Orientações sobre a gripe 2018

 
Publicado em: 29/05/2018 - 21:05:00

A gripe

A influenza ou gripe é uma infecção respiratória aguda, causada pelo vírus influenza, com alto potencial de transmissão. Os primeiros sintomas geralmente são: febre, dor muscular e tosse seca. A evolução costuma ser branda e autolimitada, por período de quatro dias a sete dias, mas pode apresentar formas graves, levando o paciente à internação.

Existem três tipos de vírus influenza que circulam no Brasil: A, B e C. Os vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.

Tipo A - Entre os subtipos de vírus influenza A, atualmente os subtipos A(H1N1) e A(H3N2) circulam com frequência  e infectam humanos. 

Não há circulação do vírus H2N3 no Brasil.

A vacina

 A vacina contra gripe é segura e é a intervenção mais importante para evitar casos graves e mortes pela doença.  

A vacina contra influenza é uma vacina de vírus inativado (incapaz de provocar doença).

Anualmente, são definidas as cepas que constituirão a vacina. Em 2018, a vacina trivalente será constituída de duas cepas similares ao vírus influenza A (H1N1 e H3N2) e uma cepa similar ao influenza B (disponível em todos os postos de saúde).

A vacina tetravalente inclui mais uma cepa similar ao influenza B (somente disponível em clínicas particulares).

Indicações para tomar a vacina

- Todo paciente em tratamento de câncer pode e deve tomar a vacina contra gripe.

- Pacientes com tumores sólidos ou hematológicos têm maior risco para infecção e complicações de influenza, tendo prioridade e recomendação formal para vacinação.

- Pacientes que recebem radioterapia, quimioterapia venosa ou oral, terapia-alvo (incluindo rituximabe) ou pacientes pós-transplante.

- Pacientes que utilizam imunoterapia (anticorpos anti-PD-L1 e anti-CTLA4) podem receber a vacina.

- Pacientes em estudo clínico devem ter a conduta individualizada, sempre após consulta à equipe médica responsável pelo estudo.

- Pessoas em contato com pacientes com câncer (principalmente crianças) e profissionais de saúde, que não apresentem contraindicação, devem receber também a vacina.

Demais grupos prioritários:

  • Crianças de 6 meses a menores de 5 anos
  • Gestantes
  • Puérperas (até 45 dias após o parto)
  • Trabalhadores de saúde
  • Povos indígenas
  • Indivíduos com 60 anos de idade ou mais 
  • População privada de liberdade
  • Funcionários do sistema prisional
  • Professores da rede pública e privada
  • Pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis
  • Pessoas portadoras de outras condições clínicas especiais (doença respiratória crônica, doença cardíaca crônica, doença renal crônica, doença hepática crônica, doença neurológica crônica, diabetes, imunossupressão, obesos, transplantados e portadores de trissomias)

Não se pega a gripe tomando a vacina.

A reação com febre baixa e dor no corpo por um ou dois dias pode acontecer com qualquer vacina e não se trata de gripe.

Prevenção

Para redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias, especialmente as de grande infectividade, como vírus influenza, orienta-se que sejam adotadas medidas gerais de prevenção, tais como:

  • Frequente higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento
  • Utilizar lenço descartável para higiene nasal
  • Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir
  • Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca
  • Higienizar as mãos após tossir ou espirrar
  • Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas
  • Manter os ambientes bem ventilados
  • Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza
  • Evitar sair de casa em período de transmissão da doença
  • Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados)
  • Orientar o afastamento temporário (trabalho, escola etc.) até 24 horas após cessar a febre

Indivíduos que apresentem sintomas de gripe devem:

  • Evitar sair de casa em período de transmissão da doença (até 7 dias após o início dos sintomas)
  • Evitar visitar pacientes em hospitais
  • Restringir ambiente de trabalho para evitar disseminação
  • Evitar aglomerações e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados

Importante

O serviço de saúde deve ser procurado imediatamente caso a pessoa apresente algum destes sintomas: dificuldade para respirar, lábios com coloração azulada ou roxeada, dor ou pressão abdominal ou no peito, tontura ou vertigem, vômito persistente, convulsão.

Referências:

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