Entenda mais sobre este conceito que tem como uma das principais características empoderar a pessoa a decidir qual estratégia será adotada durante sua jornada de tratamento – desde que haja evidências científicas que apoiem tal conduta, para a segurança de todos
A Medicina Integrativa é um modelo inovador de cuidado para os pacientes. Tanto que há até um Dia Internacional da Medicina Integrativa, lembrado em 23 de janeiro.
Com foco na saúde e no bem-estar das pessoas em tratamento, a Medicina Integrativa tem como característica principal incorporar o paciente como agente ativo no seu processo de tratamento.
Ou seja, ele pode opinar e ajudar a decidir qual estratégia será adotada, desde que haja comprovação científica em tal estratégia.
De forma individualizada para cada paciente, a Medicina Integrativa também leva em conta uma abordagem holística (corpo, mente e espiritualidade), reconhecendo que cada indivíduo é único em suas características biológicas, culturais, emocionais e sociais.
Medicina Integrativa: resistência
A Medicina Integrativa ainda enfrenta resistência no mundo ocidental, pois reúne profissionais de diversas áreas e formações – defendendo que a interdisciplinaridade é essencial para o cuidado do paciente.
Em 2006, o SUS implementou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). Esse protocolo inclui homeopatia, acupuntura, ioga, massoterapia, entre outras práticas alternativas.
Cuidado Centrado no Paciente
Um dos conceitos centrais da Medicina Integrativa, é ter o paciente no centro do cuidado, valorizando suas necessidades, expectativas e opiniões. No A.C.Camargo, adotamos o modelo de Cuidado Centrado no Paciente e na Família.
Trata-se de uma proposta de cuidados na qual tanto o paciente quanto a família deixam o papel de expectadores para se tornarem agentes ativos, que ajudam na tomada de decisões.
Nesse modelo, que é fortemente recomendado pelas mais modernas evidências científicas, não consideramos apenas as necessidades terapêuticas do paciente oncológico, mas também as questões individuais como crenças, valores e aspectos de sua vida social. Ou seja, é o cuidado com o ser humano na sua integralidade, não somente à doença.
E, quando possível e de forma segura, são realizadas adaptações para contemplar as individualidades.
Hoje, os pacientes e suas famílias se mostram bem informados sobre os tratamentos e as possíveis alternativas.
Isso faz com que eles possam participar cada vez mais ativamente.
Lembrando que essas decisões nunca se sobrepõem à segurança do paciente.
Adaptações
Se a internação prevê uma estada longa, a equipe fará o máximo para que, durante a permanência, o paciente mantenha seus hábitos e se sinta o mais confortável possível.
O Cuidado Centrado no Paciente e na Família não visa atender todas as vontades e desejos, mas sim perceber essas necessidades e adaptá-las para que contribua para o tratamento.
A grande diferença está na relação de parceria, na comunicação transparente e na segurança do que é ou não possível realizar, todos unidos no mesmo objetivo.
Isso faz a diferença. O paciente e a família se sentem respeitados como indivíduos únicos e especiais.