Pâncreas | A.C.Camargo Cancer Center

Pâncreas

Este tipo de câncer representa 2% do total de casos diagnosticados no país e 4% das mortes. A maioria é de adenocarcinomas, que têm origem nas células que revestem os ductos por onde enzimas digestivas são liberadas. Não há sintomas específicos. O fumo é o principal fator de risco.

A.C.Camargo desenvolve estudo que pode ampliar imunoterapia para câncer de pâncreas

Linha Fina

Pesquisadores identificaram estrutura celular capaz de aumentar a resposta do organismo a tumores de pâncreas
 

Em maio, o grupo de imuno-oncologia translacional do Centro Internacional de Pesquisa (CIPE) do A.C.Camargo Cancer Center, Dr. Tiago Medina, Dra. Gabriela Kinker e equipe, publicaram um artigo científico que pretende ampliar as opções terapêuticas para pacientes com câncer de pâncreas. O objetivo do estudo é dar uma nova perspectiva sobre o papel do sistema imune durante o tratamento de tumores de pâncreas. A iniciativa também contou com a participação do Centro de Referência de Tumores do Aparelho Digestivo Alto, liderado pelo Dr. Felipe Coimbra”. 

O estudo, denominado “Mature tertiary lymphoid structures are key niches of tumour-specific immune responses in pancreatic ductal adenocarcinomas”, é do tipo básico-translacional — pesquisas realizadas em laboratório para entender em detalhes o comportamento de cada tumor por meio de análises de dados experimentais.

Os resultados revelam que as estruturas linfoides terciárias maduras (mTLS) agem como compartimentos fundamentais para ampliar a resposta imune voltada para adenocarcinomas ductais pancreáticos (tumores de alta agressividade no pâncreas). “Essas estruturas são muitas vezes formadas em regiões contíguas ao tumor, o que favorece a organização do sistema imunológico e propicia a eliminação das células tumorais”, explica Medina.

Vale ressaltar que o câncer de pâncreas é considerado extremamente agressivo e possui poucas opções de tratamento. Além disso, possui uma taxa de sobrevivência notoriamente baixa. Por isso, a compreensão da relação entre esses tumores e o sistema imunológico é crucial para desenvolver novas terapias eficazes.
 

Dr. Tiago Medina
"
A grande descoberta do trabalho é a resposta do sistema imunológico é muito mais potente e vantajosa quando as células se organizam nessas estruturas
Dr. Tiago Medina

 

Como a estrutura descoberta funciona contra o câncer de pâncreas?

A publicação demonstra que em adenocarcinomas ductais pancreáticos a organização de células do sistema imunológico em estágio maduro são “estruturas-chave” para o desencadeamento de respostas imunes contra o tumor. Elas abrigam um rico emaranhado de células imunes – linfócitos B e T – que colaboram para identificar e atacar os tumores. 

“Quando estes linfócitos atuam de maneira organizada, a comunicação entre eles é mais eficiente. O linfócito B tem como principal função a secreção de anticorpos que vão combater melhor o tumor. Já o linfócito T, da mesma maneira, se beneficia dessa estrutura gerando uma resposta capaz de eliminar direta e adequadamente o tumor”, acrescenta o Dr. Tiago Medina.

Nessa organização espacial foi identificada na área central uma maior concentração de linfócitos B, enquanto na área externa, ficam localizados somente linfócitos T. Ao atingir um estágio de organização mais maduro, foi identificado pelos pesquisadores o ponto alto da estrutura no combate à célula tumoral, onde há maior resposta imune contra o tumor e maior eficácia do organismo do paciente em resposta à imunoterapia. 

A estrutura possui diferentes etapas de desenvolvimento e maturação. Dedicados ao projeto conduzido no laboratório de Imuno-oncologia Translacional do CIPE, os pesquisadores notaram que as respostas imunes contra o tumor são desenvolvidas somente quando as estruturas estão completamente maduras. O processo de amadurecimento é gradual, complexo e envolve diferentes etapas que culminam na formação do centro germinativo, uma região necessária para a formação de anticorpos contra o tumor.

Dra. Gabriela Kinker
"
A ideia é induzir, de alguma maneira, a formação dessas estruturas para beneficiar uma parcela maior de pacientes.
Dra. Gabriela kinker

Este entendimento pode abrir um precedente histórico para o desenvolvimento de novas estratégias de tratamento que visam aprimorar a formação e função das mTLS, com o objetivo de amplificar a resposta imunológica contra o tumor. Ele pode ensinar a combinar eficientemente diferentes tipos de imunoterapias que poderiam ser administradas simultaneamente. Deste modo, é possível transformar um diagnóstico normalmente preocupante em uma condição mais controlável e, eventualmente, curável para mais de 20% dos pacientes diagnosticados.
Próximos passos

“Sobre os desdobramentos clínicos deste estudo, notamos que os pacientes que formam espontaneamente essas estruturas respondem melhor às quimioterapias e imunoterapias”, acrescenta Medina. Após essa descoberta, os próximos passos são evoluir a pesquisa e desenvolver medicamentos imunobiológicos que induzam o organismo dos pacientes a gerar esse tipo de estrutura de maneira artificial para os pacientes que não conseguem criar as estruturas naturalmente. 

“Essa seria uma alternativa para os pacientes refratários – que não respondem à imunoterapia – passarem a responder ao tratamento. A grande descoberta do trabalho é: a resposta do sistema imunológico é muito mais potente e vantajosa quando as células se organizam nessas estruturas”, conclui Medina.

Para Gabriela Kinker, o maior objetivo agora é desenvolver algum fármaco que faça com que essas estruturas apareçam em pacientes incapazes de desenvolvê-las naturalmente. “A ideia é induzir, de alguma maneira, a formação dessas estruturas para beneficiar uma parcela significativamente maior de pacientes. A partir daí, terapias combinatórias podem ser uma solução para aumentar a taxa de pacientes que responderão eficientemente ao tratamento.”

Atividade física e câncer: preparação pré-cirúrgica traz inúmeras vantagens aos pacientes

Linha Fina

Condicionamento orgânico ajuda a reduzir o risco de eventuais complicações e o tempo de internação, além de facilitar a reabilitação de quem opera órgãos como o fígado, o esôfago e o estômago 

Atividade física e câncer. Nem todos sabem, mas o bom condicionamento físico pode contribuir de forma significativa para o sucesso de uma cirurgia de tumores no aparelho digestivo alto – por exemplo, no fígado, pâncreas, esôfago e estômago.

Essa já é uma recomendação praticada pelo grupo de Cirurgia Abdominal do A.C.Camargo e em grandes Cancer Centers mundo afora. 

Segundo o Dr. Felipe Coimbra, cirurgião oncológico e líder do Centro de Referência em Tumores do Aparelho Digestivo Alto do A.C.Camargo, é muito importante este preparo muscular, nutricional, cardiológico e respiratório antes da cirurgia.

“A chamada pré-habilitação é essencial sobretudo para os pacientes mais idosos. Uma vez condicionada, a pessoa suporta melhor a cirurgia e tem uma recuperação mais rápida”, explica o Dr. Felipe. 

Ou seja, diminui-se o tempo de internação, eventuais complicações e mortalidade, entre outras vantagens.


Atividade física e câncer: a preparação para a cirurgia

A chamada pré-habilitação funciona com lógica parecida à de quem vai se preparar para uma corrida, por exemplo, pois leva em conta aspectos multidisciplinares, além de visar afastar os maus hábitos, como o tabagismo e a bebida alcoólica.

“A gente orienta a fazer caminhada, procurar uma academia, realizar exercícios respiratórios, além de avaliações pelas equipes de fisioterapia e nutrição. É uma avaliação geral, com suporte nutricional, motor, físico e psicológico”, afirma o médico.

“O objetivo é que após o tratamento oncológico, o paciente ganhe qualidade de vida e fique, se possível, numa condição mais saudável do que era antes”, complementa o médico.


Cirurgias em tempos de Covid-19

Muitas vezes, essas cirurgias em tumores do aparelho digestivo alto são realizadas após tratamento com quimioterapia, por exemplo – que pode durar poucas semanas ou mesmo alguns meses, períodos em que acontecem esse condicionamento físico. 

Ademais, mesmo nos casos em que a cirurgia deve ser realizada primeiro, normalmente ainda é possível uma boa orientação e um preparo inicial para a cirurgia.

Quanto ao preparo nos dias atuais, além de todos os cuidados com o uso correto das máscaras, a lavagem das mãos e a vacinação (se disponível), recomenda-se o isolamento social rigoroso nas semanas que antecedem a cirurgia e a testagem para a Covid-19, alguns dias antes do procedimento. 

Já nos casos em que a pessoa é diagnosticada com a Covid-19, para as cirurgias não emergenciais, ela tem de esperar cerca de seis semanas para a realização do procedimento. 

Pesquisa no câncer: conheça três entre as mais revolucionárias

Linha Fina

São estudos que revelaram fatores de risco importantes para desenvolver tumores nos últimos 50 anos

A pesquisa no câncer é um dos pilares do A.C.Camargo Cancer Center. Em nosso CIPE (Centro Internacional de Pesquisa), o estudo de hoje se torna o tratamento de amanhã, que cura ou melhora a qualidade de vida dos nossos pacientes.

E é assim nos centros de excelência mundo afora. Essa é a premissa da integração de diagnóstico, tratamento, ensino e pesquisa do câncer, o modelo que adotamos aqui no A.C.Camargo Cancer Center, assim como nos principais Cancer Centers do mundo.

Uma evolução do conceito de saúde em oncologia para aprofundar constantemente o conhecimento sobre a doença e gerar inovação. Para nós, a pesquisa é um tema de extrema relevância. 

Para comemorar o 50º aniversário da Lei Nacional do Câncer nos Estados Unidos, a revista científica Cancer Research, da AACR (Associação Americana para a Pesquisa do Câncer, em tradução livre), compilou algumas das descobertas mais marcantes em uma lista intitulada Cancer Research Landmarks.

Nela, foram destacados 23 estudos marcantes publicados no periódico durante esse período e queremos aqui compartilhar três deles. 


Pesquisa no câncer: imunoterapia e outros marcos

Esses artigos abrangem toda a gama da pesquisa do câncer – desde a identificação dos fatores de risco e alterações celulares associadas ao aparecimento e à progressão do câncer até o desenvolvimento de terapias revolucionárias contra os tumores. 

Conheça abaixo um resumo de três deles – para ter acesso aos estudos da lista toda (em inglês), clique aqui.


1988 - Identificação do ato de fumar e beber como fatores de risco para câncer de boca e faringe

O Dr. Joseph Fraumeni, Jr. e seus colegas compararam o uso de tabaco e álcool entre 1.114 pacientes com câncer de orofaringe e 1.268 indivíduos pareados sem a doença, representando quatro áreas distintas dos Estados Unidos.

Os pesquisadores concluíram que os fumantes tinham um risco mais de 200% maior de câncer de orofaringe do que os indivíduos que nunca fumaram. Da mesma forma, o consumo pesado de álcool foi associado a um aumento de quase 800% no risco de câncer de orofaringe. 

Fraumeni e colegas também observaram que a cessação do tabagismo reduziu significativamente esse risco.

Como se sabe, essas descobertas tiveram implicações além do câncer de orofaringe – hoje, o tabaco é um fator de risco bem estabelecido para vários tipos de câncer, incluindo formas agressivas como câncer de pulmão e pâncreas.


1990 - Células relacionadas ao câncer de mama

O Dr. Samuel Brooks Jr. comandou um estudo que permitiu várias descobertas importantes sobre a biologia das células mamárias normais, bem como as alterações genéticas e celulares básicas que levam ao desenvolvimento do câncer de mama.

Entre essas descobertas fundamentais está o melhor entendimento de como as alterações dos principais oncogenes (HER2, PTEN, TP53 e BRCA1) contribuem para o desenvolvimento do câncer de mama.


2004 - Abrindo o caminho para a imunoterapia

Hoje, a imunoterapia – estratégia que estimula o organismo a identificar as células cancerosas e atacá-las com medicamentos que modificam a resposta imunológica – é uma modalidade de tratamento muito bem estabelecida. 

Mas isso não ocorria até a publicação dessa pesquisa pela equipe do Dr. Augusto Ochoa, que demonstrou a existência de células mieloides imunossupressoras no estroma tumoral.

Ao classificar as populações de células de tumores de camundongos, eles descobriram, entre outras coisas, que a inibição da enzima arginase aumentou a atividade antitumoral em modelos de camundongos, destacando a possibilidade de regular terapeuticamente a imunidade antitumoral no microambiente tumoral.

Desta forma, esse estudo lançou as bases para pesquisas subsequentes sobre o aprimoramento da imunoterapia, compreendendo as diferenças entre as células mieloides no tecido tumoral e as dos órgãos linfoides, além de explorar os inibidores da arginase como terapia contra o câncer.

Tumores digestivos: uma seleção de conteúdos para você saber tudo e se proteger

Linha Fina

As publicações foram divididas pelas temáticas de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação, os pilares que definem a jornada do paciente no A.C.Camargo Cancer Center

Tumores digestivos são aqueles que atingem estômago, esôfago, fígadopâncreas, intestino delgadoGIST (tumor estromal gastrointestinal) e vesícula biliar e vias biliares.

No A.C.Camargo Cancer Center, eles são tratados por uma equipe multidisciplinar no Centro de Referência em Tumores do Aparelho Digestivo Alto, que entende a necessidade individualizada de cada paciente e o coloca no centro do cuidado.

Algo importante. Em relação ao câncer de estômago, por exemplo, a estimativa é que haja 21 mil novos casos para cada ano do triênio 2020-2022, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o INCA, o que o coloca como o sexto tipo de câncer mais comum, se considerarmos o ranking geral, com homens e mulheres.

Mesmo em tempos de pandemia, temos um Atendimento Oncológico Protegido, implementado para que os pacientes possam seguir seus tratamentos com segurança, além de fazer suas consultas e exames para investigar eventuais sinais e sintomas.

Uma vez que os sintomas são ausentes ou inespecíficos na fase inicial do tumor (por exemplo, a sensação de estufamento), muitas vezes fica complicado perceber um câncer precocemente.

Por outro lado, baseado no histórico do paciente, nos exames clínicos e na análise anatomopatológica, é possível antecipar o diagnóstico e obter um tratamento mais efetivo.

E, claro, para afastar o risco, inclua alimentos mais saudáveis nas refeições, faça atividade física, não fume, não beba, previna-se contra a obesidade e não deixe de realizar os exames médicos. 

Para que você saiba mais sobre o universo dos tumores digestivos para proteger sua saúde, o A.C.Camargo Cancer Center apresenta a seguir dezenas de publicações.

Elas foram divididas pelas temáticas de prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação, os pilares que definem a jornada do nosso paciente na Instituição.

Confira:

Carnes e câncer: a vermelha é mais perigosa que a branca? 
Entenda se algum dos tipos de proteína animal apresenta risco maior para o desenvolvimento de um tumor

Macarrão instantâneo causa câncer? 
Descubra se aquela opção que fica pronta em 3 minutos é um risco para a sua saúde 

Câncer de pâncreas: dor nas costas poderia ser um sinal
Incômodo pode aparecer na região lombar, mas nunca é associado a um tumor

Churrasco e câncer: há relação?
Descubra se a carne vermelha no carvão sabota a sua saúde 

Um manual sobre o câncer de estômago
Sinais, sintomas, fatores de risco e formas de tratamento

Hepatite: vacinação e relação com o câncer
Imunização ajuda a blindar contra tumores de fígado; conheça os tipos 

Alimentação saudável contribui para evitar o câncer
Antioxidantes e fibras ajudam a prevenir tumores

Suco gástrico dos pacientes com câncer de estômago
Ele pode ser útil para identificação de tumor

Endoscopia
Um guia com tudo sobre o exame

Um manual sobre o câncer de fígado
Sinais, sintomas, fatores de risco e formas de tratamento

Podcast Rádio Cancer Center - Tumores do aparelho digestivo alto: saiba como se prevenir
Ouça esta conversa e saiba tudo sobre sinais, sintomas e fatores de risco (tem até cirurgia bariátrica)

Sangue nas fezes: devo me preocupar?
Confira a coluna “Fala, Doutor”, que traz as dúvidas mais frequentes no consultório

Um manual sobre o câncer de pâncreas
Sinais, sintomas, fatores de risco e formas de tratamento

Mitos & verdades: câncer de estômago e esôfago
Gastrite, refluxo e outros pontos recorrentes

Mitos & verdades: câncer de pâncreas, fígado e vesícula
Geralmente, esses tumores são assintomáticos no início

H.pylori pode ter relação com câncer de estômago
Aprenda a diminuir os riscos causados pela bactéria

Cirurgia para retirada do estômago é indicada para prevenir o câncer?
Aconselhamento genético pode ajudar na tomada de decisão

Um manual sobre o câncer de esôfago
Sinais, sintomas, fatores de risco e formas de tratamento

O papel do fumo e das toxinas alimentares em pacientes com tumores de fígado
Estudo analisou mutações celulares associadas a esses fatores de risco

Um manual sobre o câncer de intestino delgado
Sinais, sintomas, fatores de risco e formas de tratamento

A síndrome metabólica
E seus riscos de diabetes, doenças do coração e câncer de fígado

Câncer de fígado e estômago
7 entre 10 casos são relacionados com hepatites B e C e H.pylory

Um manual sobre o câncer de vesícula biliar e vias biliares
Sinais, sintomas, fatores de risco e formas de tratamento

A H.pylori na América Latina
Falta de saneamento básico e alimentos mal condicionados: as grandes causas de infecção pela bactéria

Um manual sobre o tumor estromal gastrointestinal
Sinais, sintomas, fatores de risco e formas de tratamento

Centro de Referência em Tumores do Aparelho Digestivo Alto
Entenda como a equipe multidisciplinar coloca o paciente no centro do cuidado 

Podcast Rádio Cancer Center - Atendimento Oncológico Protegido
Saiba como o A.C.C. está preparado para cuidar de seus pacientes com segurança e excelência em tempos de Covid-19

Tratamento oncológico e libido: entenda a relação
Fatores orgânicos ou emocionais podem desencadear problemas

Avanços da cirurgia robótica no câncer gástrico
Técnica permite realizar linfadenectomias e gastrectomias com mais precisão 

Radioterapia feita durante a cirurgia pode evitar volta de tumores digestivos
Estudo identificou que o procedimento garantiu sobrevida a pacientes 

A.C.Camargo apresenta cartilha sobre câncer de estômago
Material traz informações sobre tratamento, prevenção, sinais e sintomas 

Tumores do aparelho digestivo alto
Inovações e desafios no tratamento cirúrgico

Genômica, a ciência que faz diferença
Assista ao vídeo e entenda melhor como ela contribui para o combate ao câncer

A quimioterapia perioperatória 
Eis uma opção promissora para tumores gastroesofágicos

O que o paciente com câncer deve saber sobre interações medicamentosas?
Chás e alguns medicamentos podem interferir na ação dos quimioterápicos 

Presença de proteína no sangue é um importante biomarcador para controle de câncer de estômago
Oncogene HER 2 é maior nas células tumorais circulantes do que nos tumores primários

Estudo realizado no A.C.Camargo mostra resultados promissores em casos de câncer de pâncreas
Números são equivalentes aos de centros norte-americanos; tumor nesse órgão é complexo

Exercício e câncer: preparação pré-cirúrgica traz vantagens aos pacientes
Descubra os inúmeros benefícios que a atividade física proporciona durante e após a cirurgia

Podcast Rádio Cancer Center - Como manter a mente calma em tempos de Covid-19
Uma conversa que ensina táticas para se reinventar e passar bem por esta atípica fase 

Vídeo: histórias reais sobre o câncer
Conheça a paciente Edna Zorzim Amancio

Vídeo: combata a disgeusia com esta salada caprese com pesto
Assista e aprenda uma receita feita para quem tem diminuição ou alteração no paladar

Fisiatra, o médico que promove mobilidade e qualidade de vida
Conheça esse profissional de essencial importância para o “ir e vir”, inclusive para o paciente oncológico 

Exercícios durante ou após a quimioterapia em pacientes com câncer
Estudo holandês apresentado na ASCO analisou o impacto da atividade física

Fisioterapia contribui para a qualidade de vida de mulheres com câncer
Pacientes podem prevenir o acúmulo de líquido

Câncer de pâncreas: dor nas costas poderia ser um sinal

Linha Fina

Incômodo pode aparecer na região lombar, mas nunca é associado a um tumor 

O câncer de pâncreas responde por volta de 2% de todos os tipos de tumores diagnosticados e por 4% do total de mortes causadas pela doença no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). 

Esse tipo de tumor é mais comum em homens, normalmente acima dos 55 anos.

Um problema importante em relação ao câncer de pâncreas é que ele não costuma apresentar sintomas específicos, portanto é mais complicado identificar este tipo de tumor. 

Isso dificulta o diagnóstico em estágios precoces, algo que limita as opções de tratamento.


Câncer de pâncreas e dor nas costas 

Uma dor nas costas pode estar associada ao câncer de pâncreas, geralmente na região lombar, mas ninguém imagina a relação.

“Com uma dor assim, é muito comum a pessoa ir ao ortopedista, que pede exames da coluna, assim como em outros especialistas que pedem ultrassom de abdome quando há dor abdominal. Mas estes exames, muitas das vezes, mostram outras alterações benignas da coluna ou não exibem o pâncreas inteiro, atrasando o diagnóstico”, explica o Dr. Felipe Coimbra, cirurgião oncológico e líder do Centro de Referência em Tumores do Aparelho Digestivo Alto do A.C.Camargo.

“Por vezes, a dor persiste e até um psiquiatra é consultado. Por isso que, nesses casos, ter alta suspeição e conhecer os princípios básicos do diagnóstico dos tumores é fundamental”, complementa o especialista.

Claro, uma dor nas costas não significa que você tem câncer, mas é interessante marcar uma consulta se o incômodo persistir.


Sinais e sintomas do câncer de pâncreas

Confira os sinais e sintomas que podem estar relacionados a um câncer de pâncreas:

•    Icterícia (cor amarelada de pele e mucosas)
•    Urina escura e fezes de cor clara
•    Dor no abdome ou na lombar
•    Emagrecimento sem causa aparente
•    Sensação de empachamento
•    Náusea, vômito ou indigestão
•    Cansaço
•    Perda de apetite
•    Aparecimento repentino de diabetes


Fatores de risco

Conheça os principais para o câncer de pâncreas:

•    Fumo: é o grande fator de risco para o câncer de pâncreas (e vários outros). Há relação direta entre o número de cigarros consumidos e a incidência do tumor – fumantes têm risco aumentado em 2 a 6 vezes em relação a não fumantes.
•    Obesidade: estar muito acima do peso aumenta o risco de desenvolver câncer de pâncreas em 20%.
•    Idade: a doença é mais comum em pessoas com mais de 55 anos.
•    Diabetes tipo 2: pessoas com longo histórico da doença também apresentam risco aumentado.
•    Pancreatite crônica: a inflamação crônica do pâncreas também é associada ao maior risco de câncer, especialmente em fumantes.
•    Histórico familiar de câncer de pâncreas ou de pancreatite hereditária causada por mutações no gene PRSSI.
•    Síndromes familiais de câncer: mutações genéticas hereditárias respondem por até 10% dos casos de câncer de pâncreas, entre elas as mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, que causam a síndrome familial de mama e ovário, e a síndrome de Lynch, causada por mutações nos genes MLH1 e MSH2. Nesses casos, paciente e família devem ser acompanhados regularmente por equipe de oncogenética.

Podcast Rádio Cancer Center #44 - Tumores digestivos: como se proteger

Linha Fina

Ouça e saiba tudo sobre a prevenção para câncer em órgãos como estômago, esôfago, fígado e pâncreas – falaremos sobre fatores de risco, sinais, sintomas, úlcera, gastrite, sal, sódio e cirurgias robótica e bariátrica

Esta conversa é sobre os tumores digestivos, mais precisamente do aparelho digestivo alto, que inclui órgãos como estômago, esôfago, fígadopâncreas, intestino delgadoGIST (tumor estromal gastrointestinal) e vesícula biliar e vias biliares

Vamos tirar todas as dúvidas sobre o assunto de uma forma simples: duas das questões, inclusive, chegaram por seguidores do Facebook do A.C.Camargo.

Falaremos sobre prevenção, fatores de risco, sinais, sintomas, úlcera, gastrite, sal, sódio e cirurgias robótica e bariátrica.

O convidado especial deste podcast é o Doutor Felipe José Fernandez Coimbra, líder do Centro de Referência em Tumores do Aparelho Digestivo Alto do A.C.Camargo Cancer Center.



Saiba mais:

- Vacinação Covid-19: neste primeiro momento, não faremos aplicação no A.C.Camargo

- Podcast: A vacinação contra a Covid-19 para o paciente oncológico

- Podcasts A.C.Camargo: ouça os episódios da Rádio Cancer Center

- Ouça-nos e siga-nos no Spotify

- Agende sua consulta ou seu exame

Churrasco e câncer: há relação?

Linha Fina

Descubra se a carne vermelha no carvão sabota a sua saúde 

Churrasco e câncer, uma relação que gera muitas dúvidas nas cabeças dos brasileiros.

Afinal, aquela carninha que você (que não é vegetariano ou vegano) come com os amigos e a família poderia estar sabotando a sua saúde?

Certo é que o consumo de carne vermelha é associado ao risco aumentado para alguns tumores, como o câncer de cólon, pâncreas e próstata.

Segundo o Dr. Victor Hugo Fonseca de Jesus, vice-líder do Centro de Referência em Tumores do Aparelho Digestivo Alto do A.C.Camargo, no processo de preparo da carne no churrasco são gerados dois tipos de substâncias: as aminas policíclicas aromáticas (APA) e os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA). 

“Estas substâncias, após serem metabolizadas no nosso organismo, geram compostos químicos que lesam o nosso DNA e que são mutagênicos”, afirma o Dr. Victor Hugo.


Churrasco e câncer: bem passado, risco maior

Pesquisas com animais já demonstraram que esses compostos podem levar ao desenvolvimento de tumores. Além disso, a maior parte dos estudos epidemiológicos sugere uma associação entre o consumo excessivo de carne com consequentes níveis mais altos de ingestão de APA e HPA e um risco aumentado de câncer. 

“Tanto é verdade que, hoje, a IARC, Associação Internacional para Pesquisa em Câncer, categoriza a carne vermelha como provavelmente carcinogênica para seres humanos”, explica o médico. 

A produção dessas substâncias varia consideravelmente de acordo com o tipo de carne e com o modo, o tempo e a temperatura de preparo. 

“De modo geral, na carne bem passada e chamuscada há maiores concentrações de APA e HPA, que podem elevar mais significativamente o risco de desenvolver câncer”, diz o Dr. Victor Hugo.


Solução: saiba como equilibrar a dieta

O mais importante é manter uma dieta balanceada

“De forma alguma estes dados devem ser interpretados como uma evidência de que não se deva comer carne vermelha ou carne processada. Aqui, a palavra-chave é moderação. De maneira geral, deve-se evitar o consumo de carne vermelha ou processada mais de duas a três vezes por semana”, avisa o Dr. Victor Hugo. 

Além disso, é importante privilegiar o consumo de frutas e vegetais. Adicionalmente, outros aspectos da dieta parecem tão relevantes quanto a carne. 

“A obesidade é um fator de risco tão ou mais importante do que o consumo de carne para o desenvolvimento de câncer. Desta forma, não podemos nos descuidar com os doces ou alimentos muito ricos em carboidratos, pois estes também podem conferir indiretamente um risco aumentado de câncer”, finaliza o especialista. 

Doutor Victor Hugo Fonseca de Jesus, branco, cabelos negros, óculos e jaleco
"
De modo geral, na carne bem passada e chamuscada há maiores concentrações de APA e HPA, que podem elevar mais significativamente o risco de desenvolver câncer.
Doutor Victor Hugo Fonseca, vice-líder do CR em Tumores do Aparelho Digestivo Alto

João Paulo Kawaoka Matushita Junior

Sobre

Ensino Superior em Medicina, concluído em 2007, na Universidade do Vale do Sapucaí

Mestrado em Ressonância Magnética Radiologia, concluído em 2012, na Universidade Federal do Rio de Janeiro

Especialização em Radiologia Intervencionista, concluída em 2015, na Sociedade Brasileira de Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular

Registro
CRM 153090
Especialidade
Radiologia Intervencionista (Percutânea)
Departamento
Radiologia Intervencionista (Vascular e Visceral)
Centro de Referência
Tumores do Aparelho Digestivo Alto

Charles Edouard Zurstrassen

Sobre

Head de Radiologia Intervencionista

Cursou ensino superior em Medicina, concluído em 1997, na Faculdade de Medicina de Marília. Especializou-se em Medicina, na Associação Médica Brasileira, em 2003 e concluiu Doutorado em Ciências - Área de Oncologia, concluído em 2018, na A.C.Camargo Cancer Center.

 

Contato para candidatos a mestrado e doutorado

[email protected]

 

Registro
CRM 90493
Especialidade
Radiologia Intervencionista (Vascular e Visceral)
Departamento
Radiologia Intervencionista (Vascular e Visceral)
Centro de Referência
Tumores do Aparelho Digestivo Alto

Aline Cristine Barbosa Santos Cavalcante

Sobre

Ensino Superior em Medicina, concluído em 2004, na Universidade de Brasília

Especialização em Radiologia Intervencionista, concluída em 2010, na Hospital Universitário da USP

Registro
CRM 122866
Especialidade
Cirurgia Geral
Departamento
Radiologia Intervencionista (Vascular e Visceral)
Centro de Referência
Tumores do Aparelho Digestivo Alto