Embora o melanoma, tipo mais agressivo de câncer de pele, tenha o seu pico de incidência dos 45 aos 64 anos, dados do A.C.Camargo mostram que os jovens representam 31% dos 997 diagnósticos registrados na instituição a partir de 2000. Estudo destaca também que 82,4% das mulheres e 76,4% dos homens estão vivos cinco anos após o tratamento
Um levantamento inédito realizado pela Epidemiologia e pelo Departamento de Oncologia Cutânea do A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo, aponta que um terço dos casos de melanoma ocorre em pacientes abaixo dos 45 anos. De forma retrospectiva, foram analisados os dados de 997 pacientes diagnosticados e tratados na instituição entre 2000 e 2011 com a proposta de traçar o perfil dos pacientes quanto à faixa etária, gênero e taxas de sobrevida global (percentual de pacientes vivos após o tratamento).
A pesquisa aponta que 307 pacientes (31%) tiveram a doença diagnosticada até os 44 anos, enquanto que 423 (42%) descobriram a doença entre 45 e 64 anos e 267 (27%) souberam acima dos 65 anos. Do total de pacientes, 458 (49%) são homens e 512 (51%) são mulheres. Vale destacar que essa casuística é exclusiva do A.C.Camargo, apresentando, portanto, o cenário de uma instituição que é referência mundial em Oncologia, mas que não reflete o cenário como um todo do país.
O melanoma é o tipo mais agressivo de câncer de pele, principalmente quando diagnosticado em fase mais avançada de seu desenvolvimento. Segundo o levantamento Globocan 2012, são registrados mais de 200 mil novos casos da doença anualmente no mundo. A boa notícia é que a análise de sobrevida global mostra que a cada 10 pacientes de ambos os sexos diagnosticados com melanoma no A.C.Camargo, sete homens e oito mulheres estão vivos cinco anos após o tratamento. "Embora o melanoma tenha maior potencial de se espalhar para outros órgãos (metástase), é possível fazer o diagnóstico em fase mais precoce e, desta forma, aumentar as chances de sucesso do tratamento", destaca o cirurgião oncologista e diretor do Departamento de Oncologia Cutânea do A.C.Camargo, João Pedreira Duprat Neto.
A sobrevida global, segundo a amostra, foi maior entre as mulheres (82,4% estavam vivas cinco anos após o tratamento), enquanto que entre os homens foi de 76,4. "A menor sobrevida registrada entre os homens estaria associada a questões hormonais, que tornam os pacientes do sexo masculino menos responsivos ao tratamento. Quando o diagnóstico ocorre tanto em mulher quanto no homem, no estágio I, por exemplo, a mulher evolui melhor", explica Duprat Neto.
Outra questão que deve chamar a atenção dos homens, segundo o especialista, é que entre eles o melanoma surge mais comumente nas costas, enquanto que nas mulheres é mais prevalente nas pernas. "É muito mais difícil observar uma lesão nas costas. Muitas vezes é a mulher quem percebe e orienta o seu filho, pai ou marido a consultar um especialista", reforça o médico.
Embora a exposição cumulativa aos raios solares UVA seja a principal causa relacionada com a alta incidência de câncer de pele, sobretudo do tipo espinocelular, o melanoma é mais relacionado com a exposição aos raios UVB e é uma doença que se desenvolve quando há um evento específico de alta carga de exposição em curto prazo. Desta forma, conforme explica João Duprat Neto, é mais frequente, por exemplo, na pessoa que trabalha no escritório durante a semana e no final de semana vai pra praia ou que viaja nas ferias e não se protege do sol em nenhuma destas situações.
De acordo com o especialista, a atenção precisa ser redobrada para quem está inserido no grupo de alto risco, que é composto por aqueles que são de descendência europeia e demais pessoas que ficam muito vermelhas quando expostas ao sol, assim como os pacientes que já tiveram câncer de pele ou que estão enquadrados na síndrome de melanoma familial. Por sua vez, o melanoma também pode se desenvolver, por exemplo, entre os negros (que têm uma grande produção de melanima, substância que dá pigmento à pele e que protege contra a doença). "Na população negra o melanoma, embora raro, pode se apresentar na palma das mãos, planta dos pés e entre as unhas", alerta Duprat Neto.
QUANTO MAIS CEDO, MELHOR - O diagnóstico precoce pode começar em casa, por meio do exame físico. Para tanto, é importante estar atento ao critério ABCDE, que consiste em observar a Assimetria (se uma metade da pinta está semelhante à outra metade), Borda (casos os contornos da lesão estejam irregulares, dentados, chanfrados ou com sulcos, é recomendável procurar um especialista), Cor (observar se a coloração é a mesma em toda a pinta e se não há diferentes tons de marrom, preto e, às vezes, azul, vermelho e branco); Diâmetro (a pinta não pode ter mais de 0,5 cm - embora médicos diagnostiquem melanomas bem menores) e Evolução (que é um critério melhor avaliado pelos especialistas, que observam a profundidade da lesão e se há metástase).
CUIDADOS COM A PELE:
- Evitar exposição solar em qualquer horário, principalmente na faixa entre 10 e 16 horas (horário de verão).
- Fazer uso de chapéus, camisetas e filtros solares.
- É importante que as barracas usadas na praia sejam feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.
- Para o uso de filtros solares, é sugerida a reaplicação a cada duas horas. O ideal é que o Fator de Proteção Solar (FPS) seja, no mínimo, 15. O ideal é fator 30, por requer menor reposição.
- Em hipótese alguma o bronzeamento artificial pode ser considerado saudável para a pele.
Um levantamento inédito realizado pela Epidemiologia e pelo Departamento de Oncologia Cutânea do A.C.Camargo Cancer Center, em São Paulo, aponta que um terço dos casos de melanoma ocorre em pacientes abaixo dos 45 anos. De forma retrospectiva, foram analisados os dados de 997 pacientes diagnosticados e tratados na instituição entre 2000 e 2011 com a proposta de traçar o perfil dos pacientes quanto à faixa etária, gênero e taxas de sobrevida global (percentual de pacientes vivos após o tratamento).
A pesquisa aponta que 307 pacientes (31%) tiveram a doença diagnosticada até os 44 anos, enquanto que 423 (42%) descobriram a doença entre 45 e 64 anos e 267 (27%) souberam acima dos 65 anos. Do total de pacientes, 458 (49%) são homens e 512 (51%) são mulheres. Vale destacar que essa casuística é exclusiva do A.C.Camargo, apresentando, portanto, o cenário de uma instituição que é referência mundial em Oncologia, mas que não reflete o cenário como um todo do país.
O melanoma é o tipo mais agressivo de câncer de pele, principalmente quando diagnosticado em fase mais avançada de seu desenvolvimento. Segundo o levantamento Globocan 2012, são registrados mais de 200 mil novos casos da doença anualmente no mundo. A boa notícia é que a análise de sobrevida global mostra que a cada 10 pacientes de ambos os sexos diagnosticados com melanoma no A.C.Camargo, sete homens e oito mulheres estão vivos cinco anos após o tratamento. "Embora o melanoma tenha maior potencial de se espalhar para outros órgãos (metástase), é possível fazer o diagnóstico em fase mais precoce e, desta forma, aumentar as chances de sucesso do tratamento", destaca o cirurgião oncologista e diretor do Departamento de Oncologia Cutânea do A.C.Camargo, João Pedreira Duprat Neto.
A sobrevida global, segundo a amostra, foi maior entre as mulheres (82,4% estavam vivas cinco anos após o tratamento), enquanto que entre os homens foi de 76,4. "A menor sobrevida registrada entre os homens estaria associada a questões hormonais, que tornam os pacientes do sexo masculino menos responsivos ao tratamento. Quando o diagnóstico ocorre tanto em mulher quanto no homem, no estágio I, por exemplo, a mulher evolui melhor", explica Duprat Neto.
Outra questão que deve chamar a atenção dos homens, segundo o especialista, é que entre eles o melanoma surge mais comumente nas costas, enquanto que nas mulheres é mais prevalente nas pernas. "É muito mais difícil observar uma lesão nas costas. Muitas vezes é a mulher quem percebe e orienta o seu filho, pai ou marido a consultar um especialista", reforça o médico.
Embora a exposição cumulativa aos raios solares UVA seja a principal causa relacionada com a alta incidência de câncer de pele, sobretudo do tipo espinocelular, o melanoma é mais relacionado com a exposição aos raios UVB e é uma doença que se desenvolve quando há um evento específico de alta carga de exposição em curto prazo. Desta forma, conforme explica João Duprat Neto, é mais frequente, por exemplo, na pessoa que trabalha no escritório durante a semana e no final de semana vai pra praia ou que viaja nas ferias e não se protege do sol em nenhuma destas situações.
De acordo com o especialista, a atenção precisa ser redobrada para quem está inserido no grupo de alto risco, que é composto por aqueles que são de descendência europeia e demais pessoas que ficam muito vermelhas quando expostas ao sol, assim como os pacientes que já tiveram câncer de pele ou que estão enquadrados na síndrome de melanoma familial. Por sua vez, o melanoma também pode se desenvolver, por exemplo, entre os negros (que têm uma grande produção de melanima, substância que dá pigmento à pele e que protege contra a doença). "Na população negra o melanoma, embora raro, pode se apresentar na palma das mãos, planta dos pés e entre as unhas", alerta Duprat Neto.
QUANTO MAIS CEDO, MELHOR - O diagnóstico precoce pode começar em casa, por meio do exame físico. Para tanto, é importante estar atento ao critério ABCDE, que consiste em observar a Assimetria (se uma metade da pinta está semelhante à outra metade), Borda (casos os contornos da lesão estejam irregulares, dentados, chanfrados ou com sulcos, é recomendável procurar um especialista), Cor (observar se a coloração é a mesma em toda a pinta e se não há diferentes tons de marrom, preto e, às vezes, azul, vermelho e branco); Diâmetro (a pinta não pode ter mais de 0,5 cm - embora médicos diagnostiquem melanomas bem menores) e Evolução (que é um critério melhor avaliado pelos especialistas, que observam a profundidade da lesão e se há metástase).
CUIDADOS COM A PELE:
- Evitar exposição solar em qualquer horário, principalmente na faixa entre 10 e 16 horas (horário de verão).
- Fazer uso de chapéus, camisetas e filtros solares.
- É importante que as barracas usadas na praia sejam feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon formam uma barreira pouco confiável: 95% dos raios UV ultrapassam o material.
- Para o uso de filtros solares, é sugerida a reaplicação a cada duas horas. O ideal é que o Fator de Proteção Solar (FPS) seja, no mínimo, 15. O ideal é fator 30, por requer menor reposição.
- Em hipótese alguma o bronzeamento artificial pode ser considerado saudável para a pele.
Sobre o A.C.Camargo Cancer Center - Fundado em 1953 e referência internacional em oncologia, o A.C.Camargo Cancer Center atua na prevenção, tratamento, ensino e pesquisa do câncer. Com serviços de assistência oncológica para a Saúde Suplementar e para o Sistema Único de Saúde (SUS), é uma Instituição privada sem fins lucrativos, mantida pela Fundação Antonio Prudente, um modelo sustentável que combina atuação social e geração de valor.
Em 2015, realizou mais de 3,7 milhões de atendimentos, 62% deles dedicados aos pacientes do SUS. Sua infraestrutura dispõe de rede com 480 leitos hospitalares, serviços de cirurgia oncológica e robótica, radioterapia, quimioterapia, anatomia patológica e diagnóstico por imagem. Sua equipe é composta por aproximadamente 5 mil profissionais, entre eles mais de 650 médicos, equipe especialista multidisciplinar, enfermeiros e nutricionistas.
A formação de especialistas e disseminação do conhecimento científico estão na essência do A.C.Camargo desde o início de sua história. Em 1953, criou o primeiro e maior Programa de Residência Médica em Oncologia do país com mais de mil especialistas formados ao longo de seis décadas. Seu Programa de Pós-graduação, iniciado em 1997, já formou 579 mestres e doutores. Em 1987, foi pioneiro na implantação da primeira escola hospitalar, a Escola Especializada Schwester Heine, para dar continuidade aos estudos das crianças e adolescentes em tratamento.
O A.C.Camargo ocupa o primeiro lugar no ranking mundial do SCIMAGO entre as instituições de saúde brasileiras que mais publicam nas revistas científicas de maior influência e impacto. Em 2015 esse trabalho resultou em 168 artigos publicados.
Possui também certificações e acreditações para os programas de qualidade e segurança assistencial, governança e gestão ambiental, sendo as mais importantes Acreditação ONA nível III - Excelência, Certificação Qmentum International - Padrão Diamante - pelo Canadian Council on Health Services Accreditation e Certificação ISO 14001 pela Fundação Carlos Alberto Vanzolini.
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