Traqueia
Traqueia
A traqueia é um tubo oco formado por cartilagens e músculos, localizada entre a laringe e os brônquios e responsável por conduzir o ar do ambiente externo para dentro dos pulmões. Por isso, tumores que atingem a traqueia, benignos ou malignos, causam o estreitamento desse órgão, dificultando a passagem de ar para os pulmões. Os tumores primários mais comuns, isto é, que se originam na própria traqueia, são o carcinoma mucoepidermoide, o carcinoma de células escamosas e o carcinoma adenoide cístico. O carcinoma de células escamosas é mais comum entre homens na faixa dos 50 aos 70 anos e está claramente associado ao tabagismo. Tem crescimento rápido, mas tende a ser diagnosticado quando já está grande demais para ser removido cirurgicamente. Já o carcinoma adenoide cístico, que ocorre no tecido de revestimento da traqueia, tem desenvolvimento lento e não está relacionado ao fumo.
Problemas respiratórios podem ser causados por várias doenças, como asma e bronquite, mas também podem estar associados ao câncer da traqueia. Por isso, não devem ser ignorados e merecem uma consulta ao médico.
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Tosse, com ou sem sangue, que não passa
- Sibilo ou zumbido, barulhos que acompanham a respiração quando há obstrução da passagem de ar
- Infecções frequentes das vias aéreas
- Rouquidão
- Dificuldade para engolir, que pode indicar que o crescimento do tumor está pressionando o esôfago
FATORES DE RISCO
Alguns fatores aumentam o risco de desenvolver câncer, mas isso não quer dizer que você vai ter câncer de traqueia.
Fumo: o tabagismo é o principal fator de risco para o câncer de traqueia.
O diagnóstico de um tumor traqueal começa pela história dos sintomas e avaliação da respiração do paciente através do exame físico. A broncoscopia é um exame fundamental, utilizado para observar o interior da traqueia e que permite também obter amostra de tecido para uma biópsia, que determina a origem e o tipo do tumor. A radiografia e a tomografia computadorizada do tórax e da traqueia também são exames feitos para identificar o tumor, ou seja, determinar seu tamanho e estadiamento.
ESTADIAMENTO
O estadiamento é uma forma de classificar a extensão do tumor e se, ou quanto, ele afetou os gânglios linfáticos ou outros órgãos. Para isso, é usada uma combinação de letras e números: T de tumor, N de nódulos (ou gânglios linfáticos) e M de metástase, e números que vão de 0 (sem tumor, ou sem gânglios afetados ou sem metástase) a 4, este último indicando maior acometimento.
O tratamento varia de acordo com o diagnóstico. Para os tumores primários benignos ou malignos pequenos, o tratamento normalmente é cirúrgico e consiste na retirada da área comprometida da traqueia. Para os tumores malignos mais extensos, na maioria das vezes o tratamento é endoscópico e paliativo. Por meio da broncoscopia, é possível retirar o tumor, com o objetivo de impedir a obstrução da respiração. Outro tratamento possível, também por meio do broncoscópio, é a colocação de uma prótese dentro da própria traqueia, para manter abertura suficiente na região para passagem de ar.
A radioterapia também pode ser utilizada no tratamento, especialmente nos casos em que o tumor envolva mais de 50% da traqueia ou que tenha atingido os gânglios linfáticos próximos ou ainda em pacientes que não podem ser submetidos à cirurgia por alguma razão. Ela também pode ser usada no pós-cirúrgico, já que tumores de traqueia tendem a recidivar (voltar) no local original.
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