O exame de sangue oculto nas fezes é o método ideal para rastreamento do câncer colorretal em grandes populações
O exame de sangue oculto nas fezes é o método ideal para rastreamento do câncer colorretal em grandes populações
Pouca gente se lembra de fazer – e às vezes até mesmo os médicos se esquecem de pedir – o exame de sangue oculto nas fezes. Entretanto, ele é muito eficiente para ajudar no diagnóstico do câncer de intestino e tem a vantagem de ser simples, não invasivo ou caro como a colonoscopia.
Na verdade, o exame de sangue oculto funciona como uma espécie de triagem: ele indica quem realmente precisa fazer colonoscopia. E, com isso, facilita a vida dos pacientes que acabam adiando a colonoscopia (que muitos preferem evitar por ser um exame que exige tempo, preparo, sedação) e ajuda a reduzir custos. É o método ideal para rastreamento em grandes populações.
"É importante enfatizar que o exame de sangue oculto não substitui a colonoscopia, que ainda é essencial para um diagnóstico preciso", diz Dr. Samuel Aguiar Jr., Diretor do Departamento de Tumores Colorretais.
Como funciona?
O exame de sangue oculto avalia a presença de pequenas quantidades de sangue nas fezes, que podem não ser visíveis a olho nu. Ajuda a detectar a presença de sangramentos no intestino grosso, que podem ser sinais de úlceras, colite ou até câncer. De todos os pacientes que realizaram o exame de sangue oculto aqui, em torno de 10% apresentaram resultados positivos e precisaram fazer exames complementares.
Nosso estudo
Em entrevista ao site da Revista Saúde, Dr. Samuel Aguiar conta sobre nosso estudo: de 1.200 pacientes que tinham indicação para realizar o exame de sangue oculto, 540 participantes (45% do total) simplesmente não retornaram sequer para entregar a coleta da amostra de fezes que seria analisada no laboratório. E a desistência foi maior entre os adultos de 50-60 anos, com um trabalho formal. Ou seja, percebemos que a falta de tempo para voltar ao médico é um dos fatores que mais contribuem para a baixa adesão.
Câncer colorretal
No Brasil, o tumor maligno no cólon e no reto é o 3º tipo mais comum em homens e o 2º em mulheres. Diagnosticado no início, o câncer colorretal pode apresentar cerca de 90% de chances de sucesso no tratamento.
Dr. Samuel Aguiar Jr. - CRM 84495
Diretor do Departamento de Tumores Colorretais
Especialista em Cancerologia Cirúrgica - RQE nº 4342
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