O paciente com sarcoma nos braços ou nas pernas apresenta um pequeno nódulo que costuma ser chamado “lobinho”, que geralmente são indolores, ao menos no início. Mas eles crescem muito e bem depressa. O exame físico já levanta a suspeita do diagnóstico. Exames por imagem como ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética avaliam o tumor, e raio-X de tórax e tomografia por emissão de pósitrons podem ser pedidos para ver se o sarcoma atingiu os pulmões, onde costumam ocorrer as metástases desse tipo de câncer.
O diagnóstico definitivo é obtido por meio de biópsia por agulha grossa, guiada por ultrassonografia ou tomografia. A análise do material vai definir também o tipo histológico (isto é, o tipo de célula) do tumor, se lipossarcoma (tumor do tecido gorduroso), se rabdomiossarcoma (tumor maligno de músculo estriado) ou outro dos vários tipos de sarcoma de partes moles. Esse exame também determina o grau de malignidade do tumor, que é importante para a escolha do melhor tratamento.
ESTADIAMENTO
O estadiamento da doença é muito importante para o planejamento do tratamento e isso significa saber o tamanho do tumor, verificar a presença ou a ausência de metástases e avaliar a situação dos gânglios linfáticos próximos à região do tumor. Outro elemento importante que faz parte do estadiamento é determinar o grau de malignidade histológica. Os tumores de baixo grau são menos agressivos e com baixo risco de metástases, e os de alto grau, mais agressivos e com risco maior de metástases.
O estadiamento é uma forma de classificar a extensão do tumor e se, ou quanto, ele afetou os gânglios linfáticos ou outros órgãos. Para isso, é usada uma combinação de letras e números:
T de tumor, N de nódulos (ou gânglios linfáticos) e M de metástase, e números que vão de 0 (sem tumor, ou sem gânglios afetados ou sem metástase) a 4, este último indicando maior acometimento.
Grau
Para determinar o grau de malignidade, o patologista observa três características. A primeira é quanto as células doentes se parecem com as normais numa escala de 1 a 3. A segunda é quantas células da amostra parecem estar se dividindo (também numa escala de 1 a 3) e, por último, quanto do tumor é constituído por tecido necrosado, ou seja, tecido morto. Esses fatores são somados para determinar o grau do tumor, sendo os de alto grau os que crescem e se disseminam mais depressa.
- GX: não há informações suficientes para determinar o grau do sarcoma
- Grau 1 (G1): total de 2 a 3
- Grau 2 (G2): total de 4 a 5
- Grau 3 (G3): total de 6 ou mais