Em câncer de endométrio nem sempre é preciso fazer linfadenectomia
Em câncer de endométrio nem sempre é preciso fazer linfadenectomia
Quando o câncer de endométrio avança, geralmente o primeiro lugar em que ele vai se instalar é nos linfonodos da pelve. "Depois disso, se o câncer continuar invadindo os tecidos, a tendência é que ele avance até a para-aórtica (que fica atrás do intestino)", explica o Dr. Glauco Baiocchi, da Ginecologia.
Foram avaliados 255 pacientes.
A intenção do estudo "Para-aortic lymphadenectomy can be omitted in most endometrial cancer patients at risk of lymph node metastasis", publicado no Journal of Surgery Oncology, foi avaliar a real necessidade de procedimentos como a linfadenectomia, cirurgia que remove os gânglios linfáticos da pelve e o tecido junto à aorta para controlar a invasão do tumor.
"O que constatamos é que, na ausência de metástase pélvica, e quando o tumor ainda não chegou a se infiltrar na camada muscular, são raras as metástases para-aórticas. Isso confirma a nossa ideia de que é baixo o risco de metástase na região, e assim podemos recomendar, para esse grupo de pacientes com essas características, que a linfadenectomia não é necessária", explica o Dr. Glauco.
O estudo avaliou 255 pacientes que já tinham se submetido à linfadenectomia e mostrou que, quando não havia tumor na camada muscular nem metástase pélvica, o risco de metástase na para-órtica ficou abaixo de 0,8%. "Esses dados são importantes para que possamos diminuir a quantidade de procedimentos", explica o Dr. Glauco. Para o paciente é também uma boa notícia: a chance de não fazer mais uma cirurgia.
Para acessar a pesquisa completa, clique aqui.
Dr. Glauco Baiocchi Neto - CRM 97051
Diretor do Departamento de Ginecologia Oncológica
Especialista em Cirurgia Oncológica - RQE nº 42471
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