Programa Institucional de Iniciação Científica - junho de 2020
Programa Institucional de Iniciação Científica - junho de 2020
O Programa Institucional de Iniciação Científica conta com vagas destinadas para:
- Área básica / translacional: 11 vagas;
- Área clínica / epidemiológica: 17 vagas.
Inscrições
Somente poderão participar do processo seletivo:
- Candidatos regularmente matriculados em instituição de Graduação reconhecida pelo Ministério da Educação;
- Candidatos residentes na Grande São Paulo.
As inscrições serão realizadas no período de 12 de junho a 3 de julho 2020 às 23h59 nesta página.
Para a inscrição o candidato deverá apresentar documentos de identificação, currículo cadastrado na Plataforma Lattes, comprovante de matrícula, histórico escolar, e carta de intenção.
Na carta de intenção, o candidato deverá apresentar as razões que o levaram a buscar a iniciação científica e experiências anteriores na área.
No formulário de inscrição, o candidato poderá optar pela inscrição em até 2 projetos de pesquisa.
Atenção ao preenchimento do formulário e envio da documentação, pois as inscrições que estiverem em desacordo, serão anuladas automaticamente.
Seleção
1ª fase:
A seleção será realizada com base na documentação entregue. Os seguintes critérios serão utilizados para a seleção:
- Histórico de notas;
- Experiências anteriores;
- Domínio da língua inglesa;
- Disponibilidade de horário;
- Carta de intenção.
O resultado da primeira fase:
Candidato | Orientador que participará da entrevista | Período das Entrevistas Dia: 20/07/2020 |
Alice Christine Maio de Olim Perestrelo Pereira | Maria Paula Curado | 09h00-09h10 |
Aline Marchioro | Almir Bitencourt | 10h00-10h10 |
Amanda Rondinelli | Tiago da Silva Medina | 08h00-08h10 |
Ana Victoria Pontes de Azevedo | Cecilia Maria Lima da Costa | 13h30-13h40 |
André Munir Maluf de Amorim | Marina De Brot Andrade | 13h00 -13h10 |
Barbara Domingos Marconi | Giovana Tardin Torrezan | 14h00-14h10 |
Barbara Katopodis | Cecilia Maria Lima da Costa | 13h45-13h55 |
Bárbara Pascale Costa de Souza | Glaucia Hajj | 10h00 -10h10 |
Bárbara Santiago Pires | Almir Bitencourt | 10h15-10h25 |
Beatriz Milene de Oliveira Camargo | José Guilherme Vartanian | 13h00-13h10 |
Bianka Dálete Carvalho Gomes | José Guilherme Vartanian | 13h15-13h25 |
Bruna Maria Pereira Vieira | José Claudio Casali da Rocha | 09h00-09h10 |
Bruno Costa Baltazar | Benedito Jorge Pereira | 11h00-11h10 |
Caio Rodrigues Bedani | Maria Paula Curado | 09h15-09h25 |
Paulo Roberto Stevanato | 15h00-15h10 | |
Camila Cavalcanti Barcelos Rodrigues | Maria Nirvana da Cruz Formiga | 16h00-16h10 |
Camille Corcione Turke | Marina De Brot Andrade | 13h15-13h25 |
Caroline Correia Ghensev Barberan | Ludmilla T.D.Chinen | 14h00-14h10 |
Danielle Apolinário de Morais | Glaucia Hajj | 10h15 -10h25 |
Débora de Melo Aleixo | Thais Fernanda Bartelli | 14h00-14h10 |
Deiwet Ribeiro Silva | Benedito Jorge Pereira | 11h15-11h25 |
Diogo Fábio Dias Teixeira | Marcos Duarte Guimarães | 08h00-08h10 |
Eduarda Carolina Machado de Campos | José Guilherme Vartanian | 13h30-13h40 |
Erika Zenone Klampfl Vetturi | Maria Paula Curado | 09h30-09h40 |
Evelyn Franciny Cardoso Tavares | Glaucia Hajj | 10h30 - 10h40 |
Felipe Medeiros da Silva | José Guilherme Vartanian | 13h45-13h55 |
Fernanda Ayumi Fukuya | Glaucia Hajj | 10h45 - 10h55 |
Filipe Danilo das Neves | Paulo Roberto Stevanato | 15h15-15h25 |
Gabriela Augusto Koyama | Cecilia Maria Lima da Costa | 14h00-14h10 |
Giovanna Alves Genari | Antonio Paulo Nassar Junior | 10h00-10h10 |
Giulia Matiusso Zumbano | Paulo Roberto Stevanato | 15h30-15h40 |
Igor Geoffroy Barbosa Fagundes | Glaucia Hajj | 11h00-11h10 |
Isabela Granato Travalini | Stênio de Cássio Zequi | 18h00-18h10 |
Isabela Mazzeo Turcatto | Cecilia Maria Lima da Costa | 14h15-14h25 |
Isabella Jorge Piccinelli | Thais Fernanda Bartelli | 14h15-14h25 |
Izabella Diniz Leite de Castilho | Ludmilla T.D.Chinen | 14h15-14h25 |
Janaíne Aparecida de Carvalho | Glaucia Hajj | 11h15-11h25 |
José Augusto Stinghen Neto | Alexandre André Balieiro Anastácio da Costa | 10h00-10h10 |
Juliana Cristina Duarte Braga | Marcos Duarte Guimarães | 08h15-08h25 |
Karine Corcione Turke | Martin Roffe | 10h00-10h10 |
Katharyne Chinaia | Glaucia Hajj | 11h30-11h40 |
Ketleen Koga | Maria Paula Curado | 09h45-09h55 |
Laís Ferreira dos Santos | Glaucia Hajj | 11h45 - 11h55 |
Laura Augusto Moreira | Almir Bitencourt | 10h30 - 10h40 |
Laura Rodrigues dos Santos | Glaucia Hajj | 12h00 -12h10 |
Letícia Bitencourt Santos | Martin Roffe | 10h15-10h20 |
Lucas de Oliveira Siqueira | Glaucia Hajj | 12h15-12h25 |
Lucas Matheus Lins | Celso Abdon Lopes de Mello | 11h00-11h10 |
Maria Beatriz Almeida Silva | Almir Bitencourt | 10h45 - 10h55 |
Maria Karoline Fernandes da Silva | Thais Fernanda Bartelli | 14h30-14h40 |
Maria Laura Doná Mourão | Almir Bitencourt | 11h00-11h10 |
Mariana Amélia Silva de Souza | Maria Nirvana da Cruz Formiga | 16h15-16h25 |
Marilia Rocha Mendes | Celso Abdon Lopes de Mello | 11h15-11h25 |
Milena da Silva Magina | Giovana Tardin Torrezan | 14h15-14h25 |
Nathalia Rodrigues de Paula | Benedito Jorge Pereira | 11h30-11h40 |
Paola Engelmann Arantes | Maria Paula Curado | 10h00-10h10 |
Pedro Mastrocinque Pereira Ferreira | Glaucia Hajj | 12h30-12h40 |
Pedro Nunes Garcia | Cláudia Malheiros Coutinho Camillo | 10h00-10h10 |
Roberta Pascal Pompeo Madeira | Almir Bitencourt | 11h15-11h25 |
Sabrina Barbosa dos Santos | José Claudio Casali da Rocha | 09h15-09h25 |
Sabrina Gardiano Avelino | Glaucia Hajj | 12h45-12h55 |
Tainara Rita Pezzini | Antonio Paulo Nassar Junior | 10h15-10h25 |
Tamara Barbara Silveira | Marina De Brot Andrade | 13h30-13h40 |
Thainara Miranda Libânio | José Guilherme Vartanian | 14h00-14h10 |
Victoria Caleffi Oliveira Simoni | José Guilherme Vartanian | 14h15-14h25 |
Yanka Costa de Melo Silva | Almir Bitencourt | 11h30-11h40 |
O tempo de 10 minutos para cada entrevista deverá ser respeitado.
O candidato aprovado nesta fase receberá o link de acesso a sala online de entrevista. Caso não receba este e-mail até o dia 17/07, entre em contato pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone: (11) 2189-5098.
2ª fase:
Somente os candidatos aprovados na 1ª fase serão chamados para a entrevista online realizada no dia 20 de julho de 2020 em horário a ser definido. Durante a entrevista, os candidatos serão arguidos sobre:
- Histórico de notas;
- Experiências anteriores;
- Domínio da língua inglesa;
- Disponibilidade de horário;
- Conhecimento sobre o tema do projeto escolhido.
A aprovação no processo seletivo não condiciona, necessariamente, ao recebimento de bolsa de estudos.
Bolsas:
Este processo seletivo dispõe de 19 bolsas concedidas pelo CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico:
- 10 destinadas à área de pesquisa básica / translacional
- 9 destinadas à área clínica / epidemiológica.
Se as bolsas de uma das áreas não forem completamente preenchidas, por liberalidade, a instituição automaticamente transferirá cota remanescente de bolsa para a outra.
Os alunos aprovados no processo seletivo serão classificados de acordo com os critérios utilizados na entrevista e os 19 melhores classificados receberão as bolsas de estudos e 9 não terão bolsa. As bolsas PIBIC exigem do aluno dedicação ao projeto de, ao menos, 20 horas semanais.
A implantação da bolsa será realizada apenas se e mediante confirmação de disponibilidade da cota pela agência CNPq.
Os demais aprovados serão admitidos sem bolsa, respeitando-se o limite total de até 11 vagas na área básica / translacional e 17 vagas na área clínica / epidemiológica.
Cronogramas/atividades que serão desenvolvidas
Todos os aprovados, bolsistas ou não, deverão cumprir o cronograma das atividades propostas pelo Programa de Iniciação Científica que será divulgado no início do curso.
Lista de projetos disponíveis
Orientadora:
Mariana Nirvana da Cruz Formiga
Resumo do projeto:
O diagnóstico molecular das Síndromes Hereditárias de predisposição ao câncer possibilita a instituição de intervenções com o objetivo de identificar precocemente lesões neoplásicas através de estratégias de rastreamento individualizadas ou de prevenir o desenvolvimento de tumores por meio de cirurgias profiláticas. Tais medidas contribuem significativamente para a redução da morbimortalidade desses indivíduos. Ademais, torna possível a realização de um aconselhamento genético adequado, com identificação de familiares assintomáticos que carregam a alteração genética (Garber & Offit. 2005).
Em 2018 os testes genéticos entraram para o rol da ANS (AGÊNCIA NACIONAL DE SAUDE). Cada síndrome possui seus critérios clínicos para a realização do exame coberto pelo plano de saúde suplementar. Atualmente os planos de saúde cobrem a análise sequencial de genes , ou seja, primeiro sequenciamento do gene associado ao fenótipo do paciente e, se este não encontrar mutações, há cobertura para um painel multigenes, e além disso, se este não encontrar mutações patogênicas/provavelmente patogênicas e o painel não estiver validado para avaliar grandes rearranjos, é coberto uma terceira etapa da investigação, o MLPA (Multiplex Ligation-dependent Probe Amplification), para avaliar grandes deleções/inserções. Esse processo acaba por causar além maior custo econômico, estresse psicológico no paciente, atraso na decisão de cirurgias profiláticas e muitas vezes, surgimento de novos tumores neste período.
Só é possível realizar o painel multigenes upfront pela cobertura do convênio, quando a história familial/pessoal tem critérios para duas síndromes hereditárias distintas, por exemplo: Síndrome de Li Fraumeni, relacionada a mutações no gene TP53 e Síndrome de Câncer de mama e ovário hereditário, relacionadas a mutações germinativas nos genes BRCA1 e 2.
O Objetivo primário deste estudo é realizar a análise clínica e financeira entre o atual modelo de solicitação de exames genéticos presente no rol da ANS proposto em 2018, e compará-lo com o modelo hipotético a ser proposto no trabalho. Será realizado um levantamento clínico e econômico da investigação molecular de gene único em sequencia e compará-lo com realização do painel upfront o painel nos pacientes que preencham critérios para síndrome hereditária de predisposição ao câncer de mama e ovário.
Orientador:
Alexandre André Balieiro Anastácio da Costa
Resumo do projeto:
O câncer de ovário é a neoplasia ginecológica mais letal. A sobrevida global em 5 anos para pacientes com estágio IIIC é de apenas 25-30%. A principal alteração molecular dessas neoplasias é a grande instabilidade genética, consequência da presença de mutações somáticas do TP53 em 97% dos casos. Outra alteração frequente é a amplificação de CCNE1 observada em 15 a 20% dos casos. A superexpressão de Ciclina E1 consequente da amplificação de CCNE1 é capaz de liberar o checkpoint G1-S do ciclo celular, fazendo com que as células entrem numa fase S com aberrações genômicas não corrigidas. Células com essa alteração são muito dependentes do checkpoint G2-M para evitar a apoptose por catástrofe mitótica. A tirosina quinase Wee1 é um dos reguladores do checkpoint G2-M. Um inibidor de Wee1, ADZ1775 está em fases inicias de estudo clínico, observando-se resposta parcial em alguns casos de cancer de ovário. Considerando que a superexpressão de ciclina E1 pode colaborar com a ausência de p53 para evadir o checkpoint G1-S, acreditamos que pacientes que possuam estas duas alterações possam apresentar maior sensibilidade ao tratamento com ADZ1775. Assim, este projeto tem o objetivo de verificar em ensaios pré-clínicos a sensibilidade do câncer de ovário superexpressando ciclina E1 ao tratamento com AZD1775 em presença ou ausência de mutações em TP53; e avaliar a frequência de amplificação de ciclina E1 e mutações em TP53 nas pacientes com câncer de ovário no A.C.Camargo Cancer Center.
Orientador:
Benedito Jorge Pereira
Resumo do projeto:
Introdução: os inibidores imunes do checkpoint (ICIs), estão associados a toxicidades imuno-mediadas, podendo causar nefrites, colites, tireoidites, dermatites e pneumonites. Objetivos: avaliar a incidência de disfunção renal nos pacientes com melanoma em uso de ICIs, relacionar fatores clínicos e laboratoriais da lesão renal aguda (LRA) durante o uso de ICIs isolado e combinados. Métodos: Estudo clinico, observacional, de coorte retrospectiva, para identificar fatores clínicos e laboratoriais da LRA de pacientes com melanoma em uso dos ICIs (isolados e/ou combinados): nivolumabe, pembrolizumabe, ipilimumabe; realizado no setor de quimioterapia do AC Camargo Cancer Center, através do acesso ao sistema da REDCAP. Serão coletados dados: sexo, idade, morbidades como o diabetes, hipertensão, doença pulmonar, hepatopatias, doenças cardiovasculares, estadiamento tumoral, esquemas quimioterápicos prévios, cirurgias, tipo de ICIs e doses; dados laboratoriais como: uréia, creatinina, sódio, urina tipo 1, no momento antes da exposição a droga, e em cada ciclo subsequente com avaliação clinica e laboratorial. A análise estatística será realizada no programa SPSS e os resultados apresentados em média, desvio padrão e porcentagens, sendo considerado significativo quando o p<0,05.
Orientadora:
Giovana Tardin Torrezan
Resumo do projeto:
Atualmente o diagnóstico genético de indivíduos em risco para síndromes de predisposição hereditária ao câncer (SPHC) é realizado através do sequenciamento de nova geração de painéis multigenes contendo de uma dezena a uma centena de genes de predisposição ao câncer (GPC). Estudos recentes de literatura e do nosso grupo evidenciam que uma pequena parcela dos pacientes portadores de SPHC apresenta variantes patogênicas/provavelmente patogênicas (P/PP) em mais de um gene, incluindo genes de alta e moderada penetrância ao câncer. Esta condição foi recentemente descrita como síndrome de neoplasia hereditária multilocus (MINAS). No entanto, as implicações clínicas relacionadas à expressividade de múltiplas variantes em um indivíduo ainda são amplamente desconhecidas. Assim, a caracterização fenotípica e molecular de indivíduos e famílias nas quais duas ou mais variantes P/PP estão segregando pode fornecer evidências sobre a etiologia dos tumores, efeitos sinérgicos e riscos modificados nestes indivíduos. Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo descrever as características clínicas de pacientes/famílias com MINAS e avaliar características moleculares (expressão proteica e perda de heterozigose) dos tumores desses indivíduos, buscando definir relações de etiologia entre variantes e tumores. Além dos objetivos principais do trabalho, este projeto também tem como escopo a formação técnica e científica do aluno, que terá a oportunidade de se envolver em outros projetos do grupo relacionados ao tema de tumores hereditários.
Orientadora:
Maria Paula Curado
Resumo do projeto:
A estimativa mundial de câncer para o ano de 2018 foi de 18,1 milhões de casos novos, com 9,6 milhões de óbitos. O câncer de mama representa 11,6% desta parcela, com previsão estimada de 2,1 milhões de casos novos. É a neoplasia mais comum na população feminina. No Brasil, a estimativa de câncer de mama para o ano de 2019 é de 59.700 novos casos, o que equivale a 29,5% dos cânceres em mulheres, excluindo-se o câncer de pele não melanoma. Em 2019, a taxa ajustada de incidência de câncer de mama no Brasil para a população feminina foi estimada em 54,69 novos casos por 100.000 mulheres. O estado de São Paulo apresenta a maior estimativa nacional de casos novos, 16.340, com taxa bruta de 70,89 casos por 100.000 mulheres. O câncer de mama é a quinta causa de morte por câncer no mundo, equivale a 627.000 mortes. Os fatores de risco para câncer de mama em mulheres na pré e pós-menopausa são diferentes. Os fatores genéticos/hereditários associados aos casos de câncer de mama estão relacionados à presença de mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, além disso, as mulheres que apresentam um histórico de câncer de mama em parentes de primeiro grau têm um risco elevado em 1,75 vezes, já para aquelas que apresentam dois ou mais casos entre os familiares de primeiro grau, esse risco se eleva em até 2,5 vezes. Além disso, a exposição frequente a radiação ionizante, infertilidade e consumo de álcool também são considerados como fatores de risco. As neoplasias de mama são hormônio-dependentes. Na membrana da célula tumoral existem proteínas conhecidas como receptores, o status destes (positivo ou negativo) tem importantes implicações no tratamento e na sobrevida dos pacientes pois influem diretamente nos fatores de crescimento e agressividade do tumor. A imunomarcação de receptores para estrógeno, progesterona, HER-2 e E-caderina são importantes no planejamento terapêutico do câncer de mama.
Orientador
Almir Bitencourt
Resumo do projeto
O câncer de mama é uma doença heterogênea. Na prática clínica, as pacientes com carcinoma mamário invasivo são classificadas em imunofenótipos (Luminal, HER2 e Triplo-negativo) com difere+A1:D28nte apresentação, prognóstico e tratamento. Atualmente, a quimioterapia neoadjuvante (QTN) é o padrão de tratamento para pacientes com câncer de mama localmente avançado. Este tratamento permite a redução do tamanho do tumor, facilitando o tratamento cirúrgico e o tratamento precoce de eventuais metástases subclínicas, além de possibilitar a avaliação in vivo da resposta tumoral aos agentes quimioterápicos utilizados. A resposta patológica completa (pCR) ao final do tratamento tem importante valor prognóstico, sendo utilizada em muitos estudos como desfecho substituto para a previsão de benefício clínico a longo prazo, como a sobrevida livre de doença e a sobrevida global. A Ressonância Magnética (RM) de mamas é uma ferramenta diagnóstica que fornece informações morfológicas e funcionais importantes para a caracterização dos carcinomas mamários. Este método tem sido cada vez mais utilizado na prática clínica, seja para rastreamento, diagnóstico, planejamento terapêutico e avaliação de resposta após a QTN. O objetivo deste trabalho é comparar as características clínicas, de imagem (RM) e anatomopatológicas de pacientes com carcinoma mamário invasivo com a resposta patológica ao tratamento neoadjuvante.
Orientador:
José Guilherme Vartanian
Resumo do projeto:
Introdução: O retardo no diagnóstico e tratamento das neoplasias malignas é reconhecidamente um fator de piora prognóstica na maioria dos casos. Porém, este aspecto é mais controverso nos pacientes com câncer bem diferenciado de tireoide, o qual geralmente apresenta evolução indolente e bom prognóstico na maioria dos casos. Os dados na literatura são escassos neste cenário.O câncer de tireoide apresenta uma incidência crescente nos últimos anos em todo o mundo, principalmente as custas de um maior numero de casos diagnosticados de forma incidental em exames de imagem de rotina. No Brasil, muitos pacientes têm seu diagnóstico e tratamento realizados pelo sistema único de saúde, os quais podem ter dificuldade de acesso ao sistema de saúde, e muitas vezes aguardam longos períodos na espera pelo tratamento.
Objetivo: Analisar se há diferenças na apresentação clínica, nos tratamentos e no desfecho de pacientes com câncer de tireoide tratados pelo sistema público de saúde e pelo sistema de saúde suplementar, em um centro de referencia oncológico em São Paulo.
Metodologia: Estudo retrospectivo de uma série consecutiva de pacientes adultos tratados por câncer bem diferenciado de tireoide em um centro de referencia oncológico, no período de um ano (2019-2020), submetidos a tratamento cirúrgico, comparando as variáveis clinico-patológicas, terapêuticas e de desfecho em curto prazo.
Orientador:
Paulo Roberto Stevanato Filho
Resumo do projeto:
Introdução: A cirurgia minimamente invasiva já é consensual no tratamento cirúrgico do câncer colorretal. Mais recentemente, o uso da tecnologia robótica passou a compor o arsenal disponível para o tratamento particularmente do câncer do reto. Objetivo: verificar a curva de tempo e número de cirurgias necessárias para a incorporação dessa nova tecnologia em um hospital de referência oncológica. Materiais e Métodos: trata-se de um estudo de coorte retrospectiva, a partir de um banco de dados de pacientes submetido a cirurgia radical para tratamento de Adenocarcinoma de reto no período de setembro de 2015 a dezembro de 2019. O período corresponde ao início da implantação do programa robótico para câncer colorretal no A.C.Camargo Cancer Center, até o momento mais atual. Os desfechos principais serão: tempo de cirurgia; tempo de internação hospitalar; taxa de complicações em 30 dias; taxa de mortalidade; taxa de reinternação hospitalar em 30 dias. Análises serão realizadas para determinar o número de cirurgias necessárias para se atingir um platô de estabilização dessas variáveis, caracterizando curva de aprendizado e curva de implementação da nova tecnologia. Resultados esperados: espera-se que em um centro de referência, com alto volume de pacientes tratados, a implantação de uma nova tecnologia seja mais rápida e mais segura.
Orientador:
Celso Abdon de Mello
Resumo do projeto:
O envelhecimento da população é um fenômeno mundial e que já ocorre na sociedade Brasileira. Isso tem levado ao aumento da incidência de câncer. É estimado que em 2025 existirão 1,2 bilhões de pessoas com mais de 60 anos, sendo que os idosos mais velhos (com 80 anos ou mais) constituirão um grupo etário de expressiva importância numérica. O tratamento oncológico requer um grande envolvimento do paciente e seus familiares no entendimento do problema e compreensão dos efeitos adversos e resultados esperados. Sabe-se que o envelhecimento é acompanhado do declínio na capacidade cognitiva e por consequência dificuldade de se relacionar pelos meios de comunicação atuais. Sabe-se hoje que muitas formas de comunicação com o paciente durante o tratamento oncológico requer uso de aplicativos para marcação de exames, consultas, comunicação com médico e enfermeiro, relato de eventos adversos do tratamento. No entanto, essas formas de comunicação eletrônicas podem ser uma barreira para adesão de pacientes octogenários ou pacientes que não tem acesso a estes meios.
Desta forma, o objetivo deste trabalho é avaliar o grau de conectividade de pacientes idosos com diagnóstico de câncer.
Objetivo:
Principal – avaliar o grau de conectividade de pacientes idosos com diagnostico de câncer
1.a - Avaliar as formas de comunicação do paciente com o serviço de saúde
2.b - Correlacionar as formas de comunicação com variáveis clínicas e de tratamento
1.c - Correlacionar as formar de comunicação com variáveis sociodemográficas
2. - Correlacionar o nível de conectividade com qualidade de vida global
3. - Correlacionar nível de conectividade com toxicidade e adesão ao tratamento (cirurgia, quimioterapia, radioterapia)
Orientador:
Marcos Duarte Guimarães
Resumo do projeto:
A ressonância magnética (RM) da próstata demonstra ser uma ferramenta muito útil no diagnóstico, planejamento de biópsia e detecção de recidiva pré e pós terapêutica, sobretudo em pacientes com elevação de biomarcadores (recidiva bioquímica). Usualmente, é utilizada a técnica multiparamétrica por RM (mpMRI) através das sequências T1, T2, difusão (DWI) e dinâmica com uso de contraste intravenoso paramagnético baseado em gadolíneo (DCE). Embora as reações adversas ocorram em uma menor frequência, quando comparadas com as reações adversas provocadas pelo uso de contraste iodado empregado nos exames de radiografia e tomografia computadorizada, o uso do gadolíneo não é isento de risco. São conhecidas reações idiossincráticas, não idiossincráticas, fibrose nefrogênica sistêmica (FNS) e, mais recentemente, deposição cerebral de partículas deste meio de contraste, sobretudo nos núcleos da base (caudado e puntamen) promovendo lesão destas estruturas. Disfunções hepáticas, associação com esclerose múltipla e outras doenças já foram descritas na literatura em associação com deposição cerebral do gadolíneo. O presente estudo tem como objetivo avaliar se o estudo bi-paramétrico da próstata através das ponderações T2 e DWI é suficiente para caracterizar lesões prostáticas malignas ou suspeitas de malignidade com o mesmo desempenho da análise multiparamétrica, sem os riscos do uso intravenoso do contraste paramagnético. Será realizado um estudo retrospectivo dos pacientes encaminhados para investigação diagnóstica, vigilância ativa e estadiamento para câncer de próstata, submetidos a mpMRI. Dados demográficos e relacionados a caracterização das lesões serão coletados através do prontuário médico e sistema de arquivamento digital de imagens médicas. Serão elaboradas 2 classificações por exame, uma bi-paramétrica e outra multiparamétrica, através do sistema de classificação do Colégio Americano de Radiologia - PIRADS versão 2.1. Será considerado padrão ouro o estudo histopatológico das lesões submetidas a biópsia, ressecção transuretral ou ressecção cirúrgica. Sendo assim, busca-se avaliar o desempenho da RM bi-parametrica como uma ferramenta importante para o médico caracterizar as lesões prostáticas malignas ou suspeitas de malignidade com o mesmo desempenho da análise multiparamétrica, sem os riscos do uso intravenoso do contraste paramagnético.
Orientadora:
Ludmilla T. D. Chinen
Resumo do projeto:
O carcinoma renal representa um dos 10 tipos de câncer mais incidentes no mundo. Constitui m grupo heterogêneo e uma de suas principais variantes histológicas é o câncer renal de células claras (CRCC). Poucas metodologias estão disponíveis para detecção precoce desta neoplasia. Diante dessa heterogeneidade tumoral, diversos estudos vêm sendo realizados para caracterização molecular deste tipo de tumor visto por meio da mutação de genes, angiogênese, adaptação ao microambiente tumoral e vias do sistema imune, PD-1. Em pacientes tratados com terapias alvo e/ou imunoterapias, a busca de biomarcadores são essenciais para predizer precocemente resposta ao tratamento. A invasão da corrente sanguínea pelo tumor se dá por meio das células tumorais circulantes (CTCs). Existem algumas formas de isolar CTCs, utilizando princípios físicos, imunológicos e moleculares. Em nosso centro, utilizamos a metodologia ISET (Isolation by Size of Epithelial Tumor Cells). A análise de células de tumores renais demonstrou características epiteliais, mesenquimais e de células tronco. O presente projeto tem por objetivo detectar CTCs presentes no sangue periférico de pacientes com CRCC e correlacionar com a resposta ao tratamento e sobrevida livre de progressão. Serão analisadas amostras de sangue de aproximadamente 20 pacientes (10 mL) antes do início do tratamento e após 30, 60 e 90 dias. As CTCs serão detectadas pelo sistema ISET e depois será imunocitoquimica para identificação dos marcadores comumente identificados me tumores primários como CK, CD133+, PDL-1, HIF, PBRM1, SETD2, BAP1 e VEGF. Esperamos com este estudo verificar se as CTCs podem ser usadas como fatores prognósticos em CRCC.
Orientador:
Benedito Jorge Pereira
Resumo do projeto:
Introdução: Em 2018, no Brasil houve 582.590 novos casos de câncer documentados. Os tratamentos utilizados, os procedimentos cirurgicos, a radioterapia e a quimioterapia são métodos utilizados para retirada, regressão e/ou tratamento clínico do câncer. Entre os quimioterápicos mais antigos que já foram utilizados, a Cisplatina (cis – diaminocloroplatina II ou CDDP) ainda é empregada no início do tratamento de alguns tumores (mama, pulmão, cabeça e pescoço, ovário e testículo) como primeira linha de tratamento, porém seu uso é restrito por sua conhecida nefrotoxicidade. Objetivos: Realizar o levantamento sobre a incidência de lesão renal aguda nos pacientes em uso de quimioterapia ambulatorial com cisplatina; avaliar se drogas de uso contínuo podem prevenir a ocorrência de nefrotoxicidade pela cisplatina. Métodos: estudo clínico, de coorte, observacional, prospectivo, para identificar o perfil dos pacientes submetidos ao tratamento com Cisplatina no Hospital AC Camargo, o uso continuo de fármacos que possam auxiliar na prevenção da Cisplatina, como Imatinibe, Cimetidina, Carvedilol, N-acetil cisteína, Omeprazol, Enalapril,Cetoprofeno, Vitamina E e C. Os pacientes serão submetidos a questionário sobre seu estado de saúde e morbidades prévias e coletados amostras de urina para avaliação da urina I e estudo de biomarcadores de lesão renal precoce (relação microalbuminúria/Cr urinaria), coletados antes do início da terapia com cisplatina, 7 dias e depois de 3 meses. Serão anotados dados do prontuário eletrônico como morbidades associadas, tipo de tumor e tratamento instituído e dados laboratoriais coletados durante o seguimento dos pacientes. A análise estatística será realizada no programa SPSS e os resultados apresentados em média, desvio padrão e porcentagens, sendo considerado significativo quando o P<0,05
Orientadora:
Marina De Brot Andrade
Resumo do projeto:
Parâmetros anatomopatológicos tradicionais estão entre os principais fatores prognósticos do câncer de mama, destacando-se o tamanho do tumor primário, grau e tipo histológicos, comprometimento axilar e invasão angiolinfática. Assim, o estudo histopatológico do câncer de mama através da coloração de rotina (método de hematoxilina & eosina - H&E) permanece como etapa necessária na avaliação de pacientes com câncer de mama; as informações obtidas através do exame anatomopatológico são essenciais na determinação do prognóstico de pacientes, com utilidade clínica já comprovada. Há consenso na literatura de que o status axilar, ou seja, a presença ou ausência de metástases em linfonodos axilares, é o principal fator prognóstico do câncer de mama. Além do exame dos linfonodos axilares, a presença de extensão extracapsular (EEC) também deve constar do laudo anatomopatológico, uma vez que tal achado está associado ao aumento das taxas de recidiva locorregional e à presença de metástases em linfonodos axilares não-sentinelas. Define-se como extensão ou extravasamento extracapsular a disseminação extranodal do depósito metastático, através da cápsula linfonodal, em linfonodos axilares comprometidos pelo tumor. A maioria dos estudos abordou apenas o papel da presença de extensão extracapsular em linfonodos sentinelas metastáticos de pacientes com câncer de mama em predizer metástases adicionais em linfonodos não sentinela para indicação subsequente de esvaziamento axilar e/ou radioterapia. Raros são os trabalhos que avaliaram o significado e a relevância da medida da EEC nas metástases em linfonodos axilares. Alguns autores demonstraram que a medida da EEC >1 mm ou ≥2 mm estaria associada independentemente com a presença de recorrência locorregional e maior carga tumoral axilar na linfadenectomia complementar subsequente à biópsia de linfonodo seninela. Considerando-se a relevância do status axilar como fator prognóstico e a escassez de dados na literatura em relação à relevância clínica da medida da extensão extracapsular em pacientes com câncer de mama e linfonodos sentinela axilares positivos para metástases, fica evidente a necessidade de novos trabalhos que abordem tais aspectos. Diante disso, o objetivo do presente estudo é avaliar o impacto prognóstico da medida da extensão extracapsular em linfonodos axilares metastáticos de pacientes com câncer de mama, bem como verificar a associação da dimensão do maior foco de transposição capsular com a presença e número de metástases nos linfonodos não-sentinela. Serão incluídos todos as pacientes com diagnóstico de câncer de mama que tenham comprometimento axilar submetidos a tratamento cirúrgico com biópsia de linfonodo sentinela no A.C.Camargo Cancer Center (ACCCC) no período de 2000 a 2020, com ou sem esvaziamento axilar subsequente. Os dados clínicos e patológicos serão obtidos retrospectivamente a partir dos prontuários médicos e laudos dos pacientes. As lâminas originais serão obtidas a partir dos arquivos do Departamento de Anatomia Patológica e revistas pelos mesmos patologistas para a determinação da medida da extensão extracapsular (EEC) em linfonodos sentinela axilares com metástases. A aferição da dimensão da EEC será realizada através de régua milimetrada acoplada à lente ocular do microscópio. Cada foco de EEC será aferido através da medida (em milímetros) em duas dimensões: medida longitudinal da EEC, perpendicular à cápsula linfonodal – PEEC; medida transversal ou circunferencial da EEC, transversal à cápsula – CEEC. A partir destes valores, será calculada a área de EEC (AEEC). No tecido adiposo axilar, também serão examinadas a presença ou ausência de implantes tumorais e de êmbolos neoplásicos em vasos sanguíneos/linfáticos. Análise univariada será realizada para avaliar a associação das medidas de EEC (PEEC, CEEC, AEEC) em linfonodos axilares positivos para metástases com outros parâmetros clínicos e anatomopatológicos, recidiva local, regional e à distância, sendo empregado o teste de qui-quadrado.
Para as medidas longitudinal/perpendicular e circunferencial da EEC (PEEC e CEEC), utilizaremos tanto o ponte de corte de 2 mm previamente descrito na literatura, quanto o valor das medianas das medidas encontradas em nossa amostra. Com relação à área de EEC (AEEC), adotaremos o ponto de corte de 4 mm2 (AEEC = 2 mm x 2 mm = 4 mm2). Examinaremos ainda a associação entre êmbolos neoplásicos no tecido adiposo axilar e outras características clínico-patológicas. Para verificar a associação das diferentes variáveis com a sobrevida dos pacientes será empregado o método de Kaplan-Meier. Análises multivariadas com regressão de Cox para predição de metástases nos linfonodos não-sentinela e para sobrevida serão realizadas, com ajuste para todas as variáveis estudadas, a fim de determinar o valor prognóstico independente da PEEC, CEEC, AEEC e êmbolos neoplásicos axilares. Um valor de p<0.05 será considerado significativo em todas as análises. Finalmente, para determinar se haveria novos pontos de corte para PEEC, CEEC e AEEC que poderiam melhor predizer a carga tumoral axilar, recorrência do câncer ou óbito, serão geradas curvas Receiver Operator Characteristic (ROC).
Orientadora:
Maria Paula Curado
Resumo do projeto:
Abstract: O câncer gástrico foi a terceira causa de morte por câncer no mundo em 2018. O objetivo deste estudo foi descrever as características de pacientes portadores de adenocarcinoma gástrico Estádio I quanto ao estadiamento clínico, patológico e neoadjuvante em uma coorte prospectiva no A.C. Camargo Cancer Center (ACCC). Método: Os casos são 63 pacientes Estádio I portadores de adenocarcinoma gástricos tratados no ACCC. Os casos foram analisados por meio de frequências absolutas relativas e na comparação entre estadiamento clínico versus tratamento cirúrgico e terapia neoadjuvante pelo Tumor (T) e Linfonodo (N) foi usado o Teste Qui-quadrado. Resultados: Dos 63 pacientes estádio I, 29/63 (46%) eram estádio I clínico e 34/63 (54%) após o tratamento cirúrgico e neoadjuvante que eram estádios II e III que migraram para estádio I. Quanto ao sexo 36/63 pacientes (57%) eram do sexo masculino, com idade média de 58,7 anos, 63% eram brancos e 79% possuíam convênio médico. Ao exame endoscópico 68,3% (n=43) das lesões eram ulceradas e 55,6% (n=35) do tipo histológico difuso. Os pacientes tratados com neoadjuvância, tiveram redução de 100% do tumor gástrico T3/T4 (p<0.001), e 78,5% dos linfonodos regionais (p=0.001). Conclusão: A terapia neoadjuvante em pacientes portadores de adenocarcinoma gástrico demonstrou regressão de tumor (T) e dos linfonodos regionais (N) com aumento do número de casos estádio I pós tratamento.
Palavras-chave: Neoplasias Gástricas; Terapia Neoadjuvante; Estadiamento de Neoplasias
Orientadora:
Gláucia Hajj
Resumo do projeto:
O carcinoma renal é constituído por um grupo heterogêneo de doenças que estão relacionadas à diferentes alterações genéticas. O carcinoma renal de células claras (ccRCC) é o subtipo histológico mais comum, sendo responsável por cerca de 70% dos casos. A maioria dos pacientes com esse diagnóstico tem doença localizada; cerca de 25 a 40% dos pacientes apresentam progressão da doença à distância. Essa patologia está relacionada a alterações genéticas como mutação dos genes VHL, PBRM1, SETD2 e BAP1. Esse último participa da degradação seletiva de inúmeras proteínas de vida curta em células eucarióticas, de tal forma que essa gente é responsável por participar da produção de importantes enzimas de sinalização e reparo de danos ao DNA. Mutações no BAP1 estão associadas com uma forma mais agressiva do câncer e com um pior prognóstico. Há associação entre mutação no BAP1 e um alto grau de Fuhrman. Apesar dos avanços de terapias para o ccRCC, este ainda apresenta recidiva em cerca de 30% dos casos e falha na resposta terapêutica em cerca de 30% dos casos. Por esse motivo, deve-se ampliar o conhecimento sobre os mecanismos moleculares associados a esse tumor, justificando o objetivo de levantar dados clínicos e patológicos dessa doença para compreender o valor prognóstico de diversas variáveis. Neste projeto sera realizado levantamento de variáveis clinicas e sua associação com a presença de alterações de expressão de BAP1, o que pode ser sugestivo de presença de mutações neste gene.
Orientador:
Antonio Paulo Nassar Junior
Resumo do projeto:
A fragilidade é um conceito que descreve um estado em que o paciente tem uma redução da reserva física, cognitiva ou fisiológica. A fragilidade tem sido associada a maior mortalidade em pacientes cirúrgicos, críticos e com câncer. Além disso, situações de vulnerabilidade social têm sido descritas como fator de risco para a fragilidade. Apesar dessas descrições, não está claro se pacientes que são admitidos ao sistema de saúde via sistema público ou privado têm diferentes prevalências de fragilidade. Este estudo propõe-se a avaliar a prevalência da síndrome de fragilidade em uma população de pacientes com câncer admitidos na UTI e avaliar se esta prevalência é diferente entre pacientes admitidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou pelo sistema de saúde suplementar.
Orientador:
Antonio Paulo Nassar Junior
Resumo do projeto:
O prognóstico de pacientes com câncer admitidos na unidade de terapia intensiva (UTI) tem melhorado consideravelmente nos últimos anos. No entanto, alguns pacientes ainda apresentam elevadas mortalidades, como os pacientes com tumores hematológicos. Estes pacientes apresentam gravidade maior que os pacientes com tumores sólidos admitidos na UTI, sendo admitidos frequentemente por complicações clínicas, como sepse. A funcionalidade prévia do paciente é sabidamente um fator associado à maior mortalidade em pacientes gerais de UTI, bem como em pacientes com câncer. Possivelmente, pacientes acamados ou com atividades muito limitadas não se beneficiam de internação na UTI, bem como das medidas invasivas comumente empregadas em pacientes graves. Assim, o presente estudo propõe-se a avaliar, em uma população de pacientes com tumores hematológicos admitidos na UTI, se pacientes com funcionalidade comprometida usam recursos de forma desproporcional àqueles com funcionalidade preservada.
Orientador:
Martín Roffé
Resumo do projeto:
O esforço conjunto entre centros de câncer, pesquisa acadêmica e indústria farmacêutica é necessário para viabilizar o desenvolvimento de novos medicamentos contra o câncer. Esse esforço combina o entendimento clínico, pesquisa de base, avaliação de áreas com necessidades médicas não-atendidas e a descoberta de novos fármacos. A seleção de alvos moleculares para o desenvolvimento de novos fármacos através de programas de química medicinal depende de etapas de identificação e validação de novos alvos de interesse. Diversas abordagens são utilizadas nessas etapas, como, por exemplo, a avaliação de perfil de mutação e expressão gênica de proteínas alvo, assim como a determinação da atividade enzimática. Além disso, abordagens de biologia molecular são comumente utilizadas para a manipulação de uma proteína visando investigar seu papel na proliferação, migração celular e em outros processos biológicos relevantes para a progressão tumoral. Por fim, o desenvolvimento de sondas químicas é uma etapa importante para a verificar que o alvo molecular determinado possa ser modulado de maneira dose dependente, seletiva e reversível. Historicamente, uma das classes de proteínas com função importante na formação e progressão de tumores é a classe das proteínas quinases. Essa classe é formada por aproximadamente 540 proteínas humanas, porém atualmente menos de 10% das quinases em nosso genoma foram amplamente estudadas e utilizadas como alvos terapêuticos. Apesar de representar uma classe ampla, as quinases são suficientemente diferentes para permitir o desenvolvimento de inibidores que sejam seletivos para quinases específicas. O presente projeto visa selecionar um grupo de proteínas quinases pouco exploradas e avaliar a importância dessas quinases como alvos terapêuticos potenciais para tumores específicos. O potencial dessas proteínas será inicialmente investigado em tumores sólidos, utilizando métodos de bioinformática, biologia celular e molecular e química medicinal. O projeto será possível devido à colaboração de cientistas do A.C.Camargo Cancer Center e da Aché laboratórios, que possuem experiência complementar nas metodologias que serão utilizadas no projeto.
Orientador:
Tiago da Silva Medina
Resumo do projeto:
Células T CD8 possuem como característica principal a capacidade de eliminar células alvo que apresentem antígenos estranhos. Este processo é fundamental para a eliminação antigênica e para o reestabelecimento da homeostase do organismo. A depender da repetitividade, duração e magnitude da ativação do TCR, as células T CD8 podem adquirir um perfil de exaustão celular. A ativação excessiva e sustentada está intrisicamente relacionada com a indução da exaustão de linfócitos T. Como consequência, os linfócitos tornam-se funcionalmente ineficazes e incapazes de eliminar infecções virais crônicas ou tumores. Neste sentido, a identificação e a caracterização de drogas capazes de modular positivamente a resposta de linfócitos T CD8 são essenciais para o desenvolvimento de estratégias terapêuticas em cenários complexos como o câncer. Neste projeto, nós avaliaremos a atividade modulatória de dois grupos de inibidores epigenéticos sobre a função efetora de linfócitos T CD8 humanos. Como sustentáculo da nossa hipótese, mostramos recentemente que moduladores epigenéticos influenciam a atividade de linfócitos T CD4 murinos e humanos, alguns favorecendo a resposta regulatória, com o aumento funcional de células T reguladoras, e outros favorecendo a resposta pró-inflamatória, com indução aumentada de mediadores pró-inflamatórios, como IFN-gama e TNF-alfa. Lançamos, portanto, a hipótese de que moduladores epigenéticos possam atuar como reguladores da resposta de linfócitos T CD8 humanos. Acreditamos que os moduladores epigenéticos que serão testados neste projeto têm um enorme potencial para a regulação da resposta efetora de linfócitos T CD8 e poderão ser utilizados como estratégia terapêutica para o controle tumoral.
Orientadora:
Cláudia Malheiros Coutinho Camillo
Resumo do projeto:
Os tumores de glândulas salivares compreendem um grupo heterogêneo de lesões, apresentando diferentes características histológicas e comportamento clínico diverso. Esses tumores são classificados em benignos e malignos, e correspondem a cerca de 3% dos tumores de cabeça e pescoço, sendo o adenoma pleomórfico, o carcinoma mucoepidermoide e o carcinoma adenoide cístico os tipos histológicos mais frequentes.
A baixa incidência dos tumores de glândula salivar, aliada à grande quantidade de lesões diferentes presentes neste grupo faz do diagnóstico destas lesões uma atividade desafiadora, especialmente quando existe pouco material para ser analisado. Por isso, a identificação de marcadores biológicos é tão importante.
Metabólitos são moléculas orgânicas que incluem peptídeos, oligonucleotídeos, açúcares, nucleotídeos, ácidos orgânicos, cetonas, aldeídos, aminas, aminoácidos, lipídios, esteroides, alcaloides, entre outros. A análise de metabólitos vem se tornando uma ferramenta poderosa na caracterização de doenças, em particular de tumores. A identificação das alterações moleculares, proteicas e metabólicas e a elucidação do papel delas nos tumores de glândula salivar é fundamental, pois permite o delineamento de terapêuticas mais adequadas para cada paciente.
O objetivo desse estudo é a identificação de um perfil metabolômico diferencial entre os tumores benignos e malignos mais frequentes das glândulas salivares. Para tanto, serão coletadas amostras de saliva de pacientes com tumores de glândula salivar (adenoma pleomórfico, carcinoma adenoide cístico e carcinoma mucoepidermoide) e indivíduos sem evidência de neoplasia, como controle. As amostras serão processadas e analisadas por espectrometria de massas. Os resultados obtidos serão processados e analisados utilizando-se o software MetaboAnalyst. Dados demográficos, clínicos e patológicos de cada caso serão estudados nos prontuários arquivados no SAME do A.C.Camargo Cancer Center.
Orientador:
Tiago da Silva Medina
Resumo do projeto:
Os linfócitos T CD8 humanos são as principais células envolvidas com a eliminação tumoral. Essas células destroem o tumor por meio de mecanismos citotóxicos. Ao reconhecerem as células tumorais, os linfócitos T CD8 produzem proteínas, como a perforina, capazes de formar poros na membrana da célula tumoral. Esse processo facilita a ação de granzimas, proteínas capazes de induzir a morte celular ao ativar a via das caspases e induzir a apoptose tumoral. Além disso, os linfócitos T CD8 produzem mediadores inflamatórios, como IFN-gama e TNF-alfa, que amplificam a inflamação local e favorecem a eliminação do tumor. No microambiente tumoral (MaT), os linfócitos T CD8 estão normalmente disfuncionais e, portanto, não conseguem produzir adequadamente os mediadores inflamatórios necessários para a destruição das células tumorais. Partindo desse pressuposto, estratégias capazes de reprogramar e ativar corretamente os linfócitos T CD8 disfuncionais presentes no MaT são fundamentais para o controle tumoral. Uma estratégia bastante promissora é a utilização de reguladores epigenéticos capazes de reprogramar o epigenoma celular transitoriamente, a fim de retomar o estado funcional dos linfócitos T CD8, induzindo potente atividade antitumoral. Um alvo bastante relevante do ponto de vista clínico é a metiltransferase SUV420H1/H2, cuja ação promove a di- e a trimetilação da lisina 20 na histona 4 (H4K20me2 e H4K20me3). Em estudo anterior feito com a participação do nosso grupo, a utilização de um inibidor da metiltransferase SUV420H1/H2 modulou a função de linfócitos T CD4 do perfil Th1, tornando-os mais inflamatórios, com maior produção de IFN-gama e TNF-alfa. Portanto, lançamos a hipótese de que este inibidor terá ação similar em linfócitos T CD8 humanos. Para testar in vitro tal hipótese, faremos ensaios de cultura de linfócitos T CD8 humanos previamente ativados com anti-CD3/CD28 na presença de IFN-gama, IL-2 e do inibidor da metiltransferase SUV420H1/H2 (A-196) ou na presença de um composto inativo estruturalmente similar (A-197), que será usado como controle negativo. Como controles adicionais, linfócitos T CD8 naives e linfócitos T CD8 ativados somente com anti-CD3/CD28, IFN-gama, IL-2 serão usados. Para a análise da atividade dos linfócitos T CD8 humanos, verificaremos a frequência de linfócitos T CD8 produtoras de IFN-gama, TNF-alfa e Granzima B, a produção desses mediadores no sobrenadante de cultura e a sua expressão gênica. Até o momento, padronizamos as nossas culturas de células e iniciaremos os testes com o inibidor epigenético.
Orientador:
Stênio de Cássio Zequi
Resumo do projeto:
Recentes publicações demonstram que a fusão TIMPRESS-ERG, um evento fundamental na gênese e progressão do câncer de próstata é também importante via para a infeção de desenvolvimento de complicações da COVID 19, geralmente mais comum e mais graves em homens em comparação a mulheres. Pesquisadores da Lombardia mostrou que idosos sob hormonioterapia (bloqueio androgênico, que bloqueia essa via) para câncer de próstata, foram significantemente menos infectados e tiveram menos complicações graves e mortes pelo novo coronavírus.Objetivos: Os autores intencionam avaliar entre a população de homens recebendo terapia de privação androgênica TAP, por castração clínica, no A.C.Camargo Cancer Center, o número de pacientes com testes positivos, infecção clínica, tratamento domiciliar, internação, internação em UTI, complicações graves e óbitos pela COVID 19 em comparação com os demais paciente masculinos da instituição entre março de 2019 e marco de 2020. Métodos: Serão analisados os pacientes constantes do setor de infusão medicamentosa, recebendo gosserelina, triptorelina, leuprorelina, bicalutamida, apalutamida, abiraterona, darolutamtia e apalutamida, inseridos num banco de dados específico deidentificados na plataforma RED CAP. Avaliaremos a incidência de testes positivos, infeção clínica, internações em enfermaria e Uti, complicações e óbitos pela doença, além dos dados clínicos demográficos desses pacientes. O grupo controle será de homens de mesma idade não recebendo TAP. Analises estatísticas são realizadas com o programa SPSS. Serão realizados testes de associação como Chi quadrado ou teste exato de Fisher, serão significantes valores de p<0,005.
Orientador:
Marcos Duarte Guimarães
Resumo do projeto:
A ressonância magnética (RM) da próstata demonstra ser uma ferramenta muito útil no diagnóstico, planejamento de biópsia e detecção de recidiva pré e pós terapêutica, sobretudo em pacientes com elevação de biomarcadores (recidiva bioquímica). Usualmente, é utilizada a técnica multiparamétrica por RM (mpMRI) através das sequências T1, T2, difusão (DWI) e dinâmica com uso de contraste intravenoso paramagnético baseado em gadolíneo (DCE). Embora as reações adversas ocorram em uma menor frequência, quando comparadas com as reações adversas provocadas pelo uso de contraste iodado empregado nos exames de radiografia e tomografia computadorizada, o uso do gadolíneo não é isento de risco. São conhecidas reações idiossincráticas, não idiossincráticas, fibrose nefrogênica sistêmica (FNS) e, mais recentemente, deposição cerebral de partículas deste meio de contraste, sobretudo nos núcleos da base (caudado e puntamen) promovendo lesão destas estruturas. Disfunções hepáticas, associação com esclerose múltipla e outras doenças já foram descritas na literatura em associação com deposição cerebral do gadolíneo. O presente estudo tem como objetivo avaliar se o estudo bi-paramétrico da próstata através das ponderações T2 e DWI é suficiente para caracterizar lesões prostáticas malignas ou suspeitas de malignidade com o mesmo desempenho da análise multiparamétrica, sem os riscos do uso intravenoso do contraste paramagnético. Será realizado um estudo retrospectivo dos pacientes encaminhados para investigação diagnóstica, vigilância ativa e estadiamento para câncer de próstata, submetidos a mpMRI. Dados demográficos e relacionados a caracterização das lesões serão coletados através do prontuário médico e sistema de arquivamento digital de imagens médicas. Serão elaboradas 2 classificações por exame, uma bi-paramétrica e outra multiparamétrica, através do sistema de classificação do Colégio Americano de Radiologia - PIRADS versão 2.1. Será considerado padrão ouro o estudo histopatológico das lesões submetidas a biópsia, ressecção transuretral ou ressecção cirúrgica. Sendo assim, busca-se avaliar o desempenho da RM bi-parametrica como uma ferramenta importante para o médico caracterizar as lesões prostáticas malignas ou suspeitas de malignidade com o mesmo desempenho da análise multiparamétrica, sem os riscos do uso intravenoso do contraste paramagnético.
Orientadora:
Cecilia Maria Lima da Costa
Resumo do projeto:
INTRODUÇÃO
O câncer acomete cerca de 300 mil crianças entre 0 e 19 anos anualmente, de acordo com a Organização Mundial da Saúde. Entre os mais comuns estão as leucemias, tumores de sistema nervoso central (SNC) e os linfomas. Os tumores de SNC têm cerca de 30 mil novos casos diagnosticados anualmente, sendo que a maioria dos diagnósticos é feita nos países desenvolvidos, devido ao maior acesso à saúde e a técnicas diagnósticas. Por terem sintomas inespecíficos, esses tumores costumam ter um diagnóstico retardado, aumentando a chance de sequelas. Além disso, esse tipo de tumor tem um dos maiores índices de mortalidade entre os cânceres infantis.
OBJETIVO
O estudo busca identificar o perfil dos sinais e sintomas de pacientes com tumores de SNC diagnosticados no hospital A.C.Camargo Cancer Center entre 2010 e 2017, além de analisar o tempo entre os primeiros sintomas e o diagnóstico e correlaciona-los com a localização e tipo histológico tumoral, e com o desfecho do paciente. MÉTODO Estudo retrospectivo descritivo realizado com pacientes diagnosticados com tumores de sistema nervoso central no Departamento de Oncologia Pediátrica do hospital A.C.Camargo Cancer Center. A avaliação temporal será de 2010 a 2017. Serão coletados dados de identificação, sinais e sintomas apresentados pelo paciente ao diagnóstico, exame que levou ao diagnóstico, local do tumor, tipo histológico e desfecho. A faixa etária do estudo será de 0 a 18 anos. A análise dos dados será feita no programa SPSS, a partir
de testes qui-quadrado que correlacionam as variáveis.
Orientador:
José Claudio Casali da Rocha
Resumo do projeto:
A identificação de usuários do A.C.Camargo Cancer Center com alto risco oncológico permitirá adotar ações preventivas específicas focadas nas famílias de alto risco, inclusive indicar análises genéticas de predisposição para câncer, com impacto na qualidade de vida e sobrevida.
Hipótese: ações específicas de monitoramento preventivo na população de alto risco com emprego de soluções tecnológicas podem resultar em melhoria da qualidade de vida e sobrevida dos usuários do A.C.Camargo Cancer Center, além de reduzir os custos com cuidados paliativos.
Implantar a triagem oncogenética populacional por meio de entrevista por Robô de Voz.
Implantar a teleorientação genética (Telegenética) utilizando tecnologias de virtual meeting à equipe de profissionais “navegadores” e de usuários do SUS com risco oncológico aumentado.
Objetivos: (1) Implantar a triagem oncogenética populacional por meio de entrevista por Robô de Voz. (2) Implantar a teleorientação genética (Telegenética) utilizando tecnologias de virtual meeting à equipe de profissionais “navegadores” e de usuários do SUS com risco oncológico aumentado. (3) Implantar o modelo de rastreamento organizado para os usuários por meio do aplicativo de celular Biodrive (versão do usuário) e a conectividade com o profissionais de saúde com BiodrivePro (versão do profissional de saúde). (4) Avaliar as taxas de aderência e retenção das tecnologias propostas em telesaúde (QEpi, Telegenética e Biodrive) entre os participantes da pesquisa ao longo do projeto, tanto usuários do SUS, como os profissionais de saúde envolvidos no projeto.
Orientador:
José Claudio Casali da Rocha
Resumo do projeto:
A identificação de usuários do SUS com alto risco oncológico permitirá adotar ações preventivas específicas focadas nas famílias de alto risco, inclusive análises de genes de predisposição genética para câncer. Esperamos que as ações específicas de prevenção primária e secundária na população de alto risco facilitadas pelo emprego de soluções tecnológicas possam resultar em melhoria da qualidade de vida e sobrevida dos usuários do SUS, além de reduzir os custos futuros com os tratamentos oncológicos.
Orientador:
Thais Fernanda Bartelli
Resumo do projeto:
O câncer gástrico é a quarta neoplasia mais incidente no mundo, e 95% de seus diagnósticos correspondem ao Adenocarcinoma Gástrico. Seu tratamento inclui de forma padrão a cirurgia, que pode ser precedida pela quimioterapia que visa diminuir ao máximo a quantidade de células tumorais antes da operação, conhecida como quimioterapia neoadjuvante (QTneo). A microbiota é estudada há tempos como parte responsável pelo desenvolvimento tumoral, com foco principalmente na bactéria Helicobacter pylori e no vírus Epstein-barr quando lidamos com o câncer gástrico. No entanto, o microbioma humano é complexo, e estudos recentes evidenciam uma microbiota própria na cavidade estomacal e a presença de diversas bactérias que são possivelmente aptas a desencadearem o AdG nos seres humanos ou que estão relacionadas com sua disbiose. Além disso, a resposta dos pacientes ao tratamento tumoral, incluindo a resposta a QTneo, é altamente diversificada, e em média somente 10% dos pacientes são considerados bons respondedores. Atualmente, já se sabe que membros da microbiota são capazes de influenciar a ação dos medicamentos quimioterápicos em diversos tipos tumorais. Um estudo em andamento em nosso grupo identificou por sequenciamento da região variável do gene 16S rRNA em amostras de fluidos gástricos de pacientes com e sem AdG, bactérias potencialmente relevantes no desenvolvimento da doença e também potencialmente relacionadas com a resposta a QTneo. Sendo assim, o presente projeto busca validar a presença ou ausência de tais bactérias na microbiota gástrica em um número maior de pacientes com ou sem AdG. Com isso, esperamos poder agregar informações mais detalhadas a respeito da relação entre a microbiota estomacal e o câncer gástrico, além de identificarmos possíveis alvos da microbiota gástrica que sejam uteis como ferramenta diagnóstica/preventiva ou como preditores da resposta à QTneo.
Orientador:
Antônio Cassio Assis Pellizzon
Resumo do projeto:
O tratamento local e sistêmico da neoplasia metastática mudou rapidamente. A presença de várias opções terapêuticas que levam a uma sobrevivência mais longa e mais durável aumentaram o número de pacientes com metástase óssea encaminhados para o tratamento da dor óssea. A radioterapia (RT) é um tratamento eficaz no tratamento paliativo e na redução da dor com origem nas metástases ósseas. No entanto, a radioterapia pode ser administrada usando diferentes esquemas de dosagem. Vários estudos mostraram que cursos mais curtos podem ser tão eficazes quanto cursos mais longos para amenizar uma variedade de sintomas, incluindo dor óssea, porem a sobrevida mais longa tem mostrado que o efeito analgésico não perdura durante toda essa sobrevida aumentada, fazendo com que pacientes necessitem de um segundo curso de irradiação no mesmo local – re-irradiação, que noa esta isenta de efeitos colaterais severos e danosos. O modelo “TEACHH” nos da uma forma se ter uma prever a sobrevida dos pacientes, permitindo assim adequar o melhor esquema terapêutico a sobrevida do pacientes, reduzindo a vinda dos pacientes terminais ao hospital e prolongando o efeito analgésico, com tratamento com esquemas menos protraídos, nos pacientes com melhor perspectiva de sobrevida.
Resultado Final
Aluno | Orientador | E-mail Docente |
Amanda Rondinelli | Tiago da Silva Medina | [email protected] |
André Munir Maluf de Amorim | Marina De Brot Andrade | [email protected] |
Barbara Pascale Costa de Souza | Giovana Tardin Torrezan | [email protected] |
Bárbara Santiago Pires | Almir Galvão Vieira Bitencourt | [email protected] |
Camila Cavalcanti Barcelos Rodrigues | Maria Nirvana da Cruz Formiga | [email protected] |
Caroline Correia Ghensev Barberan | Ludmilla Thomé Domingos Chinen | [email protected] |
Deiwet Ribeiro Silva | Benedito Jorge Pereira | [email protected] |
Giovanna Alves Genari | Antonio Paulo Nassar Junior | [email protected] |
Isabela Granato Travalini | Stênio de Cássio Zequi | [email protected] |
Isabela Mazzeo Turcatto | Cecilia Maria Lima da Costa | [email protected] |
Jose Augusto Stinghen Neto | Alexandre André B A da Costa | [email protected] |
Juliana Cristina Duarte Braga | Marcos Duarte Guimarães | [email protected] |
Maria Laura Doná Mourão | Celso Abdon Lopes de Mello | [email protected] |
Paola Engelmann Arantes | Maria Paula Curado | [email protected] |
Pedro Mastrocinque Pereira Ferreira | Glaucia Noeli Maroso Hajj | [email protected] |
Pedro Nunes Garcia | Cláudia Malheiros Coutinho Camillo | [email protected] |
Sabrina Barbosa dos Santos | Jose Claudio Casali da Rocha | [email protected] |
Sabrina Gardiano Avelino | Martin Roffé | [email protected] |
Thainara Miranda Libânio | Jose Guilherme Vartanian | [email protected] |
Candidato | Área |
Aline Marchioro | Clínica |
Ana Victoria Pontes de Azevedo | Clínica |
Barbara Katopodis | Clínica |
Camille Corcione Turke | Clínica |
Danielle Apolinário de Morais | Básica |
Igor Geoffroy Barbosa Fagundes | Básica |
Karine Corcione Turke | Básica |
Laura Augusto Moreira | Clínica |
Laura Rodrigues dos Santos | Básica |
Maria Beatriz Almeida Silva | Clínica |
Roberta Pascal Pompeo Madeira | Clínica |
Victoria Caleffi Oliveira Simoni | Clínica |
Observação: Poderão ser convocados, em caso de desistência, até janeiro de 2021
Aluno | Orientador | E-mail Docente |
Caio Rodrigues Bedani | Paulo Roberto Stevanato Filho | [email protected] |
Diogo Fábio Dias Teixeira | Marcos Duarte Guimarães | [email protected] |
Erika Zenone Klampfl Vetturi | Maria Paula Curado | [email protected] |
Lucas de Oliveira Siqueira | Jose Claudio Casali da Rocha | [email protected] |
Nathalia Rodrigues de Paula | Benedito Jorge Pereira | [email protected] |
Tainara Rita Pezzini | Antonio Paulo Nassar | [email protected] |
Início do programa
14 de setembro de 2020.
Neste dia haverá uma integração online (plataforma TEAMS) obrigatória para os candidatos aprovados. Enviaremos o link de acesso e demais orientações por e-mail.
Aprovados na modalidade COM Bolsa
Os candidatos aprovados com direito a Bolsa de Estudo, deverão encaminhar as informações bancárias de sua conta no Banco do Brasil (agência e número da conta corrente). Para o e-mail: [email protected] até o dia 10 de Setembro de 2020.
Caso não possua conta neste banco, envie uma mensagem para esse mesmo e-mail solicitando uma declaração para abertura de conta no Banco do Brasil.
Favor sinalizar em caso de desistência, até o dia 10 de setembro de 2020.
Para mais informações, entre em contato pelo e-mail [email protected]
Um Cancer Center não é um hospital, é uma plataforma completa de atendimento, incluindo prevenção, investigação, estadiamento, tratamento, cuidados paliativos e reabilitação. Tudo no mesmo local.