Como eu me tornei uma oncologista

 
Publicado em: 08/07/2020 - 21:07:00

Para marcar este 9 de julho, Dia do Oncologista, saiba mais sobre a profissão com o depoimento da Dra. Maria Nirvana da Cruz Formiga, oncologista clínica do Departamento de Oncogenética do A.C.Camargo

“A oncologia é uma área que me encantou desde o 5° ano da faculdade de medicina, quando via os pacientes com câncer e os desafios no tratamento.

Também via como os colegas fugiam desses pacientes para não sofrerem junto. Eu pensava: ‘mas esses pacientes precisam de nós por perto para cuidar deles. Evitar, fugir, não os ajuda’. 

É uma área de evolução constante e desafiante, na qual outros especialistas não interferem, por serem doenças mais graves. Fui levada por esse encantamento. Me lembro de um professor da faculdade me falando: ‘você tem um perfil emocional sereno, equilibrado, gosta de estudar, combina com oncologia’.

A formação do oncologista é longa, com esforço grande, mas com uma recompensa valiosa no futuro. Além dos seis anos de medicina, vem a residência: são dois anos de clínica médica e outros três anos de oncologia clínica. 

Cuidar de um paciente oncológico é uma luta diária, com várias batalhas, e requer um equilíbrio emocional incomparável a outras especialidades, mas cada melhora de um paciente é uma vitória para o médico, para a pessoa em tratamento e seus familiares. Cada paciente curado, cada paciente que consegue viver mais, sem sofrimento, ao superar uma doença que antes era generalizada como uma enfermidade taxada como ‘incurável’, isso não tem preço. 

O oncologista passar a se envolver com o paciente e sua família. Com aquele paciente que conseguiu ter um filho após um tratamento de quimioterapia. Com aquelas famílias que foram construídas ao longo do tratamento... A gratidão que eles têm ao médico... Esses são os grandes valores, os grandes presentes da nossa especialidade.

Sem dúvida, a oncologia nos cobra estudar continuamente, e isso é uma grande atração. O profissional tem de estar atento às descobertas científicas: medicações inovadoras, mutações genéticas, novos exames. Há descobertas a todo momento, levando a um boom de informações, portanto precisamos estar atualizados para oferecer o melhor aos nossos pacientes.

Ser oncologista é ser, além de um profissional estudioso e atualizado, um grande médico no sentido mais humano da palavra.”

Oncologista Doutora Maria Nirvana da Cruz Formiga


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