Sarcoma de Partes Moles | A.C.Camargo Cancer Center

Sarcoma de Partes Moles

Cerca de 50% do peso do corpo humano é constituído pelas chamadas partes moles, como músculos, gordura, tendões, ligamentos, vasos sanguíneos, nervos periféricos e outros tecidos. Os tumores que atingem essas estruturas têm origem nas células mesenquimais primitivas, um tipo de célula-tronco presente em todo o organismo.

Wu Tu Chung

Sobre

Ensino Superior em Medicina, concluído em 1985, na Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

Doutorado em Patologia, concluído em 2007, na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Especialização em Cirurgia Oncológica, concluída em 1998, na Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia

Especialização em Ortopedia e Traumatologia, concluída em 1990, na Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia

Especialização em Outros Níveis, concluída em 1990, na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Especialização em Outros Níveis, concluída em 1999, no Colégio Médico Brasileiro de Acupuntura

Registro
CRM 53732
Especialidade
Ortopedia/Traumatologia
Departamento
Ortopedia
Centro de Referência
Sarcomas e Tumores Ósseos
Wu Tu Chung

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Suely Akiko Nakagawa

Sobre

Head de Ortopedia e vice-líder do Centro de Referência de Sarcomas e Tumores Ósseos

É formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) em 1994, com especialização em Ortopedia e Traumatologia pela Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, entre 1995 a 1998. Tem o título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia em 1999, Especialização em Oncologia Ortopédica no A.C.Camargo Cancer Center, Mestrado em Oncologia em 2005 no A.C.Camargo Cancer Center, título de Especialista pela Associação Brasileira de Oncologia Ortopédica em 2008 e título de especialista pela Sociedad Latino Americana de Tumores Musculo Esqueleticos em 2014.

Registro
CRM 82918
Especialidade
Ortopedia/Traumatologia
Departamento
Ortopedia
Centro de Referência
Sarcomas e Tumores Ósseos
Suely Akiko Nakagawa

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Fábio Fernando Eloi Pinto

Sobre

Formado em medicina pela Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp no ano de 2002. 

Residência médica em ortopedia e traumatologia junto ao departamento de cirurgia e ortopedia da Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp no ano de 2005. 

Ortopedista e traumatologista membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

Cirurgião de quadril membro titular da Sociedade Brasileira de Quadril.  

Oncologista ortopedista e membro titular da Associação Brasileira de Oncologia Ortopédica.  

Especialista pela Sociedad Latino Americana de Tumores Musculo Esqueleticos.

Doutorado em oncologia pela Fundação Antônio Prudente / A.C.Camargo Cancer Center.

Registro
CRM 107790
Especialidade
Ortopedia/Traumatologia
Departamento
Ortopedia
Centro de Referência
Sarcomas e Tumores Ósseos
Fábio Fernando Eloi Pinto

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Maria Nirvana da Cruz Formiga

Sobre

Cursou o Ensino Superior em Medicina, concluído em 2003, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte e na sequência realizou uma Especialização em Cancerologia Clínica, concluída em 2007, na Sociedade Brasileira de Cancerologia.

Continuou sua formação com uma pós-Graduação em Cancerologia, concluída em 2008, no A.C.Camargo Cancer Center e depois um Mestrado em Ciências – Área de Oncologia, concluído em 2012 e um Doutorado em Oncologia, concluído em 2016, ambos também no A.C.Camargo Cancer Center.

 

Contato para candidatos a mestrado e doutorado

[email protected]

 

Registro
CRM 110720
Especialidade
Oncologia
Departamento
Oncologia Clínica
Oncogenética
Centro de Referência
Tumores Urológicos
Sarcomas e Tumores Ósseos

Wagner Santana Cerqueira

Sobre

Ensino Superior em Medicina na Universidade Federal da Bahia

Especialização em Radiologia e Diagnóstico por Imagem na Associação Médica Brasileira e Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem

Registro
CRM 132285
Especialidade
Diagnóstico por imagem
Departamento
Diagnóstico por imagem
Centro de Referência
Sarcomas e Tumores Ósseos
Wagner Santana Cerqueira

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Tjioe Tjia Min

Sobre

Ensino Superior em Medicina, concluído em 2000, na Centro Universitário Lusíada

Especialização em Radiologia e Diagnóstico Por Imagem, concluída em 2005, na Associação Médica Brasileira e Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem

Registro
CRM 101260
Especialidade
Diagnóstico por imagem
Departamento
Diagnóstico por imagem
Centro de Referência
Sarcomas e Tumores Ósseos
Tjioe Tjia Min

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Luiz Henrique de Oliveira Schiavon

Sobre

Atuo como médico do departamento de imagem e intervenção percutânea do A.C.Camargo Cancer Center desde março de 2014 em:

  • Assistência médica aos pacientes como radiologista e radiologista intervencionista;  
  • Preceptoria dos residentes de imagem e radiologia intervencionista, participando das aulas e orientando trabalhos de conclusão de curso;  
  • Participação em reuniões multidisciplinares (tumor board) para definição de condutas.  

Formação

Ensino superior em medicina, concluído em 2009, na Universidade do Vale do Sapucaí.  

Especialização em radiologia e diagnóstico por Imagem, concluído em 2013, no Hospital Heliópolis - 2013.  

Fellowship em Radiologia Intervencionista Oncológica, concluído em 2014, no A.C.Camargo Cancer Center. 

Pós-graduação lato sensu em diagnóstico por imagem do sistema musculoesquelético, concluído em 2020, na Faculdade Albert Einstein.  

Visiting Fellowship em Musculoskeletal Interventions, concluído em 2020, na Washington University in Saint Louis. 

Pós-graduação lato sensu em intervenção em dor, concluído em 2022, no Centro de Ensino em Tomografia, Ressonância Magnética e Tomografia (CETRUS).  

Título de especialista em radiologia e diagnóstico por imagem (CBR/AMB).  

Título de especialista em radiologia intervencionista (SOBRICE/CBR/AMB).  

Mestrado em Oncologia pela Fundação Antônio Prudente - A.C.Camargo Cancer Center.  

Registro
CRM 141059
Especialidade
Diagnóstico por imagem
Radiologia Intervencionista (Percutânea)
Departamento
Diagnóstico por imagem
Radiologia Intervencionista (Percutânea)
Centro de Referência
Sarcomas e Tumores Ósseos
Luiz Henrique de Oliveira Schiavon

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Antonio Geraldo do Nascimento

Sobre

Formou-se em Medicina na Universidade do Estado de Guanabara e concluiu a especialização em Patologia em 1979 pela Sociedade Brasileira de Patologia. Foi Professor Emérito de Patologia na Mayo Clinic College of Medicine, nos Estados Unidos, por 22 anos e, em 2012, obteve o doutorado em Oncologia no A.C.Camargo Cancer Center.

Registro
CRM 146474
Especialidade
Anatomia Patológica
Departamento
Anatomia Patológica
Centro de Referência
Sarcomas e Tumores Ósseos
Antonio Geraldo do Nascimento

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Sarcoma de Partes Moles

Cerca de 50% do peso do corpo humano é constituído pelas chamadas partes moles, como músculos, gordura, tendões, ligamentos, vasos sanguíneos, nervos periféricos e outros tecidos. Os tumores que atingem essas estruturas são os sarcomas de partes moles, que têm origem nas células mesenquimais primitivas, um tipo de célula-tronco presente em todo o organismo.

Quando sofre mutação, essa célula provoca o surgimento de tumores como lipossarcoma (tumor das células de gordura), rabdomiossarcoma (tumor do músculo estriado) e leiomiossarcoma (tumor da fibra muscular lisa), entre outros. Existem mais de 50 tipos de sarcomas de partes moles, que são raros, atingem crianças e adultos e podem surgir em qualquer parte do organismo, mas 60% dos casos ocorrem nos braços e nas pernas.

Os sintomas de sarcomas de partes moles variam de pessoa para pessoa e não costumam se manifestar nos estágios iniciais da doença; por isso, apenas metade dos sarcomas desse tipo é diagnosticada precocemente. Além disso, eles variam de acordo com a parte do corpo em que se desenvolvem. Nos braços e nas pernas, por exemplo, podem causar um nódulo que cresce por semanas ou meses, que nem sempre causa dor. Quando se desenvolvem no retroperitônio, a parede de trás do abdome, podem causar dor. Os sarcomas de partes moles podem bloquear o estômago ou os intestinos e também causar sangramentos.

  • Crescimento de nódulo ou caroço em qualquer parte do corpo
  • Dor abdominal que piora com o tempo
  • Sangue nas fezes ou vômito
  • Fezes escuras ou negras, sinal de que há sangramento interno

FATORES DE RISCO

Vale lembrar que fatores de risco aumentam o seu risco de desenvolver câncer, mas isso não quer dizer que você vai obrigatoriamente ter sarcomas de partes moles.

Doenças genéticas

  • Síndrome de Gardner
  • Síndrome de Gorlin
  • Esclerose tuberosa

Síndromes familiais de câncer

  • Síndrome de Li-Fraumeni
  • Retinoblastoma herdado
  • Danos ou retirada de gânglios linfáticos em caso prévio de câncer


Radioterapia para outro caso de câncer.

O paciente com sarcoma nos braços ou nas pernas apresenta um pequeno nódulo que costuma ser chamado “lobinho”, que geralmente são indolores, ao menos no início. Mas eles crescem muito e bem depressa. O exame físico já levanta a suspeita do diagnóstico. Exames por imagem como ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética avaliam o tumor, e raio-X de tórax e tomografia por emissão de pósitrons podem ser pedidos para ver se o sarcoma atingiu os pulmões, onde costumam ocorrer as metástases desse tipo de câncer.

O diagnóstico definitivo é obtido por meio de biópsia por agulha grossa, guiada por ultrassonografia ou tomografia. A análise do material vai definir também o tipo histológico (isto é, o tipo de célula) do tumor, se lipossarcoma (tumor do tecido gorduroso), se rabdomiossarcoma (tumor maligno de músculo estriado) ou outro dos vários tipos de sarcoma de partes moles. Esse exame também determina o grau de malignidade do tumor, que é importante para a escolha do melhor tratamento.

ESTADIAMENTO

O estadiamento da doença é muito importante para o planejamento do tratamento e isso significa saber o tamanho do tumor, verificar a presença ou a ausência de metástases e avaliar a situação dos gânglios linfáticos próximos à região do tumor. Outro elemento importante que faz parte do estadiamento é determinar o grau de malignidade histológica. Os tumores de baixo grau são menos agressivos e com baixo risco de metástases, e os de alto grau, mais agressivos e com risco maior de metástases.

O estadiamento é uma forma de classificar a extensão do tumor e se, ou quanto, ele afetou os gânglios linfáticos ou outros órgãos. Para isso, é usada uma combinação de letras e números:

T de tumor, N de nódulos (ou gânglios linfáticos) e M de metástase, e números que vão de 0 (sem tumor, ou sem gânglios afetados ou sem metástase) a 4, este último indicando maior acometimento.

Grau

Para determinar o grau de malignidade, o patologista observa três características. A primeira é quanto as células doentes se parecem com as normais numa escala de 1 a 3. A segunda é quantas células da amostra parecem estar se dividindo (também numa escala de 1 a 3) e, por último, quanto do tumor é constituído por tecido necrosado, ou seja, tecido morto. Esses fatores são somados para determinar o grau do tumor, sendo os de alto grau os que crescem e se disseminam mais depressa.

  • GX: não há informações suficientes para determinar o grau do sarcoma
  • Grau 1 (G1): total de 2 a 3
  • Grau 2 (G2): total de 4 a 5
  • Grau 3 (G3): total de 6 ou mais

O tratamento dos sarcomas de partes moles envolve cirurgia, quimioterapia radioterapia. A cirurgia é o procedimento básico para tratamento dos sarcomas de partes moles e consiste na remoção do tumor e de uma margem de tecido saudável ao seu redor, para que seja retirada a maior quantidade de células cancerosas possível. O paciente pode receber quimioterapia ou radioterapia antes do procedimento cirúrgico para encolher o tumor e facilitar a cirurgia. Nos sarcomas de alto grau, a quimioterapia é usada tanto para reduzir a incidência de metástases como em seu tratamento. A radioterapia é empregada no controle local da doença.

Há algumas décadas, as amputações dos membros atingidos pela doença chegavam a 60% dos casos, um índice que caiu para 5% a 10% hoje em dia e, mesmo assim, apenas nos casos em que o membro afetado compromete de alguma forma a qualidade de vida do paciente.

Quem teve sarcoma de tecidos moles precisa ter acompanhamento médico periódico, a curtos intervalos, por até cinco anos após o término do tratamento. Depois disso, o acompanhamento pode ser anual, dependendo do caso.