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Wilms

 

Wilms

Este é um tipo raro de câncer de rim que atinge crianças, geralmente na faixa dos 2 aos 5 anos de idade. É raro, mas é o câncer renal infantil mais comum. Se diagnosticado em estágio inicial, o tumor de Wilms tem 95% de chances de cura. 

Os problemas que causam o tumor de Wilms começam ainda no feto, enquanto as células que vão formar os rins amadurecem e se especializam para formar os diferentes tecidos que compõem esse órgão. Quando o bebê nasce, algumas dessas células continuam a se desenvolver e amadurecer ao longo de três ou quatro anos. Nas crianças que sofrem de Wilms, porém, essas células não amadurecem e continuam a se reproduzir de forma acelerada, causando o tumor.

Na maioria das vezes, a criança apresenta um tumor em um rim e são bem raros os casos em que tenha mais de um tumor num só rim ou tumores em ambos os rins. No entanto, como esses tumores crescem depressa e não apresentam sintomas nos estágios iniciais, eles costumam ser grandes quando são diagnosticados e às vezes se espalham para outros órgãos, especialmente para os pulmões.

Dependendo de como aparecem ao microscópio, os tumores de Wilms são classificados em tumores de histologia favorável, em que as células são levemente anormais e têm boas chances de sucesso no tratamento, e tumores de histologia desfavorável (ou anaplásticos). Nestes últimos, os núcleos das células, que é onde fica o DNA, aparecem aumentados e distorcidos e as chances de sucesso no tratamento são menores.

Como os tumores de Wilms geralmente crescem bastante antes de serem descobertos, o principal sintoma costuma ser o inchaço ou o aumento do abdome e, algumas vezes, a massa tumoral pode ser notada.

Outros sintomas que são mais raros:

  • Sangue na urina
  • Pressão alta
  • Dor de estômago
  • Febre recorrente
  • Perda de apetite
  • Náusea
  • Prisão de ventre
  • Dificuldade para respirar

FATORES DE RISCO

Vale lembrar que fatores de risco aumentam o risco de desenvolver câncer, mas isso não quer dizer que a criança vai ter tumor de Wilms. Os especialistas ainda não sabem ao certo o que causa esse tumor, mas alguns fatores aumentam esse risco:

  • Idade: são mais comuns entre os 3 e os 5 anos de idade.
  • Sexo: são mais comuns em meninas.
  • Doenças congênitas raras: as síndromes WAGR, de Beckwith-Wiedemann, de Denys-Drash e a trissomia do cromossomo 18 aumentam o risco de tumor de Wilms.
  • Genética: o tumor de Wilms é um dos vários tipos de câncer que podem atingir os portadores da síndrome de Li-Fraumeni.

Além de exames de sangue e de urina, o diagnóstico de tumor de Wilms pode envolver uma série de exames por imagem, entre eles raios X, ultrassom, tomografia, ressonância magnética e tomografia por emissão de pósitrons (PET-CT). Na maioria das vezes, não há necessidade de biopsia para o diagnóstico de tumor de Wilms.

ESTADIAMENTO

O estadiamento é uma forma de classificar a extensão do tumor e se, ou quanto, ele afetou os gânglios linfáticos ou outros órgãos. No caso do tumor de Wilms, é usado o Sistema de Estadiamento do Grupo de Oncologia Infantil (COG), que usa algarismos romanos e vai de I a V, sendo este último o estágio mais avançado.

Pacientes que apresentam histologia favorável e com tumor confinado ao rim, em que nenhum outro órgão ou gânglios são comprometidos pelo tumor, têm mais chances de cura.

Acompanhamento: todos os pacientes portadores de tumor de Wilms devem ser acompanhados durante e após o tratamento por nefrologista (especialista na função renal).

A cirurgia é essencial para o tratamento do tumor de Wilms; na maioria das vezes, há necessidade de retirada do rim afetado, em um procedimento chamado nefrectomia. Durante o procedimento, os gânglios linfáticos próximos também são examinados e alguns devem ser removidos. Nos raros casos em que ocorre doença nos dois rins, é possível realizar a retirada parcial do rim, preservando a parte do rim que não contém tumor, e com isso preservar a função renal da criança.

Todos os pacientes com tumor de Wilms também são tratados com quimioterapia, cuja intensidade vai depender da extensão da doença. Dessa forma, pacientes que têm tumor pequeno e localizado recebem menor intensidade de quimioterapia, enquanto os que têm doença disseminada precisam receber tratamento quimioterápico mais intenso.
A radioterapia é uma modalidade de tratamento indicada em alguns casos de pacientes que tem doença avançada.

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