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Sistema Nervoso Central

 

Sistema Nervoso Central

Os sintomas, o tratamento e o prognóstico dos tumores do Sistema Nervoso Central (SNC) vão depender do tipo de tumor, de sua localização precisa, do tipo de células a partir das quais ele se desenvolve e da idade do paciente. Por isso, é importante entender como funciona o sistema nervoso central e os tipos de células que o formam. Tumores do SNC, tanto em adultos quanto em crianças, geralmente surgem em diferentes áreas e a partir de diferentes tipos de células e têm tratamentos e prognósticos diferentes. Aqui, vamos falar apenas dos tumores de adultos. 

Tumores da medula espinhal podem envolver a região do pescoço, das costas ou da lombar e podem ter origem nas células nervosas da coluna, nos tecidos moles ou nos músculos que sustentam a espinha ou nos ossos que a compõem. Tumores da medula espinhal podem ser perigosos mesmo quando são benignos, porque pressionam regiões importantes da coluna. Ossos, músculos e ligamentos da coluna dão suporte estrutural para o corpo e protegem os nervos que controlam várias funções, como as sensações e os movimentos. As vértebras são os ossos da coluna, empilhados desde a base do cérebro. Em torno delas e entre elas há nervos, ligamentos, músculos e cartilagens. Cinco vértebras estão fundidas na lombar e são chamadas de sacro e as últimas três formam o cóccix. A parte interna da espinha é chamada de medula espinhal e contém nervos, vasos sanguíneos e células de glia, que sustentam os nervos. As meninges, que são compostas por três camadas de tecidos, protegem a parte externa da coluna. Essas camadas são a pia-máter, a camada mais interna, a aracnoide, que é a do meio, e a dura-máter, a mais externa.

Tumores da coluna são classificados de acordo com os tipos de células em que têm origem e se desenvolvem e são tratados de formas diferentes. Os intramedulares são os que se iniciam dentro da medula e incluem os astrocitomas, os ependimomas e os hemangioblastomas. Os intradurais extramedulares começam na dura-máter, mas fora da espinha, e incluem os meningiomas, neurofibromas e schwannomas. Os tumores extradurais geralmente envolvem ossos e cartilagem e podem ser benignos ou malignos, como osteossarcoma, cordoma, condrossarcoma e sarcoma de Ewing.

Além desses, entre os tumores do sistema nervoso central estão os craniofaringiomas, que se desenvolvem na base do encéfalo, junto à glândula pituitária, o neuroma acústico, ou schwannoma, que surge no nervo auditivo e provoca a perda de audição em um ouvido.

Os sintomas de tumores do Sistema Nervoso Central variam de pessoa para pessoa e de acordo com o tipo e a localização do tumor.
Se um tumor da espinha pressiona a coluna ou as raízes de seus nervos, ele pode causar:

  • Dor nas costas, que piora com o tempo, não está associada a nenhuma atividade física e piora quando você se deita
  • Fraqueza muscular ou dormência nos braços e nas pernas que piora com o tempo.
  • Perda generalizada de sensações, dormência e formigamento
  • Perda de sensibilidade em certas áreas do corpo
  • Perda do controle da bexiga e intestinos
  • Paralisia em graus variados
  • Deformidades na espinha
  • Perda de audição e equilíbriozumbido no ouvido, dor de cabeça, náuseas e vômitos (neuroma acústico)
  • Dor ou dificuldade para ficar em pé
  • Disfunção erétil

FATORES DE RISCO

Não se conhecem ainda quais são os fatores de risco para os tumores do sistema nervoso central, mas algumas síndromes familiais de câncer aumentam esse risco:

  • Neurofibromatose tipo 2
  • Doença de Von Hippel-Lindau

Algumas doenças hereditárias também aumentam o risco desse tipo de câncer:

  • Síndrome de Gorlin
  • Síndrome de Turcot
  • Síndrome de Cowden

O exame mais indicado para o diagnóstico de tumores cerebrais e medulares é a ressonância magnética, que permite observar todas as partes da coluna. Isso vale também para os neuromas acústicos. A biópsia costuma ser necessária para determinar qual o tipo de tumor, mas isso quase sempre envolve cirurgia, embora em alguns casos a biópsia por aspiração por agulha fina (BAAF) possa ser utilizada.

ESTADIAMENTO

Não há estadiamento para os tumores da medula espinhal.

Alguns tumores da medula espinhal podem ser removidos cirurgicamente. Quando não é possível retirar completamente o tumor, a radioterapia pode ser usada posteriormente para aliviar a pressão do tumor sobre a espinha. A radiocirurgia estereotáxica é outra forma de tratamento, que concentra a irradiação precisamente sobre o tumor, com menos impacto sobre os tecidos saudáveis.

No caso dos neuromas acústicos, uma das opções, dependendo do caso, é acompanhar sua evolução e só intervir em caso de progressão da doença. A cirurgia é outra possibilidade e seu objetivo é remover o máximo possível do tumor sem danificar nervos importantes, particularmente os que controlam os movimentos dos músculos da face. A radioterapia também pode ser utilizada nesses casos.

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