Você sabia que alguns casos de câncer de próstata e rim podem ser apenas acompanhados durante a vida?
Você sabia que alguns casos de câncer de próstata e rim podem ser apenas acompanhados durante a vida?


Décadas atrás, tanto o câncer de próstata quanto o câncer de rim, costumavam ser diagnosticados em estágios avançados e com sintomas tão avançados quanto, como obstrução urinária, sangramento ou dor.
Porém, ambas as doenças com o tempo passaram por mudanças na forma como se apresentavam e isso também gerou mudanças na forma como eram descobertas e tratadas.
Novos tempos para o diagnóstico de câncer de próstata e rim
Falando em câncer de próstata, ao redor dos anos 80, começou a se popularizar o exame de PSA (Antígeno Prostático Específico), que é um teste feito via coleta de sangue para detectar algumas doenças na região, entre elas, o câncer.
“Com a popularização do PSA, passa-se então a indicar biópsias de próstata mais precocemente e o câncer de próstata começa a ser diagnosticado em fases mais iniciais”, nos conta o Dr. Jayme Nobre, médico membro do nosso Centro de Referência em Tumores Urológicos.
E em relação ao câncer de rim, existia uma apresentação clínica típica chamada tríade clássica: massa palpável abdominal, sangramento urinário e dor. Esta tríade tornou-se cada vez mais incomum, visto que atualmente exames de imagem são também frequentemente disponíveis para a população e assim, tumores renais passaram muitas vezes a serem diagnosticados em fases bastante iniciais, devido a achados de exames realizados por outros motivos.
Atualmente, após estas décadas de evolução, a medicina pôde observar o comportamento destes tumores em forma inicial e propor, em alguns casos, ao invés do tratamento ao diagnóstico, a realização da chamada vigilância ativa, com indicação a tratamentos como cirurgia, somente se necessário.
“Existem séries de autópsias em indivíduos idosos octogenários que faleceram por outros motivos como infarto ou derrame cerebral, por exemplo, e que ao examinar as próstatas constatou-se que a maioria apresentava câncer, ou seja, a pessoa faleceu sem a doença se apresentar clinicamente”, explica o Dr. Jayme.
Vigilância ativa em câncer de próstata ou rim
Apesar de protocolos e doenças completamente diferentes, a ideia é semelhante.
Casos em que, após o estadiamento, o caso permita vigilância – o que inclui o médico entender que as chances de crescimento do tumor e o de surgimento de metástases sejam baixas -, poderão ser submetidos a vigilância, com exames e reavaliações periódicas, protocolos padronizados, seguimento regular e indicação de tratamento na progressão do caso.
Este é mais um caso em que reforçamos o fato de que o câncer não é uma sentença, mas sim, em muitos casos, uma doença que será acompanhada durante a vida e que, a depender dos nossos esforços, permanecerá controlada para que o paciente tenha uma vida ativa e com a melhor qualidade de vida possível.
Um Cancer Center não é um hospital, é uma plataforma completa de atendimento, incluindo prevenção, investigação, estadiamento, tratamento, cuidados paliativos e reabilitação. Tudo no mesmo local.