de mama é o segundo mais comum entre as mulheres, atrás apenas dos tumores de pele não melanoma.

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima 66.280 novos casos de câncer de mama para cada ano do triênio 2020-2022,

Em tempos de Outubro Rosa, que é o mês de conscientização sobre o câncer de mama, o A.C.Camargo Cancer Center preparou um e-book gratuito para você ter acesso a todas as informações relativas ao tema: formas de diagnóstico precoce, exames, tipos de tratamento e até mesmo os direitos das pacientes com câncer.

Confira: